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Posts Tagged ‘Marquinho’

Um técnico com urgência para o Fluminense

April 24th, 2011 | 34 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2011, Flamengo, Fluminense

Comprando a mística de que é um time que supera causas impossíveis, o Fluminense negligencia aspectos fundamentais para campeonar as competições que efetivamente disputa em 2011.

Por um lado, sem se iludir com o marketing de ocasião, a patrocinadora faz seu papel em garantir que sua grana investida seja alocada sem perda de carga na montagem do time. Não há milagre com miséria. No comando técnico, a diretoria anterior ainda que trapalhona, deixou treinadores notoriamente gabaritados a comandar as missões passadas.

Sem Eletrobrás e BMG

Na versão 2011 de superações tricolores, o time conta ainda com o elenco milionário mas fica a ver muitos navios durante os jogos naquele que intervém na forma do time jogar.

A ocasião faz o ladrão e com tudo praticamente perdido na Libertadores, Enderson fez A mudança no jogo e seguiu com moral junto com sua equipe que já jogava bem. Todavia, a competência é medida com o tempo, e o mesmo anda mostrando que Enderson é no mínimo cru para o cargo principal da comissão técnica.

Hesitante, Enderson espera o time cair muito de produção e rendimento físico como um todo para fazer alterações, o que deixa o Fluminense em um momento crítico quando o adversário está renovado deveras superior em campo ocasionando gols e com pouco tempo efetivo para alterarações positivas no andamento do jogo quando efetuadas as substituições.

Na semifinal da Taça Rio, Enderson deixou em campo um esbaforido Marquinho, que já limitado na capacidade técnica começou a fazer faltas perigosas e culminou com a perda do gol milagroso para o Fluminense. Isso para não dizer do vacilo em substituir Rafael Moura por Tartá 1 minuto antes do tempo técnico. O competentíssimo treinador adversário nem gastou seu latim, mandou a equipe de volta para campo sem muito papo ciente de seguir no caminho certo.

O Fluminense tem um bom padrão de jogo e time para almejar maiores vôos. Enderson é o treinador e isso é indício que ele deve fazer bem esse papel de preparação da equipe, o que pesa em seu favor para a função que ele irá assumir na comissão técnica do clube. Até mesmo para preservar esse bom profissional que demonstra ter talento e competência em sua atividade profissional a chegada de um comandante de peso faz-se importante. Este é o rumo certo.

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A saber: Este post não está marcado no tempo pela semifinal da Taça Rio. Achei importante fazer essas críticas agora quando provavelmente os bajuladores de ocasião o parabenizarão pelo empate heróico conquistado no Engenhão ofuscando os reais problemas do Fluminense para a disputa da Libertadores e Campeonato Brasileiro

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Corinthians lidera com 100% (!?)

May 16th, 2010 | 43 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010

  • Fluminense 1×0 Atlético-GO – Esqueçam a expressão “Fluminense de Muricy”. Este time é a cara de Marquinho.
  • Vitória 1×1 Flamego – Rubronegros e Arco-íris do capitão Bruno saem com 1 ponto cada.
  • São Paulo 1×2 Botafogo – Camisa 13 para Antonio Carlos já!
  • Vasco 0×0 Palmeiras – Dodô contagia companheiros e adversários.
  • Prudente 4×0 Atlético-MG – Saldo prudentino continua em -1.
  • Grêmio 1×2 Corinthians – Corinthians é o único 100% (!?).
  • Santos 1×1 Ceará – Meninos e Vovô com resultado de comadres.
  • Goiás 2×3 Internacional – Goiás quer repetir arrancadas de 2º turnos passados.
  • Cruzeiro 2×2 Avaí – Avaí entrega empate e faz o delírio editorial na Paulicéia.
  • Atlético-PR 2×2 Guarani Roger vai mexer com o Cartola.

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Grêmio abreviou o sofrimento do Fluminense

May 6th, 2010 | 27 Comments | Filed in Copa do Brasil 2010, Fluminense, Grêmio

A temporada 2009/2010 de futebol no Brasil vai chegando ao fim (como aliás, em todo o Globo). Uma pena que pela presença impactante da TV aberta no futebol tupiniquim, o fillet não possa ser apreciado por completo.

Ao mesmo tempo que o Cruzeiro passeava no Uruguai, Santos fazia suas tabelas de letra na Vila Belmiro e o Flamengo eliminava os velhinhos no Pacaembu, eu pragmaticamente acompanhava a anunciada eliminação do Fluminense para o Grêmio no Olímpico, uma vez que antes do adjetivo sensato, há o substantivo torcedor.

No primeiro tempo, sem dar nenhum alento que conseguiria alguma coisa, o Fluminense ainda jogou de igual para igual contra o adversário de uma forma bizarra. A partida não era monótona, mas tampouco parecia uma partida de futebol. Pelo menos uma entre profissionais de 1ª divisão do Brasil. A contenda parecia uma rasgada disputa entre alunos do 2º grau jogada com gente demais em uma pequena cancha. As jogadas mais agudas saiam dos tiros de meta cobrados pelos goleiros.

Bem ou mal, a ideia não era de todo ruim. Ficou parecendo um acordo de cavalheiros. O Fluminense não levava uma sova, o Grêmio não tomava sustos e ninguém acusaria outrém de falta de vontade.

Infelizmente, Adoniran Barbosa gostou do estratagema e continuou mantendo o time na inócua correria peladeira pelo 2º tempo. Tanto que na primeira subsituição, colocou Willians em campo ao invés de Equi Gonzales, jogador que poderia cadenciar a partida e mesmo expondo o time carioca, mudar a prosa da partida.

O símbolo a ser repelido

Duvido que efetivamente melhorasse alguma coisa, mas não ficaria a certeza de uma derrota, ou na melhor das hipóteses, uma não-vitória. Marquinho com sua postura peladeira simbolizam como ninguém as atuações do Fluminense contra o Grêmio. Foi o meia-lateral-esquerdo a melhor figura do Fluminense nos confrontos, o que intuitivamente indica que tais partidas não servem como amostra do que virá por aí em 2010 (não quero nem pensar na hipótese oposta).

Douglas tomou conta do meio-campo nas duas partidas e ocasionalmente destacava-se na correria que acabou mensurado pelos resultados. O Grêmio saiu no lucro na substituição de Tcheco por Douglas.

Se bem que eu também lucrei. Com a série  sacramentada por volta de 20 do 2º tempo e nada mais me prendendo ao duelo mais desigual e menos emocionante das quartas da Copa do Brasil, ainda deu tempo de zapear pelo sofrimento alheio na TV e exercer a eterna arte da secação.

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Com todas as partidas no mesmo dia para quem curte futebol poder ver o mínimo de jogos decisivos possíveis, as demais quartas-de-finais da Copa do Brasil acabaram com:

Carinho na Vila Belmiro

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Um adversário insosso

November 6th, 2009 | 9 Comments | Filed in Copa Sul-Americana 2009, Fluminense

A Universidad de Chile foi um time insosso e deixou a partida para que o Fluminense jogasse como bem entender. Dito isso, nada mais resta que analisar cada jogador tricolor individualmente

Goleiro e Defensores:

A Universidade do Chile foi inoperante durante toda a partida. Estranhamente não pressionou por jogar em casa e tampouco articulou o contra-ataque por ter vantagem no resultado. Nem antes, nem depois de sofrer o gol. Só posso dizer que o sistema defensivo do Fluminense foi então, muito bem na partida. Eventuais avaliações individuais negativas não comprometeram o todo que deixou ótima impressão:

Rafael – à vera teve de fazer uma defesa, ainda assim que tinha obrigação de defender. No fim da partida pregou um susto primeiro espalmando uma bola para escanteio que deveria defender, depois sainda como uma pata choca e catando cavaco. Não há razão para que Rafael deixe de ser titular do time, mas que ele assusta, assusta.

Digão – Estava nervoso chutando errado e ainda perdendo lances bobos para os inofensivos atacantes chilenos. Ganhou pontos no fim do 2º tempo quando comemorou uma roubada de bola ganhando as vaias da torcida chilena e depois sem perder uma jogada. Mas na bola não foi muito bem.

Gum – Eu tenho medo de Gum. Quando exigido aprontou com algumas espanadas. Gum tem feito gols lá na frente, mas é temeroso na sua posição. De qualquer forma, assim como Rafael não foi muito exigido

Dalton – A Sub-20 fez bem para os jogadores do Fluminense. Dalton esteve muito bem na partida quando teve de jogar como zagueiro, além de ter tranquilidade para sair a bola, como deve ser feito por um bom zagueiro.

Diogo e Diguinho – Os dois não sairam para o jogo. Nem no primeiro tempo, e especialmente no segundo tempo. Diogo foi apagado na partida, já Diguinho fez grande 2º tempo na marcação e especialmente tirando com simplicidade e segurança as bolas da defesa para o meio-campo. É possível que sem obrigação de atacar, coisa que não sabe fazer, Diguinho possa agregar algum valor ao time.

Atacantes:

O time foi bem, teve volume de jogo mas não criou grandes chances efetivas, apesar de que durante os 90 minutos parecia que venceria e rondava a área chilena com relativa tranquilidade.

Abrace Maicon

Abrace Maicon

Marquinho – No papel seria o lateral-esquerdo, mas acabou que o Fluminense não teve esse jogador, ficando capenga pelo lado esquerdo. Marquinho acabou sendo meia-esquerda e foi muito mal, especialmente no primeiro tempo. Esse é um jogador que mostrou não ter o mínimo de inspiração e sinceramente, não sei porque o Fluminense insiste com ele. Como o time não tem mesmo um lateral esquerdo que participe de forma cadenciada na partida, talvez até justifique-se sua escalação. Mas que fique claro que ele só serve como quebra-galho. Irritou um pouco menos no 2º tempo

Mariano – Por sua vez, o lateral direito participou bastante do ataque. Claro que ele fez coisas de Mariano levando qualquer um à loucura. Erra muito e de forma estúpida, mas ao contrário de Marquinho, de vez em quando inventa alguma coisa que dá certo. Sem contar que inventou uma jogadinha mineira com Fred que vem funcionando. É meio bizarro escrever isso, mas Mariano está segurando a onda na lateral direita, ainda mais contando com outro jogador ofensivo caindo por ali.

Conca – O argentino estava ligadíssimo em campo. Roubando bolas e puxando os contra-ataques. Como sempre fazendo aquelas jogadas em que se engalfinha com a bola e marcadores. Em uma dessas saiu o gol tricolor.

Fred – Não fazia boa partida. Apesar do time buscá-lo, a bola não ficava com ele. Conseguiu uma boa jogada com Maicon e ajudou Mariano. Muito pouco. No 2º tempo, Fred fez com que baixasse minha bolinha. Fez um gol de cabeça de quem domina o fundamento e ainda conseguiu mandar seu recado para a filha com áudio e tudo. Eu tenho de dar a mão à palmatória: Fred é de fato um centro-avante diferenciado e bem acima da média. Meti o malho anteriormente, então me adianto no oposto: seria ótimo que o Fluminense mantivesse esse jogador neste nível para 2010.

Maicon – MVP. O melhor da partida. Fazia de tudo: roubava a bola, tabelava, criava chances na área, driblava e cruzava. Muitos erros de fato. Mas foram tantas jogadas criadas que acertos surgiram, dentre eles a bola na cabeça de Fred para  o gol. Maicon foi o melhor até na entrevista pós-jogo, quando pedido para contar sobre a jogada do gol,  que transcrevo de cabeça sem o menos rigor com a fidelidade:

Dei uma tapa longo para cima do marcador, porque o pessoal diz que eu sou bom nisso e sou mesmo. Quando eu parto eu ganho quase sempre porque minha passada é larga e sou mais rápido. Me incentivam a fazer, dá certo e vou levar vantagem

Adorei. Para os que gostam do papinho humilde, vale lembrar que fim levou a carreira de Lenny quando ele acabou com o Cruzeiro no Mineirão e depois ficou cheio de dedos para dizer que estava jogando pra dedéu. No jogo seguinte já começaram as desculpas que já duram mais de 3 anos.

As entradas de Mauricio, João Paulo e Alan tiveram relevância apenas para fazer o tempo passar.

Arbitragem e Torcida Chilena – A se lamentar. Faltas sem bola não eram marcadas, além de não ter saído um cartãozinho vermelho. O lance n0 Digão foi ridículo porque o juíz deu a falta e o amarelo por uma porrada por trás já sem a bola. A torcida chilena jogou coisas em Cuca. A arbitragem não levou a sério. Mas então jogaram uma pilha no bandeirinha. Ri à rodo.

Não foi o caso desse jogo, mas é lamentável ver cenas de jogadores precisarem de escudos policiais para cobrar escanteio. Sem xenofobismo, mas acho que assim como a FIFA torra nossa paciência para colocar banco de couro e ar-condicionado nos nossos estádios, CBF e clubes brasileiros deveriam pressionar para que a CONMEBOL exigisse um mínimo de segurança América do Sul afora. Eu fico cada vez mais convencido que o Brasil deveria priorizar mesmo suas competições nacionais e parar de emprestar o prestígio de seus clubes e seu PIB para as competições continentais.

E digo isso do ocorrido em um País como o Chile, de notórios avanços econômicos e sociais nas últimas décadas.

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Na semi-final, o Fluminense enfrentará o Traiçoeiro Cerro Porteño, que ao contrário da Universidad do Chile já mostrou saber jogar muito bem na casa do adversário tendo vantagem e suportando pressão. Que o digam Goiás e Botafogo.

De bom, fica que o time paraguaio preocupou-se em jogar futebol, ao contrário do chileno.

Moonwalker da Baronetti

Moonwalker da Baronetti

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Quem mais além de Diguinho trabalhou na madruga escrevendo sobre a classificação tricolor:

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