Kike não conseguia dormir, está ansioso com a volta à Porto Alegre, e eu resolvi contar-lhe uma história.

Contei a história de um clube cuja primeira casa fora na Rua Dona Laura, como ele. De um clube que teve que se mudar, como ele. Que se mudou para a casa nova quando os dois vovôs dele tinham 3 anos, como ele. E que agora se mudaria para uma outra casa nova, quando ele tem três anos, como os avôs.

Mudar-se é chato. Nós deixamos parte de nós para trás, e isso machuca. Já estávamos acostumados com tudo, o ambiente era familiar e tinha a nossa cara. O lugar novo não tem nada disso.

Porém, aos poucos, a novidade passa a ser rotina. E a gente começa a se sentir em casa na casa nova. Aconteceu com ele e acontecerá com o Grêmio.

Prometi então levá-lo à casa nova em Porto Alegre. Se ele dormisse, levá-lo-ia numa partida na Arena.

Dormiu…

Para matar as saudades