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Posts Tagged ‘Pan’

Nós querenos un otro jogo

August 29th, 2008 | 1 Comment | Filed in Musas, Pequim 2008, Vídeo

Vídeo da série: Propagandas proféticas

Não me canso de repetir: merecido.

Medalha de Ouro incontestável

Medalha de Ouro incontestável

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A Copa do Mundo é nossa… É mesmo???

October 31st, 2007 | 15 Comments | Filed in Futebol

A confirmação da FIFA do Brasil para a organização da Copa do Mundo de 2014 não foi surpresa para ninguém. E o fato é sim para ser comemorado pelo povo brasileiro, que depois do Maracanazo, vai poder torcer pelo esquadrão canarinho aqui mesmo no país. Mas não há como não reparar nas diferenças das condições na escolha do Brasil como sede, hoje e no passado.

Em 50, o Brasil foi uma solução para que a competição se realizasse fora do caos da Europa pós-Hitler. Num tempo em que as viagens intercontinentais ainda eram meio complicadas, doze países enviaram suas seleções ao Brasil. O país se mobilizou em torno do futebol e além de realizar uma Copa razoavelmente organizada, ganhou de presente uma jóia única, que foi o Maracanã. O palco que até hoje, aos trancos e barrancos, continua como o principal do futebol brasileiro e dos maiores do mundo.

Hoje em dia, a escolha é puramente política. E entre os delegados da FIFA e o Comitê de Organização passa a existir uma relação que se compara à de um empresário que compra uma franquia do McDonalds: você banca, eu mando; você faz, eu decido se está bom. Se por acaso e em algum momento essas condições saem do equilíbrio, a entidade simplesmente pula fora e vai se ajeitar a toque de caixa com outro alguém mais rico e mais competente. Sem pestanejar. E em nome do orgulho nacional é que a conta pode parar no meu bolso, e no seu.

A começar pela comitiva tupiniquim em Zurique, contando com governadores, ministros, presidentes (do Brasil e da CBF), o técnico Dunga, Romário e… Paulo Coelho!!!! Pois esta foi a escalação do time que foi buscar a Copa para o Brasil. Diferente das candidaturas dos últimos tempos, quando a França e Alemanha puseram respectivamente Michel Platini e ninguém menos que o Kaiser Franz Beckenbauer nas cabeças de suas organizações (EUA e Japão-Coréia não teriam ninguém para colocar mesmo, né???). Houve mesmo uma profusão de políticos e pessoas muito mais preocupadas com self-promotion, do que como farão para realizar o evento e de onde tirarão dinheiro para tal. Pelé, o ícone maior e sinônimo do esporte, não estava lá. Nem o Zico, o Rivellino, o Taffarel. Faltou uma grande figura, um ídolo popular com carisma e honestidade, para tomar as rédeas na empreitada com a confiança de todos. Uma imagem de tranparência e da prioridade ao esporte. Mas o Ricardão Teixeira e o Paulo Coelho estavam lá. E o Romário, né? Beleza. Caráter ilibado, esse. Mas o despreparo da trupe não parou na escalação, que para mim, só salvava o Dunga. O Lula ainda cometeu a deselegância diplomática de catucar os argentinos, sem a menor necessidade, nem graça. E o Paulo Coelho, bem, ainda não entendi o que estava fazendo lá, muito menos porque ele disse o que disse. Se alguém souber, desenha pra mim. Senhor Paulo Coelho, o senhor é um fanfarrão. Não tinham ninguém melhor para levar, então, paciência.

Teoricamente, nos lugares sérios a conta é dividida da seguinte forma: a iniciativa privada, clubes e empresários se encarregam das instalações, prédios, estádios, hospedagem, serviços. Tudo que eles podem continuar explorando depois do fim da competição. Ao governo, cabe realizar as melhorias de infra-estrutura, ou seja, energia, trânsito, transportes, segurança, urbanização. Tudo que a população continuará desfrutando após o evento. Mas o Panamericano do Rio já nos mostrou que por aqui as coisas não funcionam desta forma. A tal da iniciativa privada não deu conta, e para evitar o vexame em escala continental, o governo em todas as esferas bancaram a conclusão do cronograma atrasado, e através de licitações suspeitas e contas nunca fechadas, o dinheiro do povo foi pelo ralo, enquanto políticos arrotavam a sua própria competência (populismo, eu fiz, sou o bom) e a empolgação do povo ao receber o evento e os turistas (me engana que eu gosto). Na semana seguinte, a violência não vista durante aquelas duas semanas voltou aos noticiários, enquanto os bens adquiridos com dinheiro público, como exemplo a frota de carros de polícia, já estavam pegando poeira no pátio. Sem contar os equipamentos esportivos, que burocraticamente, ficam apodrecendo num depósito enquanto alguém tarda a decidir em entregá-los aos atletas que deles precisam para seu treinamento.

Todas as medidas estruturais para a cidade foram paliativos, uma maquiagem para disfarçar. Lembram das faixas amarelas nas vias, exclusivas para tráfego das comitivas do Pan? Resolveu para o evento, mas depois, o engarrafamento carioca permaneceu igual. Isso porque o Pan aconteceu só no Rio. Para a montagem de uma Copa do Mundo serão dez cidades, ou doze.

Nesse aspecto, a experiência do Panamericano já foi ruim. E para a Copa começar mal, Joseph Blatter já declarou que a FIFA não tolera qualquer intromissão (leia-se fiscalização) nas contas envolvidas no evento. Uma CPI poderia até, em caso extremo, significar a cassação da filiação do Brasil junto à entidade máxima do futebol.

Mas como fazer da Copa minha, sua, de todos, se os personagens centrais da organização fecham os olhos para os problemas que vivemos no nosso dia-a-dia? Têm essas pessoas o direito de usar o dinheiro que deveria estar sendo empregado em coisas básicas como saneamento, saúde e educação, para satisfazer às suas vaidades? Não adianta o Ricardo Teixeira ignorar os repórteres que o questionaram sobre o problema da violência, dizendo que “nos Estados Unidos, as crianças levam armas para a escola e atiram umas nas outras”. Isso é problema deles. Mas nós temos os nossos. E, pelo mundo afora, esse é o objetivo de uma cidade ou país que quer receber uma Copa ou Olimpíada: resolver problemas sociais e estruturais e mostrar ao mundo que conseguiu cumprir suas metas.

Mas num país em que não se faz nada direito, a preocupação daqueles é que ela seja “a melhor de todos os tempos”. O governo, ou seja, todos nós, não podemos arcar com a megalomania de alguns, pois como o Brasil, mesmo com a “estabilidade” alardeada pelo nosso presidente, ainda está no terceiro mundo e não pode se dar ao luxo de gastar numa Copa como se fosse do primeiro.

Então, nos resta esperar para ver o que vai acontecer. Não tenho dúvidas de que a Copa sai. Só espero que os dirigentes de hoje e seus sucessores tenham (ou criem) a consciência de que podemos sim fazer uma bela Copa do Mundo, só que muita coisa deverá ser feita para melhorar a vida do povo, e não apenas nas cidades-sede. E que se organize tudo para que seja uma festa para esse mesmo povo, não um evento para vips, autoridades e turistas, enquanto uma população que sofre com falta de tudo fica do lado de fora dos estádios. Ainda pagando a conta. Se a Copa será nossa ou deles, só o tempo vai dizer.

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A mentira do Pan 2007

August 10th, 2007 | 3 Comments | Filed in Justiça

Lembram do blog “A Verdade do Pan 2007” que já foi sugerido aqui no Blá blá Gol?

Pois bem, lombrou. Foi descontinuado. No lugar dele está um nada, apenas para constar e parecer que alguém fez qualquer coisa no blogspot e abandonou.

Mais informações no Blog da União dos Torcedores Brasileiros (curiosamente também hospedado pelo blogspot), que levanta as suspeitas de censura.

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Mais Pan, minha visão geral e final.

August 8th, 2007 | 4 Comments | Filed in Uncategorized

Depois do post do Victor sobre o Pan, resolvi contar a trajetória no meu único dia in-loco nos jogos do Rio de Janeiro (que aliás foi o mesmo dia e mesmo evento do nosso amigo tricolor), o quê mostra bem que as opiniões diferem.

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Como minha foto a lá Jack Nicholson na primeira fila ficou ruim (o que já era esperado), resolvi colocar a foto que tirei do placar. Na realidade, a única coisa ruim de sentar na primeira fila com os pés na quadra, é ter que levantar muito a cabeça pra ver o placar.

Meu percurso para o evento não foi nada traumático. Peguei o ônibus na Rua da Carioca (do lado de onde trabalho) e 1 hora depois saltei em frente ao Parque Aquático Maria Lenk, ao lado da Arena Mult-uso. Mas devo confessar os 2 aspectos mais negativos dos jogos:

1 – Apesar da minha sorte, os transportes de um modo geral poderiam ter sido melhores. Muita gente reclamou e, como a maioria geralmente traduz a verdade, eu acredito. A tal pista seletiva com a faixa vermelha não funcionou e os engarrafamentos foram inevitáveis.

2 – A venda dos ingressos pela internet valeu pela experiência. Tive ingressos que chegaram em casa e outro que fui buscar, mas sem maiores problemas. Lugar marcado no Brasil está bem distante ainda. O transtorno mesmo foi no primeiro dia de venda pela internet, onde quase todas as finais mais esperadas já estavam esgotadas. Incrível.

Tiveram vaias, já cansadamente discutidas aqui, mas tudo normal. Nada que ultrapassasse o limite, nada ilegal. Se não me engano não lembro de nenhuma invasão de campo, quadra, piscina… e olha que era muito fácil. Eu, com os pés na quadra de basquete, tinha apenas uma cordinha me separando do jogo. Invadir ali e ganhar os 5 minutos de fama era muito fácil. A foto abaixo subi alguns degraus pra tirar pois o cinegrafista ficaria na frente.

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Exceto as vaias sem sentido para a delegação Americana no desfile de abertura e para alguns campeões Pan-americanos de outra nacionalidade, só tenho elogios ao comportamento da torcida.

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A única confusão registrada, no Judô, não partiu da torcida.

Falam muito do custo do Pan. Sim, é um absurdo gastar quase R$ 4 bilhões, ainda mais quando os custos previstos eram bem menores. Mas, se for bem aproveitada toda essa estrutura montada, será de grande proveito. À título de curiosidade, só no 1º semestre de 2007 o governo pagou R$ 60 bilhões somente de JUROS aos bancos. Só de juros, aquele dinheiro morto, jogado no lixo. Ainda acha o Pan caro?

Os resultados dos atletas brasileiros surpreenderam. Interessa se os EUA vieram com o 3º time? Eles ganham fácil mesmo. Disputar com Cuba o segundo lugar era algo impensável. Se ano que vem nas Olimpíadas de Pequim tivermos um aproveitamento de 10% com relação ao aproveitamento desse Pan, será muito bom. Tipo, umas 5 de ouro e 16 no total.

Num resumo geral, achei o saldo do Pan bem positivo. Para os esquecidos, é só lembrar dos comentários antes do Pan: “será uma vergonha… terá atentados… o tráfico vai dominar…” Foi mostrado que quando o Governo quer fazer, ele faz. E o povo faz a sua parte, sempre.

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Eu vi o Basquete

July 29th, 2007 | 1 Comment | Filed in Basquete

Depois de penar para entrar na Arena e assistir aos jogos, curti muito o ginásio. Realmente ela é muito foda.

Vi os dois quartos finais de EUA x Argentina, mas nem entrei no clima desse jogo, pois ainda estava sobre o efeito da Bagunça da Organização.

À vera mesmo para mim, foi Uruguai x Panamá.

O Uruguai jogando seu basquetebol-força, burocrático, acabou vencendo o ingênuo, porém festivo Panamá. Foi o Panamá que levantou a torcida com jogadas de efeito.

Nesse momento, acontece a final entre Brasil x Porto Rico. O Brasil vence por 22×9.

O fato é que esse é o esporte que mais torço para que o Brasil se recupere, pois é muito triste ver a condição que o basquete brasileiro se encontra.

Até porque, espero que haja um renascimento do esporte por aqui no Brasil e no Rio de Janeiro, pois depois de ter frequentado a Arena, fiquei com um gostinho de quero mais. A Arena tem tudo para ser sub-utillizada, o que é uma pena.

Uruguai x Panamá

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Eu fui (e fiquei puto)

July 29th, 2007 | 7 Comments | Filed in Basquete

Sexta-feira foi o dia de ia ao Pan. Mais especificamente, noite de ir ao Pan, já que me programei para ver os jogos de 19:45 e 22:00.

Escolhi o basquete masculino para ver, e comprei ingressos (pela internet) para EUA x Argentina e Uruguai x Panamá.

Para ser sincero, empolguei-me mesmo em ver os jogos à medida que o Pan se desenvolvia. Quando da compra do ingresso, a intenção era mesmo conhecer a Arena, e por que não, dizer que fui.

Pan - Arena Multiuso

Peguei o metrô na estação Carioca, no Centro do Rio de Janeiro às 18:00. Hora do Rush suprema. Eu deveria começar a ver o jogo em 1 hora e 45 minutos depois. Tempo que considero mais que suficiente para que se ocorra deslocamento a partir do Centro da cidade realizadora do evento, levando-se em conta a existência de faixas exclusivas.

O metrô funcionou como esperado, mas afinal, ele funcionou como em todos os dias mesmo. Não há mérito nisso.

Então, após catar o lotado metrô, peguei a integração de ônibus Del Castilho – Alvorada às 19:05.

E aí, o martírio começa.

Perguntei ao motorista do ônibus em quanto tempo chegava, e como resposta ouvi uns 45 minutos na Alvorada.

Ingênuo como Lincoln, perguntei se era esse tempo mesmo com a faixa exclusiva, e o motorista rindo, afirmou que há muito os cariocas cagavam para a existência de tal faixa e um abraço. Trânsito!

Como em “A Vida Como Ela é”, batata! Uma pregada de carros na faixa exclusiva, e eu vendo meu joguinho indo pro espaço.

19:45, EUA x Argentina começando, e eu finalmente na Alvorada, entrando em um ônibus para a Arena e já torcendo para demorarem a executar hinos e o escambau.

Não conhecedor da geografia da região, não reparei que o ônibus pegava um caminho no sentido inverso da Arena, mas Ana Paula perguntou:

– “Por que o ônibus vai para o outro lado?” – Ela reparou que a porcaria do ônibus, seguindo seu trajeto normal, se embrenhou em um engarrafamento desnecessário, para seguir o trajeto do dia-a-dia, mesmo sendo um ônibus destinado a levar o público ao evento. Nem perderei tempo descrevendo mais esse martírio de engarrafamento desenecessário, mesmo com a falta de educação dos motoristas cariocas.

Chegamos finalmente às 20:00.

Considerando execução de hino, paradas técnicas e coisa e tal, estimei perder um quarto do jogo “apenas”.

Ao chegar, vimos uma grande fila para entrar (mesmo com o jogo já começado), e fui para a fila para retirar meu ingresso (comprado pela internet).

Nas bilheterias, haviam 5 cabines (todas com funcionários). 3 para vendas na hora, e duas para troca de bilhetes com a presença de Voucher.

Bem, na fila, via paradoxalmente os que vinham comprar ingressos na hora, conseguindo seus ingressos mais rápido que eu com meu Voucher.

Próximo à boca do caixa, percebi que cometi um engano, pois vi os atendentes dos caixas para compra na hora informarem que não havia ingressos para a compra. Nem do jogo que acontecia, nem dos jogos dos dias seguintes (semi-finais e finais).

Fiquei me perguntando: “Se a porra das filas das trocas de ingresso estavam grandes, e três caixas ficavam à toa como paxás, parecendo a caseira de Ninet… (melhor eu não compltar o nome na vã tentativa de evitar um processo – é possível que a falta do último “e” dificulte a indexação via google), por que diabos não fazer os 5 caixas trocarem ingressos?”

Troquei meu ingresso (15 minutinhos perdidos aí) e fui para a fila.

E com o jogo começado, a fila demorava.

Entramos e fomos para a “revista”.

Engraçado que eu entrei sem ser revistado, já Ana Paula passou por detector de metais, depois foi revistada por OUTRO detector de metais de mão e teve que passar com a bolsa por aqueles troços de passar bolsa de aeroporto.

Não sabia eu que namorava alguém que carregava instrumentos que possam causar riscos em potencial. Ana Paula teve de deixar com os “organizadores”, um par de pinças de sombrancelha. Que ela não leia isso, mas desde então tenho medo de dormir sem me certificar que ela também esteja.

Ao menos, deixaram-na entrar com os três sacos de biscoito que evitariam comer o cachorro-quente pão com uma salsicha custando R$3,50.

O legal é que para equilibar, a “organização” não permitiu que nossa amiga ítalo-sansei Barryoko Ono pudesse entrar com seus sacos de biscoito. Contudo, as pinças dela entraram( abre teu olho Barriga).

Resultado: 20:30 entramos na porra da Arena.

Cheguei a comentar com Ana Paula:

“Ainda bem que os ingressos são numerados, porque essa porra está lotada, já não tem mais ingresso nem para os jogos de amanhã”.

Fui para o setor que estava indicado no meu ingresso.

Aí vem mais uma.

Comprei pela internet, o que era chamado de Setor B (R$30,00 cada). Em grosso modo, esse setor era no terço central (verticalmente falando) do ginásio.

E não é que as minhas cadeiras eram praticamente no teto!!! Para ser mais exato, quatro fileiras abaixo da última. (para dar uma idéia, a foto que está postada acima foi tirada abaixo, e não imediatamente abaixo, da posição da minha cadeira).

Fui reclamar, e avisar que não sentaria naquele lugar, pois havia comprado para o Setor B (R$30,00) e não sentaria no C (R$10,00).

O que deixaria qualquer um satisfeito, deixou-me mais puto ainda. A “organizadora” disse que todo mundo que comprara ingressos pela intetnet estava reclamando disso, e que poderia sentar em qualquer lugar porque os lugares marcados não estavam valendo.

Sendo assim, foi para o espaço o que achei pode ser o principal amortizador dos Jogos.

Ué? Mas espera aí? Os ingressos não estavam esgotados? Pois bem, devia ter por ali uma ocupação de 60% da capacidade da Arena. Vai saber onde foram parar os outros 40% dos ingressos…

Nessa brincadeira, foram embora dois quartos do jogo que gostaria de ver.

Nessas horas que gostaria de morar nos EUA. Pois ninguém diria que eu fui otário por acreditar que saindo 18:00 do Centro da cidade, utilizando o transporte multi-modal recomendado pela organização dos Jogos e pela prefeitura da cidade chegaria à tempo para o evento. Ninguém me tacharia de chato por querer processar a prefeitura.

Mas para mim, o pior de tudo é ver todo mundo feliz por poder sentar em qualquer lugar, independente de ter comprado em outra cadeira.

Como acabou ficando grande esse artigo, falarei do que foi bom em outro artigo, o jogo em si.

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Entrei no Orkut das Gêmeas

July 28th, 2007 | 5 Comments | Filed in Musas, Nado Sincronizado

Deu no Globo: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=8346470069351290189

gemeas.jpg

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Boxe

July 27th, 2007 | 11 Comments | Filed in Uncategorized

pedro-lima.JPG

Sei que posso dar pano pra manga da sacanagem da rapaziada, mas tenho que registrar: poucas conquistas de atletas brasileiros realmente me emocionam tanto quanto as da galera do boxe. Taí um esporte de gente realmente sofrida, gente que treina em academias ao ar livre, debaixo de ponte, que come pão com salsicha e bebe água, mas não desiste. O boxe nas periferias de muitas grandes cidades brasileiras é a esperança de crianças, jovens e adultos para conseguir mudar os rumos da vida e trilhar um caminho de glórias. Mais ou menos como o futebol, mas a diferença é que o cara literalmente apanha muito pra conseguir.

Deve ser justamente essa empatia que tornou a série do Rocky Balboa uma referência tão carismática na vida das pessoas.

Hoje, depois de 44 anos de espera (e de espera nós alvinegros entendemos bem), um baiano deu ao Brasil a sofrida e tão sonhada medalha de ouro nos jogos Panamericanos. Pedro Lima derrotou o superfavorito campeão mundial Demetrius Andrade numa luta emocionante pelos contornos estratégicos utilizados. E como foi bonito ver um baiano com uma cara humilde, cansada e sofrida – o espelho de um brasileiro genuíno, da mais pura estirpe – atônito e radiante por uma conquista tão esperada, tão perseguida, tão sonhada, e que naquele momento finalmente estava em suas mãos cheias de esparadrapo.

Muito bonito, de verdade. Talvez a cena mais emblemática do Panamericano Rio 2007 até agora. E palmas pro Popó, um cara que não ganhou um centavo, nem crédito, e não sei nem se foi convidado pela comitiva do boxe, mas que esteve presente em absolutamente TODAS as lutas de TODAS as categorias onde havia um brasileiro aconselhando, orientando, torcendo, apoiando, e com os olhos cheios d’água pela conquista do humilde Pedro Lima. Em suas palavras, numa outra final: “Essa medalha tem que sair, porque isso vai mudar a vida dessas pessoas”.

Cara, nessas horas, mais ainda, SER BRASILEIRO É FODA.

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Pan ontem e hoje

July 27th, 2007 | 5 Comments | Filed in Futebol

Não tem como não falar (de novo) da conquista das meninas da seleção brasileira ontem. Sensacional. Sim, as americanas não vieram com o time principal (confirmei ontem), mas e daí? Já começam as especulações de uma liga de futebol feminino aqui no país. Acho até interessante, mas talvez, inviável. Imagina um campeonato brasileiro longo e chato como esse, só que feminino. Dando prejuízo, ele não se manteria.

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Foto retirada o jornal O Globo de hoje, 27/07/2007

Vale destacar a torcida ontem no Maracanã, lotando o estádio com 70 mil. Aplausos para as americanas quando foram receber a prata e ovação com as brasileiras.

*****

Dormimos em empatados com Cuba, mas ganhando por termos maior número de medalhas de prata. Mas hoje de manhã Cuba já abriu 2 ouros de diferença. Vai ser difícil superá-los nesse Pan.

*****

O que chama a atenção hoje para o Brasil é o Iatismo. Chance de medalhas em 8 das 9 classes. Os brasileiros estão liderando 4, e Robert Scheidt ainda está em 2º na sua.

Tem o Rodrigo Pessoa no hipismo, se ele não refugar…

Outro destaque é as 22hs, volei masculino, Brasil x Venezuela. Perdemos esse jogo no Pan passado e a medalha de ouro mais certa daquele Pan. Espero que isso não se repita.

*****

Em tempo real:

Semi-final contra Costa Rica, segundo tempo, Brasil vai ganhando de 6 x 0.

Sebastian Quatrin ganha prata na canoagem na mesma prova que o cubano levou o ouro. Ops… OUROOOO para o Brasil. Na canoagem, agora em outra prova. Começo a gostar de canoagem.

Nado sincronizado, bronze para as brasileiras no dueto. Mas não eram as gêmeas.

*****

Aproveito pra falar à todos que hoje a tarde, se tudo der certo, estarei na Arena multi-uso para ver basquete masculino Brasil x Porto Rico e Argentina x EUA. Como meu notebook está quebrado, não poderei acompanhar o jogo em tempo real.

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O Choro e a Vaia

July 26th, 2007 | 8 Comments | Filed in Uncategorized

Já citado em nossa discussão sobre as vaias no Pan, recebi a autorização para republicar aqui na íntegra o artigo de André Petry na VEJA dessa semana que versa sobre o mesmo assunto.

O choro e a vaiaAndré Petry

“Jade, aos 16 anos, diante da necessidade de superar-se, parece que já começou a aprender tudo. Oscar, aos 49 anos, superou-se tantas vezes e, no entanto, parece que não aprendeu nada”

A ginasta Jade Barbosa, com seus 16 anos, comoveu o país nas provas do Pan ao desequilibrar-se e cair das barras assimétricas. Jade estava em primeiro lugar nos exercícios do dia. Dera um show no solo, no salto e na trave. Estava preparada para ganhar, mas acabou ficando sem medalha. Com um choro aberto no rosto, Jade lamentou sua queda e lembrou que se esforçara tanto nos treinos que não merecia desfecho tão adverso. Até Oleg Ostapenko, o técnico ucraniano que tem fama de gelado, no fim da prova acolheu-a com algo semelhante a ternura. No dia seguinte, Jade, na flor de seus 16 anos, encantou a platéia ao se recuperar do dia anterior e ganhar duas medalhas: ouro no salto, bronze no solo. Estava feliz e, como um dia antes, lembrou que treinara tanto que merecia um prêmio.

É bom o exemplo de Jade num país tão descrente de si mesmo. Sobretudo porque, aos 16 anos, na sua primeira competição para adultos, Jade já tem o que ensinar aos mais velhos – por exemplo, a Oscar Schmidt, legenda do basquete brasileiro.

Talvez nenhum atleta brasileiro tenha chorado tanto em público quanto Oscar. Chorou como Jade, como atleta. Chorou pela aspereza da derrota, pela recompensa da vitória. Pela emoção de superar-se. Pois Oscar apareceu nas provas de ginástica do Pan – e, do alto de seus 49 anos, constrangeu a platéia e os atletas, sobretudo os brasileiros, ao vaiar estrepitosamente quando algum estrangeiro se preparava para um exercício. Da platéia, Oscar parecia um potro fugido, rabioso, corcovando contra as exigências da civilidade.

É estranho um atleta, logo um atleta, exibir tanto desprezo pelo trabalho de outro atleta e, ainda por cima, desconhecer a diferença entre esporte coletivo e individual. Como desafiam apenas um atleta, e não um conjunto deles, os esportes individuais costumam cativar a platéia, que tende a torcer pelo sucesso do competidor e a lamentar seu eventual fracasso, não importando o time que defende ou o país de onde vem. Não é como no vôlei, no futebol ou no basquete de Oscar. Não é como diante do presidente Lula, na abertura do Pan. Nesses casos, quer vaiar, vaia. Ali, na ginástica, na exibição de um único atleta, a massa não vaia. É o decoro coletivo. É respeito pelo esforço alheio, um pulsar de solidariedade, uma simpatia quase atávica com o atleta, como se a sua superação, movendo-se solitário sob os olhos de uma multidão, fosse também a superação da humanidade inteira.

Oscar não entendeu isso. Desinibidamente, vaiou qualquer estrangeiro. “Vai cair, Chile”, berrava para um atleta chileno. “Vai escorregar”, gritava para um americano, indiferente aos apelos vindos do sistema de som do ginásio, que pedia aplausos para todos os atletas.

Jade, aos 16 anos, diante da exaustiva maratona de treinos, diante da necessidade de superar-se, parece que já começou a aprender tudo. Oscar, aos 49 anos e uma carreira singularmente vitoriosa, treinou tanto, superou-se tantas vezes e, no entanto, parece que não aprendeu nada.

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