A disputa do turno Carioca não apresenta surpresas, Vasco, Fluminense, Flamengo e Botafogo farão a alegria da cariocada no Carnaval.

No sábado, o clássico marcado por jovens jogadores dribladores de Vasco e Fluminense e na quarta-feira de cinzas o duelo entre Golias e David com Flamengo e Botafogo.

Os 4 times chegam às semi-finais da Taça Guanabara sem maiores sobresaltos nos confrontos contra pequenos. A movimentação do turno ficou por conta dos clássicos cheios de gols e a queda de Estevam Soares.

Pelo retrospecto, o Vasco da Gama leva vantagem sobre o Tricolor por ter apresentado similar entrosamento no sistema de jogo, mas tendo brilhado em clássico. Ambas as equipes destacaram-se em seus sistema defensivos. Difícil avaliar a diferença de qualidade dos dois times, uma vez que o Vasco é uma equipe formada recentemente e foi bem nestes primeiros testes, clássico incluso, o que leva a crer serem equiparadas neste quesito.

Já Flamengo e Botafogo diferem nitidamente na qualidade de elenco. Entretando, a goleada sofrida pelo Botafogo no clássico contra o Vasco pode mascarar as dificuldade que o Flamengo encontrará. Ambas as defesas sofreram 13 gols, sendo que a rubronegra viu distribuição destes gols sofridos de forma mais homogênea denotando falha sistemática em seu sistema defensivo aliviado pelo brilho do Império do Amor. A mudança de comando no alvinegro traz maior surpresa de como o Botafogo se sairá no clássico, lembrando que a essa altura, além de Joel já ter conhecimento do que tem em mãos, o time já assimilou mudanças.

Deixemos os palhaços fora do Maracanã

As semi-finais do 1º turno podem referendar os jovens talentos de Phillippe Coutinho, Maicon, Vinicius Pacheco e Caio ou consagrar Dodô, Fred, Adriano e … “Loco” Abreu(?)

****

Não é novidade que as semi-finais da Taça GB sejam jogadas no sábado e quarta de Carnaval. Já foram sem nenhum prejuízo de público e interesse, e não serão nesse. Não há porque questionar essas datas. As festas não se subtraem, pelo contrário, sobrepõe-se.

Mas jamais desconfiemos da capacidade de quem organiza o campeonato quizumbar a festa como ensaiaram em jogos ridículos de grandes contra pequenos na 1ª fase.

Se não fizerem por nós, gado de sempre, façam pela gringalhada por aí soltando dólares, euros e ienes.

Definido quem decide em casa. Por sorteio, decidem em casa, Corinthians e Vasco.

Não faço a menor idéia sobre ser vantagem fazer a segunda em casa. Nem ao nosso senso comum podemos apelar, uma vez que teremos mais acesas na mente como referência, as fases de mata-mata dos Brasileirões pré-2003.

Acontece que esta contagem é viciada, uma vez que invariavelmente, o time de melhor campanha jogava em casa a 2ª partida. Podia pesar na classificação, o fato dele ser um time, de forma geral, melhor.

Neste caso, a Copa do Brasil é um torneio perfeito para retirarmos os dados para essa análise, uma vez que à partir de determinada fase, não há vícios na amostragem.

Temos que eliminar as primeiras fases, onde os cabeças-de-chave mandam os segundos jogos em casa, com a possibilidade, inclusive, de nem jogá-los.

Até mesmo a UEFA Champions League não vem a ser uma amostragem perfeita, uma vez que o 2º jogo tem prorrogação e aí entram um outro fator que deixaria mais complexa a análise. Em caso de prorrogação, joga-se 57% do tempo na casa de um contra 43% na casa de outro. A dificuldade é mensurar uma relação entre “vantagem de jogar em casa x vantagem do gol fora para o visitante”.

Caso alguém tenha visto já algum estudo sobre esses dados da Copa do Brasil (algo totalmente possível de ser feito, fica de sugestão para jornalistas caso não exista), gostaria de vê-lo.

****

Noves fora a questão acima, eu vejo certo favoritismo para Sport e Botafogo.

Mas longe de serem barbadas.

Dos grandes que cairam, o Corinthians é definitivamente o que vem lidando com isto com mais competência, tanto que tem feito uma temporada sem maiores traumas. Na própria Copa do Brasil superou uma adversidade ao vencer o Goiás em São Paulo depois de ter perdido por 2 no Serra Dourada. Acontece que o Botafogo vem apresentando um futebol bom. Futebol de Primeira Divisão. É favorito porque o time é melhor. Aliás, é o melhor dos 4 que disputam as semi-finais.

Na outra semi-final, o ano do time pernambucano é melhor. No dever de casa, o Sport fez sua parte ao vencer com tranquilidade o campeonato estadual, e na hora de enfrentar os tubarões, o Sport deu show na Ilha do Retiro, eliminando Palmeiras (campeão paulista) e Internacional (campeão gaúcho), dois favoritíssimos ao título, enquanto o Vasco que com muita força de vontade pode-se dizer que fez o dever de casa ao se classificar para as duas semi-finais de turno do estadual, e fracassou nas duas. De qualquer forma, pode ser que o Vasco tenha aproveitado os sparrings na Copa do Brasil e tenha melhorado com Antônio Lopes e sem Romário.

Não estou tão convicto quanto Pablo sobre uma final carioca, hoje, eu diria que está mais para Botafogo x Sport.

Num jogo sem resultado tão imprevisível quanto o de ontem, onde visivelmente o framengo sentiu o cansaço da viagem do meio da semana, passou o Botafogo à final da Taça Rio.

O cansaço do urubu ficou mais evidente no segundo tempo, quando o Botafogo já começou em cima e conseguiu várias chegadas ao ataque sem maiores interferências da zaga e do meio-campo rubro-negros. Ainda assim, o Botafogo deu alguns moles horrorosos na marcação em que se não houvesse condição de impedimento do framengo a coisa poderia ter complicado.

Achei Túlio e Alessandro particularmente apagados no jogo de hoje, mesmo com o segundo tendo feito o seu – depois de perder um de bobeira. Bom foi ver Leandro Guerreiro de volta, já com a categoria de sempre apesar dos mais de quatro meses fora.

Pelo framengo, Toró fazendo as lambanças de sempre e inclusive deu um pênalti totalmente desnecessário ao Botafogo, que por mais que o Galvão e o Wright afirmem que não foi, eu afirmo que foi: Toró se jogou contra o corpo do Wellington, deu-lhe uma ombrada, levou a pior e acabou caindo primeiro.

Mas já era tarde e não foi isso que definiu o resultado da partida. A impressão é que o Botafogo ganharia mesmo, ainda mais pela aparente falta de interesse do framengo no resultado. Jogar classificado tem essas vantagens.

Foi uma partida cordial, sem lances mais violentos ou bate-bocas desnecessários. Ganharam o futebol e o torcedor.

*****

Quanto à transmissão da Globo, aturar Galvão Bueno, Wright (que ficou preocupado em falar mal do juiz o segundo tempo inteiro, e louvar suas táticas de arbitragem no tempo em que apitava) e Sononô de uma vez só é dose pra leão. O PFC me sacaneou, porque mandou a programação da semana e constava o jogo. Tive que me sujeitar ao Trio Parada Dura e mais uma vez ouvir o carnaval de bobagens, o festival de besteiras que assolam o país.

A última novidade da Globo é o fundo musical orquestrado dos cantos das torcidas, uma palhaçada sem tamanho que me deu vergonha alheia (principalmente porque o malandro lá responsável por apertar o botão nunca acertava o tempo da torcida).

Galvão soltou que a Globo vai iniciar uma campanha junto à FERJ (segundo ele, assim como a campanha por canções mais família nas arquibancadas) para reduzir o número de bicões (sic) em campo nos jogos de futebol.

Minha pergunta é: saem apenas crianças, convidados e dirigentes ou também será reduzida a massa cada vez maior de repórteres, fotógrafos, cabomen e imprensa de maneira geral? Porque do contrário, a impressão que fica pra mim é que a imprensa só está querendo arrumar mais espaço pra trabalhar…

Cheguei de férias e antes de ver a útlima rodada da fase de classificação da Taça Guanabara do engodo que vem sendo esse Estadual.

Eu acho que realmente voltou a aumentar a distância entre os grandes e os pequenos no Estado, mas com o regulamento absurdo, que será batido aqui até o fim (e se bobear até depois do fim) dos grandes jogarem em seus feudos enquanto os outros correm atrás, não dá para comemorar as semi-finais com todos os 4 grandes da capital. Mesmo no campo da hipótese, ficará o fato de que a vida do Vasco em São Januário, saindo apenas para jogar o clássico (e perder) com o Botafogo no Maracanã foi mais tranquila que a do Madureira, que teve de correr o Estado. Madureira que venceu o Vasco em São Januário e o Botafogo no Engenhão.

Como estive fora, antes de ver acompanhar os jogos, li pelo Blá blá Gol sobre o que esperar, e por aqui já davam como certos os confrontos que acabaram confirmados entre Botafogo x Fluminense e Flamengo x Vasco.

Na hora que a bola rolar, não tenho dúvidas que me animarei e verei os jogos até com entusiasmo, mas até lá, é com pesar (pelo favorecimento absurdo aos grandes clubes) que lanço a enquete:

Há otimismo em relação ao Flamengo na conquista do título como mostra a enquete que ficou no ar no período de Carnaval sobre quem levaria o título da Taça Guanabara.