Enfim, começou o Campeonato Brasileiro 2011 para o Botafogo.
Segura que é badejo!
De volta à casa após a gentil concessão do Engenhão para o show de um Beatle (ex-Beatle não existe), o Glorioso misto recebeu a peixaria igualmente mista – sem o menininho – pela segunda rodada do BRão. Corneteiros do apocalipse, passionais de plantão e mulas gratuitas trataram de correr para seus teclados após o jogo – se é que assistiram – para taxar a partida como chata, modorrenta, monótona e outros adjetivos afins.
Compreende-se. Ignore-se.
O Botafogo entrou em campo ontem promovendo a estreia do Fator MaicosuElkeson – setor de armação do time comandado pelos dois jogadores. Quanto ao Mago, toda a paciência do mundo, pois volta de lesão seríssima e ainda luta para ganhar ritmo de jogo. AINDA ASSIM, salta aos olhos a diferença da equipe com ele em campo. A outra metade do setor, o estreante Elkeson, correspondeu às expectativas e fez boa partida – considerando-se AINDA que fez DOIS treinos com o time antes de virar titular. Saiu aplaudido de campo. Entrosado e com ritmo, o setor de criação do Botafogo dará dor-de-cabeça aos adversários – principalmente depois de agosto, quando Renato também estreia. Mesmo Éverton foi melhor aproveitado, já que jogou livre da pressão pela responsabilidade na criação das jogadas.
Boa apresentação também de Lucas Zen, que finalmente parece que vai ser aproveitado como merece. Mais um mérito de Harry Potter que ontem colocou o garoto cobrindo a zaga, o que – coincidência ou não – deu mais consistência ao setor. Houve ainda espaço para o gol de Fábio Ferreira, num lance de belo oportunismo.
Procurando Neymo
Mas pelo Botafogo, o grande nome do jogo foi Bruno Cortês. O lateral-esquerdo fez grande partida, apoiando muito bem e marcando com precisão. Literalmente, voou em campo. Se fez partidas mais apagadas recentemente, deve-se creditar ainda ao período de adaptação e a um estilo mais cauteloso de jogo, já que a zaga do Botafogo passa (e ainda vai passar) por um período de turbulência até sua integração ao estilo do novo treinador. Mas é um jogador que resolveu o problema crônico da lateral-esquerda alvinegra, isso é inegável.
Os corneteiros dirão que Neyminho não jogou, Elano não jogou e mimimi e mimimi… Mas convenientemente se esquecerão que o Chapelero Loco também não estava em campo, assim como Herrera. Com ambos no ataque, mais o Fator MaicosuElkeson, desde que a defesa esteja de fato arrumada, o Botafogo completo tem condição de jogar de igual para igual com a equipe santista completa. Aliás, contra QUALQUER equipe.
São três pontos, fundamentais para a pretensão do Botafogo neste Brasileiro. Porém, muito mais do que isso, representam a concretização para a torcida (e clube) da chance de voltar a sonhar.
Sim, amiguinhos. Até sonhar já estava ficando difícil. Mas #BotaBodeNisso