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Posts Tagged ‘Renault’

As expectativas da Fórmula-1 no início de temporada 2010

April 1st, 2010 | 2 Comments | Filed in Fórmula-1 2010

Em busca de um carro para fazer bonito (sic)

Há muito tempo não se via uma safra de pilotos tão interessante na Fórmula-1. Ainda coincindindo com o momento em que temos no mínimo três times claramente em condições de vencer corridas (Red Bull, Ferrari e McLaren) com duplas bastante boas, mais a atual campeã Mercedes ex-Brawn com ninguém menos que Schumacher em um dos cockpits. Ingredientes de sobra para um campeonato animado.

A dupla da Ferrari está realmente na ponta dos cascos. Mesmo não tendo o carro mais rápido do momento, eles estão se aproveitando muito bem dos problemas de confiabilidade da Red Bull. Será o melhor duelo, apesar de eu achar que o Alonso tem alguma vantagem.

A demonstração de espírito de equipe do Alonso ao escoltar e proteger Massa do ataque de Hamilton e Webber não será esquecido pela cúpula da equipe. Com certeza ele queria o pódio, mas ao não ir com tanta sede para cima do brasileiro ele agradou em cheio a cúpula de Maranello, com todos os objetivos alcançados. O time lidera com folga a tabela de construtores, e Alonso, a de pilotos.

A atuação do Hamilton no GP da Austrália foi de encher os olhos, apesar da eliminação no Q2. Para completar a dupla com o campeão de 2008, a McLaren trouxe o campeão de 2009, Jenson Button. Apesar da estreia apagada, Button entregou suas credenciais no English Team já na segunda prova. Para muitos, ele seria facilmente batido por Hamilton. Agora, a certeza não é tanta. O campeonato pode tomar uma interessante tendência de se diluírem vitórias e pontos entre os principais pilotos. Ou seja, para ser campeão, será necessário pontuar SEMPRE.

A Mercedes está em processo de adaptação após adquirir a equipe campeã do ano passado. O fato de terem tirado o Schumacher da aposentadoria é mostra de que não estão para brincadeira. Além dele, Nico Rosberg está sendo um bom motivo para que Schumacher volte à sua velha forma o quanto antes. O duelo é entre a experiência e de um e o ímpeto de outro. Estão sim um pouco atrás das outras três, mas não tenha dúvida de que qualquer molezinho delas… créu e hino da Alemanha. Sem ser para Vettel.

Falando de Sebastian Vettel, está aí o cara a ser observado de perto. Pelo menos no começo da temporada, ele tem o carro mais rápido. Apesar de ter sido infeliz nas duas primeiras corridas, quando tinha as vitórias praticamente no bolso, seu amadurecimento é notável. Ele lidera a Red Bull e elevou o nível do seu time, coisa que nem David Coulthard nem tampouco seu companheiro Mark Webber conseguiram depois de várias temporadas trabalhando com o mesmo Adrian Newey. Vettel era o talento que o projetista esperava para finalmente voltar às vitórias. Webber pode ter boas atuações sim, colaborando com a dispersão das vitórias e pontos entre os pilotos de ponta, mas a aposta dos energéticos para o título atende pelo simpático apelido de Tião. Candidatíssimo ao título.

Mas quando eu vejo uma corridaça do Kubica como a de domingo, eu lembro logo de Serginho… é uma pena que a tendência da Renault seja brigar no pelotão de trás. De todo o grid, esse era um dos pilotos que mais merecia um carro para brigar por campeonato. Os gauleses não dão a menor pinta de que farão esse carro.

Se o regulamento e as pistas não estragarem tudo, teremos um capeonato disputado como aqueles da década de 70 e 80 (antes do predomínio da McLaren).

São vários campeões com fome de mais, e outros pilotos em ponto de bala para serem campeões.

Infelizmente, faltou o Kimi nessa festa.

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September 10th, 2009 | 27 Comments | Filed in Fórmula-1
Alguém se habilita a fazer a leitura labial?

Alguém se habilita a fazer a leitura labial?

Agora, o que era especulação se tornou fato. Nelsinho Piquet, para a decepção de cada um de seus torcedores – em especial aqueles que transferiram para ele a simpatia e admiração que têm pelo seu pai – prestou depoimento à FIA confirmando uma das histórias mais cabeludas que já se ouviu em quase 60 anos de Fórmula 1. O piloto brasileiro realmente indignou o esporte e chocou inclusive seus companheiros de profissão ao confessar que deliberadamente jogou seu carro contra o muro no GP de Cingapura no ano passado, provocando a entrada do safety-car. A manobra teria sido arquitetada pelos cabeças da equipe, Flavio Briatore e Pat Symonds, de forma que Fernando Alonso obtivesse vantagem por ter acabado de fazer seu reabastecimento.

Nelsinho não poupou detalhes, mas só jogou isso tudo no ventilador por ter sido demitido. Falou das pressões que sofria da parte de Briatore, seu “manager-da-onça”. Relatou toda a cronologia da armação, livrando seus engenheiros e mecânicos e sem citar o companheiro de equipe. Para não levantar suspeitas, Briatore ainda fez a canastrice-mor de ficar gritando F$U%C&K!!!!!! na frente das câmeras.

Algumas conclusões que podemos chegar:

1) Devia mesmo estar um inferno aquele box da Renault. Sendo assim, era muito melhor que ele tivesse ido embora ao fim de 2008 e mesmo que ficasse sem vaga para este ano, que procurasse outro lugar melhor para correr.

2) Alonso poderia não saber de nada? Sim. Para algo assim dar certo (e até essa semana tinha dado) o ideal é que o mínimo de pessoas estivessem inteiradas. Mas é óbvio que se ele soube e ninguém souber que ele sabia, o espanhol vai ficar quietinho.

3) Querendo ou não, ao tentar se vingar de seu ex-patrão, o Nelsinhogate respinga na imagem de uma das marcas mais fortes da indústria automobilística mundial. É bom que ele esteja muito bem embasado em seus argumentos, porque o francobrasileiro Carlos Ghosn, CEO da empresa francesa, não vai deixar barato em hipótese alguma. Mas se tudo for comprovado, será certamente bandeira preta para a equipe gaulesa.

Didi, Dedé, Mussum e Zacharias

Didi, Dedé, Mussum e Zacharias

4) Já andam ventilando por aí que “o Nelsinho tirou o título do Massa”, pois foi exatamente em Cingapura e precisamente durante o safety-car que ele viveu o episódio do pirulito eletrônico. Com também culparam o Glock por ter sofrido a ultrapassagem de Hamilton na última volta do GP do Brasil. Raciocínio infantil. O problema poderia ter acontecido em QUALQUER pitstop. O Felipe acabou com suas chances de título quando ficou nas primeiras curvas das duas primeiras corridas do campeonato. E passa a régua.

5) Essa foi uma das (poucas) sujeiras que vieram à tona. Imagine só as coisas que permanecem – e permanecerão – ocultas? Certo estava o Victor. Não quero nem saber do que acontece na cozinha.

Como ele ainda não se pronunciou publicamente, eu espero que ele explique quais foram as razões dele ter revelado isso tudo. Porque se ele queria que ficássemos com peninha dele com o argumento de estar “mental e emocionalmente fragilizado”, ele não convenceu ninguém. Quem está fragilizado não entra em um carro de F1 para acertar o muro de propósito. E se alguém tivesse se ferido, ou morrido? Ele estaria disposto a arcar com as consequências de seu ato ou ficaria de bico fechado? E se ele mesmo tivesse perdido o controle do seu stunt e tivesse ferido a si próprio? Nem que o futuro dele dependesse daquilo – e obviamente pensar assim se revelou um equívoco – ele poderia cogitar compactuar com isso, ainda mais com o pescoço dele na reta. Será que se acontecesse qualquer tragédia ele utilizaria da mesma forma esse “trunfo” para atingir seus algozes dentro do próprio time? Não apenas ele perdeu qualquer respeito que as pessoas tinham por ele como fez o favor de enterrar sua própria carreira. As declarações de Bernie Ecclestone não escondem seu desagrado em relação à postura do piloto brasileiro em mais esse escândalo. Aliás, eles estão ficando cada vez piores.

O que aconteceu é muito mais grave do que um caso de espionagem. Muito pior do que uma posição cedida na reta final. Infinitamente mais séria do que as “interpretações alternativas do regulamento”, do que as pequenas trapaças escondidas sob a carenagem ou mentiras de pernas curtas. Isso foi surreal demais, difícil de acreditar até para quem já está acostumado com a podridão que o paddock limpinho e recheado de beldades varre para debaixo do tapete.

Caso ele não arrume outro emprego, nem que seja na Stock Brasil, poderia tentar uma vaga de dublê em Hollywood. Lá as pessoas ganham bem para derrapar, bater, capotar, saltar sobre chamas, amarrar “voluntários” no parachoque…

Nelsinho, Briatore, Symonds… Francamente…

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A temporada que vai começar

March 10th, 2008 | 23 Comments | Filed in Fórmula-1

A próxima madrugada de domingo marcará a abertura da temporada 2008 de Fórmula 1. Durante os ensaios de inverno ficou claro que, pelo menos no início do campeonato, Ferrari e McLaren continuarão disputando as vitórias como em 2007. A dupla da escuderia italiana continua afiada. Além de terem contado com o auxílio luxuoso de ninguém menos do que Michael Schumacher na preparação do carro novo, Kimi Räikkönen e Felipe Massa já podem ser considerados os principais candidatos ao título. E pelo fato de ter corrido pela equipe quando não tinha mais chances matemáticas de título, o brasileiro ganhou ainda mais simpatia do time. Deve correr, a princípio, em igualdade de condições com o campeão. Mas se não estiver em boa posição na segunda metade do ano, será novamente o piloto número dois, assim como o número que seu carro carrega.

Na McLaren, mesmo tendo obtido grandes resultados na pré-temporada, os pilotos Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen, para não perderem o fôlego na disputa, terão de provar que sabem fazer um carro evoluir ao longo do ano. Coisa que o bicampeão preterido pelo time sabia muito bem. A equipe ainda sofre respingos do escândalo de espionagem do ano passado, e dizem que as coisas ainda estão estremecidas entre a Mercedes-Benz e os cabeças do time. Fala-se até na possibilidade da própria cabeça do Ron Dennis rolar. Pode ser tudo boato, mas que a pressão pelos resultados lá vai estar enorme, isso vai.

O pelotão intermediário viu uma embaralhada geral. A Williams ressurge com o bem-nascido e belíssimo FW30. Aposta suas fichas em Nico Rosberg, muito mais do que em Kazuki, o kamikase da vez do folclórico clã Nakajima. A BMW-Sauber, sensação em 2007, perdeu terreno em relação às suas rivais diretas e vai ter que ralar muito para manter seu terceiro (segundo, em função da eliminação da McLaren) posto.

Outra que corre nesse bolo é a Renault, que esse ano alinha com uma dupla muito interessante: Alonso, de volta à sua casa, e Nelson Piquet Jr.. E o brasileiro parece ter herdado não só o talento, mas a malandragem do pai. Desde o início já deixou claro que não pretende superar o companheiro, atitude tomada por Massa quando dividiu o box com Schumacher e pelo próprio Piquer Sr., quando chegou jovem à Brabham e aprendeu – e muito – com o então bicampeão e futuro tri Niki Lauda. É claro que, tendo a chance, ele vai sim andar na frente do espanhol. Mas o discurso humilde e conciliatório já o faz ganhar pontos com os franceses. Não bater de frente com Alonso é a coisa mais inteligente que ele pode fazer. É definitivamente melhor que ele tenha Alonso como amigo, ou tutor, no mínimo como referência, do que tê-lo como inimigo íntimo. Com bons pilotos e o poderoso chefão Flavio Briatore, que conhece o caminho das pedras, a equipe tem grandes possibilidades de voltar ao páreo, talvez na segunda metade do campeonato, no máximo em 2009.

O resto do grid brigará pelas migalhas. A Red Bull pode ter algum destaque, pois Adrian Newey não brinca em serviço. Na satélite Toro Rosso, outro estreante que promete é o francês Sébastien Bourdais, depois de ganhar tudo até perder a graça na Champ Car. Além de Sebastian Vettel, que correu algumas vezes no último ano, substituindo Robert Kubica após seu acidente, na BMW, com resultados pra lá de competitivos. Tanto que foi contratado pela Toro Rosso ainda durante a temporada, para o lugar do caubói mala (e nem tão rápido) Scott Spped. A Honda tentará andar mais tempo na frente de sua prima nanica Super Aguri, e Barrichello deve bater o recorde de largadas na categoria. Se será um prazer ou um suplício, os engenheiros japoneses vão dizer.

Ainda no Japão, a Toyota conseguiu se livrar do bonde chamado Ralf Schumacher. Mas a equipe, um dos orçamentos mais polpudos da F1, ainda tem muito a provar, e na minha opinião, não possui uma dupla à altura do desafio.

Um tempero especial para a temporada é sem dúvida a proibição do TC, o controle de tração. Por muito tempo, mesmo proibido, o sistema foi utilizado na encolha. Para evitar que os times burlem o regulamento, a FIA padronizou a central eletrônica (ECU) – produzida pela McLaren, criticada pelas rivais – o que possibilitaria uma fiscalização mais efetiva. O que esperar? Mais erros, principalmente em pista molhada. A sensibilidade no pé direito volta a ter importância, e quem for muito afoito no acelerador, fatalmente vai perder algumas posições. Deve aumentar um pouco as disputas e diferenciar mais os pilotos em função do talento. Um bom passo para que as corridas se tornem mais emocionantes. O próximo, a volta dos slicks. Quem sabe em 2009…

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