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Flamengo 1X1 Botafogo : mais uma vez (nos pênaltis), deu Fla no Engenhão

February 21st, 2011 | 141 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2011, Flamengo

Ficou a cargo do vascaíno rubro-negro Jorge Caldas a tarefa de escrever sua primeira resenha em páginas blablagolianas acerca do triunfo urubu sobre o Botafogo pela segunda semifinal da Taça Guanabara. Uma vez que dei a cara pra bater e convidei o fLamenguista para escrever o texto, parti do princípio que teria que aguentar bravamente qualquer provocação que porventura fosse colocada. Não precisou, pois o texto ficou muito bom e atira em todas as direções, apontando defeitos e virtudes de ambas as equipes de maneira absolutamente ponderada. Reflete o mesmo jogo que (pelo menos) eu assisti. Parabéns, Jorge. Bela premiére

Por Jorge Caldas

Já está ficando chato e manjado. Flamengo e Botafogo mais uma vez se encontraram para fazer um jogo decisivo no Campeonato Fluminense (não gosto do nome, tampouco do gentílico, mas essa é que é a verdade). E pra variar, mais um jogo recheado de emoções.  Após mais uma disputa de pênaltis, consolidou-se o resultado mais freqüente desde que o Engenhão foi construído: o Flamengo vence de novo e o Botafogo segue sem superar este rival em casa. Tudo bem que esse foi o terceiro empate desde que o estádio foi construído, mas o Botafogo não faz valer seu mando de campo. Mas, como não é minha praia analisar o jogo como um todo (até porque não lembro mais de muita coisa), destaco aqui alguns pontos positivos e negativos, de ambos os lados.

O que houve de bom:

  • Os goleiros: Jefferson mais uma vez mostrou, dessa vez diante de MM, o porquê dele ser considerado o melhor goleiro em atividade do país.  Felipe, quase sem trabalho durante o jogo, falhou no gol alvinegro (se ele se estica mais um pouco, quem sabe…) mas se redimiu na disputa por pênaltis, pegando as cobranças de Everton e Somália;
  • Laterais direitos: Léo Moura, como sempre que encontra espaço, fez um fuzuê na ala esquerda do Botafogo e quase deixou o dele. No segundo tempo, não apareceu tanto. Quase perdeu o pênalti. Pelo lado alvinegro, Alessandro fez um bom trabalho (ou não comprometeu, como dizem alguns botafoguenses). Como sempre (assim o vejo), exerceu bem o papel de defensor e até se arriscou no ataque, quando deu o passe para Loco Abreu marcar o gol alvinegro. Não sei porque não foi escalado nas penais;
  • O “Guerreiro” Willians: E pensar que ainda tem rubronegros querendo esse cara fora do Flamengo… Mesmo tendo um desentendimento desnecessário com Herrera no início do jogo, o que lhe rendeu um amarelo precoce, mostrou o porquê de ser imprescindível nesse time: ele combate por todo o meio-campo, que só quer saber de firulinhas sem objetividade, tampouco marcar, dar combate no adversário;
  • O primeiro tempo do Thiago Neves: Se Willians tinha de combater, alguém tinha que engatar o time do Flamengo pra frente. E TN7 fez bem esse papel, ao menos no primeiro tempo. Com Léo Moura encontrando dificuldades de passar pela “avenida Márcio Azevedo” e o Dentucho só fazendo número, sobrou pra ele tentar alguma jogada de ataque. Conseguiu, com precisão cirúrgica, fazer a bola passar pelo ‘gigante’ Loco e encontrar o ‘pequenino’ Angelim (sempre ele…) no gol rubronegro;
  • Banco pra incendiar o jogo: Final do primeiro tempo. Vendo Cajá sobrecarregado na armação, Joel decide colocar Éverton no lugar de Márcio Azevedo e joga Somália pra esquerda, o que fez o Botafogo acordar, acuar o Flamengo no campo de defesa e chegar ao gol de empate. Vendo que o time não andava, Luxemburgo decide tirar de campo o omisso Deivid e colocar a ‘nova jóia’ Negueba. Logo de cara, põe a bola duas vezes seguidas por entre as pernas de Arévalo e cria jogadas de perigo.  Na esperança de retomar o controle do jogo, Joel põe Caio, mas o mesmo não corresponde.

Negueba foi destaque positivo pelo framengo

O que houve de ruim:

  • Defesas: Assim não dá. Pelo lado alvinegro, Antonio Carlos mostra mais eficiência no ataque do que na defesa. Do Márcio Rosário nada posso falar, pois não prestei atenção nele em campo. Mas se o Botafogo não conta com uma boa zaga, Alessandro e Somália auxiliam lá atrás, o que alivia. Pelo lado rubronegro, a insistência de “profexô” com o Welinton deu mais um fruto. Adivinha quem era o zagueiro que deu condições ao Loco no gol? Ele mesmo. Com isso, o futebol do David Braz está em queda livre. E o Angelim, o “menos ruim” dos zagueiros rubronegros (na minha singela opinião), é improvisado na lateral;
  • Armação: Apesar do primeiro tempo do TN7 e do segundo tempo do Bota e de Negueba, as armações deixaram a desejar no jogo como um todo. O “Gordentucho” há muito não diz a que veio e Cajá ficou sobrecarregado na maior parte do tempo. Apenas as entradas de Everton pelo Bota e Negueba pelo Fla foram capazes de desamarrar o jogo;
  • Luxemburgo: O que será que aconteceu de 1995 para cá? Cadê aquele Luxemburgo que arrumou confusão com Romário por não concordar com ele? Sim, me faço essas perguntas porque HOJE ele deveria ser assim. Não pode é querer mexer no time deixando peso-morto em campo (não preciso dizer quem é). Demorou a colocar o Negueba e o Diego Maurício em campo e, ao invés de colocá-los nos lugares de, respectivamente, Renato e Deivid, põe nos lugares de Deivid e Angelim, sendo que o segundo não fazia má partida;
  • Ataque Mercosul alvinegro: Devido às atuações nos últimos duelos, os botafoguenses esperavam muito de seu ÍDOLO Loco Abreu. Tudo bem que ele deu trabalho à defesa rubronegra (coisa que, convenhamos, até qualquer atacantezinho medíocre tem feito ultimamente) e mostrou oportunismo no gol alvinegro, mas “El Capitán” poderia ter feito a diferença pro seu time (sorte nossa!). Quanto à Herrera, uma discussão com Willians no começo do jogo, muita correria e só;
  • Gordentucho: Ele (só pra variar) não jogou nada, sobrecarregou Thiago Neves na armação e mais uma vez fez uma jogada faltosa, onde (também pra variar) faltou “cojones” ao juiz para aplicar-lhe o cartão. Teve um lampejo com a entrada de Negueba, onde foi deslocado para a “menos pior” das posições que ele pode exercer no time do Flamengo: centro-avante.

Márcio Azevedo foi destaque negativo pelo Botafogo

*****

Agora, o Botafogo se junta a Vasco e Fluminense na “secação anti-Flamengo”, mas com atenção voltada primeiramente para a Copa do Brasil. Depois, resta a Taça Rio pra chegar à decisão, o que acredito que não será possível.

Enquanto isso, o Flamengo dá um enorme passo rumo à sua 19ª Taça Guanabara. Vale lembrar que ambos já se enfrentaram na fase classificatória e o Flamengo apertado, por 3 a 2 com direito a mais uma lambança de Welinton e primeiro gol do Gordentucho com o Manto Sagrado.  Que venha a “Onda Verde” de Saquarema!!! E que o Flamengo, enfim, mostre porque ele é O GRANDE dessa final.

Saudações rubronegras.

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