VERGONHA!!
July 22nd, 2007 por Gaburah | Categorias: Artes Marciais.Definitivamente, conforme o Blá Blá Gol já vinha questionando, o Brasil mostra que sua torcida não tem maturidade para participar de eventos esportivos de alta carga competitiva, como as finais de hoje do Judo, no complexo esportivo do Riocentro.
Após a vitória da cubana Sheila Espinosa sobre a brasileira Erika Miranda (em decisão realmente questionável por parte da arbitragem), a torcida começou, de maneira intempestiva, a arremessar copos, revistas e garrafas plásticas na mesa de arbitragem e na atleta cubana, até que as agressões ganharam volume e acabaram chegando à área reservada à delegação cubana. A comissão de arbitragem se retirou do ginásio e a fúria bestial dos torcedores se voltou para os cubanos.
Membros da COMISSÃO TÉCNICA DE JUDO DO BRASIL tentaram, em vão pelo microfone, conter os ânimos da torcida pedindo para que esta se comportasse à altura da grandiosidade do evento. De nada adiantou.
Resultado: uma pancadaria descabida, intolerável e imperdoável num evento esportivo do porte dos jogos Panamericanos, onde o maior prejudicado de todos foi o brasileiro João Derly, que aguardava para competir a final de sua categoria.
Sinceramente espero que esta seja a pá de cal que faltava para sepultar de vez qualquer pretensão deste país em sediar a Copa ou as Olimpíadas num futuro próximo (e com próximo, leia-se pelo menos nos próximos 50 anos).
Ridícula e anti-ética também foi a cobertura de grande parte da imprensa ao caso, tentando jogar a culpa nas bravatas do técnico do Judo cubano que nada mais fez do que RESPONDER às provocações e xingamentos da torcida. O raciocínio é simples, meus caros: não fosse o comportamento hostil e anárquico de parte da torcida, nada teria chegado no ponto em que se chegou.
É muito diferente, pra quem estiver questionando, do caso da pancadaria na final do handebol masculino entre Brasil e Argentina, onde tudo se deu entre os atletas. É reprovável o comportamento dos mesmos, mas até aí se entende por terem sido situações dentro da quadra.
A culpa deste fato vergonhoso é também em grande parte da imprensa nacional, que o tempo todo elogiou, enalteceu e incentivou os excessos por parte da torcida brasileira, em diversas modalidades. Assim como de todos os “torcedores” e “espectadores” que insistem em confundir o seu direito de torcer com o direito de fazer anarquia.
Pobre Bozo. O palhaço sempre leva a culpa.
A tolerância com o mau comportamento, por parte de todas as esferas, dá origem a este tipo de acontecimento.
Como brasileiro, estou profundamente envergonhado. Espero que o COI tome providências.
Pelo menos João Derly ganhou o ouro.
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E que belo gesto das comissões técnicas do Brasil e de Cuba, entrando de mãos dadas ao final dos jogos para saudar a torcida.
Um exemplo dos atletas (que não têm um mínimo de culpa no lamentável episódio) para os verdadeiros culpados por toda esta palhaçada: vândalos e arruaceiros escondidos atrás da condição de “torcida”.
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Gaburah, temos de fazer a ressalva no comportamento da imprensa sobre o eternamente criticado Galvão Bueno.
Eu estava vendo a decisão do volei de praia, narrada por Galvão, que assim que soube do acontecido na decisão do judô, fez imediatamente críticas com o mesmo teor de seu artigo. Galvão Bueno repudiou o comportamento da torcida brasileira e ressaltou que as atitudes dos cubanos nada mais era que a de comemoração por sua vitória, assim como os brasileiros comemoravam ao mesmo tempo na praia de Copacabana.
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Em menor ou maior grau, já chegamos ao conseno aqui no Blá blá Gol que o brasileiro não sabe reconhecer um vencedor.
O espírito do Barão de Coubertin passa longe daqui.
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E algo que eu já ia postar no seu artigo anterior sobre as vaias, antes mesmo do papelão do judô, é sobre o artigo escrito por André Petry na VEJA dessa semana, com exatamente o mesmo conteúdo do seu artigo. Parece até que ele deu uma lida aqui no Blá blá Gol.
Vou até escrever para o autor, ou para a VEJA, pedindo a para que seja reproduzido na íntegra o texto aqui.
Para quem é assinante da Veja ou tem acesso por qualquer meio que seja, o link do artigo é:
http://veja.abril.com.br/250707/andre_petry.shtml
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Tem que reclamar mesmo, o juiz estava do lado da cubana.
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No momento Professor Pasquale, Ana Paula me informa que não se deve usar 2 pontos de exclamação juntos.
O ponto de exclamação por si só já tem o efeito de enfatizar a frase ou expressão. Ao colocar mais de um ponto, é a extrapolação da exclamação (o que foi a nítida intenção do autor do texto). Mas nesse caso, a norma diz para serem usados 3 pontos de exclamação.
É mais ou menos como a “Santa Granada de Mão”. Nem 2, nem 5. Devem ser usados 3.
****
Eu procurei confirmar a veracidade (a palavra veracidade é a norma culta de “à vera”) dessa informação. Não encontrei.
Ana Paula diz ter lembrado que Daniela, professora de português e esposa do Sensei Silvio Meireles da E.M.A. qua participará do 1º Seminário com Nishida Shihan em Niterói (mais jabá explícito) dizendo a ela sobre o uso inadequado que os alunos fazem dos pontos de interrogação. Chegando a colocar uns 10 pontos (fora o uso de termos como “vc” e “tb”).
Caso alguém saiba algo sobre o assunto…
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Erasmo,
entre reclamar e agredir há uma distância grande…
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Ah sim, Gaburah. Eu sempre vejo com olhos otimistas essas bagunças no Pan.
É um mal necessário para um bem maior, que é a impossibilidade de Olimpíada ou Copa do Mundo.
Se bem que…
ainda acho que os organizadores acham um grande negócio nenhuma cidade brasileira ser escolhida como sede Olimpíca. Afinal, dessa forma, é possível de 4 em 4 anos, torrar uma grana com a campanha, e sem a menor responsabilidade mesmo.
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Aê! Isso sim é falta de educação e deve ser repudiada com toda veemência. Não entendo o que a toricda do Flamengo foi fazer numa competição de judô.
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Bem, se o Galvão fez isso (vi pelo SporTV) palmas pra ele, que pode ser uma mala, mas é um formador de opinião da massa.
“…já chegamos ao conseno aqui no Blá blá Gol que o brasileiro não sabe reconhecer um vencedor. É isso aí. Até o comentarista da SporTV, o atleta Branco Zanol, disse isso em concordância com o Blá Blá Gol.
Lamentável.
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Ana Paula é uma chata. Ao invés de atualizar o Edifick, fica procurando defeitos nos meus textos brilhantes.
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Mas só vou dar crédito ao Galvão, e à imprensa de uma maneira geral, quando reconhecerem que a torcida brasileira não é animada, mas sim BAGUNCEIRA, o que são coisas completamente diferentes.
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Não me surpreende essas atitudes grosseiras.Em qualquer lugar do mundo tem que haver uma segurança super reforçada.Quem não lembra da invasão na culta e desenvolvida Suécia em pleno jogo do Brasil X Chile??? Hoje mesmo na final sub 20,alguns infelizes torcedores invadiram o campo no estádio canadense.Acho que uma atitude mais enérgica da polícia seria mais recomendada com prisão temporária.
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Até onde ouço falar, invasões ocorrem na Europa e EUA. A diferença é lá eles não são muito afeitos à impunidade.
Maluquices às vezes são inevitáveis.
Punição não.
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É justamente isso que os eventos do Pan, infelizmente, precisavam.
Se a torcida não tem educação por si mesma, é necessário educá-la, à la moda do Tênis.
Fez bagunça? RUA!
O certo hoje teria sido esvaziar o Riocentro, pra depois a competição continuar.
É extremo? É. Mas duvido que uma palhaçada como aquela se repetisse.
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E cana pros arruaceiros.
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É extremo? É. Mas duvido que uma palhaçada como aquela se repetisse.
O Brasil é um País onde abusos são cometidos por querer se evitar extremos. As palhaçadas se sucedem por isso, aviões tem caído por isso, mensalões por isso, estádios vazios por isso, e por aí vai…
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Palhaçada é a juiza cubana. Eu taquei tudo lá em baixo mesmo. Se você estivesse lá também arremassaria. Teve gente que estava que nem o macaco tião, fazendo das suas, cagando na mao e botando fora.
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2 finais polêmicas no judo entre Brasil x Cuba. 2 decisões favoráveis a Cuba. No masculino o juiz até errou, dando a vitória ao brasileiro depois de 2 dos 3 juízes darem a vitória ao cubano, numa luta em que nenhum foi melhor que o outro.
Na feminina, que originou toda a confusão, a cubana fez a mesma coisa que a brasileira fez, porém a cubana fez antes, e não foi advertida.
Pergunta: Se a torcida estava vaiando, xingando, gritando… pq o hipopótamo do técnico cubano foi tirar satisfações com a torcida? O último que fez isso quase morreu nas Laranjeiras… e era “da casa”.
Sou contra qualquer tipo de violência. Deveria ter o que já foi dito aqui, punição, e acabar com a impunidade. Mas o direito à manifestação (sem agressões físicas), deve ser mantido sempre.
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Peraí!!!!!!!! Cana pros arruaceiros?
Vamos fazer arruaça!
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[…] Mas o destaque maior da matéria é quando ela foi publicada: HOJE!!! Lembro aos amigos que o Blá Blá Gol já discute as vaias há algum tempo. […]
[…] citado em nossa discussão sobre as vaias no Pan, recebi a autorização para republicar aqui na íntegra o artigo de André Petry na VEJA dessa […]
Mas pelo que eu vi a maior parte dos “arruaceiros” eram pessoas ligadas ao esporte, incluindo o polêmico Aurélio Miguel.
Quero deixar claro que sou contra a vaia a atletas, excetuando-se claro as normais de alguns esportes (já tem gente criticando vaia até em penalty e lance livre), fico enveronhando enquanto brasileiro, infelizmente o exemplo vem de cima (Oscar, Aurélio Miguel, Galvão Bueno (que depois das críticas mudou de opinião), etc…).
Att.,
Bruno Reis
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