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Cruzeiro, Atlético-MG, rivalidade e rebaixamento em: O Amanhã Nunca Morre

December 5th, 2011 | 63 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro

Foi uma semana de cornetagem pesada. Pra dizer o mínimo. Porque a cornetagem já se mostrava intensa desde que o Atlético-MG atropelou o Cruzeiro na fuga do rebaixamento. Quando ficou definido que a permanência do time Azul dependeria do jogo contra o maior rival, que vinha se portando bem nas pelejas, em contrapartida ao Penta-Estrelado que não mostrava absolutamente NENHUM padrão de jogo (valeu, Mancini!), Minas Gerais ficou em polvorosa.

O que  se leu e ouviu de comentários do tipo “Cruzeiro vai cair pra série B”, “Galo vai fechar o caixão e jogar cal por cima”, “Galo é favorito e vai passar por cima do Cruzeiro” foi de envergonhar qualquer flamenguista. A empáfia era tanta, mas tão exagerada, que por alguns momentos se acreditou que o Cruzeiro já tinha sido rebaixado. Ainda se falou de Bahia e Ceará, de Coritiba e Atlético, tudo sem levar em consideração o histórico dos últimos anos do Clássico do Pão de Queijo.

Humilhação "proseis".

Que a hegemonia dura mais de uma década, não há dúvidas. Que nos últimos 4 anos ela se intensificou, é tão claro quanto cristal. Que o placar mais comum tem 5 gols de diferença para o lado Azul, é fato. Então, nobre leitor, eu te pergunto: como poderia ser tão fácil rebaixar o maior rival, ainda que o time alvinegro tenha se tornado o maior freguês daquele? Coisas de uma torcida enlouquecida pela perspectiva da maior humilhação dos últimos 40 anos. Pela oportunidade de acabar com a tal “arrogância das Marias”. Vá entender lá em Vespasiano.

Mas, como diria John Pearson, O Amanhã Nunca Morre. A bola pune (RAMALHO, Muricy, 2006) e a empáfia de um time que, no fim das contas, conseguiu a façanha homérica de terminar esta temporada de forma mais melancólica do que o pior time do 2º turno do JKfourão foi punida de forma veemente, acachapante, desmoralizante.

O Cruzeiro jogou mais. Muito mais. Somente isso. Já se fala em entreguismo, em jogo comprado, em dinheiro que saiu do caixa azul e foi pro outro lado da lagoa, em BMG, em Tardelli voltando, mas nada muda o fato de que, quando o Cruzeiro quis jogar, não tomou conhecimento do Atlético-MG. Seja na final do Mineiro, seja nos dois jogos do Pontos Corridos. Seja nos últimos anos.

Mas, vale ressaltar, O Amanhã Nunca Morre também para o time deste que vos escreve essas linhas ainda banhadas pelas emoções dos acontecimentos dos últimos 2 meses. O Cruzeiro tem que abrir o olho. Foi um ponto fora da curva, tal qual 2003? Sim. O time vinha chegando bem nos últimos campeonatos e uma péssima gestão se mostrou agora? Fato. A goleada ajuda a levantar a cabeça, mas a nova presidência tem que fazer por merecer os votos que ganhou. Agora. Manter Vágner Mancini é um erro, mas Cristóvão Buarque Borges, Andrade e Tite estão aí pra mostrar que nem só de técnicos se faz uma boa campanha.

Manutenção de elenco é uma boa? Em certos aspectos. O Cruzeiro estuda manter uma barca de péssimos jogadores, mas quer se desfazer de Montillo, ou deveria, segundo Perrella. Em tempo, começa daí a mudança. O ex-presidente faria muito bem em ficar só em Brasília. Sem palpitar nas políticas e, principalmente, nas finanças de um Clube que chegou nesse ponto em 2011 só em função do descaso dele.

Sai do meu Cruzeiro, porra!

O Atlético-MG nos ensina mais uma lição. Resquícios de direções catastróficas podem se fazer conhecer da forma mais triste possível. Simplesmente tapar o sol com a peneira em razão de uma goleada que tem se tornado comum, é cavar mais fundo a cova no próximo ano.

Em 2011 toda arrogância foi castigada. Que sirva de lição.

Em tempo: Tchau, América!

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