Um título em boas mãos
July 3rd, 2008 por Victor | Categorias: Fluminense, Futebol, Libertadores 2008.Naturalmente, o caminho do Fluminense para a final chamou mais a atenção brasileira que o da LDU.
Os confrontos tricolores contra São Paulo e Boca Juniors colocaram o Fluminense na crista da onda.
Mas a LDU não passou apenas por mamatas para chegar na final também.
Passou com tranquilidade similar ao Fluminense pelo Grupo da Morte.
Passou também por um argentino (San Lorenzo).
Se para chegar na final não derroutou um brasileiro, derrotou o algoz de dois, América do México, América de Cabañas (se bem que contra o Santos, o América da arbitragem desastrosa na partida do México).
E na final, foi melhor que o Fluminense e fez por merecer a vitória que veio nos penaltys.
A impressão deixada pelos 120 minutos da partida decisiva no Maracanã não corresponde a todo o confronto. Quem tiver exclusivamente esta imagem na mente, reduzirá o papel da LDU. Por este jogo, sem entender o contexto, entenderar-se que a LDU foi um time covarde que bateu os mocinhos tricolores, que foram para cima e buscaram o gol até o último instante.
Mas não foi bem isso que ocorreu.
Os equatorianos tiveram o seu momento iluminado no 1º tempo da partida em Quito, e ali enfiaram 4×1 no Fluminense. O jogo se normalizou no 2º tempo e a Liga Deportiva trouxe para o Rio uma vantagem de 2 gols para ir para os penaltys.
A LDU jogou no Rio com esse regulamento, conhecedora de seu limite e da força do Fluminense no Maracanã (alguém nega?). Só que não fez ferrolho. Mesmo se defendendo, a LDU jogou bola.
Apesar de ter utilizado do expediente da cera, a LDU não veio para o Maracanã dependendo apenas disso para sair com o título.
O time defendeu-se sem abdicar de jogar. Sem abrir mão de atacar.
Para quem pensa que a Liga foi covarde, gostaria que pensasse como é temeroso quando o time que o leitor torce está com vantagem ou precisando segurar o resultado, e este time recua, deixa o campo para o adversário. Normalmente sai de campo derrotado.
E isto não foi o que La U fez. Até porque, com a defesa fraca que tem, fatalmente teria ido para o saco.
A Liga teve bola no pé no Maracanã. Naturalmente com postura defensiva, mas ainda assim bola no pé. Traçou algumas metas. A de não levar dois gols de diferença não foi alcançada. Aliás, esta foi destruída com bastante tempo para se jogar ainda.
Com 3×1 no placar, a meta passou a ser igualar um pouco a partida com o Fluminense. E foi alcançada.
Os pesos da decisão foram muito equilibrados. Como então, não considerar que o título acabou em boas mãos com os equatorianos?
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Se a história nos penaltys tivesse sido outra, a taça certamente também estaria em boas mãos pelo lado carioca.
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De forma bem mais concisa, Paulo Affonso comentou basicamente o mesmo.
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Maracanazo Blanco! Liga Campeón de América
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Posts sobre a derrota do Fluminense na Final da Libertadores 2008:
- A dor do quase – Lincoln, Blá blá Gol
- 04:10 – Cheguei em casa – Victor, Blá blá Gol
- A festa continuaria bonita – Zargarotinho, Blá blá Gol
- Um título em boas mãos – Victor, Blá blá Gol
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- Como ter serenidade na derrota – Robinson, Blá blá Gol
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- Rivais e Gozações – Victor, Blá blá Gol
- Os DeusesTricolores Cochilaram – Evaldo José, CBN
- A dor do quase – Carlos Eduardo Eboli, CBN
- Um par de sapato com salto alto para Renato Gaúcho – Anselmo, Futepoca
- O herói e os personagens da final – Glauco, Futepoca
- Prazer, LDU – Cardeal, Fantasma do Maracanã
Victor, eles passaram também pelo Estudiantes de la Plata, que era o atual campeão argentino e contou com Veron (ainda) jogando muita bola. Têm seus méritos mesmo. Jogando feio muitas vezes, mas teve.
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O mínimo que se pode dizer desse time é que é competitivo.
Mas claro, não é um timaço.
Nenhum time com aquele goleiro pavoroso pode ser um timaço (esse aí entrega mesmo).
Clemer e Cevallos. Provado que não é preciso ter goleiro para ser campeão da Libertadores.
E o Fluminense cheio de 9 horas com Fernando Henrique. PQP.
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[…] saísse campeão do Maracanã na final contra a LDU, o Fluminense necessariamente seria Grande. Perdendo, apenas da forma como […]