Segunda feira passou e com ela se foi a ressaca da final da TG.
Hoje começa tudo de novo. Aliás, já deveria ter começado no próprio domingo, após o resultado da partida contra o Framengo.
Toda esta situação parece ter ganho vida própria e saído de controle de todos, lamentavel e principalmente do controle do próprio Botafogo.
A tristeza, amigos, é legítima. O choro é legítimo. E o título do Framengo também é legítimo, apesar de maculado pela atuação equivocada do árbitro da partida – que é um ser humano e portanto suscetível a falhas.
Digo isto porque não sou partidário das teorias da conspiração que pipocam de todo o lado, desde as páginas de bate-papo da internet até a sala da Presidência do Botafogo. Bebeto, um ídolo alvinegro para mim (e todo mundo sabe disso), na minha opinião errou sim ao tomar aquela atitude precipitada e passional – mas também é um ser humano suscetível a falhas, e acima disso um torcedor apaixonadíssimo pelo Botafogo. Tem e sempre terá a minha confiança, respeito e admiração, não só pelo que fez e faz pelo Botafogo, mas também pelo que representa para o esporte brasileiro.
Voltando à arbitragem, a verdade nua e crua é que o senhor juiz afinou por sentir a pressão do jogo. O preparo dele é indiscutível, senão não estaria estreando o escudinho da FIFA justamente no domingo. E talvez isso também tenha atrapalhado sua performance. Qualquer coisa dita além disso, pra mim é mera especulação vazia.
Onde diabos você quer chegar, Gaburah?
Quero chegar aqui: CHEGA DESSA PALHAÇADA, PORRA!
Foi bonito ver que todos estavam realmente chateados com a derrota, o brio ferido dos jogadores que jogaram pra cacete domingo, o apoio e reconhecimento da diretoria ao grupo e tal.
Mas tudo passou do ponto.
Nessa hora, onde os contratempos, imprevistos e “injustiças” se impõem, alguém tem que tomar o pulso da situação, levantar os caras, dar um belo esporro pra acordar a rapaziada e usar tudo isso pra dobrar a motivação dos profissionais. E chamo a atenção para profissionais porque parece que estão se esquecendo do que são.
Acabou o jogo, o time perdeu. O certo é: queremos mais do que tudo ganhar o segundo turno e fazer a final do Estadual contra este mesmo Flamengo, campeão legítimo da TG. O errado é: “Quero ir embora. O presidente foi, se pudesse eu ia também”… Ou “Me tira do jogo, professor”… Sério mesmo, estão confundindo tristeza com entreguismo.
Já falei isso. Um técnico de verdade não teria deixado essa situação se estender nem 1h depois do jogo. Estaria sim preocupado em canalizar toda essa frustração e energia para motivar o time a avançar que nem boi doido pra cima do segundo turno. Seria linda uma final de Estadual contra o Flamengo nestas condições.
Ao invés disso, vemos (com vergonha) o técnico chorando nas entrevistas, dizendo que quer ir embora, jogadores dizendo que não aguentam mais, que querem ir embora, torcedores concordando com a especulação estapafúrdia de tirar o time do campeonato, que não vão mais aos estádios…
A melhor maneira de resolver um problema é enfrentá-lo. Ao contrário disso, sempre que aparece um problema a primeira reação é contestá-lo. E todo aquele tempo e energia que poderiam estar sendo milhões de vezes mais bem empregados na retomada do caminho acabam se perdendo no tempo em que as pessoas levam pra perceber que falar não vai mais adiantar de merda nenhuma (o que geralmente leva muito tempo).
De minha parte não compactuo com esse clima de entrega que se abateu sobre o Botafogo de Futebol e Regatas. Pra mim, tudo que está acontecendo é a verdadeira prova de fogo para um time que quer ter espírito de campeão.
Chega dessa choradeira de merda. Confio no meu time e nos jogadores que lá estão (e como sempre afirmo que reforços são bem-vindos e necessários).
Parabéns Framengo. Vamo lá Fogão!