Quando o Náutico conseguiu perder a Batalha dos Aflitos para o Grêmio, aquela parecia a maior vergonha que um time poderia conseguir em um jogo. E não é que o Botafogo conseguiu superar.
E como foi essa chacota?
O Botafogo foi jogar no Monumental de Nuñes com vantagem por ter vencido no Engenhão por 1×0. E saiu vencendo o jogo em Buenos Aires.
O River foi para cima e conseguiu empatar ainda no 1º tempo. E para complicar, Zé Roberto foi expulso. E olha que Max (personagem que ainda vai aparecer bastante nesse texto) fazia boas defesas.
Veio o 2º tempo e continua o River em cima, tendo de buscar mais dois gols. Tinha um homem a mais e era possível, até que um jogador do River conseguiu ter um volante que nem jogava bem ser expulso. Mas a coisa complicava para a equipe argentina que ficava com o mesmo número de jogadores que o alvinegro carioca.
Com o mesmo número de jogadores, e com o River Plate tendo de partir para cima, o jogo ficou fácil para o Botafogo. E rapidamente Joílson entrou livre na área, teve frieza e rolou para Dodô fazer 2×1.
Um abraço. O River Plate teria de meter 3 gols. Ia se expôr e a goleada era questão de detalhe. Tanto que o Botafogo atacava fácil. Jorge Henrique perdeu gol. Dodô dava até gaúcha e ganhava na corrida. A torcida cantava música pedindo a saída de Daniel Passarela e já em um momento que o River tinha desistido da partida, um zagueiro portenho dá uma rasteira em Dodô, é expulso direto e nem pestaneja em sair de campo. Era o River quase que oficialmente entregando os pontos.
Estava então, configurada o show botafoguense, que o narrador do SporTV já dizendo que uma goleada contra o River daria moral ao alvinegro para todo o Brasileiro.
E é nesse momento que entra em cena um personagem que mudará a história do jogo: MAD MAX.
Botafogo ditando o ritmo, criando chances, podendo levar 2 gols ainda e com um jogador a mais, Mad Max cai do nada no chão, sozinho e sem bola parecendo contundido. Então levanta e sai lépido e fagueiro cobrar o tiro de meta.
Logo depois, Falcao dá um chuteco, e nosso herói, Mad Max aceita. River empata o jogo.
Claro que não era nada demais. Tanto que o narrador do SporTV mandou a pérola: “Max errou quando podia”.
E mesmo com o empate, a torcida do River cantava contra o Passarela. Quero lembrar que o Botafogo continuava jogando 10 contra 9.
Mas agora, os jogadores do River passaram a acreditar um pouco mais. E ridiculamente o Botafogo que não conseguia nem se defender, tentava atacar sem a menor malandragem, acelerando o jogo. Inacreditavelmente, o Botafogo deixava o jogo fluir fácil para o River, que cruzava bolas para dentro da área. E em uma dessas, um jogador do River cabeceou e a bola foi vagarosamente morrer no fundo do gol de Mad Max.
Pronto. Era o que bastava. Karlitus ao meu lado pediu para ligar para Gaburah e dizer que Mad Max iria entregar esse jogo.
E nada do Botafogo erolar o jogo. O River tocava a bola e conseguia centrar fácil para o meio da área. Continuou levando perigo. Tanto que para o final do jogo, o goleiro do River já ia para a área alvinegra.
Foi, e ficou. Mesmo com o Botafogo com a bola, o goleiro do River decidiu não voltar. E Mad Max, ao defender e ficar com a bola na mão, resolveu não dar prosseguimento ao jogo contra um time sem goleiro.
Tudo bem. No último minuto, mais uma bola centrada na área, e o herói do jogo Falcao, marca mais um gol de cabeça. 4×2. River classificado.
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Em entrevista na Rádio Globo após o jogo, Cuca diz que podia perder de 10×0 que não teria sido tão vergonhoso como foi a derrota da forma que foi, nas palavras dele, sem entrega de parte dos jogadores. Não se sabe nem mesmo se ele fica no Botafogo.
Podem até alegar que Cuca não sabe armar um time para se defender. É verdade, mas isso não é culpa do treinador. Afinal, o Jorge Henrique perdeu umas 3 chances clamorosas. E de qualquer forma, não precisa de treinador para o time dar chutão nesse momento.
Não sei. Mas essa pareceu uma daquelas derrotas para derrubar treinador. Acho que os jogadores andam meio de saco cheio dos papéis de carta do Cuca.
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Mais da vergonha alvinegra por aí: