Um time safado!
September 9th, 2009 por Matheus | Categorias: Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, São Paulo, Vitória.
Quem já jogou poker deve ter passado por isso. Você recebe um par de ASES na mão e aposta devagar antes do “flop” para que os outros jogadores não se assustem. Mas eis que no frigir dos ovos, aparecem um 2, um 3, um Valete, um 10 e um desprentensioso ÁS!
Achando que é o bom da balada com uma trinca de Ases, você aposta uma quantia alta e perde pra aquele carinha do outro lado da mesa, que nunca te viu, que joga muito menos que você e que cometeu uma loucura indo com um 4 e um 5 na mão e achando uma sequência na última carta. Vamo combinar, né? Ô JOGUINHO SAFADO!!! É por isso que quando vem um par de Ases na mão, eu não consigo confiar.
A situação é a mesma com o Cruzeiro atual. Quando tudo parece caminhar para as águas claras e calmas dos 3 pontos no fim da rodada, o time azul-estrelado me aparece com uma caixa-d’agua gelada em cima da minha cabeça. Neste último domingo não foi diferente. Ganhando por 1×0 do São Paulo e com o jogo na mão, com a zaga tricolor dando mais presente que Papai Noel milionário, o time do Cruzeiro, em dois vacilos da defesa, tomou 2 gols, entregou a rapadura cortadinha e acabou com minha balada de domingo a noite. E se esse fosse o único caso esse ano, estaria ótimo. Em dois fins de semana foram duas amareladas. Primeiro contra o Vitória na Boa Terra quando, ganhando por 3×1, deixou o rubro-negro empatar aos 42 e 47 do 2º tempo. Agora contra o time do Anão do Jardim Leonor.
E nem vou entrar no mérito da Final da Libertadores. Pior do que um time que vence poucas, mas você sabe quando vai perder ou ganhar, é um time que ilude a torcida mostrando que pode ganhar, mas na hora H dá com os 14 burros n’agua (há que se explicar o número?). É de matar de raiva. A vaga pra Libertadores/2010 eu já joguei pro alto a muito tempo. Kléber no Cruzeiro em 2010, por não ir jogar a Libertadores, também.
Me parece que os efeitos nefastos da final da Libertadores ainda perduram. Jogadores como Wagner, G. Magrão, T. Heleno sofrem com suspeitas de que não jogaram tudo que sabiam por causa do bixo mal acertado. Imaginem só: T. Heleno e G. Magrão, jogando tudo que sabem, já são sofríveis.
O duro é que o Cruzeiro tem time pra jogar muito mais bola e ainda conseguir beliscar uma vaguinha na Libertadores. Emplaca 10 jogos invictos como foi em 2007 que dá certo. O problema é que não dá mais pra confiar. Baita timezinho SAFADO!
Saudações Celestes!!!
Já não consigo encontar na pesquisa os comentários antigos. De qualquer forma, lembro de algumas vezes um tempo atrás escrever que o São Paulo sobra na turma.
Minha previsão era de que alguém ocasionalmente abocanharia um título aqui, outro ali, mas no geral seria o Tricolor do Morumbi a ditar o ritmo do futebol nessas terras.
Para não penalizar muito, vou até comparar com o Cruzeiro, que é tido como exemplo e tal. O Cruzeiro, por exemplo, repõe. O São Paulo aguarda.
O Tricolor contrata no início de temporada uma penca de jogadores que ele deseja, e sem pressa, avalia se presta ou não. Foi assim com Dagoberto, e vem sendo com os jogadores do Fluminense, Arouca e Junior Cesar, e foi assim com os do Botafogo ano passado, que não serviram.
Este modelo, pelo visto, aumenta a margem de segurança da equipe em um campeonato gigante ao longo da temporada, ainda que torne o time parelho com os rivais em competições mata-mata como Libertadores (e não dá para garantir que seria melhor de outra forma).
Vendo o jogo do Fluminense, quando aparecia a bolinha da Globo (aliás, essa bolinha é uma parada muito maneira) e o jogo já estava 1×0 para o Cruzeiro, a única coisa que vinha pela minha cabeça era gol do São Paulo.
À partir de agora será assim. Enquanto os outros times quando em “crise” ficam 5, 6 jogos na merda, o São Paulo passa dois.
A minha dúvida é saber se o Inter vai cair em algum momento, e com boa-vontade, o Palmeiras-Seleção.
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Não vejo esse time “safado” do Cruzeiro. Era evidente no início da temporada a intenção clara da diretoria em não priorizar o brasileiro. Quando perdeu a libertadores, “caiu a ficha” e o Adílson não teve tempo de reorganizar sua equipe diante da debandada para o mercado externo de importantes jogadores. O Ramires e o Vagner eram a espinha dorsal desse meio campo. São jogadores de alto nível técnico e difíceis de serem substituídos no mesmo nível. E a derrota para o São Paulo segue dentro da normalidade. O tricolor passou uma fase turbulênta diante das mudanças de comando e manteve sua base. Apenas aproveitou a fragilidade da zaga cruzeirense da qual sempre existiu. Antes era despercebida pela boa estrutura do meio campo.
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O Cruzeiro parece mesmo ainda estar “curtindo” o ostracismo da Libertadores. O time tem potencial para estar bem melhor classificado na tabela mas não consegue. Entendo sua inquietação.
Quanto ao campeonato, já era. Ficou entre Palmeiras, São Paulo ou Inter.
Não vejo nenhum dos 3 times com um four na mão (Straight flush não existe nem em filme), mas pra mim o São Paulo tem um full house na manga. O tricolor mostra maior consistência, tem bom elenco e conta com todos os tipos de sorte.
Desses 3, acredito menos no Palmeiras (apesar de ser o líder hoje). Murici não fez muito mais que o Luxemburgo. Diego Souza e Cleiton Xavier continuam sendo os principais jogadores. Não acho Vagner Love isso tudo que dizem, mas pra quem tem Obina…
O Inter deve brigar bem. Apesar da saída do Nilmar, o Colorado continua com o bom time que montou. E ganhar no Beira Rio dá a impressão que é mais difícil que ganhar no Morumbi.
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“Não vejo nenhum dos 3 times com um four na mão (Straight flush não existe nem em filme)…”
Meu pai ganhou umas 5 barões uma vez numa casa aqui de BH com um Straight Flush de 6 à 10 de copas. Bom, diz ele, né? E não era o Texas Hold’em. Era o Poker clássico.
No Texas, minha maior mão foi um four de 7’s em que apostei até o carro.
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Hahaha… não contraria seu pai, deixa ele tirar uma onda.
Apostar carro tô fora, nossos pokers não passam de 40 pratas. Mas adivinha quem é o pato? Sempre ganho dele… HUAHuhuhuhaUHAhuhA UhauAhUHA
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Não tinha como perder. Mas é claro que todo mundo fugiu. Hehehehe.
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Concordo com o Saulo. No início do ano, de fato, o Cruzeiro tinha um time estruturado, arrumadinho, tendo Wagner e, principalmente, Ramires como destaques. Aí veio a queda na Libertadores e a perda do principal jogador para o exterior. Pra piorar, o lateral Jonathan, que considero muito bom, se contundiu no momento em que a ressaca da LA, parecia, estar acabando. Acho que o Cruzeiro, se não tivesse desprezado o Brasileirão (verdade seja dita) poderia estar brigando, no mínimo, pelo G-4. Título sem Ramires pode ser exagero, mas, perante o nível equilibrado do campeonato, eu não duvidaria…
A exemplo do Cruzeiro, o Grêmio é outro time que, pelo elenco que tem, merecia estar, no mínimo, no G-4. Só que não consegue ganhar fora de seus domínios. Melhor para o SP ou, como andam dizendo, Jason, que, enfim, acordou no campeonato, depois de um início desanimador…
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Eu não acompanho direto o Cruzeiro, mas até onde vi no 1º semestre, achei que Wagner poderia até dar qualidade, ritmo e etcetera ao Cruzeiro.
Mas pelo menos superficialmente, eu não o achei um destaque naquele time da Libertadores.
Achei que outros ali apareceram mais e melhor.
Claro que, de um ponto de vista superficial e de quem não conhece a fundo o time. Mas assim mesmo, fiquei com a impressão que a saída dele não era algo mortal para o time.
Porém, se Wagner não é nenhuma Brastemp, o reserva dele então…
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Cara, posso te falar com a maior sinceridade que essas negociações do Cruzeiro fizeram mais bem do que mal, pelo menos a médio e longo prazo. O Wagner sempre foi marcado por não ter ganho nada de importante. Um camisa 10 que não inspirava a menor confiança na hora da decisão. O Ramires, foi nítido, só se preocupou em bater no Verón na final da Libertadores e já não vinha rendendo tanto. A bem da verdade, o Henrique o tem substituído à altura, apesar de suas limitações.
O Gilberto, com a 10, tem se saído bem também, mas o jogo do Cruzeiro mudou. Antes era de mais velocidade, mais explosão. Com o Gilberto armando, virou um jogo de mais cadência, com toque de bola e alguns lançamentos. Bem ao estilo Alex, dadas as devidas proporções.
Por fim, o reserva do Wagner é o Bernardo. Mas é garoto ainda e de vez em quando veste uma máscara que atrapalha demais o rendimento dele. Tem muito futuro, apesar de tudo.
O que mais faz falta é alguém pra armar o jogo bem e tirar essa função do Kléber. Quando ele volta pra armar, atrasa um pouco o ataque porque ele briga muito pra abrir espaço e isso acaba dificultando quando ele tá longe da área.
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O que não dá pra entender é o Cruzeiro ser o único time do Brasil quiçá do mundo, que não consegue ganhar nada (o campeonato rural não conta) em 2 anos (730 dias), mesmo tendo duas oportunidades no Brasileirão e duas na Libertadores – 2008 e 2009, e o técnico continuar prestigiado.
Tem algum segredo entre os Perrelas e o professor Adílson Batista.
Em qualquer outro clube, ele já teria sido dispensado.
O Murici Ramalho, tricampeão brasileiro em 2008, foi dispensado logo no início do campeonato 2009 porque o São Paulo foi eliminado da Libertadores e ia mal no Brasileiro. O time se recuperou e está onde hoje se encontra. Até o dia 12 de agosto, dos 20 técnicos que começaram a Série A, apenas seis sobreviviam: Adílson Batista (Cruzeiro – “13º” colocado), Celso Roth (Atlético/MG – 5º colocado), Hélio dos Anjos (Goiás – 4º colocado), Mano Menezes (Corinthians – 6º colocado), Silas (Avaí – 7º colocado) e Tite (Inter – 2º colocado). Destes, apenas cinco estão a mais de um ano no mesmo clube: Adílson Batista, Hélio dos Anjos, Mano Menezes, Silas e Tite.
Meu reino por uma justificativa convincente da blindagem deste treinador.
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Cara, você pode botar isso em várias contas: na sociedade dos Perrella com o A.B., no fato de não ter nenhum técnico à altura dele no mercado atual……e o Murici passou por poucas e boas antes mesmo de ser tricampeão. Toda Libertadores ele perdia, sofria no cargo e continuava depois. Acho que dessa vez foi muito mais por ele e pelo clima dos jogadores do que pela diretoria tricolor.
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Sem contar, que não dá nem para comparar o que o São Paulo tem de elenco, reposição, etc, com o Cruzeiro (na verdade, com todo o resto).
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Mas é importante fazer um paralelo que explica, em parte, o porque dessa diferença:
1 – as cotas de tv para times do Rio e de São Paulo
2 – o Morumbi
São dois fatos que dão muita tranquilidade ao São Paulo no momento de administrar.
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