– Uma pena Anderson ter se machucado. Ele não tinha feito nada em campo, mas eu estava curioso e acho que daria caldo, porque acho que ele chegaria à frente na dose certa. De qualquer forma, eu não entendo muito por que cargas d’água cismam em deixar o Anderson lá atrás. A Europa fez mal a ele. Porém, dos males o menor. Ele fantasiado de cabeça-de-área, significa menos um cabeça-de-bagre em campo.

– Diego entrou no lugar de Anderson. Não apareceu para o jogo. Não “deu certo”. Não sabia onde jogar. Não é culpa dele. Anderson estava jogando atrás da linha de meio-campo. Diego entrou e ali não ficou, naturalmente, pois não joga por ali. Julio Baptista não recuou e bagunçou o que já não funcionava direito. Parecia na pelada quando machuca alguém e entra o cara da primeira de-fora.

– Julio Baptista não recuou quando entrou Diego, e não seria justo que o fizesse. Foi o destaque do Brasil (positivo). De longe o melhor do time. Estava bem no jogo, chamando a responsabilidade como deve fazer um camisa 10 de Seleção. Mas por aí, dá para ver a complicação. Quando Julio Baptista é a estrela solitária da equipe, não fica complicado explicar porque o time não faz gol.

– No 1º tempo (mais precisamente antes da contusão de Anderson), Robinho parecia que iria jogar bola junto com Julio Baptista. Apenas parecia. Além de se apagar em campo, ainda garoteou em não cair quando puxado por Abbondanzieri.

– Adriano e Luis Fabiano necas de pitibiriba também. Adriano enganou ao mesmo tempo que Robinho, e Luis Fabiano conseguiu entrar mais incisivo que Adriano, só que sem muito perigo, efetividade. Cumpriu seu papel e só. O suficiente para não ser execrado.

– Execrado como deve ser Gilberto Silva. Ridículo. Como errou passes, domínios, fundamentos básicos durante o jogo.

– Juan também foi muito mal. É impressão minha ou ele está mesmo pesadão?

– Eu não vou execrar os laterais. Neste time de pelada, que acham que jogam defensores e atacantes, como esperar que eles participem do ataque? Eles não erraram na frente porque na frente não estiveram. Como um time que joga com Gilberto Silva, Mineiro e coloca o Anderson lá atrás se dá ao luxo de não contar com seus laterais participando efetivamente no ataque?

– Pare o Mundo que Eu Quero Descer! Que substituição foi essa de Daniel Alves no lugar de Diego. Não que Diego não pudesse ser substituído, estava mal mesmo. Mas essa aí não me deixa espaço para comentar. Tenho de dormir antes para ver se clareio as idéias para entender essa porra.

– Ter convicções que não venham a dar certo, dimensionar errado a necessidade de ser defensivo ou ofensivo são coisas que todo técnico por melhor ou pior que seja estão sujeitos. Só que não tem condições que um técnico deixe em campo alguém que conseguiu dar uma aula de erros em todos os fundamentos do futebol como Gilberto Silva, e inventa uma substituição que além de tresloucada não leva esperança alguma, por menor que seja de dar certo não tem condições de ocupar o cargo que ocupa. Como Felipão está fora, continuo votando em Autuori ou Gus Hiddink.

– Messi foi o melhor na Argentina que também não foi bem.

– Riquelme não jogou pedrinhas. Se este é o Riquelme que joga na Europa, está explicado o porquê dele estar sempre no Boca.

– Again. Anderson de volante. Julio Baptista com a 10. Europeu avacalha com tudo mesmo.

Friamente o Boca cozinhou o Grêmio no Olímpico.

Tocou a bola, segurou o Grêmio e deixou o tempo passar. E na minha opinião, deixou sem motivos para a insuportável choradeira de Cleber Machado e José Roberto Wright durante a transmissão do jogo.

Aliás, para deixar o tempo passar, o Boca usou do recurso de… sofrer faltas.

O Grêmio começou batendo muito, o que era bom para os argentinos.

Depois até que o Grêmio foi para cima, mas o time do Boca é muito seguro, e com 3×0 de folga, fica mais fácil.

O placar de 2×0 foi conseqüência da necessidade do Grêmio partir para cima e do talento de Riquelme.

Riquelme que aliás, foi o dono das duas finais.

O argentino jogou na primeira partindo para cima da defesa gremista, sofrendo faltas perigosas, dando passe para gol e marcando o seu.

No Olímpico, Riquelme cadenciou o jogo para o Boca e teve presença para marcar os dois gols.

Ficar nas finais para Riquelme é pouco, afinal, como diz Serginho, o Boca ganhou a Libertadores antes dessa começar, a contratar o craque.

E ele não ficou no nome. Foi o principal personagem para que o Boca chegasse a final.

O que me agrada, particularmente, em Riquelme, é que além do fato de ser extremamente habilidoso, ele não cai. Por isso é craque.

Ganhou uma Libertadores. Com certeza o Boca pode creditar a ele. Mas isso vai ter de ficar na memória de quem viu, pois, como todos sabem, no fim do ano na eleição de Melhor do Mundo da FIFA, quem sabe ele não aparece lá pela… … … honrosa 12ª colocação.

Fica o espaço para quem quiser escrever sobre o jogo, a decisão, a Libertadores, melhor do mundo da FIFA, Riquelme, Grêmio, Boca e até mesmo para quem seja torcedor do Estudiantes (que time é esse? Afonso Alves joga nele?) e queira gozar com o pau dos outros.

Fica aqui um vídeo do comentarista de arbitragem que a Globo escalou para a final da Libertadores (o mesmo vídeo está linkado no nome de José Roberto Wright)