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Quarentinha, o artilheiro que não sorria

December 31st, 2008 | 13 Comments | Filed in Botafogo

Como encarregado de avaliar o referido texto (presente de Natal é o cacete!!!) pude constatar o quão perverso é este mundo da bola. O texto conta a biografia do meia esquerda que fez história no áureo Botafogo dos anos 50-60 do século passado. Caso típico do despreparo a que são expostos estes atletas que, desde novos, abrem mão de uma formação convencional para se dedicar integralmente ao futebol.

O artilheiro que não sorria

O artilheiro que não sorria

Nosso Quarentinha, nosso porque era querido por todos, assim como o Garrincha e todo o Botafogo, possuía aquela ingenuidade e timidez, típica dos gênios, que fez com que sua não-atitude, de desdenhar dos próprios gols, fosse tomada como frieza e passividade. Isso fez com que algumas portas fossem fechadas, mas não impediu que se tornasse o maior artilheiro da história do Botafogo. E sua impressionante média de gols é a 2ª maior entre os artilheiros cariocas.

Atuou no Rio de Janeiro de 1954 a 1964, 9 anos no Bota e um no Bonsucesso. Brilhou num time que tinha Didi, Garrincha, Zagallo, Amarildo, Nilton Santos, Manga entre outros. Um acidente de percurso o tirou da Copa de 62 (estava voltando de contusão no joelho e saiu na última peneira), mas o Gérson, que era juvenil na época, diz que “foi um absurdo terem tirado o Quarenta daquela Copa”. Menos mal que seus companheiros de time e ataque Amarildo e Garrincha resolveram a parada. Mas o Didi lamentou o fato e disse que tinha sido armação do Pelé para colocar seu parceiro Coutinho. Coisas do futebol…

Quarentinha, mesmo barrado, continuou jogando o fino no Botafogo e sua fama, como o time, correu o mundo. Acabou saindo meio brigado do Botafogo e a reconciliação só aconteceu na recuperação da sede de General Severiano, algumas semanas antes do título de 95.

Os fatos acima são muito conhecidos e acho que não impedem a leitura do livro, que tem muito sobre os bastidores do futebol. As brincadeiras e molecagens daqueles grandes heróis, suas viagens, suas puladas de cerca, seus vícios e manias. A relação de trabalho entre o clube e os atletas também merecem atenção, pois os caras eram tolhidos pra caramba, ao mesmo tempo que assinavam contratos em branco. Uma coisa meio síndrome de Estocolmo.

O livro tem alguns lances históricos “traduzidos” por imagens digitais que ilustram alguns belos momentos do craque e favorecem a compreensão dos rubronegros, mas, mesmo assim, ficam faltando imagens em movimento que devem existir no youtube ou outro canto qualquer. Quem conseguir passa o link.

Abraços e bom Ano Novo pra todos.

PS: O livro já foi doado à Biblioteca Blablagol e poderá ser emprestado depois que todos os alvinegros que conheço terminarem de ler o livro, talvez na semana que vem.

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