Perdidinho da Silva (Gênio)
February 18th, 2008 | 12 Comments | Filed in Futebol, Libertadores 2008Se alguém falar que sabe o que esperar da estréia do Fluminense na Libertadores contra a LDU em Quito (quase 3.000 metros) estará mentindo.
O clássico contra o Botafogo é a evidência que nem mesmo Renato faz idéia do que esperar de seu time, que aliás, com uma escalação de dois atacantes com Dodô no banco voltou à estaca zero.
Aliás, dizer que voltou à estaca zero é bondade. Conseguiu com este jogo, a proeza de retroceder à incertezas anteriores ao início do trabalho.
Desde que começou o ano, o Fluminense treinou e jogou com os três atacantes. Foi assim até entrar com um time reserva sem nenhum atacante para o amistoso com o Flamengo.
Planejamento é uma palavra bem bonita para ser dita para mídia, ou mesmo em reuniões com o “grupo”, mas fica por aí mesmo, pois a ação não é onde ela aparece.
Se o Flamengo jogaria no meio da semana uma partida pela Libertadores após seu jogo sem grandes importância contra o Fluminense, o Tricolor não. O clube das Laranjeiras descansaria no meio da semana para encarar o Botafogo.
Então, “sabendo” que jogaria a semi-final com uma formação não testada, Renato coloca um time sem atacantes para enfrentar o Flamengo, um jogo sem responsabilidade, mas que deveria ser um teste decente.
E então, este time sem atacantes, mete um Créu no Flamengo. Mas de forma algum foi o que entrou para jogar contra o Botafogo. Renato levou para decidir com o Alvinegro uma formação até convencional, defendida pelos críticos desde o início, mas nunca testada ou treinada.
E agora, para jogar quarta-feira contra a LDU, Renato faz novo mistério sobre a escalação, mas com grandes possibilidades de entrar novamente com dois atacantes, a única formação que perdeu, e perdeu sem ver a cor da bola, dentre as testadas.
Faz um mistério como se o LDU que nas últimas Libertadores sempre entrou com times fortes (sendo um adversário duro tanto em Quito quando na casa do adversário), soubesse alguma coisa sobre o Fluminense que nas últimas Libertadores sempre … bem … Sofá para o Tricolor nas últimas Libertadores.
Eu já me manifestei por aqui à respeito dessas “espertezas” que os treinadores utilizam para “confundir” o adversário. Não sei se os doutores pararam para pensar que correm imenso risco dos seus jogadores não entenderem e alcançarem sua “genialidade”. Até onde eu sei, boas execuções de esquemas e ordens dependem de treinamento exaustivo e repetitivo, e não de lampejos coletivos geniais explicados no quadro-negro.
E o que pelo visto foi treinado e testado repetitivamente foi o esquema com três atacantes, que pelo visto, na ótica de Renato, era para ser uma espécie de plano B para momentos em que se necessitasse pressionar um adversário.
Parabéns Renato. Treinou tanto o emergencial em detrimento ao usual, que terá inúmeras oportunidades de utilizar a formação do abafa. Gênio.
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Contra os sparrings, Cícero entrava muito bem (não vi os jogos contra Boa Vista e América). Mas agora esquenta banco do banco Conca.
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Arouca marca e joga. Mauricio marca e joga. O titular é Ygor que não joga e marca… marca penalty.