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Posts Tagged ‘Taça Rio 2008’

Eu ganho, nós empatamos, eles perdem

April 21st, 2008 | 23 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2008, Fluminense

Arrependi-me duplamente de uma coisa apenas ontem no Maracanã:

Deliberadamente não ter levado a máquina digital.

 

  1. O Maracanã estava lindo e o local que eu estava dariam excelentes fotos tanto do Maraca quanto do jogo em si.
  2. Com a máquinda daria para gravar o que eu e Robinson falávamos durante o jogo (mais especificamente o 2º tempo em sua plenitude) que será basicamente o que será lido na íntegra no texto que segue.

Tenho certeza que quem não esteve no Maracanã, ou não torce para Botafogo ou Fluminense, viu um jogo chato e modorrento ontem. Mesmo que esteve no Maracanã e torce para Botafogo ou Fluminense viu um jogo chato e modorrento ontem no 1º tempo.

Pegando os melhores momentos em qualquer jornal, é provável que encontre-se dois no 1º tempo: pênalti no Washington e chute na trave do Alessandro.

Já o 2º tempo começou com outros ingredientes.

Os melhores momentos foram raros também, só que este foi diferente do 1º, e como…

Começou com o Botafogo alugando meio-campo, mesmo sem levar perigo ao gol de Fernando Henrique. Túlio e Diguinho ditavam o jogo encurralando o Fluminense em seu campo.

A torcida do Botafogo sentia o mesmo e cresceu, e dessa vez, eu que tanto meto o malho em torcidas, sou obrigado a dar a mão à palmatória. A do Fluminense reagiu por conta própria e formou-se o caldeirão. Desta vez, garanto que não é exagero dizer que o Maracanã ferveu.

E quando Cuca preparava a primeira substituição, isso com o Botafogo já tomando conta das ações do jogo, contra um Fluminense que nem contra-ataque esboçava, Robínson já levantou a bola:

O Cuca vai bagunçar com o Renato. O Botafogo já domina e ele ainda vai renovar o fôlego do time.

Na mesma hora, veio à minha mente a lembrança da semi-final contra o Vasco, onde Renato resolveu segurar todos os titulares em campo para que estes cobrassem os penalties. Nesta hora, começou a bater o desespero. Comentamos que ao contrário do Vasco que era um time fraco e com um treinador recém-chegado, o Botafogo engoliria o Fluminense. Seria muito difícil e improvável um time encolhido sem renovação de pernas e pulmões segurar um time bom como o do Botafogo.

Estavamos atrás de Renato e a gritaria era:

Mexe no time, Renato. Deixa de ser babaca com essa porra de penalti e mexe logo nessa merda.

E o Cuca ia fazendo suas substituições, fossem elas por contusão ou escolha de seu treinador, o que importa é que o Botafogo jogava melhor e tinha tudo para jogar melhor ainda.

Mas aí, o futebol resolve dar uma mãozinha para Renato. Se o que o jogo se apresentava, se os gritos de torcedores, se nada disso adiantava para fazer o treineiro do Fluminense enxergar o óbvio e sair do seu esconderijo de deixar os cascudos (sic) em campo, o futebol enviou este sinal. Em uma arrancada do Junior Cesar, Alessandro levou um segundo amarelo e deixou o Botafogo com 1 a menos em campo, com bastante tempo de jogo. A previsão era de uma guinada de 180º, considerando que o Fluminense dispunha ainda de 3 substituições e a possibilidade de colocar seu time escalado para se defender jogando no ataque.

Mas, puta que pariu. Renato deixou a merda do seu time do mesmo jeito. Apenas ocorreu uma ligeira translação do jogo um pouco para o campo do Botafogo, absolutamente natural na condição de 1 jogador a menos.

Se nós já comentávamos antes da expulsão da necessidade do Renato colocar um outro atacante (que poderia ser o Allan ou avançar o Cícero lá para frente) para tirar o Botafogo de cima, imagine agora então com um a mais. Aí ficava gritante a necessidade de se colocar Tartá e Allan, e tome correria para cima do Botafogo.

Renato não fez isso, e de repente… gol do Botafogo.

Explosão de um lado da arquibancada. E uma explosão que não deixa que o outro lado cogite abafar. Primeiro porque era a vibração da torcida do time que buscava o jogo, segundo porque só encontrou sua explosão em um momento de adversidade. E do outro lado, a torcida que apoiou teve de se calar frente a apatia (eufemismo de burrice) de seu treinador que com um a mais, com o elenco mais caro e escolhido por ele (não venham falar de desfalques. Dois atacantes de fora apenas) tentava deliberadamente segurar o Botafogo para decidir nos penalties.

O treineiro do Fluminense é um bobalhão. Faz uma pose dos infernos na beira do campo. Em diversas ocasiões pelo Blá blá Gol, comentei em jogos que o Fluminense tomava um gol no 1º tempo, Renato bobalhão mandava o time para o aquecimento. Sempre, invariavelmente. Parece que para o treineiro, substituições são instrumentos de punição/premiação (outra palhaçada dele é essa de ficar colocando o Roger para entrar em jogos que não valem nada e definidos aos 40 e tantos minutos do 2º tempo). Como bem disse Robínson, é inadmissível que um treinador não utilize as substituições em uma partida de futebol nos dias de hoje, em ordem de grandeza aproximada, renova-se quase 30% do time.

Então, lá para 40 e tal, o vacilão coloca o Tartá. E para falar disso, prefiro tentar reproduzir o que Cuca disse na coletiva sobre isso:

O Renato substituiu bem. Quando entrou o Tartá, ele e o Junior Cesar conseguiram nos dar trabalho e levar perigo pelo nosso lado direito que tinha perdido o Alessandro.

Fazendo uma tradução livre aqui, podemos ler a frase da seguinte forma:

Se o Renato coloca o Tartá assim que o Alessandro fora expulso, estavamos fudidos. Teria de rebolar para segurar o Tartá e o Junior Cesar pela nossa direita

E comentei com Robínson que tinha certeza que o Cuca sabia que o Renato não mexeria no time com o jogo empatado. Renato fez isso contra o Vasco, que oferece muito menos perigo que o Botafogo. Não se exporia contra o Glorioso.

A torcida do Fluminense teve de sair pianinha do Maracanã. Nem mesmo esboçar o orgulho bobo dos vascaínos ao perderem a semi-final com a superação de sua equipe ouo chororô do Glorioso contra os rubro-negros, já que contou com um pênalti a seu favor e duas expulsões do adversário.

Viu um adversário merecedor da vitória e se viu merecedor da derrota.

****

A tarde trágica de Renato poderia parar em campo. Mas o arrogante-mor do futebol carioca resolveu ser o campeão da estupidez ontem ao dar entrevista coletiva.

Primeiro, Renato confirmou o medo. O medo foi treinado e orquestrado. O Fluminense não entrou recuado pela falta de atacantes (na verdade, dois desfalques já sabidos há mais de um mês) e sim por vontade e medo do treineiro:

Na expulsão do Alessandro, eu adiantei o Cícero. Gosto de futebol ofensivo, mas se eu coloco o Cícero na frente desde o início, a gente ficaria com quatro jogadores que não marcam. E eu não sou burro, pois o forte do Botafogo é o meio-de-campo. (Renato Gaúcho)

Depois vieram os festivais de “eles perderam”:

Para variar, Renato sempre explica o que faz, mas nunca erra. Como sempre, ele vem dizer que o Fluminense tomou um gol de desatenção e que isso não pode acontecer (sei lá, mas acho que se não fosse por desatenção, todos os jogos terminariam empatados em 0x0 – para Renato o gol não saiu porque o Fluminense deu o campo por opção sua ao Botafogo).

Também, sem querer colocar culpa no jogador (sic) disse que um lance do Tartá em que ele não driblou o Castillo para sofrer pênalti comprovava que ele estava certo em não colocar o menino na fogueira:

Não adianta botar um garoto e queimá-lo. O próprio Tartá poderia ter driblado o goleiro naquele lance no fim do jogo, mas ele não tem experiência e não podemos jogar a culpa nele.

E o caso do Washigton então. Esse foi o pior. Os de cima podem até passar (com muita boa-vontade) por ato falho. Mas o comentário à respeito do pênalti foi a mais cara-dura de tirar o dele da reta:

Eu vou conversar com eles na terça-feira para saber o que aconteceu. Antes do jogo, eu havia conversado com Thiago Neves, Conca e Gabriel. Eles deveriam decidir entre eles quem bateria um pênalti, caso houvesse. Não era para ter sido o Washington, que não estava nas melhores condições. Só que, na confusão, quando vi, o Washington é que estava com a bola, e naquela hora eu não poderia gritar mandando ele não não bater, porque ia tirar toda a moral do jogador.

Que porra é essa de conversar com eles na terça-feira?

Cara-de-pau, hipocrisia do diabo. Em conversa com Gabão depois do jogo, o mesmo levantou a seguinte questão:

Ué? Se o pênalti foi no primeiro tempo, por que ele não falou no intervalo?

Outra coisa:

Washington era um dos piores em campo, assim como no jogo contra o Vasco. Possivelmente sentia sua contusão. Mas mesmo assim, Renato fez questão de mantê-lo para cobrar os penalties contra o Vasco, e fazia o mesmo contra o Botafogo. Que história é essa agora que seu artilheiro não é cobrador de penalties? E se essa historinha é verdade, que porra é essa que não pode mandar ele não bater. Se o Renato tinha tanta convicção assim que o Washington não deveria cobrar o penalti, porque não pedir para o capitão Luis Alberto ir lá e desautorizar que o artilheiro cobrasse?

Sem contar que Washington bateu e fez contra o Vasco na semana anterior. Sem sacanagem, alguém acha que um jogador profissional, artilheiro do time, precisa de uma preparação especial para cobrar penalties em um jogo específico. O cara perdeu o penalti e pronto. Por nenhum motivo em especial. Simples assim.

O Washington deveria ter sido substituido no jogo, não por ter perdido o penalti, mas porque não conseguia dar seqüências às jogadas. Deveria ter sido também contra o Vasco. Mais erros na conta do Renato.

A crítica maior de Serginho Valente a Renato, é que ele despiroca-se todo na hora de decidir e mexr no time. Tem medo de decidir. Fez de novo contra Vasco e Botafogo. Teve o desprazer de levar o jogo contra um time reconhecidamente mais limitado para os penaltis (e teve de se dar por satisfeito pelo jogo apresentado) e uma derrota incontestável para um com melhor futebol. Teve o jogo do Vasco como aviso e não aprendeu. Teve a exspulsão de Alessandro e não aprendeu. Renato na berlinda.

****

Outra coisa é não minimizar essa derrota no Estadual. Ela não é só um sinal de alerta vermelho. Vejamos o que essa derrota para o Botafogo representa:

  1. Uma freguesia começa a ser escrita. 3 vitórias do Botafogo sobre o Fluminense, duas decisivas, onde em nenhuma delas o Fluminense mostrou que ao menos poderia fazer sombra ao Alvinegro
  2. Com dois anos seguidos de decisão entre Botafogo e Flamengo, o Fluminense com todos os seus investimentos, vê este clássico se tornando o principal do Rio.
  3. O Fluminense se vê na condição de ter delegado poderes ao Botafogo. Resta agora apenas torcer para que o Alvinegro vença o Flamengo para manter a dianteira no número de conquistas de títulos estaduais sobre os rivais cariocas.
  4. A conquista da Copa do Brasil e a 4ª colocação no Brasileirão 2007 foram conquistados mais na base em se fazer difícil de ser derrotado do que de um time que busque a vitória (ao contrário da 3ª posição rubro-negra no mesmo Brasileirão). Os jogos únicos e decisivos contra o Botafogo mostraram deficiência do time quando este é testado contra um equipe boa (mas que nem mesmo é confiável) na obrigação de buscar a vitória

Para ganhar a Libertadores, o Fluminense terá de superar mais 4 adversários. Certamente contra um ou dois desses, o Tricolor deverá buscar um resultado. Ainda deve uma demonstração que consegue fazer isso.

Reanto classificava seu time do ano passado como verde para a Libertadores. Mas será que o próprio também não é?

****

Renato é um ídolo da torcida do Fluminense. Além de ser um cara que tem bom trato com a mídia. Essas características mascaram suas deificiências e, o seu jeito descontraído somado ao fato de falar bem encobrem a falta de humildade.

Continuo achando que faria um bem danado ao Fluminense que Renato comandasse o time lá de cima. Ele arma bem o esquema defensivo, e acho que menos preocupado em fazer jogo de cena à beira do campo, entenderia um pouco mais o que é necessário para colocar o time para vencer.

Aliás, comandar a equipe do alto é um conselho que deveria ser extendido a todos os técnicos de futebol. O campo é muito extenso para ter algum ganho do cara tentar controlar dali de baixo, com o agravente do sujeito não ver direito a partida e ainda se deixar levar pelo calor do jogo.

 

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Passou o Fogão

April 20th, 2008 | 45 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2008, Fluminense, Futebol, Musas

Antes de mais nada, este post é dedicado ao lesionado Boca-de-Aratéia, emérito babeça-de-bagre alvinegro, mais uma vítima do calabouço Peixotão. Boa recuperação!

512647-7532-cp.jpgE foi assim, um jogão principalmente no segundo tempo. Vi uma entrevista do Renato ao fim do jogo onde alinhava seu pensamento ao meu: qualquer um dos dois times poderia ter passado. Quis o destino que fosse o Botafogo, com um gol de oportunismo do polêmico (pra dizer o mínimo) Renato Silva.

Aliás, abro aqui um parênteses: vi poucas comemorações tão emocionadas de um gol quanto a do zagueiro. Os olhos do cara brilhavam, sua comemoração era eufórica, descontrolada, incontida… um êxtase. Renato Silva – com aval do Cuca – persegue um gol há muito tempo, provavelmente pra fazer um filme com a torcida. Quem diria que seria um gol tão importante como esse! Só peço encarecidamente que ele não se empolgue, pois via de regra gol de zagueiro é fruto de elemento surpresa, e chegadas do Renato Silva na área já deixaram de ser surpresa há muito tempo – para desespero da torcida.

Mas desta vez valeu. E como valeu!

Vou deixar a análise do Fluminense para quem de direito, mas destaco que foi um belo adversário mesmo quando o Botafogo INEXPLICAVELMENTE perdeu a razão, a cabeça, a esportividade e o bom-senso no fim do jogo. Só posso encontrar alguma explicação no destempero do time – com duas expulsões infantis, carrinhos totalmente desnecessários, jogadas duras e muito bate-boca – na vontade que já tá quase virando paranóia de conseguir ser campeão de alguma coisa. Só pode ser isso. O time está tão traumatizado por sempre ser (um dos) favorito (s) e não ter ganho nada, que a menor possibilidade de perder desequilibra todo mundo.

Isso me preocupa. Resultado: dois jogadores importantes fora da final (não sei se Jorge Henrique pega um jogo só por aquele absurdo), Castillo machucado (jogou no sacrifício absoluto – numa perna só! – pelo menos os 10min finais) e preocupação sobre qual o time que enfrentará o framengo: o Botafogo equilibrado e redondo dos últimos 4 ou 5 jogos ou o Botafogo destemperado da final da Taça Guanabara.

Achei o árbitro um cara meio confuso, mas que se errou, errou para os dois lados. Não vi o lance do pênalti, pois ontem foi um dia de amargar e eu estava no bagaço, dormi o primeiro tempo inteiro.

Pelo menos hoje foi o Marsiglia. Mas aturar o Galvão genérico é tão triste quanto aturar o original.

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Torcedor “ilustre”

April 18th, 2008 | 18 Comments | Filed in Botafogo, Fluminense, Futebol

Viadão do Big Brother torcendo pelo Fogão

O Big Brother enche o saco até depois de terminar. Agora inventaram um novo alvi-negro para a decisão. Sei não, mas acho que os torcedores não vão gostar disso.

O Botafogo é o time mais injustiçado do Brasil, assim como eu fui no Big Brother.

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ATUALIZAÇÃO:

O Fluminense não fica muito atrás em matérias de torcedores(as?) esquisitos(as?)

Roberta Close - Fluminense

Sou Fluminense desde que era menino.

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Botafogo x Fluminense – Final da Taça Rio 2008 – Ingressos

April 17th, 2008 | 7 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2008, Fluminense, Futebol

Botafogo x Fluminense - Final da Taça Rio 2008

Venda de ingressos antecipados

Preços:

  • Arquibancadas verde/amarela/branca -> R$40,00
  • Cadeira -> R$20,00
  • Cadeira Especial -> R$ 150,00
  • Vale a meia-entrada de estudantes em todos os setores
  • Gratuidade nas cadeiras azuis para crianças menores de 12 anos, idosos, deficientes e ex-combatentes

Postos de Venda:

  • BILHETERIA 5 MARACANÃ (Av. Maracanã)
  • SEDE DO FLAMENGO (GÁVEA)
  • ESTÁDIO CAIO MARTINS (Niterói)
  • SEDE DO FLUMINENSE (LARANJEIRAS)
  • ESTÁDIO JOÃO HAVELANGE – BILHETERIA NORTE SEDE DO BOTAFOGO (GAL. SEVERIANO)
Quem vai à final do Carioca
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Quem será o mandante da Final da Taça Rio?

April 13th, 2008 | 13 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2008, Estrutura, Fluminense, Futebol

O que diz o regulamento do Campeonato Carioca à respeito do mandante do jogo:

Art. 9º – Os jogos do primeiro e segundo turno serão disputados nos estádios indicados, quando da aprovação da tabela, e as semifinais e finais, bem como os chamados “Clássicos”, serão jogados no Estádio Mário Filho.

§ 1º – Terão o mando de campo das partidas as associações colocadas à esquerda da tabela, com exceção dos Clássicos, semifinais e finais, que não terão mandante.

Não terão mandante é a puta que os pariu.

Vamos ao que diz o Estatuto do Torcedor (as colocações abaixo estão editadas para não fugir do foco. o link traz o estatuto completo)

Art. 13. O torcedor tem direito a segurança nos locais onde são realizados os eventos esportivos antes, durante e após a realização das partidas.

E quem é responsável pela segurança do torcedor em evento esportivo?

Art. 14. Sem prejuízo do disposto nos arts. 12 a 14 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, a responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus dirigentes

E qual é a entidade de detentora do mando de jogo?

Art. 15. O detentor do mando de jogo será uma das entidades de prática desportiva envolvidas na partida, de acordo com os critérios definidos no regulamento da competição.

Onde entra a responsabilidade da entidade responsável pela organização da competição?

Art. 19. As entidades responsáveis pela organização da competição, bem como seus dirigentes respondem solidariamente com as entidades de que trata o art. 15 e seus dirigentes, independentemente da existência de culpa, pelos prejuízos causados a torcedor que decorram de falhas de segurança nos estádios ou da inobservância do disposto neste capítulo.

Então, que porra é essa de não terão mandante?

Determinar o mandente do jogo acarreta em pelo menos duas implicações:

  1. Um dos clubes será o responsável legal pela segurança do torcedor
  2. Tanto Botafogo quanto Fluminense tem programas de sócio-torcedor, onde no valor pago no serviço estão incluso todos os jogos com mando de campo de sua equipe. Ora bolas, independente de qual clube seja o mandante, há torcedores que terão o direito de entrar utilizando seu cartão de sócio-torcedor sem a necessidade de pagar mais por isso.

Eu gostaria de saber se há alguma forma para reclamar sobre essa situação que não dê muito trabalho.

Gostaria de saber quem deveria ser o responsável para fazer valer este direito do Consumidor.

 

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Botafogo classificado

April 13th, 2008 | 85 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2008, Flamengo, Futebol

Num jogo sem resultado tão imprevisível quanto o de ontem, onde visivelmente o framengo sentiu o cansaço da viagem do meio da semana, passou o Botafogo à final da Taça Rio.

O cansaço do urubu ficou mais evidente no segundo tempo, quando o Botafogo já começou em cima e conseguiu várias chegadas ao ataque sem maiores interferências da zaga e do meio-campo rubro-negros. Ainda assim, o Botafogo deu alguns moles horrorosos na marcação em que se não houvesse condição de impedimento do framengo a coisa poderia ter complicado.

Achei Túlio e Alessandro particularmente apagados no jogo de hoje, mesmo com o segundo tendo feito o seu – depois de perder um de bobeira. Bom foi ver Leandro Guerreiro de volta, já com a categoria de sempre apesar dos mais de quatro meses fora.

Pelo framengo, Toró fazendo as lambanças de sempre e inclusive deu um pênalti totalmente desnecessário ao Botafogo, que por mais que o Galvão e o Wright afirmem que não foi, eu afirmo que foi: Toró se jogou contra o corpo do Wellington, deu-lhe uma ombrada, levou a pior e acabou caindo primeiro.

Mas já era tarde e não foi isso que definiu o resultado da partida. A impressão é que o Botafogo ganharia mesmo, ainda mais pela aparente falta de interesse do framengo no resultado. Jogar classificado tem essas vantagens.

Foi uma partida cordial, sem lances mais violentos ou bate-bocas desnecessários. Ganharam o futebol e o torcedor.

*****

Quanto à transmissão da Globo, aturar Galvão Bueno, Wright (que ficou preocupado em falar mal do juiz o segundo tempo inteiro, e louvar suas táticas de arbitragem no tempo em que apitava) e Sononô de uma vez só é dose pra leão. O PFC me sacaneou, porque mandou a programação da semana e constava o jogo. Tive que me sujeitar ao Trio Parada Dura e mais uma vez ouvir o carnaval de bobagens, o festival de besteiras que assolam o país.

A última novidade da Globo é o fundo musical orquestrado dos cantos das torcidas, uma palhaçada sem tamanho que me deu vergonha alheia (principalmente porque o malandro lá responsável por apertar o botão nunca acertava o tempo da torcida).

Galvão soltou que a Globo vai iniciar uma campanha junto à FERJ (segundo ele, assim como a campanha por canções mais família nas arquibancadas) para reduzir o número de bicões (sic) em campo nos jogos de futebol.

Minha pergunta é: saem apenas crianças, convidados e dirigentes ou também será reduzida a massa cada vez maior de repórteres, fotógrafos, cabomen e imprensa de maneira geral? Porque do contrário, a impressão que fica pra mim é que a imprensa só está querendo arrumar mais espaço pra trabalhar…

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Semi-finais da Taça Rio

April 10th, 2008 | 50 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2008, Futebol

Semi-Finais da Taça Rio 2008

Qual será a final da Taça Rio
Total Votes: 135 Started: April 10, 2008 Back to Vote Screen

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Fluminense 2×1 Vasco – Melhores Momentos e considerações sobre “torcidas”

March 24th, 2008 | 46 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2008, Musas

Como os demais vascaínos que frequentam os Blá blá Gol ao saberem a escalação da equipe para o clássico, fomos somente eu, Robinson e Serginho. Tacitamente ficou acordado que ficariamos no lado tricolor do Maracanã.

Serginho não se opôs (acho inclusive que se ele fosse sozinho ou apenas com vascaínos proporia a mesma coisa). Mas fez a ressalva que só aceitaria caso fossemos para a “Garra Norueguesa”.

Fomos para lá, de onde vimos a interessante preliminar

Garra Norueguesa 01

Garra Norueguesa 02

Infelizmente, um de nós que não lembro quem foi, previu:

Áánhh… êu ácho que vái cxhôvêr…

Deixamos a “Garra Norueguesa” e fomos buscar outro ângulo do campo.

Se não éramos mais espectadores tão privilegiados, ainda assim não havia do que nos queixarmos

Torcedora do Fluminense

Além do que, neste novo local, pudemos ver com mais detalhe as Concas das tricolores.

Concas das torcedoras tricolores

Por conta do Blá blá Gol ser acessado livremente antes de 23:00, a foto com as Aroucas das tricolores foram censuradas. Em seu lugar, colocaremos um clôse da torcida “Garra Norueguesa”. De fato, tem Organizadas que são uma violência sem tamanho.

A torcida do Fluminense é de uma violência ímpar

Quanto foi o jogo?

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Muito interessante a instalação de mesas de centro nas arquibancadas do Maracanã.

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O Blá blá Gol é um espaço altamente democrático, mas peço encarecidamente que os rubro-negros do blog não postem fotos dos Torós de seus torcedores.

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Ainda sobre as torcidas, há considerações curiosas:

A torcida do Vasco estava em maior número (chutando, uns 2/3 no barato), mas curiosamente, a impressão que tivemos é que na arquibancada branca (sem distinção de preços para as demais) a torcida do Fluminense era maior.

O que deixou pertinente a observação de Serginho ao subirmos a rampa pelo lado do Belini junto com torcedores do Fluminense, de que essa geografia, facilitava para que os tricolores ocupassem tal parte (e aconteceu isso). Extrapolando, isto favorece a torcida do Flamengo a ocupar tal parte do Maracanã quando joga lá.

Outra que pude constatar foi o comportamento da facção Força Jovem. Definitivamente, quem fica em Organizada (a “Garra Norueguesa” é a exceção que confirma a regra) se sente mais torcedor que os demais. Uma estupidez sem tamanho. Talvez o caso desta facção da torcida do Vasco seja o caso mais extremada, por não ter outras que sejam significativas em tamanho (as facções flamenguistas brigam entre si, o que é o problema que traz maior queixa dos rubro-negros de bem, enquanto as de Fluminense e Botafogo tem tamanhos insignificantes, o que diversificam as mazelas trazidas por ela, não gerando uma unanimidade sobre o que reclamar).

Os donos da torcida do Vasco no entanto, com uns 20 mintuos de jogo ainda por jogar, perdendo de 2×0 (quer dizer, nada que fosse impossível correr atrás) calou-se assistindo o passeio do Fluminense sobre o Vasco. Com uns 30 e poucos começa a debandar do Maracanã.

É bom deixar esse registro aqui, não para aqueles que são de fato filiados de tais facções. Esses são casos perdido. Mas há vida inteligente orbitando em volta desta gentalha que por vezes se deixa levar ou pela empolgação, ou pelo sentimento participativo, em síntese, pelo comportamento de turba. É para esses que eu escrevo, que esses só fazem marola. O barulho que se orgulham em fazer visa exclusivamente a rivalizar com a facção do outro time (em alguns casos do mesmo) que está no outro lado. Não vi apoio nenhum ao time quando este tomava um passeio totalmente recuperável (ainda mais contra um time com Fabinho no lugar de Thiago Neves).

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Aguardo ansiosamente por Fluminense x Botafogo

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A parte menos interessante do jogo, dentro das quatro linhas, foi postada em outro artigo.

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Botafogo quebra jejum

March 17th, 2008 | 79 Comments | Filed in Futebol

Depois de 4 anos e 15 jogos (sem nenhuma figura de linguagem) o Botafogo volta a vencer o Flamengo num jogo de futebol.

O jogo foi bom, tenso e catimbado como se esperava. Com 2 minutos de jogo, ambos os goleiros já tinham salvado suas equipes. O Flamengo com o meio campo terror do Joel (Jaílton, Gavillan, Jônatas e Toró) dependia apenas do Renato Augusto, que voltou bem. Em uma trapalhada dos 4 patetas, ajudados pelo zagueirão Leonardo, o Botafogo abriu o placar. Renato Augusto fez bela jogada, Castillo defendeu, na volta o Renato chutou de novo mas o zagueiro agora salvou. O empate do Fla e desempate do Botafogo vieram em pênaltis bem marcados.

Mas o grande momento do equilibrado 1º tempo foi quando o “inocente” Túlio foi enganado pelo “experiente” Toró. Muitos se apegam à esse detalhe do fair play, mas eu ainda não entendi o lance que originou a “bola ao chão”. O jogador do Botafogo deu uma furada bizarra e o Flamengo ia com a bola dominada com 3 possibilidades de jogada em diração ao gol com o Botafogo desarrumado lá atrás. Mas o juiz parou o jogo. Queria ver se fosse contra o Botafogo.

Toró na mesma linha em passe de ObinaNo primeiro lance do 2º tempo, uma bela jogada do Flamengo, Obina rola de calcanhar e o Toró faz o gol. Não fica claro no momento do passe (não vi o tira-teima), mas o bandeirinha marca o impedimento, lance difícil. Queria ver se fosse contra o Botafogo.

De qualquer forma o Botafogo foi melhor na segundo etapa, com mais organização e mais chances de gol. Apenas Léo Moura jogou pelo Flamengo no 2º tempo. O Botafogo chegou ao 3×1 com a cabeçada do Jorge Henrique de 1,5 m de altura. Bruno salvou uma outra cabeçada do mesmo e um chute de longe. Joel fez algumas substituições que não resultaram em nada.

Léo Moura recebe uma falta na qual o jogador do Botafogo poderia ser tranqüilamente expulso, mas fica só no amarelo. O Flamengo dimunui na cobrança dessa com Thiago Sales de cabeça, de novo. Ainda não vi se o garoto é bom zagueiro mesmo, mas 4 gols em 4 jogos é de se notar. Áh… o lance foi normal, difícil, mas dessa vez o bandeirinha acertou.

Na seqüência, Castillo fez a mesma burrada de reter a bola e os jogadores do Flamengo fizeram a mesma burrada de sair correndo para “agilizar”. Toró, que parece que realmente não gosta de uruguaio, deu um chute de biquinho no goleiro e depois foi, cinicamente, ver se ele estava bem. Pra mim, foi o quê de pior aconteceu no jogo. Toró deveria pegar 120 dias.

O nervosismo no final é normal em clássicos. Jônatas foi bem expulso. O cabeça-de-área não fez nada o jogo inteiro, só correu pra brigar. Obina, retardado, também foi bem expulso. Deveria pegar 120 dias.

Só o que me espanta é que Souza, Toró, Jônatas, já escutei até que o Bruno… todos são marginais, tudo bem. Mas Túlio, Castillo, Jorge Henrique e Cia. são anjinhos.

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Botafogo 3×0 Voltaço

March 10th, 2008 | 4 Comments | Filed in Botafogo, Futebol

Achei que não mereceria tópico exclusivo, haja visto que foi uma vitória sem maiores surpresas, mas reconsiderei.

Valem os destaques:

  1. Wellington Jr e Renan, dois jogadores da divisão de base do Botafogo, donos da partida de ontem. É bom ver a garotada entrando e jogando com moral. Wellington Jr fez um e deu passe para outro, além de chacoalhar a defesa do Voltaço. Renan joga seguro, grita com o time o tempo todo. Mais um goleiro que tem o estilo que eu gosto: participa do jogo, arruma o time, arruma a zaga, chama a marcação. Uma pedra que tem que ser lapidada com bastante atenção, pois o garoto é realmente promissor.
    Ainda assim Gatti seria bem-vindo no elenco. E digo porquê: Renan não ia jogar, pois foi convocado pela seleção sub-sei lá o quê. O Botafogo precisou implorar a liberação do garoto pra que pudesse jogar, senão ia de Marcos Leandro mesmo (Roger e Lopes – que nem conta, coitado – continuam no estaleiro). Precisamos depender disso sempre que Castillo e Renan forem convocados ao mesmo tempo? E será que é válido tirar a chance do garoto sempre que for convocado? Perguntas, perguntas, perguntas…
  2. Atendendo ao pedido e ao argumento sensato de Paulo Affonso, vou dar uma trégua ao Cuca. Esperarei calmamente o desfecho dos acontecimentos, pois também:
  3. Gostei da disposição do time em campo. Citando Alex Escobar, do SporTV, “o Botafogo mostra que enfim entrou no segundo turno e que a final da TG ficou no passado, pois o resultado da apatia ainda pôde ser visto contra o América onde o time não jogou bem”. Aliado à isso, reitero a nova situação do América, com treinador novo e tal, e que tenta desesperadamente sair da triste situação em que se encontra.

VAMO LÁ FOGÃO!

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Tulio MaravilhaE por falar em Botafogo e Volta Redonda:

Túlio Maravilha faz mais quatro e dispara: “Chego aos 880 gols em 2008” (…) “Quero fazer o gol 1000 com a camisa do Botafogo ou do Vila Nova.”

Túlio foi, é e sempre será o Túlio Maravilha.

VAMO LÁ FOGÃO!

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