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Posts Tagged ‘Rubens Barrichello’

O fator Barrichello

April 14th, 2010 | 16 Comments | Filed in Fórmula-1

Barrichello e Michael: trabalho afinado na Williams, correndo atrás da desvantagem

Provocado por alguns, questionado por outros, decidi por escrever uma resposta à dúvida que paira sobre a cabeça de Sam Michael, o atônito diretor técnico da Williams que não cansa de elogiar o brasileiro: por que Rubens Barrichello nunca foi campeão do mundo?

Sua carreira começou muito bem em 93, quando pilotando pela Jordan, ele enviou para a aposentadoria pilotos experientes como Ivan Capelli e Thierry Boutsen. Apesar dos resultados esparsos pela fragilidade do motor Hart, seu talento já era visível, ainda mais sendo o protegido de Ayrton Senna. Em 94 sua Jordanzinha era bem melhor, e ele chegou ao GP de San Marino como vice-líder do campeonato, após duas provas, com um terceiro lugar no GP do Pacífico. Mas aí…

Barrichello com o capacete-imitação do "chefe" em 1995

A morte de Senna causou ao piloto um trauma muito maior do que o seu próprio acidente (pavoroso, por sinal) nos treinos livres em Imola. Todos os holofotes do país – que por sinal vencera seis títulos na categoria de 1981 a 1991, e nenhum no futebol desde 1970 – estavam voltados para aquele moleque de 22 anos. Não se fazendo de rogado, ele foi o mais jovem pole-position até a época ao largar na frente em SPA-Francorchamps, e finalizou a temporada em sexto lugar. A promessa parecia que iria vingar.

Porém, os dois anos seguintes mostraram que a Jordan ainda era pequena, enquanto Barrichello não soube fazer, como os grandes gênios sempre o fazem, com que sua equipe passasse a outro nível. Pior: à velocidade inata e notável habilidade para desenvolver o carro, se opunha uma desastrosa atuação diante dos microfones. A falta de simpatia que muitos têm no Brasil em relação a ele é pelo fato de que ele fala (mal) demais na imprensa oficial da F1 no país, e sofre até hoje por ter aceitado o encargo absurdo de ser o substituto natural de Ayrton Senna, situação obviamente criada por fatores mercadológicos dessa mesma imprensa, ávida em produzir um novo garoto-propaganda para a F1 pós Imola 94. Tornou-se, consequentemente, alvo do público, da crítica e de humoristas de plantão. Na prática, a partir daí ele perdeu muito tempo “calando os críticos” quando ganharia mais aprimorando sua performance.

Na Stewart, tentando andar mais que o carro, mas sem agradar a crítica brasileira

Mudar de ares era inevitável. E o destino foi a estreante Stewart. Seus anos na equipe do tricampeão Jackie decepcionaram mais uma vez aos brasileiros pelos resultados modestos. Um brilhante segundo lugar sob muita chuva no GP de Mônaco de 1997 só fez aumentarem as comparações descabidas com Senna. Para complicar, o piloto que sempre foi o centro das atenções do time escocês viu seu companheiro de equipe Johnny Herbert conquistar em 1999 a primeira vitória da Stewart, numa das maiores zebras da história, enquanto ele foi terceiro. Assim agregou a fama de azarado. Foi-se a segunda chance de liderar uma equipe e torná-la vencedora, e veja que dessa vez sua equipe contava com todo o aporte da Ford. Apesar de tudo, suas atuações valeram um passaporte para a Ferrari.

Na equipe italiana veio a maior chance e o pior desafio: Michael Schumacher. Nos anos Ferrari, ele estava no lugar certo, porém, no momento errado. Teve sim suas vitórias, poles, atuações memoráveis, porém Schumacher era incontestavelmente melhor do que Barrichello, e é claro que venceria muito mais. 2002 poderia ser o ano dele, já que o carro se adaptava mais à sua condução até do que à do alemão. Os problemas que o brasileiro teve não pontuando nas primeiras provas o alijaram da disputa. E o pior ainda estava por vir…

Na Ferrari: "apenas um brasileirinho contra o mundo" e outras pérolas bizarras

Áustria 2002. Barrichello confirma sua boa forma com classificação e corrida perfeitas, mas não levou. Esse sapo ficou com as perninhas de fora da boca do brasileiro até a saída da Ferrari. Nos anos seguintes, Schumacher foi dominante e não teve vez para o brasileiro. Pontos perdidos, problemas mecânicos, frases que saíam pela culatra. Para os corneteiros, Barrichello era capacho. Para a Globo, vítima das armações a la Áustria. Para mim, a menos que ele realmente escreva um livro bombástico contando segredos de alcova de Maranello, terei que o alemão vencia porque simplesmente era melhor. Ou porque Rubens não teria sido hábil para focar o trabalho no seu carro com seus engenheiros, para fazer a maré virar a seu favor dentro de uma equipe que claramente subiu muito de produção enquanto ele era engrenagem. Importante, por sinal.

A ida para a Honda, com ares de redenção, praticamente acabou com sua carreira. Com tantos problemas, tinha reputação intacta e motivação questionável, apesar do discurso sempre positivo e do recorde de participações em GPs. Dado como acabado, Barrichello voltou à vida na Brawn, com novas vitórias, poles e atuações memoráveis. Mais uma vez pôde lutar pelo campeonato, mas pareceu demorar a acreditar naquilo que estava vivenciando e na chance que aparecia. Demorou a resolver problemas mecânicos (calotas aerodinâmicas, freios, sistema de largada…) e quando acordou para o campeonato, Jenson Button já tinha uma vantagem que foi impossível de reverter.

Na Brawn GP: de volta ao doce sabor do Champagne

Pelo conjunto da obra é que ele chega à sua décima oitava temporada, beirando os 300 GPs e pilotando por uma das maiores equipes da história da F1. Vamos lembrar que a Williams pode estar em baixa, mas seus caciques sabem muito bem o caminho das vitórias, além do fato de que eles sobreviveram sem tantos percalços como time independente. Penso que o Rubens tem um valor como piloto que é inquestionável. Por isso ele foi contratado pela Ferrari e só saiu de lá porque quis, por isso Ross Brawn dispensou o primeiro sobrinho (Bruno Senna) para tê-lo no time que levava seu nome. Por isso está aí até hoje.

Ele é certamente um dos melhores pilotos daqueles que nunca ganharam um título. Está rico, realizado e fazendo o que gosta.

E voltamos à pergunta: por que ele nunca foi campeão? Afinal, ele sempre foi muito bom, boas informações sobre o comportamento do carro, pouquíssimos erros cometidos, mas nunca conseguiu ser O MELHOR em uma temporada inteira. Algumas das razões são técnicas e outras psicológicas.

Pois é, Sam. Porque na hora de tirar o dez, faltou o algo mais. Aquilo que não dá para definir, mas que separa o campeão dos outros. O que Lewis Hamilton aprendeu em dois anos, e o Jenson Button em dez. Até hoje.

E o que o impede de chegar a esse ponto? Talvez lhe falte a noção de que na pista, o piloto está sozinho. Ele é quem está na direção do carro e de seu próprio destino. E que ele não tem nada a provar para ninguém. Só para ele mesmo.

Muita bola para a imprensa...

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Grandes Estrelas do Corinthians 2009

October 15th, 2009 | 2 Comments | Filed in Corinthians, Fórmula-1
2009 - Um ano inesquecível para o Timão

2009 - Um ano inesquecível para o Timão

Junto com Mano Menezes, o Rei do Twitter e seus seguidores fantasmas, os personagens que mais se destacaram no Corinthians em 2009.

Dentinho, Felipe, Chicão, Boquita e cia serviram só para jogar bola. Sub-produto. Ninguém lembrará desses.

Qual foi a maior estrela corinthiana do ano?
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Brawn segue exterminando

May 13th, 2009 | 28 Comments | Filed in Fórmula-1
I'll be back

I'll be back

O sempre previsível GP da Espanha, em Barcelona, até teve seus momentos de imprevisibilidade. Mas no final, estavam lá os gasparzinhos da Brawn GP em outro 1-2, novamente com Jenson Button na frente. E dessa vez, a competição entre os dois pilotos do time pegou fogo, na pista e fora dela. A disputa entre os dois promete se acirrar. E tem tudo para ser no bom sentido. Desde que o Barrichello esqueça a paranoia e parta para a reação contra seu parceiro de equipe. O campeonato para eles está apenas começando e ainda há muitos pontos em jogo.

Sai de baixo

Sai de baixo!!!

O inglês, que conquistara a posição de honra no grid no finalzinho do treino de classificação, foi superado por Barrichello – largando em terceiro – antes da primeira curva. Felipe Massa, carregando sua Ferrari nas costas, também ultrapassou Vettel. Seguiu-se um esparrame que deixou os dois carros da Toro Rosso (o Bourdais passou voando sobre a frente do carro do Buemi); Trulli (que largou muito mal, levou um toque e não conseguiu evitar que seu Toyota voltasse à pista atravessando na frente de todo mundo) e Adrian Sutil (fez a primeira curva pela área de escape, e quando voltou, pregou no carro desgovernado do Trulli). Safety car.

Depois disso, com raras exceções em alguns pegas como Webber X Alonso e a intensa disputa entre Massa e Vettel pela terceira posição, foi a maior mesmice. A corrida passou a ser Brawn contra Brawn. Na liderança, Barrichello barbarizava e deixava Button para trás. Porém, na primeira série de pits…

A Brawn, que definiu como melhor estratégia a de três paradas, alterou o procedimento para o piloto inglês, enquanto o brasileiro foi mantido no plano original. E ESTA ERA REALMENTE A ESTRATÉGIA VENCEDORA. Vimos durante tantos anos o mesmo Ross Brawn traçar esse plano para o Schumacher e ele vencia mesmo parando uma vez a mais. Por quê??

Simples: quando você tem um carrão nas mãos, pode se dar ao luxo de fazer continhas e ver que andando três quartos da corrida com o carro mais leve e com os pneus de melhor desempenho, a tendência é chegar muito à frente mesmo de quem faz uma parada a menos. Assim pensou a equipe. A alteração para Button foi pelo fato de que ele estava perdendo terreno e sairia do pit atrás do Nico Rosberg, o que aconteceu. Fatalmente perderia tempo e arruinaria a estratégia de três paradas. Na mudança, apareceu a sua estrela. Com o carro pesado, ele conseguiu virar tempos muito bons. Enquanto isso, Barrichello era quase um segundo mais rápido por volta. Até que…

Ao voltar do segundo pitstop, a Brawn do brasileiro não manteve o rendimento. Já Button, com suas borrachas bem descascadas, ainda estava mais rápido que Barrichello. Assim ele chegou à sua quarta vitória em cinco corridas. Por seu mérito, e não por benefício ou proteção do time. E ponto final.

Jenson e sua modelete japinha

Jenson e sua modelete japinha

Entrar na pilha de que há favorecimento é a pior coisa que o brasileiro pode fazer. E mesmo que fosse o caso, já vimos o Piquet pai vencer um piloto inglês dentro de uma equipe inglesa. Basta ser melhor do que o outro. E de preferência mais malandro. Só não vai dar para dizer que a mulher do Button é feia… ela é uma fofa.

Daí para trás, vimos a armada finlandesa afundar de novo. Ambos foram eliminados no Q1 e abandonaram a corrida devagar, quase parando, até parar de uma vez por todas. Primeiro foi Heikki Kovalainen, e mais tarde, o esquentadinho Kimi Räikkönen. Depois da deselegância na resposta ao seu engenheiro durante o treino de sexta e captada pela TV via rádio, a batata está tão assada que ele pode nem terminar a temporada, sendo substituído pelo eterno reserva Marc Gené. Infelizmente, o video hilário foi removido do youtube. Mas o diálogo foi assim:

Engenheiro: “Still no KERS Kimi, still no KERS”.

Kimi: “Yeah, you don’t have to tell me every lap and every corner, I can see it from the lights”.

Pois é.

Lewis Hamilton nadou, nadou, nadou, e morreu em nono. Piquet, décimo-segundo e nenhum brilho, mas pelo menos não pagou nenhum mico notável. E melhorou na classificação!!!! Vindo como que do nada, Mark Webber apareceu após a segunda série de pitstops à frente de Felipe Massa e Sebastian Vettel. Conseguiu seu segundo pódio do ano e de quebra ultrapassou Trulli no campeonato. Massa, coitado, fez de tudo para segurar o ímpeto de Vettel e se manter em quarto. Mas a Ferrari deu apagão de novo. Alguma falha espírita na bomba de combustível injetou menos gasolina do que devia, e o brasileiro foi forçado a tirar o pé e deixar o alemão passar para que a usina tradicionalmente beberrona da Ferrari não ficasse no seco. Perdeu posição para Alonso também – fazendo a festa da galera espanhola, e por pouco não foi superado por Heidfeld. Acabou a gasolina poucos metros após a bandeirada. Que fase… Ferrari aceita currículos, para todos os cargos!!!

Fora das pistas, o buxixo é sobre um boicote da FOTA – espécie de sindicato das equipes da F1 – em relação ao limite orçamentário imposto por Max Mosley, o presidente sadomasô da FIA, no regulamento de 2010. A ameaça de que todos – menos a Williams, até agora – abandonem a categoria se o regulamento não for rediscutido. Quando os interesses e os negócios se sobrepõem ao desporte, nem pecisa mencionar quem sai prejudicado. Pela história que foi vista com a Indy – que se separou e enfraqueceu, e agora  novamente unificada, já não é nem sombra do que foi um dia – eles sabem que dependem sim uns dos outros.

Por problemas técnicos do Blablagol, não postei sobre a corida anterior, no Bahrein. Então…

Pitadas de areia do deserto

– Button foi dominante e vimos a Ferrari marcar pontos pela primeira vez no ano.

– A Toyota fez a pole, mas em ritmo de corrida, os carros mais competitivos continuam Brawn e Red Bull. Aliás, Mark Webber conseguiu o melhor resultado de sua carreira com o segundo lugar.

– Hamilton mostrou alguma evolução na McLaren com um bom quarto lugar. Bom, mas não o suficiente para ele. Já não tem a menor chance de defender o número 1 que carrega.

– Galvão Bueno e Reginaldo Leme durante a transmissão cometeram a gafe interestelar de dizer que Rick Wright é ex-baterista do Pink Floyd e estava circulando pelo paddock. Ele foi tecladista. E não está mais entre nós. Que Deus o tenha, e que o Galvão pare urgentemente de falar besteira.  HUMPF!!!! Eric Clapton deu a bandeirada.

Dia 25, GP de Monte Carlo. No mesmo dia, 500 milhas de Indianápolis, com Hélio Castroneves largando na pole!!!!O campeão deve sair daí

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Top 10 – Rubens Barrichello

September 25th, 2008 | 8 Comments | Filed in Fórmula-1

Entei no meu cômodo privativo aqui da redação e catei uma revista qualquer. A felizarda acabou sendo a Auto Esporte de Agosto (uma com um carro chinês vagabundo toda vida na capa).

E em uma das reportagens aparece o recordista de GP’s da Fórmula-1, Rubinho Barrichello, com o título “Older and Faster” (referência a uma camisa que ele usava com essa frase estampava nos treinos do GP da Malásia).

A reportagem na verdade faz parte da Seção “Você Pergunta”, onde provavelmente leitores da Auto Esporte faziam… vocês entenderam.

Mais legal que as respostas são as perguntas. Várias um pouco sem noção, mas que acabam obrigando a terem respostas que fogem da mesmice.

De qualquer forma, importa-me uma resposta dada pelo Older and Faster

Pergunta: Quais os três melhores pilotos de todos os tempos, considerando a técnica, não os resultados? Em que lugar você se colocaria?

Senna, Prost e Schumacher, sendo que nesse último não é a “técnica” que chama a atenção, mas, sim, a velocidade. Honestamente, eu caberia no Top 10.

É mole?

Nessa lista Rubinho não está

Nessa lista Rubinho não está

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Nova sinalização para o GP da Turquia

May 11th, 2008 | 7 Comments | Filed in Fórmula-1, Vídeo

Sinalização para o GP da Turquia

Bruno Senna encaçapou um dos cachorros que invadiu a pista na GP2 em Istambul (o fimzinho do vídeo abaixo mostra o acidente).

O outro cachorro se salvou porque entrou o Safety Car para que o animal fosse retirado da pista.

Senna ficou um tanto irritado. Eu também ficaria. Deve ser uma sensação horrível matar um cachorro por culpa de uma falha grotesca na organização da prova. A vontade é de passar por cima do responsável a 300 por hora.

Imagino a chiadeira se fosse em Interlagos.

Safety Car na Turquia

Fiscal observa a entrada do Safety-Car na Turquia

 

Rubinho exige mais segurança

Tartaruga quebra recorde de participações na F1 no GP da Turquia

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E foi dada a largada

March 16th, 2008 | 15 Comments | Filed in Fórmula-1

Lewis Hamilton venceu de ponta-a-ponta a abertura do campeonato de Fórmula 1, em Melbourne, na Austrália. Num dia inspirado, ele não cometeu nenhum erro e fez volta mais rápida nove vezes consecutivas. Contando ainda com as trapalhadas da Ferrari, foi muuuuuito tranqüilo. Para ele e só. Do resto, apenas mais seis pilotos viram a bandeirada. Os demais ficaram pelo caminho nas ruas de Albert Park, que viu o safety car por três vezes e muito tumulto. Nick Heidfeld, com o BMW todo chifrudo, e Nico Rosberg, de Williams, completaram o pódio.

Como dizia o velho Nelson Piquet, você não pode ganhar uma corrida na primeira volta, mas pode perdê-la. Felipe Massa não levou fé e logo na primeira curva da temporada, se tornou a primeira vítima da ausência do controle de tração. Deu motor demais numa tentativa atabalhoada de ultrapassar o Kovalainen e foi direto para o muro. Pela própria afobação, ainda se envolveu num acidente com David Coulthard. Ele não precisava forçar aquela ultrapassagem ali. O escocês ficou puto. Para mim, com razão. Massa acabou com o motor estourado na trigésima volta.

O campeão Kimi Räikkönen saiu com um pontinho. Mas a tônica entre os pilotos vermelhos era fazer besteira mesmo. Depois dos problemas no treino classificatório, largou de trás e passeou demais por fora da pista. Sofreu uma pane no final e confirmou a péssima estréia da Ferrari.

Alonso fez uma bela corrida. Largou na sexta fila e escalou bonito o pelotão, passando ileso pelas confusões da prova. No final venceu um duelo contra Heikki Kovalainen. Mesmo com o carro mais lento, deu o troco após a ultrapassagem do finlandês (o cara foi tirar uma sobreviseira e esbarrou no botão limitador de velocidade) e ficou em quarto.

Piquet Jr., podemos dizer que pode esquecer seu primeiro GP. Foi atingido no strike da largada, e apesar de ter completado a volta em décimo-primeiro, seu carro fora afetado e não tinha ritmo de corrida. Perdeu posições até quebrar o câmbio.

Barrichello marcou a ressurreição da Honda. Conteve com muita habilidade o assédio de Räikkönen por dezenove voltas e chegou andar na terceira posição. Timo Glock resolveu sacanear, e quando ele desfez seu Toyota no muro numa pancada bem feia, o brasileiro teve que entrar no pit fechado para não ficar sem gasolina. O stop and go já seria inevitável. Para completar, o chefe dos mecânicos liberou o carro antes do abastecimento acabar, e Rubinho derrubou vários membros da equipe. Tensão formada, ninguém avisou o piloto do sinal vermelho na saída do pit lane. Ele completou em sexto e foi desclassificado mais tarde. Mas já foi muito melhor do que tudo que ele fez em 2007 e já vislumbra uma temporada mais digna.

Outro destaque foi o multicampeão da ChampCar, Sebastian Bourdais. Andou na frente de muita gente com equipamento superior ao seu modesto Toro Rosso, e completaria em quarto, se seu motor não fosse Ferrari. Não era dia mesmo. Estourou. Ficou a pé mas fez bonito, o francês de óculos.

A primeira corrida do ano deixou uma boa impressão, no que toca à competitividade. BMW, Williams, Renault, Honda, Toyota e até a naninca Toro Rosso mostraram que se Ferrari e McLaren derem qualquer bobeira, estão todos credenciados a beliscar pódios. E a disputa nesse pelotão vai ser muito boa. Bom para a categoria, que foge do tédio e ganha novas cores.

A segunda etapa é em Sepang, na Malásia. Próximo fim de semana.

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Palpites para o GP da Austrália

March 14th, 2008 | 18 Comments | Filed in Fórmula-1

Antes de mais nada, este post se refere ao fim-de-semana como um todo, independente de um melhor tempo no treino.

Por toda pré-temporada, a equipe que, sem dúvida, vem mais forte é a McLaren. Seguido, não tão de perto assim, pela Ferrari.

hamilton.jpg

 

Acho que quem vai sobrar nesse início de temporada vai ser o Hamilton. O inglês, que deve ter aprendido muito com as burradas que cometeu no final da temporada passada, vem soberano como o grande nome da McLaren, sem dividir atenção, nem preferência dentro da escuderia.

A McLaren perdeu muito com a saída de Alonso que trazia experiência e muita qualidade no ajuste dos carros. Vamos ver como a equipe inglesa vai se virar sem essas características em ambos os pilotos de seu box.

Heikki Kovalainen teve um dos começos mais bizonhos da história do ano passado na fórmula-1. Não sei se vocês se lembram, mas o finlandês cometeu 3 erros grosseiros nos 3 primeiros gps, colocando em risco a segurança de outros pilotos e houve até um pequeno movimento para que a Super Licença concedida fosse retirada. Teve o aval da sua equipe Renault. Cresceu durante a temporada e terminou em 7º. Assim como Hamilton no ano passado, o finlandês pode surpreender e andar sempre em busca das vitórias. Seu carro é ótimo e só vai precisar controlar os nervos e a pressão de correr por uma equipe com obrigação de vitória. Só isso..

A Ferrari parece a equipe mais equilibrada. Dois pilotos que nessa nova geração da f-1 já podem ser considerados veteranos. O campeão do mundo dispensa apresentações. No início da temporada passada, acho que fui o único a dizer que era o grande favorito. Corre muito rápido, é constante e no ano passado o carro ajudou sem quebras, ou melhor, conseguiu controlar melhor a máquina que possui.

Acho que Massa está atrás de Haikkonen. Não consigo ver o brasileiro como um piloto com cara de campeão do mundo. Não sei explicar, mas tá mais para Rubinho do que para Emerson, porque comparar com Senna ou Piquet seria abusar. De qualquer maneira, com o carro que guia, vai lutar pelo título, mas entre os favoritos, vai ser sempre o meu último nome da lista.

Acho bom o Massa começar a voar desde o início da temporada, porque com poucas corridas o número 1 no carro do finlandês vai pesar e a ferrari vai concentrar seus esforços, como sempre fez, no piloto com maior chances de levar o mundial.

Com chances claras de título, só essas duas equipes mesmo, o chamado grupo “A”. Depois disso podemos separar as equipes em 3 grupos: 1º) Grupo “B” – os que querem entrar na briga pelo mundial; 2) Grupo “C” – os que querem se fortalecer e entrar no grupo “B” e fugir do último pelotão; 3) Grupo “D” – aquelas equipes medíocres, que só servem mesmo para dar experiencia para alguns pilotos.

No grupo B estão Renault, Willians, Bmw.

renault.jpg

Briatore saber armar uma equipe. Sem dúvida, a maior expectativa fica por conta da dupla Alonso/Nelson Ângelo pela Renault. Alonso é o bi-campeão, o cara mau da formula-1. Só que essa imagem certamente mudará no decorrer do ano. Agora o espanhol correrá atrás, tentando tirar a diferença o que sempre gera simpatia. Já tem a minha. Sempre achei Alonso um piloto irritante porque, por ser extremamente técnico, faz o be-a-bá, sem arriscar muito e está sempre na ponta. Já foi muito debatido no Bla blá Gol que seu estilo lembra muito um de um francês, um tal de Alain Prost. Essa temporada veremos um Alonso diferente. Certamente mais arrojado, tirando leite da pedra, literalmente. Destaque-se que Alonso, como se sabe, é atualmente quem melhor saber ajustar carros na F-1. Tá, lá vem a graçinha de que com espionagem é fácil… Mas o espanhol é especialista no tema. A tendência é a Renault crescer muito. Estou curioso para ver como o espanhol vai guiar.

Nelson Ângelo não tem como me decepcionar essa temporada. Por quê? Simplesmente porque não espero nada dele. Não me entendam mal. Esse sim tem cara de campeão mundial, diferente do Massa. Só que este está sendo assessorado por um mestre dos bastidores e dos bólidos, apenas o tri mundial Piquet. A carreira do brasileiro vem sendo estratégicamente montada. Rivalizou há dois anos com Hamilton o título da GP2. Depois virou piloto de teste da Renault. Ganhou experiência, contato com o F1, provou ser veloz e agora está correndo numa escuderia que tem um carro de médio para bom, com um bi-campeão como companheiro, ninguém esperando um embate direto entre os dois. Alonso aprendeu no ano passado que isso não ajuda e Nelson já adotou um discursso de respeito e calma pelos resultados. Esse sim vai longe.

Willians vem com Nico Rosberg, bom piloto, sempre constante, que terminou em 9º ano passado. Nakajima é Nakajima, apesar dos elogios ao japonês, pelo menos de cara, não dá para levar à serio.

A BMW, que surpreendeu ano passado, luta para continuar crescendo e tem bons pilotos para isso. Heidfeld ficou em 5º e o Kubica em 6º. Se o polonês voador estivesse na McLaren seria certeza de show na pista..

No grupo “C” estão Toro Rosso, Red bull, Toyota e Honda.

Coloco a Toro Rosso, para espanto de alguns, como “A” equipe que vai surpreender esse ano. O jovem alemão Vettel, de 20 anos, é daqueles que está começando muito jovem, ganhando rodagem e que um dia vai estar nas equipes grandes. Voa baixo. Substituiu Kubica ano passado após o acidente do polonês. Mostrou maturidade e velocidade. Quando correu, brilhou. Olho nele. Seu companheiro é um estreante que merece respeito e atenção. O francês Sebastien Bourdais é apenas 4 vezes campeão do mundo da fórmula mundial, aquela lá dos Eua. Já foi campeão da fórmula 3 francesa e da formula 3000. Os franceses depositam suas esperanças nele e sonham em ver os bons tempos de Prost de volta. Vem credenciado e, se o carro deixar, vai fazer bonito.

A Honda com uma decadência espantosa nos últimos 2 anos (será o Rubinho?) só tem uma obrigação na temporada: ficar na frente da Super aguri, sua prima (subsidiária). Destaque para Barrichello que vai quebrar o recorde de número de GPs. De quem era o recorde anterior? Ricardo Patrese. Acho que vai sobrar só isso ao Rubinho mesmo. Engraçado que eu sempre dizia: Ricardo quem? Agora vai ser: Rubinho quem?

A Toyota vem com o destaque de Timo Glock, atual campeão da GP2. Pode fazer bonito.

Red Bull vem para ficar na zona da 10º colocação com o veterano Coulthard e o me-engana-que-eu-gosto-Mark-Webber (que sempre voa na tomada de tempo com o carro leve e depois vai lá para baixo..)

No grupo “D” estão Super aguri e Force India.

Sato e Fisichella que já tiveram melhores dias e vão penar pelas duas equipes..

A proibição do controle de tração vai fazer com que a corrida fique muito mais emocionante, com mais ultrapassagens, mais erros.. Quem se adaptar mais rápido nas entradas e saídas de curvas vai se dar muito bem. A sensibilidade no pé direito vai ser essencial e diferencial. É a volta da valorização do talento!

P.s: Será que o Alonso vai voar na hora da largada sem o Controle de tração como fazia nos anos anteriores?

P.s2: Gaburah, sei que estive ausente e você sentiu minha falta. Mas não se preocupe não, agora voltei para ficar e escrever diariamente!

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ESPECIAL: GP DO BRASIL, KIMI CAMPEÃO

October 22nd, 2007 | 25 Comments | Filed in Fórmula-1

“Não contavam com a minha astúcia!!!” (K. Räikkönen)

Para começar, vamos recorrer à sabedoria do ‘Professor’ Alain Prost, que esta semana criticou publicamente o seu ex-patrão Ron Dennis por não estabelecer a hierarquia entre seus pilotos logo no início, com Alonso como primeiro piloto. Segundo ele, se Alonso fosse claramente o primeiro piloto desde o início, ele seria campeão com antecipação e tranqüilidade. Ao optar pelo estreante, que literalmente perdeu dois match points, um na China e outro no Brasil, sendo o segundo colocado na largada, à frente de seus adversários, Hamilton deu um tiro no próprio pé. E, na hora da pressão, ele abriu o bico. A McLaren repetiu a burrada da Williams em 1986, e com a faca e o queijo na mão, deu mole para o rato. Pagou o mico da década. Vamos à corrida.

Na largada, Massa foi perfeito e bloqueou logo Hamilton, que perdeu posições para Räikkönen e Alonso logo de cara. Afobou-se ainda na primeira volta, querendo dar o troco no espanhol, saiu da pista e aí começou a ver o título ir pelo bueiro. E como Alonso não conseguia acompanhar o ritmo dos carros vermelhos, a balança pendeu dramaticamente para o lado da Ferrari.

Na oitava volta, Lewis Hamilton fez o improvável, e apesar de todas as ajudas eletrônicas, câmbios modernos, inteligentes, praticamente infalíveis, ele cometeu o que há décadas não se ouvia falar na Fórmula 1: ele errou uma marcha. Com o carro em ponto morto numa subida, perdeu muito tempo até se acertar com as borboletas do volante. A partir daí, ganhou a ajuda da sua equipe para entregar tudo de mãos beijadas para Kimi. Passou para uma estratégia de três paradas, que na prática não surtiu qualquer efeito, o levando ao sétimo lugar no final, ou seja, a lugar algum.

Enquanto isso, a Ferrari ensaiava o seu teatrinho para a inversão das posições. Engraçado isso. A única situação que é realmente aceitável o jogo de equipe, quando vale o título para um dos pilotos, a equipe tentou fazer parecer “natural”. Hipocrisias à parte, tudo indicava a vitória de Felipe Massa, mas com Alonso em terceiro, Kimi precisaria dos dez pontos para ser campeão. No primeiro pitstop, ele não conseguiu o objetivo. No segundo, Kimi teve três voltas a mais andando com o carro leve e retornou à frente do generoso Massa. Daí ele seguiu com tranqüilidade para o seu primeiro título logo em seu primeiro ano de casa na Ferrari.

A Renault, terceira força entre as equipes (seria a quarta, mas a McLaren foi eliminada) viu seus dois carros envolvidos em acidentes. Primeiro foi o ex-piloto em atividade, Giancarlo Fisichella, que cometeu uma barbeiragem ao sair da pista e voltar muito lento ao traçado, não dando escapatória a Sakon Yamamoto, o japa da Spyker, que chapou a traseira do italiano. Voltas mais tarde, Kovalainen acertou o muro na curva do Sol e saiu do carro tonto. Briatore já vem mexendo os pauzinhos para ter de volta Alonso ao seu time.

Ainda tivemos várias ultrapassagens, muitas protagonizadas por Hamilton em seu dia de corrida maluca, e bons pegas, duas vezes com a mesma dupla de pilotos: Nico Rosberg e Robert Kubica (na foto). Os dois tiveram grandes atuações na corrida, apesar de seu duelo final ter sido perdido (ou negligenciado) pela geradora das imagens. A Rede Globo mesmo. Galvão, que faz absoluta questão de criticar quando qualquer TV do mundo comete um erro do gênero, ficou obviamente quietinho.

Agora, aos destaques negativos. A Honda, marca de um dos motores mais vencedores da categoria, teve abandono duplo pelo mesmo motivo: explosão dos propulsores. Barrichello ainda teve a infelicidade de queimar a largada e sofrer um drive-thru penalty antes de esfumaçar a subida para a reta dos boxes e o próprio pitlane. E palmas para Kazuki, o Nakajima da vez, que na primeira parada nos boxes da sua carreira na F1, passou muito do ponto e mandou dois dos seus mecânicos para o centro médico, atingidos pelo pneu da Williams do kamikaze. E ele ainda chegou em décimo.

Após a prova de Interlagos, a McLaren ainda inventou uma apelação, patética, por sinal, pleiteando a eliminação das BMW e das Williams, por um problema com a temperatura do combustível das duas equipes. Mas um tapetão no ano já foi suficiente, pelo amor de Deus. A McLaren vinha se dando bem nas bobeiras da Ferrari, mas no final, errou a equipe e seu piloto. Essa foi a razão da derrota, não a “gasolina fria” das coadjuvantes. Que virem a página e não piorem ainda mais o seu constrangimento.

E assim terminou o campeonato.

Kimi Räikkönen

Riu por último. Ou melhor não riu, mas comemorou. Não comemorou tanto, mas levou o título. O monossilábico, campeão mais sem sal da história, fez por merecer o título com seis vitórias. Da Bélgica para cá, ele marcou 36 pontos em 40 possíveis. Tal qual Alain Prost em 1986, soube se aproveitar da crise de egos da McLaren e levou mais um campeonato para a terra do Papai Noel, depois do bi de Mika Hakkinen em 98-99 e 25 anos após a conquista de Keke Rosberg. Deve uma ao Felipe. Mas pelo menos no carro, ele é o número 1 da Ferrari agora.

Lewis Hamilton

Brincou de correr esse ano. Aprendeu muito, mas mostrou claramente que não suportou a pressão no final do campeonato. Venceu corridas, deu show, liderou a disputa, tudo com méritos. Mas ainda é um novato com muito a amadurecer. Seu patrão e tutor perdeu feio por apostar nele a curto prazo, não a médio ou longo, como seria mais lógico. Mas a tentação de fazer o britânico estreante campeão foi tão equivocada quanto com Nigel Mansell em 1986. Agora, chora o leite derramado. E será duramente criticado por todos os lados, principalmente pelos que já o alardeavam como gênio para vender notícia, se esquecendo de que ele estava em sua primeira temporada na categoria principal do mundo. Erraram na previsão e agora querem mandar o menino para a Cremilda. Não acho que é o fim do mundo para ele. Todo o time passou a mão na cabeça dele após a concretização da derrota. Vai ficar mais esperto com o tempo. Mas pode ter certeza que fez um inimigo que não vai perder qualquer chance de se vingar.

Fernando Alonso

O bicampeão foi o grande perdedor do ano. Tinha a possibilidade de comemorar pela terceira vez em Interlagos o seu tricampeonato seguido, mas a bosta do regulamento o obrigou a correr com um motor usado, enquanto os outros concorrentes tiveram suas usinas tinindo, muito mais potentes do que as usadas ao longo do campeonato, pois essas unidades só precisariam durar uma corrida. Ele tem toda a experiência, maturidade e frieza que o Hamilton não tem ainda, e sem a suposta igualdade entre pilotos na sua equipe, poderia ter melhor sorte com o carro que a McLaren desenvolveu, lícita ou ilicitamente, com o seu conhecimento e capacidade de bicampeão. Restou sorrir, ao ver seu desafeto deixar escapar a conquista no final. No lugar dele, eu esvaziaria meu armário em Woking e mandava um até nunca mais para o Ron Dennis.

Felipe Massa

Foi rápido todo o ano, mas teve uma temporada com o pé-frio característico de seu parceiro que foi campeão. Sofreu muito com as trapalhadas da equipe ao longo da temporada. Competente na corrida e profissional ao atender ao desejo da equipe, tem prestígio com os cabeças de Maranello, já tem contrato até 2010 e apesar de ter ficado em quarto, não sai do ano em baixa. Mas vai ter que fazer muito para conquistar seu espaço novamente. Provavelmente ele preferiria que o título fosse para a equipe do box ao lado. Guiar um carro da Ferrari com o número 2 no bico não traz boas recordações para ninguém.

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O brasileiro mais otomano do mundo

August 26th, 2007 | 6 Comments | Filed in Fórmula-1

Felipe Massa conseguiu sua segunda vitória em dois anos no GP da Turquia, sua terceira na temporada. Venceu bonito, numa corrida que, apesar de não ter sido muito empolgante, foi fundamental para dar uma animada na tabela do campeonato, principalmente nas disputas internas de Ferrari e McLaren.

Para o time de Ron Dennis o Pimentinha, cabe reclamar com os japas da Bridgestone pelo defeito no pneu do Hamilton, que tinha o pódio nas mãos e acabou em quinto, mais os desdobramentos fora da pista.

Agora, Alonso não vai mais emprestar seus acertos e desenvolvimentos para o concorrente (que um dia já foi chamado de parceiro) de equipe. Menos mal que o caso da “apropriação indevida” dos dados da Ferrari deu uma acalmada.

Para os italianos, chegou a hora de botar a faca nos dentes e partir para cima da rival. Com a diferença de um ponto, agora em favor de Massa, é complicado apostar que eles irão privilegiar alguém para pleitear o título, e só para dar uma esquentadinha, o singelo Raikkönen, como quem não quer nada, tirou a volta mais rápida do Felipe na penúltima volta do GP. Com esta dobradinha ferrarista, e com os pilotos cada qual ao seu estilo a fim de devorar um ao outro, certamente Monza vai ferver daqui a quinze dias.

 

 

“Don’t make me laugh!!!!”

 

“Não me faça rir!!!!” Essa foi a resposta do Barrichello, quando foi informado que seu companheiro Jenson Button, logo após ultrapassá-lo ainda no início da corrida, estava dando voltas ‘apenas’ dois segundo mais rápidas que o carro do brasileiro.

Mais essa, para quem ficou sabendo pela manhã que ia trocar de motor e perder posições tinha feito uma largada muito boa e já estava em 16°. Vida dura, Rubinho!!!!!

 

Na tabela

 

Lewis Hamilton, 84; Fernando Alonso, 79; FelipeMassa, 69; Kimi Raikkönen, 68. Do estreante ao bicampeão, passando pelos furiosos ferraristas, três vitórias para cada um e todo mundo parece ter bala na agulha para ser campeão. E ‘vamo que vamo’.

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