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Posts Tagged ‘Yuichi Nishimura’

Não estou nem aí para tecnologia auxiliando arbitragem

July 3rd, 2010 | 106 Comments | Filed in Copa 2010, Seleção Brasileira

Porque é assim que se rouba

Serviço limpo, coisa fina, perfeito. O primeiro tempo de Holanda 2×1 Brasil foi uma aula de como se roubar uma partida.  Espalhados por diversos pontos, os SMS blablagolianos explodiam em mensagens como esta ainda com 1×0 para o Brasil:

Brasil tem de jogar muito. O juiz tá comprado.

Seria necessário uma atuaçao de Edmundo e Figueirense contra Edilson Pereira de Carvalho. O primeiro gol brasileiro não pode ser evitado tamanha felicidade de Felipe Melo em passe de Gerson Canhotinha e o chute ligeiro de Robinho, mas o bom primeiro tempo brasileiro foi eclipsado pela arbitragem, matando o grande momento da equipe na partida.

A Holanda não se abateu com o gol e continuou seu respaldado futebol. A transmissão em HD permitiu verificar que os holandeses marcavam (sem dar combate) os brasileiros quase na risca da grande área canarinha. O Brasil que há 100 anos gira a bola com seus zagueiros próximo a linha do meio-campo (característica também peculiar dos clubes brasileiros) teve seu espaço suprimido. O contra-ataque que ficava a mão não saia, pois os holandeses que jogaram deitados e buscando o confronto viam o jogo ser parado a todo momento.

Penso que na Holanda o japonês é matéria obrigatória nas escolas, pois porque diabos o árbitro parava o jogo para conversar a todo momento com os holandeses não se explica (ou se explica…).

A Holanda voltou para o 2º tempo da mesma maneira que terminou seu 1º tempo. Desta vez, a arbitragem não precisou atuar. O jogo foi se desenrolando e a Holanda obteve circunstancialmente seu resultado esperado.

Felipe Melo é culpado por ser expulso, mas deveria ter a pena atenuada. Já no primeiro tempo, minha torcida era para alguém da comissão técnica perder o pudor e fazer qualquer merda, dar um soco no auxilar, sei lá. Não deixar nas mãos dos jogadores no 2º tempo. É muito escroto ser roubado sistemáticamente e aturar um time sonso.

Sonso e limitado. Se em 2006 o Brasil se humilhou diante da França pela vergonha e papelou que aquela geração protagonizou, ao menos viu um algoz elegante colocando a partida no bolso e jogando muita bola. Zidane desfilou em campo com categoria suprema e deu uma aula de futebol. Robben se ensinou alguma coisa a algum desportista foi a mergulhar.

É curioso que os holandeses que deram uma cabeceada a gol e mais nada jogaram com uma catimba suprema como se fossem PHD em… Libertadores.

E por falar em Libertadores, a competição para levar a alcunha de violenta e catimbada precisa comer muito feijão com arroz. Excetuando-se Coréia do Norte e Chile, os demais tiveram autorização para fazer o que bem entendessem com a Seleção Brasileira. Marfinenses e portugueses bateram até dizer chega. Holandeses jogaram com 12, catimbando despudoradamente. A violência e catimba nos jogos do Brasil destoaram inclusive dos demais da Copa do Mundo, que anda light e divertida.

Não houve roubo em Alemanha 4×1 Inglaterra e Argentina 3×1 México. Já em Holanda 2×1 Brasil não dá para dizer o mesmo. Aliás, eu nunca vi uma arbitragem tão descarada como essa. Vai saber se Juca Kfoury não estava certo…

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(*)Onde está dito que Felipe Melo deveria ter pena atenuada, entenda-se no contexto da roubalheira da partida, pois o que ele fez é coisa de cavalgadura

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