Num oferecimento de Granjas Ceni:

RC 01

O jogo manteve o padrão Botafogo, ou seja, vinte minutos iniciais de pressão (onde teve pelo menos quatro oportunidades de gol, graças à cochiladas da defesa são paulina) e queda de rendimento lá pelos 20′-25′. A partir daí, o meio/ataque parou e o São Paulo começou a gostar do jogo. Mas como o  goleiro mais mala-sem-alça do Brasil anda numa fase de garantir rendimentos depois da aposentadoria, tratou de promover mais um jabazinho de seu aviário e aceitou um belo chute de fora da área do grande Elkeson (como é bom ter um cara que sabe fazer isso) e abriu a porteira para a vitória botafoguense no Morumbi.

Pelo Botafogo, destaques negativos para os dois lamentáveis laterais que o time dispunha para começar jogando – Alessandro e Márcio Azevedo – e que, em grande mostra de solidariedade, resolveram combinar de estragar tudo. No caso do Samambaia, ainda teve a petulância de sair dando ataque de pelanca quando foi substituído. Alessandro, pelo menos, marca com alguma eficiência quando não chuta a cara de ninguém nem é lá muito exigido.

Fica tranquilo que eu te garanto

Somália com nova oportunidade, velhos hábitos. Bem na marcação, mas avançando MUITO mais do que deveria ao ataque. Manteve a impressionante regularidade de isolar três chutes de fora da área por cima do estádio.

Renan vai confirmando boa fase, com mais uma coleção de Jeffersoneadas em momentos cruciais. Chutes de fora da área, chutes à queima-roupa, bola cruzada… esteve bem em QUASE tudo, tirando uma bola em que saiu caçando mariposa no primeiro tempo e que foi salva quase em cima da linha pelo Somália.

E Herrera, apagadaço no primeiro tempo, mas que cresceu na segunda etapa e fez grande jogada que culminou no pênalti sofrido por Maicosuel. Numa grande mostra de que estudou cuidadosamente o estilo Serginho Valente de cobranças, o Casi-gol bateu firme e rasteira no canto esquerdo, sem chances para o granjeiro.

Quanto a Sirius Black (aquele mago fodão que vira cachorro), não entendi o porquê de colocar Araruama em campo no lugar do Samambaia (calma que eu explico) jogando o fatigado Éverton para a lateral-esquerda. Acabou o gás em coisa de três minutos e teve que lançar Cidinho na posição – MARCANDO (?!?!?!?). Mas não dá nem pra reclamar. O time está tomando forma e jogou arrumadinho, mesmo jogando apenas o suficiente para vencer e correndo riscos na defesa.

São mais três pontos – e esses foram importantíssimos. Faltam 58.

A International Board pôs fim às paradonas como Fred e Neymar fazem constantemente. Tal recurso sucitou inúmeras discussões enquanto utilizada.

Chorão

A coisa nunca foi muito organizada e gerando inúmeros casos de imprevisibilidade de consequencias.

De cabeça, lembro de casos como um atacante do Atlético-PR tomando cartão amarelo por fazer paradinha, e do recente penalty defendido por Rafael do Fluminense em cobrança de Geraldo do Ceará, mas que teve cobrança repitida pois  o goleiro se adiantara quando da paradinha.

Infelizmente, as discussões davam-se em torno da legalidade ou não do recurso e mesmo de moralismo. As divergências ideológicas buscavam dois polos, onde um acreditava ser covardia e humilhação com os goleiros e o outro polo defendendo que o penalty cometido era o último recurso antes de se impedir o gol, logo, todo o castigo para o defensor era pouco.

Entre os polos, pouco se levantou que o penalty tal como qualquer outro acontecimento dentro de um campo de futebol faz parte da partida, e no pensamento da International Board, deve trazer o elemento de aleatoriedade definido pela defesa do goleiro. A FIFA fez o papel dela ao trazer uniformidade da aplicação das regras acabando com confusos pormenores que avacalham o simples jogo de bola. Nada mais broxante que penaltys tendo de ser cobrados de novo. Não trata-se de justiça, mas sim das coisas como elas são

E nas coisas como elas são, enquanto a paradinha esteve disponível para ser usada com seus recursos mais cruéis, fizeram certo os cobradores que dela se beneficiaram. Seus torcedores cobram o gol, e nada mais pragmático que aumentar o máximo possível a chance disto acontecer.

Tal recurso inclusive, diferenciou cobradores. A simples frieza deu lugar para frieza e técnica. Era certo ou errado a permissão da paradinha? Isto pouco importava para o cobrador.

À partir de junho, tudo como dantes no quartel d’Abrantes. Seria, não fosse o caso que o exigente torcedor acostumou-se com sua vantagem na hora da cobrança. Eu, por exemplo, não gostaria de ver Neymar e Fred randomizando suas cobranças. Desses, a exigência passa a ser acertar o ângulo. Sempre.

Outra Opinião:

• Sobre a Paradinha – Balípodo

O jogo pela ótica vencedora está contado no Futepoca.

Assim como a Rede Globo, a empresa onde trabalho volta e meia faz a manutenção dos servidores. Isso significa que eu vou mais cedo para casa.

Cheguei e logo liguei no canal 120 da Sky para saber que jogos iria ver.

Depois de analisar o samba do criolo doido que são os horários, percebi que não dei muita sorte. Os três melhores jogos aconteceriam no mesmo horário, 21:45.

Eram Grêmio x Vasco, Santos x Internacional e Atlético-MG x São Paulo.

Deixei o tempo passar vendo Goiás 2×3 Atlético-PR, depois 10 minutos do 2º tempo de Flamengo 4×1 Figueirense (nos 10 minutos que vi, estava 1×1 e o Figueirense se esbaldando de perder gols) e daí pulei logo para Grêmio 3×1 Vasco.

O Grêmio não foi o time horroroso pintado por Gaburah, embora me espante que o time dependa que Tuta jogue bem. O Vasco fez o que pôde, mas deveria haver uma regra tácita que um jogador expulso quando o time tem superioridade numérica, deveria ser punido pelo próprio clube.

De qualquer forma, por conta de um apagão no Mineirão, ainda pude ver o final de Atlético-MG 0x0 São Paulo.

Não prestava a menor atenção até o pênalti. Aí não teve jeito, acho que todo mundo devia estar com a TV ligada e deve ter ido prestar atenção e secar Rogério Ceni. A derrota não tiraria o título do São Paulo, que empatará em conquistas de Campeonatos Brasileiros com o Flamengo, ficando atrás apenas do Santos, mas a torcida ficava por conta da marcação de um gol na defesa são-paulina, que não sai sabe-se lá há quantos jogos.

Nada! Rogério Ceni pegou o pênalti de Coelho. Não satisfeito, pegou o rebote também.

O goleiro se adiantou? Sim. Mais uma para a conta da arbitragem. Mas agora o que fica é que o São Paulo continua com impressionate invencibilidade de sua defesa.

Outra grande invencibilidade que me lembro foi em 1988 quando o Internacional não tomava gols também. O jovem Taffarel, que por conta disso acabou indo parar na Seleção Brasileira de onde só saiu para se aposentar, só foi buscar a bola na rede no clássico Gre-Nal, onde tomou um frango não lembro de quem.