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Quando a seleção não é o que interessa

July 19th, 2008 | 7 Comments | Filed in Basquete

Depois que o Victor jogou a bola laranja para o alto, aproveito para expressar o meu “eu acho”.

O time que o Brasil pôde mandar ao Pré-Olímpico Mundial é limitado tecnicamente. E a limitação pára por aí. Os caras deram tudo o que tinham para dar, mas o fato é que esses jogadores não tinham condição de encarar equipes como Grécia e Alemanha. Não se pode acusar nenhum deles de desinteresse. Pode-se sim acusar os que não foram.

A filosofia do técnico do Brasil, o espanhol Moncho Monsalve, que declarou logo de cara que se a equipe se classificasse para os Jogos Olímpicos, os convocados seriam esses, e não os outros, motivou o time a fazer todo o possível. Eles o fizeram com muita honra.

É lamentável que jogadores como Leandrinho, Nenê, Anderson Varejão, Valtinho Paulão e Guilherme Giovanonni tenham interesses particulares mais importantes do que uma participação olímpica, representando o Brasil. O fato é ainda mais contrastante quando se vê a humildade de verdadeiros astros do esporte, como Oscar e Hortência, expoentes não apenas do basquete, mas de todo o desporto nacional, em comparação com a onipotência desses atletas. Vale lembrar que o homem que ganhou o jogo para a Alemanha contra o Brasil, Dirk Nowitzki, é o principal jogador de seu time na NBA e estava lá defendendo sua seleção.

Nenhum deles, Leandrinho, Nenê, Anderson Varejão, Valtinho, Paulão e Guilherme Giovannonni, é o jogador principal de seus clubes. Mesmo assim, quem eles pensam que são?

Para ilustrar: Hortência e Paula derrotaram a sempre fortíssima seleção cubana, em pleno quintal de Fidel, no Panamericano de Havana. Oscar, só para se ter uma idéia, após a derrota para O Dream Team americano (aquele Dream Team, que tinha Jordan, Johnson, Barkley, Bird, Malone, Pippen, Ewin, Stockton, Robinson… não eu!!!) foi efusivamente cumprimentado pelos astros da NBA, e vários tiraram fotos com o brasileiro. O que fizeram Leandrinho, Nenê, Anderson Varejão, Valtinho, Paulão e Guilherme Giovannoni? Absolutamente nada.

Se o problema é a federação, que sejam homens e usem a força para mudar o quadro, antes que o Grego consiga uma nova reeleição. Ou que declarem que não têm interesse de jogar pela seleção, colocando um ponto final, o que também seria direito deles. Mas pedir dispensa, dando desculpas esfarrapadas, enquanto o Brasil fica de fora da terceira Olimpíada consecutiva, merece uma reflexão.

A situação serve de alerta também para o futebol. Ex-jogadores como Zico e Nilton Santos, lembram que em outros tempos, o jogador só não servia à seleção se estivesse sem uma perna. Hoje, as primadonas pedem dispensa porque estão cansadinhos. Até aí estaria tudo bem. Entretanto, quando chega a Copa do Mundo, eles batem no peito, se dizem “melhores do mundo” e querem seu lugar cativo, do 1 ao 11. O futebol brasileiro já viu esse filme na Copa da Alemanha.

Se o jogador tem dentro dele o espírito da seleção, que coloque uma cláusula no contrato expressando sua vontade de servi-la. Duvido que o Milan deixasse o Kaká de bandeja para Chelsea ou Real Madrid se ele impusesse tal ponto. Porém, isso deve partir dele, pois da parte do clube, óbvio que nunca será.

Se a seleção é apenas uma ambição pessoal, o melhor a se fazer é deixar a estrelinha de fora. Quando o discurso vaidoso do EU se sobrepõe ao do coletivo, melhor reconsiderar tudo. Por esse motivo o Ricardinho não joga mais na seleção brasileira de vôlei. Na manutenção dessa mentalidade coletivista está um dos grandes méritos do Bernardinho, e talvez por isso sua equipe seja tão hegemônica no esporte.

Michael Jordan já disse que a diferença entre o craque do time e o último reserva é o salário. Todo o resto, treino, concentração, dedicação, empenho, é igual para todos, sendo que o craque ainda tem maior responsabilidade. Mas para os garotos, que saíram do nada, e hoje moram nos Estados Unidos e na Europa, têm carros sensacionais, quantas mulheres e pares de tênis quiserem, pode ser o suficiente. Então, que o basquete brasileiro aprenda a viver sem Leandrinho, Nenê, Anderson Varejão, Valtinho, Paulão e Guilherme Giovanoni. Eles não fazem falta mesmo.

Basquete

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A grande tristeza

July 18th, 2008 | 12 Comments | Filed in Basquete

Peço desculpas por atropelar mais um grande post de SEXta-feira, só que o Basquete Masculino do Brasil atropela todo mundo de tão desgovernado que é.

O Basquete masculino brasileiro é meu maior motivo de decepção no esporte.

Eu nem sei aferir de quem é culpa ou qual parcela os possíveis culpados teriam.

Eu não tenho amplo conhecimento do que rola nos bastidores do basquete do Brasil para saber porque diabos 6 principais jogadores do time brasileiro, um time com 12, não foram para a Grécia.

Sei que a CBB é uma organização para lá de conturbada (a exemplo das de judô e de tênis). Não duvido nada que ela não pague aos atletas.

Mas o que me importa é que o Brasil mandou um time B para disputar o Pré-Olímpico. Nenhum dos babaquinhas brasileiros da NBA foram disputar essa porra.

Enquanto isso, o Brasil encarava com seu time B a Alemanha de Dirk Nowitski.

Os gregos jogaram contra o Brasil com seus atletas da NBA.

Os nossos, todos, estão machucadinhos. Com dodói.

É lógico que tem treta por trás disso. Só que isso não livra a cara desse bando de filho da puta.

Quer fazer boicote, então faz direito. Nada de ficar de meio-termo. De palhaçadinha. Faz como Gustavo Kuerten. Se bem que chega a ser sacanagem comparar um cara como Guga com esses deslumbrados castrados do basquete.

Está insatisfeito com a CBB, então unam-se e utilizem-se do prestígio para colocar a boca no trombone. Não quer se mobilizar, sem problema, mas que pelo menos não fique com esse desdém pela Seleção.

Porra. Vai jogar e muda aquela porcaria por dentro, sei lá.

Foda depois vai ser aturar aquele negócio de os “brasileiros da NBA“. Sempre que tiver um desses por lá, eu vou torcer contra eles.

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A Eletrobrás poderia cobrar da CBB. Qual a vantagem de patrocinar um time que já vai derrotado, longe de seu potencial?

A política de patrocínio da Eletrobrás celebra que um dos objetivos é investir no esporte em prol de benefício para a sociedade e para o esporte em geral. Que benefício pode trazer um basquete fora dos Jogos Olímpicos?

O esporte que o Brasil tem tanta tradição, já foi o 2º no coração do brasileiro, com títulos mundiais e tantas outras grandes histórias está na lata de lixo. Um limbo completo.

Duvido que com uma Seleção de Basquete forte, como costumava ser, o título nacional do clube mais popular do Brasil ficasse tão relegado a segundo plano pela mídia.

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O jogo em si foi uma tristeza. A diferença aparentemente normal de 13 pontos esconde o andamento do jogo em si.

1º quarto equilibrado, sem maiores comentários, e o Brasil começa o 2º quarto muito bem. Notava-se que jogava no seu limite. Defesa fortíssima e vibração no ataque. E com tudo isso, o time conseguia abrir 2, 3 no máximo 5 pontos para os alemães, que mostravam-se preocupados, mas dentro do jogo.

Pedido de tempo, e os 5 minutos finais do 2º quarto apresentaram a derrocada brasileira. Parecia o 1º tempo em Quito de LDU 4×2 Flu.

No 3º quarto, teve momento de jogo que a Alemanha abriu 30 pontos de vantagem.

No último quarto, a Seleção Brasileira brigou, correr atrás e ajudada por uma Alemanha que deixava o tempo passar, tirou a vantagem para os 13 pontos que terminou o jogo. Isso com a Alemanha com o placar e jogo totalmente controlados.

Uma vergonha, mas que não deve entrar na conta dos jogadores que lá estavam. Eles eram para ser banco, não são eles os principais do País. Como disse o Oscar na transmissão, eles ao menos foram lá dar a cara a tapa.

Aliás, no intervlo passaram imagens de jogos do Brasil nas Olimpíadas de Barcelona em 92. E quando passou do jogo contra o Dream Team os comentários do Oscar foram bem legais. Dizia do imenso prazer de jogar contra os caras.

Dizia ser duro entrar em um jogo em que você sabia que iria perder, mas ele disse que entrou com o seguinte pensamento:

 

Eles vão ganhar. Mas eu vou jogar pra caramba. Eles vão ter que pelo menos correr

Eu lembro desse jogo. E foi isso mesmo.

Ao menos, os atletas brasileiros que estiveram em quadra hoje contra a Alemanha, na tragédia anunciada passaram esse espírito. A única coisa que salva.

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Outro comentário interessante durante o jogo, foi quando um dos comentaristas dizia que o jogo do Brasil não estava entrando, a Hortência soltou:

 

É. O problema é que o jogo do Brasil não está entrando desde 1996.

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À respeito dos comentaristas deste jogo em questão, Paulo Affonso tem uma teoria interessante (polêmica e controversa com certeza, mas interessante) que atribui uma parcela de culpa do não-desenvolvimento do basquete a Oscar Schmitd.

Por mais que eu possa concordar, acho que hoje, diante de tanta bagunça, até essa possível culpa do medalhão já pode ter sido diluída.

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Triste foi ouvir em momento do jogo o Robi Porto comentando:

 

Até outras seleções fracas disputam as Olímpiadas como Irã e Angola

Esse é o estado do Basquete Brasileiro. O pior é ter de concordar.

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PS: Esse post vai sem foto. Triste e Feio como o Basquete Brasileiro

Enquanto isso a Arena Multi-Uso recebe shows, eventos, convenções, a Púlta-Quil-Paril. Foda-se o Basquete

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