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Traffic, no Palmeiras, Ituano, Botafogo…pode?

December 11th, 2008 por | Categorias: Futebol.

Reza a lei 9615 (Lei Pelé) em seu artigo 27 que é proibido.

“Art. 27-A. Nenhuma pessoa física ou jurídica que, direta ou indiretamente, seja detentora de parcela do capital com direito a voto ou, de qualquer forma, participe da administração de qualquer entidade de prática desportiva poderá ter participação simultânea no capital social ou na gestão de outra entidade de prática desportiva disputante da mesma competição profissional. (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

§ 1o É vedado que duas ou mais entidades de prática desportiva disputem a mesma competição profissional das primeiras séries ou divisões das diversas modalidades desportivas quando: (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

a) uma mesma pessoa física ou jurídica, direta ou indiretamente, através de relação contratual, explore, controle ou administre direitos que integrem seus patrimônios; ou, (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)”

§ 2o A vedação de que trata este artigo aplica-se: (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

b) às sociedades controladoras, controladas e coligadas das mencionadas pessoas jurídicas, bem como a fundo de investimento, condomínio de investidores ou outra forma assemelhada que resulte na participação concomitante vedada neste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)”

No ano 2000, a revista Época fez uma reportagem sobre o que agora se repete.

Então, a Traffic já não tem uma parceria com o Palmeiras? E agora, vai fazer uma com o Botafogo?

E o Ituano? Não joga no Campeonato Paulista?

Não me parece sadio, que uma empresa tenha tanta influência em times adversários em um mesmo campeonato.

Antes, chiaram, por que o silêncio agora? Vão esperar um jogo suspeito, e aí acabar com um campeonato no meio? Ou se será que agora pode?

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29 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

29 Comentários para “Traffic, no Palmeiras, Ituano, Botafogo…pode?”

  1. Serginho Valente
    11/12/08 - 22:56

    Vai fazer não, já fez.

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  2. Marcelão
    12/12/08 - 9:07

    não entendo muito disso, e nem quis perder mto tempo entendendo, mas acho que esse molde de parceria não está relacionada à lei citada. Se for assim, uma empresa não pode estampar o patrocinio em mais de um clube, ou nao pode ter um empresario com dois jogadores diferentes em clubes diferentes. Eu vejo mais essa Traffic como uma empresa que agencia jogadores, empresarios com CNPJ. Então qual o problema dela fechar parcerias com mais de um clube? Eu coloco ciclano para aparecer no Rio, beltrano em São Paulo e fulano na PQP, no final eu pego todo mundo, jogo na Europa e ganho meu dinheiro.

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    Serginho Valente

    Marcelão, é diferente.

    Quando uma empresa estampa um patrocínio, ela está fazendo uma propaganda, não tem nenhuma ingerência sobre o clube.

    Da mesma forma, um mesmo empresário de jogadores em diferentes times, até tem influência sobre os jogadores, mas não sobre o clube.

    O que não pode, e o que a Traffic faz, é investir dinheiro nos clubes, ser sócia destes nos direitos sobre os atletas e, em alguns casos, participar do gerenciamento das equipes.

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    Marcelão

    o que a Unimed faz no Fluminense é diferente de só estampar sua marca. Entretanto ela tb estampa sua marca no Inter, Figueirense e mais uns outros clubes aí, só não sei como é a atuação desta empresa na administração desses clubes

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    Serginho Valente

    A Unimed, pelo que eu saiba, faz apenas propaganda nos outros times.

    E mesmo no Fluminense, ela não tem participação nos jogadores, e só coloca o dinheiro da publicidade.

    A participação na gerência do clube, se restringe ao Celso Barros, como uma espécie de conselheiro. Vi várias entrevistas dele, deixando bem claro que a Unimed não participa da administração do clube. Talvez até por isso.

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    Victor

    Serginho,
    até onde sei, a Unimed chega a pagar salário de alguns jogadores do Flu (não tenho certeza).

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    Serginho Valente

    Bom…não sei, aí entra a questão dos direitos de imagem.

    O Eurico na época do L. Amaral, esperneou com isso, dizendo que era ilegal a Unimed pagar os direitos de imagem dos jogadores e que a empresa fazia isso “por fora”.

    E pelo que entendi, mesmo que a Unimed tivesse alguma gerência no Flu, poderia anunciar em outros clubes. Apesar de eu também não achar isso muito legal.

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    Marcelão

    é, isso é verdade, a Unimed só paga os salarios dos jogadores através do tal direito de imagem, ela realmente não investe na compra de jogadores. Mas o tal grupo Sonda já faz isso ha mto tempo e ninguem nunca falou nada. Enfim… acho que a nossa interpretação da lei esta errada ou entao esses caras arrumaram alguma brecha para se enquadrar à lei.

    o que sei mesmo é q isso eh uma merda pro clube, e ja to vendo um Fluminense, indo do ceu ao inferno em 10 meses no ano que vem, assim como foi este ano!

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    Victor

    ou entao esses caras arrumaram alguma brecha para se enquadrar à lei. [2]

    Está por trás disso a mesma Traffic, do mesmo J. Hawilla de 10 anos atrás. Naturalmente, ele já deve estar mais escolado e respaldado.

    ****

    Esse ano o Flu foi ao inferno por conta de priorizar a Libertadores e de resultados dentro de campo, mas o time até que foi mantido. Perdeu para o Brasileiro Thiago Neves, Gabriel e Cícero, mas na minha opinião manteve um bom time para disputa de Brasileiro com Conca, Thiago Silva e Washington. Não houve desmanche do time. Talvez não fosse para ser campeão, mas o time que ali estava não era para passar o perrengue que passou.

    Mas tirando essa observação, concordo contigo que é temerário mesmo.

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    Marcelão

    Descordo Victor, voce citou aí os 6 jogadores mais importantes daquele time do Fluminense, a espinha dorsal, e ela foi quebrada ao meio – 50% desses jogadores sairam. Houve sim o desmanche.

    Aliado a isso ainda teve a saido do Dodô e Leandro Amaral, por outros motivos, obvio, mas isso atrapalhou o andamento das coisas já que a comepetentissia diretoria nao tinha se planejado para a perda do LA, muito menos com a saida do Dodopado

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    Victor

    Eu citei o Conca, o Washington e o TS por serem os mais badalados.
    Mas eu acho que de qualidade semelhante ao Cícero (pelo menos mostrado na Libertadores) ficaram:
    – Junior Cesar
    – Arouca
    – Luis Alberto

    Carlinhos ou Rafael não conseguiram ser melhores que Gabriel, mas este também não foi o Gabriel de 2005.

    Esse de Liminar Amaral e Dodô foi uma maluquice de contratação. Mas eles de qualquer forma são inferiores a Washington.

    O time chegou no fim do Brasileiro com a base da Libertadores e três badalados ainda:

    Fernando Henrique, Thiago Silva, Luis Alberto e Junior Cesar; Arouca (joga muito) e Conca; Washington.

    E ainda tinha o Ygor, mas esse aí nem está na discussão.

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    Serginho Valente

    Eu e Victor estávamos conversando sobre isso, pro clube, essa é uma saída arriscadíssima e longe do ideal.

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  3. Saulo
    12/12/08 - 10:19

    O fato da Traffic entrar em vários clubes, afeta apenas o interesse da Globo. Ela é detentora das transmissões e não quer perder o poder de monopolizar os seus interesses.

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  4. Rafael
    12/12/08 - 11:06

    Uma hora o oficial serve, na outra hora não.

    Numa hora devemos ponderar a relevância dos números, na outra hora não.

    Numa hora a lei é transgredida, na outra não.

    Serginho precisa de férias.

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    Serginho Valente

    Você tá maluco.

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  5. Victor
    12/12/08 - 12:30

    Já começaram a repercurtir o que Serginho escreveu.

    […]Atenção, os acordos da Traffic com Botafogo e Fluminense são diferentes. Com o Botafogo, a empresa de J. Hawilla presta consultoria para que o clube forme seu próprio fundo de investimentos, com outros empresários. No Fluminense, a parceria pode ser semelhante à que existe com o Palmeiras.
    Eis o ponto que pode começar a representar problemas. Sociedades com clubes diferentes, com interesses diferentes.[…]

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    Serginho Valente

    “Com a união, a Traffic ajudará o Botafogo na contratação de jogadores e também nos pagamentos dos salários.”

    “Senti uma grande receptividade da empresa. É um fundo de investimento. E neste caso o produto é o atleta.”

    http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2008/12/11/ult59u180882.jhtm

    ****

    § 1o É vedado que duas ou mais entidades de prática desportiva disputem a mesma competição profissional das primeiras séries ou divisões das diversas modalidades desportivas quando:

    a) uma mesma pessoa jurídica, direta ou indiretamente, através de relação contratual, explore, controle ou administre direitos que integrem seus patrimônios; ou,

    § 2o A vedação de que trata este artigo aplica-se:

    b) às sociedades controladoras, controladas e coligadas das mencionadas pessoas jurídicas, bem como a fundo de investimento, condomínio de investidores ou outra forma assemelhada que resulte na participação concomitante vedada neste artigo.

    *****

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    Gaburah

    Tenho certeza que, se tem alguém que vai se dar mal nessa história, esse alguém é o Botafogo.

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    Saulo

    Tudo vai depender da forma como a próxima diretoria vai lidar com a Traffic. Se for para trazer qualquer jogador que a empresa indicar sem nenhum critério, não adianta nada. A comissão técnica liderada por Ney Franco é qualificada e competênte. O problema é saber se a crise financeira do clube vai dar suporte aos reforços pretendidos.

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    Victor

    Tenho certeza que, se tem alguém que vai se dar mal nessa história, esse alguém é o Botafogo. [2]

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  6. Rafael
    12/12/08 - 15:35

    Nada disso é novidade.

    Como diz Arnaldo: “A regra é clara, mas é interpretativa”.

    A coisa mais sensata que li aqui foi da brecha que de algum jeito arrumaram na lei. Essa é uma das principais funções de um advogado.

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  7. Gaburah
    13/12/08 - 11:55

    O Blá Blá Gol em mais um show de cobertura!
    http://www.lancenet.com.br/clubes/BOTAFOGO/noticias/08-12-13/449995.stm?parcerias-da-traffic-podem-nao-acontecer
    Parabéns a todos que levam essa brincadeira aqui à sério!

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    Serginho Valente

    O Lance devia pelo menos pagar um cafézinho…rs.

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  8. Serginho Valente
    14/12/08 - 11:40

    Em tempo, com brechas ou sem brechas, o fato é que é quase impossível não dar merda. A legalidade dessa situação vai durar até um resultado esquisito, sendo ele lícito ou não, entre dois times “parentes” de um mesmo fundo de investimento desses.

    O que mais incomoda, é que provavelmente vão esperar acontecer pra tomar alguma atitude. E aí amigo, sabe-se lá o que isso vai proporcionar de manobras no futebol brasileiro.

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  9. Victor
    19/12/08 - 14:23

    Mais um que publica sobre:

    (infelizmente não há permalink para o post):
    Carlos Eduardo Eboli

    19/12/2008
    O rato dribla o gato

    Na mesma semana que o Ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, aprovou mudanças na lei Pelé que ainda passarão por uma avaliação no Congresso Federal, vimos o aumento dos tentáculos ferozes de um poderoso fundo de investimentos no futebol brasileiro, a Traffic.

    As alterações na Lei Pelé, que só serão apreciadas, em março do ano que vem, após o recesso parlamentar, tentarão diminuir a atuação de empresas, empresários e agentes no mundo da bola e visam proteger o clube formador. O curioso é que, hoje, estes mesmos clubes que pedem proteção, procuram parcerias e de uma certa forma se entregam de corpo e alma ao poder de investidores que, muitas vezes, atuam em várias instituições numa situação em que acho difícil evitar, no futuro, um grande conflito de interesses.

    E este é o problema e que fere a Lei Pelé no seu artigo 27 que diz o seguinte:

    “Nehuma pessoa física ou jurídica que, direta ou indiretamente, participe da administração de qualquer entidade desportiva poderá ter participação em outra na mesma competição.”

    Este é o caso da Traffic. A empresa, em 2009, vai atuar em cerca de 30% dos clubes que disputarão o Brasileirão do ano que vem. É a principal parceira do Palmeiras, ajudou o Fluminense a segurar o meia Dario Conca, investindo mais de 6 milhões de reais no clube carioca e tem jogadores no Flamengo, Avaí, Vitória e Atlético Mineiro.

    Ou seja, trata-se de uma teia de negócios que pode colocar em risco a credibilidade de uma competição.

    A empresa se defende e diz que atua apenas como consultora de muitos clubes e que investe somente no Palmeiras. Tudo bem que estamos próximos do Natal, mas eu já passei da idade de acreditar em Papai Noel.

    Enquanto os deputados pensam em alternativas de travar este avanço de território, os empresários fazem a festa e provam, mais uma vez, o quanto a estrutura da maioria dos nossos clubes é frágil e dependente.

    Quem sofre com isso é o torcedor que vê o seu time ser montado e desmanchado como um castelo de areia à beira da praia. As instituições não ganham patrimônio, porém muitos dirigentes engordam suas contas bancárias e vão embora para casa felizes da vida.

    Pelo visto, nesta briga de gato e rato, mais uma vez, os ratos vão deitar e rolar.

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    Saulo

    Um oligopólio é ruim em qualquer mercado. É bom ressaltar que esta notícia publicada no Globo tem outras intenções. A emissora tem medo de ficar na mão da Traffic na hora de negociar os direitos de transmissões das competições. Deveria se discutir também se uma empresa de telecomunicações tem o direito de monopolizar.

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    Victor

    Caro Saulo,
    até onde eu sei, passaram jogos em outra emissora, inclusive com comentários do seu ídolo Neto.

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    John

    Não entendi nada do comentário, principalmente:

    “Um oligopólio é ruim em qualquer mercado”

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  10. Serginho Valente
    19/12/08 - 16:26

    Capa da seção de Esportes de hoje no O Globo.

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