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Veríssimo, Vasco e Baranska

March 4th, 2010 por | Categorias: Futebol, Musas, Vasco.

Saudade de um cérebro

Veríssimo

Ausência na seleção?

São 11 de cada lado, mas esta é a única semelhança do “football” americano com o futebol de verdade. A bola deles é oval (mais ou menos) e só é chutada com o pé em ocasiões especiais. Por sinal, antes que reclamem: “chutada com o pé” não é redundância, no basquete se chuta a bola com as mãos.

Mas no “football” existe uma figura que desperta uma certa inveja nostálgica, principalmente em quem conheceu o futebol que se jogava aqui antigamente. É o “quarterback”, aquele cara que tira a bola ? metaforicamente ? da bunda do cara agachado à sua frente e a entrega para um corredor carregá-la ou a passa para alguém mais à frente, conforme o combinado.

O “quarterback” é o aristocrata do “football”. É ele que decide, orientado pelo técnico ou por sua própria iniciativa, a estratégia a ser tentada. Todo o resto do time existe para protegê-lo enquanto ele arquiteta a jogada, abrir caminho para os corredores que ele municia ou lhe dar tempo para escolher quem receberá seu passe.

Às vezes, na falta de outra opção, ele mesmo tem que carregar a bola, e então, como acontece com qualquer nobre no meio da plebe, ele não fica em pé por muito tempo. É o líder intelectual do time.

Uma das evidências apontadas do avanço social dos negros nos Estados Unidos é a nova presença negra em esportes como o golfe e o tênis, e na posição de “quarterbacks” no “football”, antes exclusiva de brancos. Até há pouco tempo era mais fácil imaginar um negro na presidência da República americana do que um negro como “quarterback” num grande time.

Chegou e existir algo equivalente ao “quarterback” do “football” no futebol. Com um pouco de boa vontade, ou com um pouco da imaginação mágica que vem com a idade, pode-se dizer que certos jogadores de antigamente comandavam seus times com a mesma imposição de um “quarterback”. Quase sempre ocupavam a posição cujo nome já lhes situava no centro administrativo do campo, a de “centro médio”, mas onde quer que estivessem estava o cérebro do time.

O último “centro médio” clássico do futebol brasileiro talvez tenha sido o Falcão, mas a linhagem é antiga, passa por Didi e outras legendas. E está extinta. Não existem mais “centromédios”, nem com outro nome. E quando foi a última vez que você viu um jogador ser descrito como “o cérebro do time”?

Talvez seja melhor assim. Nada de aristocratas, todo o mundo criando e pegando juntos. Dois, três, vários gilbertos silva. Mas olhando esta seleção, confesso que sinto falta de um estrategista obsoleto, de um gênio com data vencida, de um cérebro de ferro-velho, de qualquer coisa, por antiquada que seja, que lembre um pensador.

*****

Está difícil de continuar acreditando…

Patrocínio desconfortável?

Marcos Blanco, diretor de marketing do Vasco:

“O motivo da saída do Habib’s, além de uma decisão do departamento jurídico, é que nós não nos sentiríamos confortáveis de negociar uma propriedade com eles ali. Isso seria ruim para o parceiro antigo, para o parceiro novo e para o Vasco. Achamos que seria melhor comunicar ao mercado de uma forma mais profissional. Nunca nem oferecemos essa cota para uma empresa do segmento de alimentos, até por uma questão de ética“.

Romperam um contrato que terminaria em dois meses depois de permanecerem “desconfortáveis” com ele durante dois anos?

Romper um contrato é comunicar ao mercado de forma profissional?

Qual o problema ético em se negociar com outra empresa do segmento de alimentos?

Sinceramente, desanimador.

*****

EU AMO A POLÔNIA! E o time mais espetacular do mundo é a seleção polonesa de vôlei feminino, como comprova sua Baranska.

Parceira da querida Kassia.

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14 Comentários para “Veríssimo, Vasco e Baranska”

  1. Victor
    4/03/10 - 15:01

    O último “centro médio” clássico do futebol brasileiro talvez tenha sido o Falcão, mas a linhagem é antiga, passa por Didi e outras legendas. E está extinta. Não existem mais “centromédios”, nem com outro nome. E quando foi a última vez que você viu um jogador ser descrito como “o cérebro do time”?

    Sem ser brasileiro, Zidane. Inquestionável.

    Brasileiro, a imagem que tenho próxima do que ele quis dizer é o Raí. Há outros jogadores na posição que considero melhores, mas não fixo tanto a imagem de jogadores cerebrais, até por terem outras boas características mais impulsivas inclusive, que desviavam também a atenção como Rivaldo, Djalminha, Marcelinho Carioca, Juninho, Ramon, Roger, Alex, Geovani.

    ****
    Sobre os outros dois assunto, André Bona pesquisa e checa o que há por trás do caso Habib’s enquanto eu verifico e checo o que há por trás do caso Baranska.

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    saulo

    O Falcão, segundo ele mesmo, virou armador após a copa do mundo de 1982. Antes era um segundo volante clássico com um técnica, habilidade e visão de jogo impressionante. Considerado por muitos, o melhor de todos os tempos. Tinha a mesma eficiência tanto na marcação, preparação e finalização das jogadas. Após a copa de 1994, os treinadores começaram a retomar a filosofia de volantes mais técnicos e deixar os brucutus de lado. Aqui no Brasil, alguns treinadores demoraram e quebraram essa resistência. Falta agora o Dunga mudar essa idéia que os volantes precisam ser iguais a ele nos seus tempos de apenas marcação e passes laterais.

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  2. Victor
    4/03/10 - 15:10

    Um detalhe que passa batido:

    Kaká é uma cara indubitavelmente que progride com a bola muito rápido de sua intermediária à área adversário. Faz isso com intensidade impressionante, levando junto a Seleção com ele subindo freneticamente Maicon, Robinho, Ramires e quem mais estiver por perto.
    Esse é o super trunfo de Kaká, o que não quer dizer que ele não saiba organizar o time e que não faça. Faz também. Só que sobressaem-se as jogadas com as passadas largas cruzando o campo em velocidade.

    Em tempo: lerdeza não é sinônimo de inteligência. Aliás, até onde sei, é o contrário…

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    saulo

    Realmente o Kaká é um grande trunfo para qualquer seleção diante da sua habilidade, velocidade e capacidade de finalização. O que preocupa é a falta de um reserva na sua função. Os sinais da sua pubalgia podem aparecer no final da desgastante temporada européia. Júlio Baptista é apenas força física, falta de inteligência e nenhuma habilidade. O meio campo vai ficar acéfalo. Não temos uma dupla como Romário ou Bebeto para buscar a bola na intermediária. Robinho até sabe fazer isso, mas o Luís Fabiano é um jogador essencialmente de área.

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  3. Yuri
    4/03/10 - 15:42

    É por isso que eu não consigo torcer a favor da seleção brasileira de futebol feminino (torço mais contra elas que contra eles, ainda).

    Não precisa serem campeãs… basta melhorar a qualidade da fachada das jogadoras. Não dá para incentivar desse jeito. Se ainda jogassem melhor, igual os horríveis marmanjos suados, aceitava. Mas as mulheres jogam pior que um time sub-15 de garotos.

    Nossa seleção de vôlei também anda meio mal. Comparando com Polônia, Itália, Holanda… nem o ouro olímpico me convence. Tem seus VALORES, mas as outras tão na frente.

    O técnico da seleção feminina merece ser cornetado. Ajudaria se eu soubesse o nome dele, mas ficam os votos para uma convocação mais criteriosa.

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  4. Julio Cesar Bastos
    4/03/10 - 16:18

    SKAVURSKA NA BARANSKA!

    Se vcs pensaram sacanagem, a frase só quer dizer: Viva a Baranska!
    hehehehehe

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  5. Serginho Valente
    4/03/10 - 17:22

    SKAVURSKA NA POLISH.

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  6. Victor
    4/03/10 - 18:01

    Trivia:
    Cunt de polonesa fica na frente ou atrás?

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  7. Bender
    4/03/10 - 18:18

    No football temos apenas 1 “quarterback”. A vantagem do futebol é que um atacante, lateral e até um cabeça-de-área às vezes, pode ser o “quarterback”, além dos armadores de fato.

    ****

    Habib’s é muito ruim. Aquela esfirra de R$ 0,49 me dá azia.

    ****

    Até hoje estou para requerir minha cidadania polonesa.

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    Serginho Valente

    Quem quer “requerir” tem que fazer rir tenente…rs

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    Bender

    Escrevi em español.

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  8. Jorge Caldas
    5/03/10 - 0:20

    Serginho, poderia me dar a fonte de onde você retirou o texto do Veríssimo? É que gostei do texto nem tanto pelo que fala sobre a falta dos “centromédios” na seleção, mas principalmente pelo trecho relacionado à questão racial. De certo modo me fez lembrar das discussões feitas no blog recentemente. Parabéns pela postagem.

    Aproveito pra perguntar de qual site você tirou a foto da Baranska. Procurei na Internet, mas sem sucesso.

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    Serginho Valente

    Fala Jorge, eu li o Veríssimo no O Globo, mas retirei ele do site do Estadão.

    E aquela foto da Baranskinha, eu tirei deste site aqui.

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    Jorge Caldas

    Grato pela colaboração.

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