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Posts Tagged ‘Muricy Ramalho’

Fluminense 2X3 Botafogo – Cajá maduro

February 6th, 2011 | 194 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Carioca 2011, Fluminense

Desequilibrou. Matou a pau. Se consagrou.

Cajá - o pequeno que resolve

Tudo quanto for definição possível que eu encontrar vai ser pouco pra descrever a MAIÚSCULA atuação de Renato Cajá no clássico. No primeiro tempo só deu ele, com cobranças de falta colocadas com a mão e passes açucarados. O Cajá regeu o Botafogo. Baixou um espírito de Conca no meia alvinegro. Ficou até a dúvida se aquela bola entrou ou não. Sem tira-teima ficou difícil, mas tem foto pra deixar mais em dúvida ainda.

O jogo se tornava dramático para o Botafogo, pois Fred e Rafael Moura faziam carnaval na entrada da área botafoguense. Aí veio o lance capital: depois de falta em Bruno Thiago, o Loco foi reclamar com o juizão cobrando um cartão amarelo para Valencia. Conseguiu (de quebra a expulsão do volante tricolor), ganhou um também e deu-se início à derrocada tricolor.

Fred saiu de si, arranjou confusão, começou empurra-empurra. E o psicológico tricolor foi pro espaço. O juiz tentou dar uma compensada depois com a discutível expulsão de Marcelo Mattos. Veio o intervalo, e a essa altura o Fluminense ainda vencia por 2 a 1. A noite prometia a consagração do He-Man.

O Dono do Jogo

No segundo tempo, dramaticidade logo de cara. Um pênalti indiscutível do He-Man sobre o Loco, que eu aqui já alertava que com certeza ia ser de cavadinha (tenho testemunhas). Cavalieri ouviu e permaneceu impassível. Pegou. Veio outro pênalti (eu vi um calço no Bruno Thiago) e a torcida pediu por aquele que é ÍDOLO até quando perde pênalti. O CAPITÃO Loco Abreu cobrou no modo [COJONES]²de novo com cavadinha só que desta feita colocada na direita. Gol, delírio da torcida, aclamação do HERÓI e aquela comemoração digna da raça uruguaia. Ou seja, Loco é ÍDOLO até quando perde pênalti.

Raça também no gol de Herrera, em nova jogadaça de Cajá, encobrindo o bom goleiro do tricolor em saída arrojada. Mas não teve jeito. Terceiro do Fogão e vitória sacramentada.

E Jefferson. Meu Deus, que muralha. Preciso, gelado. Um MONSTRO. Espero que Mano tenha assistido, pois reconheço que a convocação fez o talento do goleiraço alvinegro potencializar.

Um Botafogo diferente daquele que fez a torcida sofrer contra o Bangu. Na teoria, o mesmo 3-5-2. Na prática, com a saída de Somália e com um Alessandro com liberdade para atacar, o Botafogo foi à frente muito mais até que o Fluminense – coisa que se refletiu logo de cara no número de finalizações de cada time no primeiro tempo. A defesa ficou mais sólida porque, enfim, os volantes sabiam como marcar e como fazer a cobertura da zaga.

Valeu, Joel. É assim que se fala. É o teu 3-5-2, com a ofensividade que a torcida quer. Chegou-se no meio termo bom para todos.

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Diguinho fez falta

November 14th, 2010 | 11 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Goiás

Meu estômago aguenta a expectativa da semana.

Meu estômago aguenta que o time seja todo modificado na hora H.

Meu estômago aguenta até que Muricy invente de deixar Diguinho no banco.

Mas aturar tudo isso com comentários de Raul Quadros é demais. Ainda mais em um canal duplamente pago.

A dupla que fez falta

O Goiás escancarou meia cancha tricolor até conseguir seu primeiro gol com He-Man, coisa que mostrava-se questão de tempo. Merecedíssimo gol de cabeça contra um time que optou por entrar com Valência para defender melhor pelo alto em detrimento de Diguinho que defende melhor pelo chão e que faz o time jogar.

Ainda sem Diguinho, o máximo que o Fluminense conseguiu foi frear o Goiás que ia ficando nervoso, aspecto natural para um vice-lanterna do campeonato.

Deco, que até buscou jogo, deu lugar finalmente para Diguinho na volta do 2º tempo, além de Washington no lugar do inoperante Tartá (que já fora mal contra o Vasco). Neste período, viu-se a tensão de um ataque contra defesa com Leandro Euzébio fazendo as vezes de lateral direito onde o Fluminense pressionava mas não assustava. Muricy então passa a apostar na trinca de atacantes Fred, Washington e Ruimdriguinho, e como para empatar com a burrada da escalação, com um mau domínio de bola o vibrante Ruimdriguinho vê a bola sobrar e Ernando brincar de Gil derrubando-o como se Ronaldo fosse.

O Abnegado e estafado Conca bateu seco apavorantemente por baixo do seguro Harlei marcando o seu 62º ponto no campeonato, mesmo número de pontos que o vice-líder Fluminense.

Imagino que os tricolores presentes ao Engenhão possam quase ter infartado com Carlinhos. Ao menos foram poupados do desgosto de acompanhar o 2º tempo com Raul Quadros comentando que o Fluminense jogava como se estivesse ganhando a partida. E pagando duas vezes por isso.

Fluminense deixou 2 pontos no Engenhão que terá de correr atrás fora de casa. A interrogação deste momento é:

  • Como Muricy prepará o time contra o São Paulo? Para 3 pontos ou para 1?

Dois pontos fora de casa e mais três em casa não garantem a conta de título.

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Larga essa bola, Washington

October 24th, 2010 | 29 Comments | Filed in Atlético-PR, Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Futebol

Deitado na cama com pé para o alto via Netbook – O Verão começou mais cedo para mim tendo em vista que passei todo o fim de semana pelos 39 e 40 graus (não tem a bolinha de número nessa merda de tecladinho). Meu breve momento de recuperação e lucidez no fim de semana serviu para ver Washington desencantar marcando um gol contra.

Sim, deu-me raiva, mas quer saber? Fez gol contra porque estava ali cumprindo o que estava determinado a fazer e paciência. Deu azar.

Claro que um azar muito inconveniente pela fase do Canela Valente. Mais um que se soma a outros tantos que vem ocorrendo e que obviamente só explicam a titularidade do 99 (número bizarro) pela completa ausência de opções.

Mas o lixo total é que depois do penalty arrancado pelo time do Muricy, esse Egocêntrico dos Infernos quis cobrá-lo. A raiva suprema só foi superada pela felicidade do Abnegado e Brioso Capitão Conca ter retirado na marra a bola deste Abestalhado com a aprovação imediata do comandante Muricy (aprenda Dorival, voz de comando é para ser dada e cumprida na hora).

Penalty cobrado com raiva para o fundo da rede e empate mais que merecido no jogaço, onde pelas circunstâncias do campeonato e de jogo faz com que algumas partidas os dois oponentes necessitem alterar o placar.

Se ficou a sensação aos tricolores que qualquer coisa diferente da vitória foi ruim, busque olhar a partida com olhar atleticano, time que dentro de casa apoiado pela torcida buscou jogo igual ao Flu com Paulo Baier jogando o fino na armação, com direito a belos dribles na meiuca. O Zidane de pobre.

Fica assim. Sem mais detalhes e sem imagem que a bateria está indo para o saco e meu pé está doendo.

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Fluminense 0x0 Botafogo – empate, de novo

October 17th, 2010 | 36 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense

Cara, nem tenho mais o que dizer depois de mais um empate.

A tônica do Botafogo foi bem resumida pelo Seu Casseta Helio de La Peña – @lapena – e que aliás, pode ser usado para definir o Botafogo 2010:

Jogamos como nunca. empatamos como sempre!

O Botafogo parece cansado em campo. Metade do time deve estar cansado mesmo, pois corre dobrado pra compensar os cabeças-de-bagre. E um terço do time está voltando de lesão, ainda faltando ganhar ritmo de jogo.

Oficialmente dou adeus à esperança de título na data de hoje. O que me resta ainda é esperar que a vaguinha da Libertadores venha. Sulamericana é certa, mas o histórico do Fogão no torneio me faz preferir a Libertadores (de onde fomos eliminados de formas menos vexaminosas).

De toda forma, volto a repetir: esta é a melhor campanha do Botafogo dos últimos 15 anos. Mais do que brigar por títulos, o Botafogo do ÍDOLO Loco Abreu e de Joel Santana devolveu ao torcedor (depois de anos de terapia coletiva mal-resolvida) a certeza de que temos um time de macho, que joga de igual pra igual contra qualquer um que seja. Tão igual que os empates são recorrentes.

*****

Feliz da torcida que lamenta empates como péssimos resultados. Mas eu quero é TÍTULO.

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Muricy em ‘A Vida Como Ela É’

September 26th, 2010 | 4 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Vitória

Enebriados com a reação do Fluminense em 2009 para fugir do rebaixamento, saindo da 18ª posição para a 16ª, torcedores tricolores ficaram ressabiados com a queda de rendimento da equipe nas últimas rodadas. Diga-se de passagem, não sem razão, pois mesmo normal, a luz amarela se acendeu.

Entretanto, assim como o revés é para ser levado em consideração, a retomada de rumo não está descartada como bem sabe Muricy, treinador que ao contrário da torcida do Fluminense é acostumado a ver e entender a tabela pela ótica de quem disputa por cima.

Sem Fred e Emerson, Muricy arrumou sua equipe com Washington e Ruimdriguinho. O atual camisa 10 da equipe ignora a existência de um companheiro no ataque fazendo com que o Tricolor entre em campo com dois atacantes independentes. Especificamente na partida contra o Vitória, Ruimdriguinho ainda jogava o 1º tempo como se Washington fosse, atuando como mais um pivô.

Muricy fez omelete sem ovos e exigiu que o reserva de Emerson  parasse de jogar de costas e assim colocou Conca e Deco na partida já que o Fluminense fazia sua parte em não deixar o jogo e o Vitória correr. Desta forma, Ruimdriguinho fez a única coisa que lhe resta em um time de futebol, mirar o gol. Partindo para dentro da área sofreu penalty fazendo Conca desencabaçar.

Aí, quando o Vitória empatou com Henrique rasgando contra Leandro Euzébio em mais uma falta mal defendida, o Abnegado praticamente obrigou Ruimdriguinho a desempatar como se o rubronegro baiano fosse carioca.

Ruimdriguinho e Conca comemoram gol da liderança Tricolor

Ainda que a torcida do Fluminense esteja ressabiada pelo pouco costume, Muricy sabe como funciona a vida lá de cima, e não por outro motivo o ambicioso Tricolor substituiu Cuca, além do esforço de manter seu comandante perante abordagem da Seleção Brasileira.

O time do técnico preferido pela CBF segue firme entre os ponteiro do campeonato brigando pelo título.

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Muricy está perdido

September 16th, 2010 | 53 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Corinthians, Fluminense

Muricy não está conseguindo descobrir como armar o time sem atacantes, especialmente se esse atacante chama-se Emerson. O treinador tricolor que de nada reclamou desde que chegou ao Fluminense, veio a público apenas para lamentar a perda de Alan, reserva de Emerson.

Muricy e Ruimdriguinho

Muricy sabia que sem Alan, na ausência do Sheik teria de lançar mão de Ruimdriguinho. Sem confiança, tem optado em não entrar com o atacante e jogar com Conca avançado. O Abnegado é um craque talhado para servir e não concluir. Com isso, o ataque do Fluminense resume-se a Washington e às subidas de seus zagueiros em bolas paradas.

O esquema é um nítido acochambre, tanto que ao sofrer um revés, Muricy coloca Ruimdriguinho em campo pois não tem a convicção que o esquema original é passível de superar um adversário fechado com vantagem.

Adilson Baptista matou o ataque tricolor no 1º tempo abusando da linha burra que invariavelmente deixava Washington em impedimento e permitiu a tranquilidade para seu ataque tentar a sorte, obtida com o gol de Jucilei em grande noite.

Voltando do intervalo, Muricy acusou o golpe escalando Ruimdriguinho e entregando nas mãos do acaso, que foi Fiel e ampliou com Iarley para 2×0 deixando o Timão com a faca e o queijo nas mãos. Curiosamente, Ruimdriguinho tem uma mísera utilidade quando é flecha e não precisa tocar a bola para ninguém. Deste personagem que escancara as fragilidades tricolores sairam junto com o Abnegado os últimos suspiros de esperança em manter distância para o Corinthians, que com o time limpo, pode parar Conca de longe com repetidas faltas ao fim do jogo impedido a fluidez carioca.

Deco deve ser um jogador muito diferenciado. Mas tão diferenciado e genial a ponto de que eu não entenda o que ele faz em campo. O talento de sobra vem sendo inócuo.

Há de se considerar a segura arbitragem de Simon. A partida cheia de cascas de banana foi simplificada pelo árbitro. O Fluminense que esboça desde o começo do campeonato não tem podido reclamar das arbitragens, inclusive contra o Corinthians, time-alvo dos chororenses. Como Simon costuma ser execrado, é um dos poucos árbitros que presto atenção, e sigo sempre achando justas suas indicações para Copas do Mundo.

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O Dia do Dragão

September 12th, 2010 | 7 Comments | Filed in Atlético-GO, Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense

Montado em sua nova formação tática com 4 zagueiros efetivamente, sendo Gum na extrema direita, Julio Cesar na esquerda, Leandro Euzébio e André Luis no miolo, o Fluminense ditava o ritmo da partida. Intencionalmente lento na saída de bola, mas ditando. Em casa, o Dragão mostrava-se como um piquinês metido a bravo e estocava o gol tricolor nos contra-ataques.

Com poucos erros dos dois times e com o Fluminense ganhando corpo ofensivo ao longo da partida, o 1º tempo foi uma bela partida de futebol onde Deco insinuou demonstrar que pode ser um belo diferencial no Campeonato.

Enquanto Renight Portaluppi ajudava seus Tricolores no Pacaembú, o Fluminense voltava para o 2º tempo com a expectativa de voltar a abrir um cacetão de pontos para o Corinthians. Mas ao contrário do 1º tempo, esqueceu que era um time com esquema tático e voltou para o abafa, com infantil volúpia ofensiva oitentedoisista mal feita. A bela partida de futebol com um time ditando o jogo do 1º tempo virou uma emocionante pelada no 2º.

Ainda com a velha forma

A volúpia ofensiva tricolor não se transformava em bons chutes a gol (ao contrário do primeiro cadenciado com um gol e duas bolas na trave) e Renê Simões tinha uma carta na manga para ludibriar Muricy: Substituir o estreante Josiel que, claro, perdera um gol à lá Josiel. Ao ficar com um jogador a mais, o bagunçado tricolor foi com mais sede ao pote, jogando novamente como se fosse um time em final de campeonato necessitando desesperadamente de um resultado.

O Dragão de Renê Simões não se fez de rogada e jogou os minutos finais  como um time inteligente segurando o resultado sem se acuar, apesar de jogar em casa e estar habitando a zona de rebaixamento. Prendendo a bola e mantendo distância dos atletas tricolores o Atlético levava tensão aos esbaforidos tricolores que marcavam como bando e assistiram a um envolvente contra-ataque (sendo que a bola estava com os goianienses) e a virada do time da casa fechada com a imagem do recentemente expulso Renê Simões comemorando o final da partida enquanto era escoltado para os vestiários.

Assim foi mais um dos 10 bons jogos da rodada. Bom futebol na 1ª etapa e emoção à flor da pele na 2ª.

****

Mantenho minha posição de antes da partida quanto à escalação dos goleiros do Fluminense:

Se EU sou Muricy, não teria dúvidas:
Ricardo Berna com a 1, e algum goleiro dos juniores com a 12.

Nem cansaria minha beleza. Já ia com o discurso pronto para o questionamento da imprensa:
“- O Fluminense não é palanque de pirracento. Quando virarem rapazinhos voltam a brincar com os coleguinhas.”

Rafael e Fernando Henrique, dois retardados. Não é à toa que são piores que os 3 goleiros dos rivais: Bruno, Fernando Prass e Jefferson.

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Fred x Michel Simoni

September 10th, 2010 | 26 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Fluminense, Observatório

Fred já treina com bola nas Laranjeiras

Fred esbravejou em entrevista coletiva. Não só com o médico do Fluminense mas com a imprensa, embora esta prefira discutir e repercutir apenas as alfinetadas em Simoni. Faz certo, porque no fim das contas, a categoria com maior respeitabilidade dentre as três envolvidas no caso é a do médico.

Fred ao responder jornalistas que publicam sobre seu repouso na praia enquanto o time joga em Campinas ou alguma noitada que tenha feito está coberto de razão e embasado pelo bom senso ao alegar que está trabalhando como programado aparecendo para seus treinamentos e tratamentos no clube ou onde quer que seja. Quem lhe paga está (ou deveria estar) comprovando isto.

Além do que pouco importa se o artilheiro estiver mentindo ou embromando. Os jornalistas não fazem parte da equipe do Fluminense ou de assessoria do jogador. Fred pode tergivesar e se insurgir contra os mesmos sem prejuízos maiores. Entretanto, há outros profissionais que trabalham em conjunto, fazendo parte de um time, e neste caso, o entendimento deve existir. Ainda mais em se tratando de um trabalho em que a comunicação externa faz parte do negócio.

Custo a crer que a evolução dos problemas de Fred no Fluminense não estivessem sendo colocadas ao jogador, ainda que surpresas ocorressem no desenrolar da história. Há um bom tempo o Fluminense justifica a ausência de Fred com o tratamento de lesões e agiu certo em contratar Washington.

Quem deveria estar mais preocupado com a ausência de Fred, Muricy Ramalho, vem sendo enfático para rechaçar qualquer tipo de pressão em relação ao retorno do jogador ,dando exemplo de como jogar em equipe:

Contra o Guarani vai ser um pouco difícil. Não está descartado, mas o jogador está em processo de recuperação. A contusão foi séria. Precisamos tomar cuidado para que ele não volte a sentir. O Fred tem realizado um trabalho muito duro e nesta reta final é muito importante estar bem condicionado fisicamente para ir até o fim da temporada.

Fred dialoga com Simoni sobre suas lesões

Lógico que Muricy deve todo dia buzinar no ouvido do Simoni: “- Porra! O Fred volta ou não volta?“, até porque ele deve estar ansioso para substituir Washington e ter a tão desejada posse de bola no ataque, impossível com o atual camisa 9 ainda que este esteja cumprindo com esmero seu papel na equipe.

Ao expor Simoni para se defender de quem não tem obrigação de jogar por ele, Fred briga com quem trabalha por ele da mesma forma que contra quem não trabalha e fode com a porra toda, ouvindo uma resposta muito bem dada:

Poucas vezes eu ouvi tanta bobagem em uma entrevista em relação à parte médica. Ele não é capacitado para falar disso, assim como eu não sou para falar sobre a parte técnica ou da vida dele. Ele foi extremamente infeliz em suas colocações. Traiu pessoas que sempre o ajudaram. Ele chegou aqui com sete, oito lesões, e nós sempre estivemos do lado dele.

Resposta muito bem dada, e verdadeira pelo que se constata do período em que está no Fluminense, e ainda mais somando 1+1 para constatar porque alguém novo com o talento dele não está na Europa, e dispensado pelo multicampeão francês Lyon que recebe bem jogadores brasileiros e tem por hábito manter jogadores.

Entre acreditar na palavra de um jogador de futebol bichado com largo histórico de lesões e um médico que não cede a pressões preservando um atleta, eu faço a minha escolha.

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Fluriado

September 9th, 2010 | 4 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Ceará, Fluminense, Guarani

Aproveitei bem o feriado, desligado de quase tudo. Só não digo que em off fiquei porque de ressaca monstro no domingo, a alternativa na TV aberta entre um tylenol e um cochilo foi a virada do Guarani contra o Fluminense.

O Fluminense das últimas rodadas foi competitivo mas não vencedor. A série que se iniciou com empate contra o Vasco da Gama, vitória fora contra o Goiás, empates no Maracanã contra São Paulo e Palmeiras e por fim derrota contra o Guarani só apresentou um Fluminense superior na sua solitária vitória. Nos demais resultados, o máximo que se pode dizer é que o time vendeu caro os pontos para seus rivais.

A série não foi animadora em se tratando de um time que briga pelo título, ainda mais em contraste com a campanha acima das expectativas que era feita pelo Tricolor anteriormente, com a expressiva marca de 5 vitórias seguidas fora de casa. Este período coincidiu com a entrada de Deco na equipe, saída de Diguinho e utilização de apenas 2 zagueiros, esquema que nitidamente inibiu Conca e a participação de Mariano no ataque e puxando contra-ataques.

Curiosamente, no auge dos resultados positivos, tal esquema era tido pela crítica como a panacéia e salvação do Fluminense. Não bastava que o caro time tricolor que não chega a nem um vice campeonato desde 1984 vencesse competentemente suas partidas. Era preciso vencer de forma oitentaedoisista ou reeditar a volúpia ofensiva da Máquina, ainda que esses exemplos não tenham colocado medalhas no peito de ninguém.

Com a ausência de Emerson para a partida contra o Ceará e respaldado pelos maus resultados anteriores, Muricy chutou o pau da barraca e acabou com o feriado de uma das torres da zaga. Entrou com 3 zagueiros. Não satisfeito, trocou Emerson por um volante e entupiu o meio-campo com 2 volantes, Deco, Conca, Mariano e Julio Cesar. Atacou com o combativo Washington auxiliado por Conca e Mariano e quem mais viesse esporadicamente. Sem pudores, subia com seus zagueiros em qualquer bola parada, além de um endiabrado Leandro Euzébio auxiliando Mariano a puxar ataques pela direita.

Este Fluricy de 1 único centroavante colocou o Ceará no bolso no 1º tempo e jogou o 2º para que Conca desencantasse. Foi comovente a luta do argentino para marcar seu gol, que não aconteceu.

Se Deco trouxe qualidade ao meio-campo tricolor, não sei informar. Só se for de forma muito subjetiva, pois pouco noto sua participação em campo, como aliás pouco notei a de Valência que foi muito mal contra o Guarani, assim como Belleti tinha sido contra o São Paulo. Valência contra o Ceará ficou mais protegido por Muricy jogando como um quarto zagueiro efetivo enquanto a volância plena era exercida intensamente por Fernando Bob.

****

O Tricolor sai do feriado e volta a disputa do campeonato com o competente esquema de 3 zagueiros, e certamente o de 2 zagueiros testado em campo por seu treinador. Aquele que dizem só ter uma forma de jogar, mas que já colocou seu time armado para jogar com três formações táticas distintas, sem contar a rotatividade das peças usadas. Isto, na ponta de cima da tabela.

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O Pirão de Conca

August 19th, 2010 | 6 Comments | Filed in Fluminense

Fred, Muricy, Deco, Fred de novo.

Lá vai o Fluminense investindo pesado subindo sua folha salarial montando e mantendo seu time estrelar.

Enquanto isso, o melhor jogador do time, que foi aclamado pela própria torcida como o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2009 através de votação por um site especializado de esportes (sempre quis fazer isso), estava na encolha.

Mas discrição pouca é bobagem, ainda mais quando clube e patrocinador comemoram renovação do atacante de 4,7 anos para 5 (o que é um tanto quanto non-sense uma vez que basta times europeus chegarem juntos que começa o festival de “estamos estudando as propostas”).

Até por isonomia, não faz sentido que o salário de Conca fique aquém ao resto da companhia.

Que se crie a Concamania

Certamente o argentino não irá pipocar em campo e continuará jogando seu grande futebol. Mas vai saber se aquela bola que sai de primeira para um Washington não comece a levar dois ou três segundos a mais para ir cair no pé de Fred?

A grande questão de manter um time estrelar, é que não adianta ter um abismo enorme, já que futebol é jogado por um time. O custo de ter estrelas é elevado pelo custo de se manter coadjuvantes valorizados.

Enquanto festeja-se o mise en scene de Mano Menezes por convocar jogadores que atuam em solo e clubes brasileiros, esquece-se que na outra ponta valoriza-se o profissional que precisa receber por isso. Ter jogadores de Seleção Brasileira no plantel gera um custo. Custo que claro, pode ser tido como investimento ao gerar interesse de torcedores e futuras negociações, é necessário balancear.

Depois de Conca, não se duvide que Mariano, convocável, pleiteie sua valorização. E aí, como uma cascata, outros menos cotados de se aproximarem do lateral.

O preço que se paga por Deco, Fred e Muricy é encher o bolso de Diogo, Marquinho e Rodriguinho.

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