O Botafogo cumpre sua obrigação e vence o lanterna do campeonato em Goiânia, com cerca de 70% da torcida a favor (pouco mais de 9000 pagantes). Praticamente um jogo com mando de campo.

A matemática é complicada, mas provisoriamente dormimos no G4.

Destaques:

• Herrera jogou bem melhor hoje. Disposição não falta ao argentino, um dos ídolos desse time, mas que hoje vai disputar com Edno o Troféu Casi Gol;
• Somália é inquestionável. Polivalente, ataca sem dó e ainda assim é sempre o primeiro a se reposicionar nas jogadas de contra-ataque adversárias. Impressionante o Usain Bolt alvinegro. Repito: Seleção é questão de tempo;
• Assim como Jóbson, mais uma vez soberbo em campo. Inteligência de sobra, chamou atenção numa jogada onde segurou a arrancada para evitar o impedimento. Fez o seu com categoria e apóia o ataque sem a menor vaidade. Outro que com certeza vai entrar nos planos do @manomenezes;
• Maicossuel evolui em progressão geométrica. É fundamental em campo na armação das jogadas, porém ainda vejo como ponto fraco do time a sua solidão na função;
• Com Leandro Guerreiro na zaga a defesa ficou mais sólida. Mesmo Antônio Carlos vem errando pouco. Mas a última sequência de adversários não é o melhor termômetro para a eficiência da defesa. Na minha opinião, o Botafogo precisa de zagueiros de qualidade, e é uma pena que ao que parece Coates não vem mesmo;
• O ídolo Loco Abreu teve excelente atuação durante a preparação física no Rio de Janeiro. No Twitter, a torcida não esqueceu do craque;
• Joel escalou o melhor time. Parece que encontrou a sua formação ideal, apesar de eu ainda acreditar que depender do Maicossuel sozinho na criação é bobagem. Mas teve inteligência em lançar o Edno apoiando no segundo tempo. De qualquer forma, vai conseguindo suas vitórias e assim cala a minha boca;
• Alessandro não fez partida ruim, mas tomou um cartão amarelo TÃO idiota, TÃO gratuito que merece destaque negativo só por causa disso. Não entendo o apagão mental que toma conta dele de vez em quando…

Boa apresentação, mas não esqueçamos que foi contra o lanterna do campeonato, time fraco que detém o recorde de troca de treinadores do Brasileirão 2010 – ainda no seu terço inicial. Renê Simões tem um trabalho digno de Hércules pela frente.

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Leia também:

• Gilmar Ferreira – Botafogo cresce e encosta nos líderes do Brasileiro
• Yougol – Glorioso conquista o Cerrado
  

Com direito a exibição de gala do Botafogo no primeiro tempo. Se não foi brilhante, o time pelo menos jogou com muita raça –  diferente da última partida contra o Vitória, onde todo mundo parecia dormindo em campo.

Jobson endiabrado como sempre, primeiro gol do Magossuel após o retorno e um do Showmália – com uma mãozinha  (involuntária) do Herrera.

O Botafogo jogou tão bem (ou o Galo estava tão mal), que Fábio Ferreira se lançou diversas vezes como líbero chegando ao ataque (deu até ovinho em marcador atleticano) e Alessandro ganhou disputa de bola (!!).

No segundo tempo, nada mais esperado do que Joel recuar o time. Só que hoje a marcação funcionava primorosamente, dando ainda margem à contra-ataques alvinegros tão eficientes que Joel resolveu arriscar: tirou Marcelo Mattos (exausto) e colocou Caio. Dois minutos depois, Jobson (em jogada com o Talismã) fez arrancada dentro da área mineira, sofrendo pênalti que Herrera converteu. Joel ainda tirou um cansado Herrera para a entrada de Edno e fez um afago na torcida, colocando ‘El Loco’ Abreu no lugar do Mago (que começou a 100 km/h e cansou na segunda etapa).

Joel com QUATRO ATACANTES em campo. Nesse momento, Saulo trocou de canal.

Tá certo que o Galo não jogou muita bola, mas também não fez uma partida assim tão péssima. De fato hoje tudo deu certo para o Fogão, mas nem de longe acredito que Joel encontrou a formação ideal do time.

Maicossuel ficou isolado e sobrecarregado como único homem de criação (mais ou menos o que vinha acontecendo com LF), o que acabou até funcionando porque ele articulava bem as jogadas ora com Jobson ora com Herrera. Mas o meio do Atlético-MG é fraco, então acho que esse esquema não vai funcionar com um time mais marcador – tipo um Grêmio ou um curintias da vida.

Além disso, apesar da boa partida da zaga, a marcação continua capenga. Hoje havia meio Obina em campo e um Diego Souza visivelmente fora de ritmo. Contra um ataque mais forte, tenho certeza que esbravejarei novamente.

No fim do jogo, Jefferson mais uma vez deu mostra do porquê é goleiro de Seleção.

Uma apresentação realmente animadora, porém conscientemente contra um adversário mais fraco. Contra os líderes é que teremos a prova-dos-nove. A hora de deslanchar é essa.

Rumo à Libertadores 2011.

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E pra calar a boca dos detratores:

Festa da torcida antes da partida

Lucio Flávio é vítima de si mesmo e da imprensa.

Despontou como promessa no Paraná Clube e rapidamente ganhou status de craque (como sempre acontece). Rodou um monte de equipes sem se firmar em nenhuma, assombrado pelo fantasma da enorme expectativa criada sobre si.

Chegou ao Botafogo, se machucou e ficou um bom tempo parado. Após o retorno, boas atuações o catapultaram à condição de capitão da equipe, principalmente por fazer parte de um time onde havia outro meia armador – Zé Roberto, vulgo Zé Cachaça.

Após Zé Cachaça o Botafogo não encontrou mais nenhum meia ofensivo, assim toda a responsabilidade pela criação caiu nos ombros do meia. E aí é que a porca torceu o rabo.

A vida é dura, mas pensar não dói

LF sempre foi vendido e comprado por imprensa e torcida como um craque de bola, um fora-de-série. Isso ele nunca foi. Burro foi quem entrou nessa. Mesmo aqueles que gritavam ‘Ah, é Lúcio Flávio!‘ em 2007/08 esquecem disso.

Me recordo de um relato de Paulo Affonso sobre um encontro casual que teve com LF num aeroporto da vida. Asimov disse ter ficado impressionado com a clareza de raciocínio e com a consternação do LF sobre a situação do time àquela época (zona de rebaixamento). Enquanto todos os jogadores estavam alegres e falantes após mais uma derrota, notava-se Lucio Flávio destoando daquela atmosfera, cabisbaixo e taciturno. Capaz até de desabafar com um mero torcedor num banco de aeroporto.

Se isso não é compromisso, amor à camisa, não sei mais o que é.

Hoje a torcida botafoguense deu mais um show de acefalia. Começou uma campanha infeliz no Twitter logo após a veiculação da notícia de que Sandro Silva deixava o Botafogo com destino à Espanha. A palhaçada ganhou corpo e rapidamente recebeu destaque pelo imparcial Globoesporte.com

Críticas à parte, mais uma clara demonstração de fogo amigo. Torcedores não percebem que:

1. De maneira direta, essa perseguição das arquibancadas só serve pra atrapalhar o time em campo;
2. O time inegavelmente PIORA sem Lúcio Flávio;
3. Com a chegada do Mago, haverá outro armador na equipe – esse sim um velocista que atenda os anseios da torcida;
4. LF tem um estilo mais cadenciado, não é e nunca será um jogador que corra o campo todo, arme, conclua e carregue o time nas costas – por mais que até ele mesmo tente se convencer do contrário – à exemplo do camisa 10 da Celeste.

Fazendo só uma forcinha, neguinho vai lembrar que LF subiu de produção ano passado assim que o Renato Zé Pequeno entrou no time, dividindo a parte criativa com o outrora Maestro alvinegro. Lembro bem disso porque eu mesmo fui vítima de minha perseguição descerebrada, só tendo meus olhos abertos – vejam bem, e justamente por quem – pelo Saulo Cabeleira (PASMEM!), que já decretava:

Com Renato em campo, ambos vão subir de produção.

Se o torcedor quer cobrar, que cobre contratações por parte da diretoria. Cobrar a saída do Lucio Flávio é uma burrice sem tamanho. Vai colocar quem no lugar dele? Renato Cajá? Diguinho? Edno? Vamos falar sério…

Eu sinceramente aguardo a reação da torcida assim que LF – sem medo algum de errar – subir de produção após a entrada de Maicossuel no time. Atualmente, o time não tem defesa, todo mundo joga mal, o técnico mexe mal e a culpa é TODA dele.

O rendimento de Lúcio Flávio em campo é SINTOMA, e não CAUSA.

O pessoal do Chile está deitando e rolando, todo dia tem uma piadinha com o time do Flamengo. A última é  que o “Império do Colesterol chegou com fome“.

Normalmente isso não dá certo, motiva o adversário e desconcentra o próprio time, parece a festa do pessoal da Gávea antes de enfrentar o Cabañas. E o La U não é nada demais, não é um time forte, apesar de ser melhor que o rubro-negro. Se não jogar sério vai perder.

Resta saber se mesmo com a ajuda motivacional chilena o Flamengo vai manter a apatia que reina na maioria dos seus jogos.

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Outra que coisa que não costuma dar certo é o Celso Roth.

Chegou berrando com os jogadores, e colocando o time pra treinar. Seria ótimo ficar sabendo que os jogadores treinaram passes e finalizações, e que a prioridade é acertar o setor defensivo, se fosse com outro treinador.

O script todos conhecem, o time melhora, dá impressão de que vai ser alguma coisa, e naufraga inexoravelmente. Prefiro Antônio Lopes.

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O Botafogo tem dito que vai investir uns R$11 milhões no Maicossuel. Um, outrora, abastado Vasco da Gama gastou uma nota pra repatriar o Edmundo da Fiorentina, perdeu todo investimento e ainda criou uma divida colossal com o Animal.

Muita gente cobra ousadia dos clubes cariocas, para depois martelarem a crítica situação financeira dos mesmos. O Botafogo é o clube que mais tem acertado, com belas gestões em seqüência. Torço pra que continue assim e sirva de exemplo.

Mas esses investimentos altos em atletas inconstantes também costumam dar errado. Muito errado.

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O Fluminense, pra mim, é que o há de pior no futebol carioca, talvez seja o que há de pior no Brasil até.

Continua montando “super times” sabe-se lá como, com qual manobra ilegal ignorada pelos órgãos que deveriam fiscalizá-la, continua a rapinagem com jogadores de outros clubes, a bola da vez é o Palmeiras, e continua afundando em dívidas cada vez maiores.

Mas de todas as coisas deste post, o Fluminense é o que tem mais chances de não dar certo.

Domingo, pelo 3º Campeonato Carioca consecutivo Flamengo e Botafogo disputam a final, sendo que dessa vez o Botafogo não entra como favorito como acontecera nas vezes anteriores.

Pelo menos no campo das impressões, uma vez que nos campeonatos anteriores, o time que era dirigido por Cuca, atual técnico rubronegro, deslanchou na Taça Rio.

E o pior é que até mesmo o bom desempenho na primeira partida da final pode ser tido como um mau sinal, uma vez que os dois responsáveis pelo bom jogo ofensivo, Maicossuel e Reinaldo se contundiram no mesmo lance, com sérios riscos de desfalcar a equipe para a final.

Pelo lado do favorito Flamengo, as preocupações giram em torno de uma suspensão prévia (?) de Juan.

Eu tenho para mim que Juan deveria de fato ter sido posto para fora do jogo. Nem entrarei em detalhes de um assunto que deve ter sido discutido, mas somaria tanto a falta feia quanto a intimidação exagerada, fora dos padrões normais para expulsá-lo. Creio também que mesmo sem ter sido expulso, o jogador mereça ser julgado e pegar um ganhinho de leve.

Mas esse de punição preventiva fica esquisito. Pois se faz em todos os casos, ou não se faz.

Considerando a presença de Juan em campo (e acho que vai jogar), a preocupação rubronegra gira em torno de seu ataque que é uma merda. Tanto que seu principal artilheiro das finais é Emerson, não o Sheik, mas o do Botafogo. Pensando bem, é crucial que o CRF garanta a presença de Juan em campo.

Qual seu palpite para a decisão?

O meu é que o Flamengo leva.

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Por mais que não expressem, não duvido que haja alvinegros intimamente contentes com tantos problemas para a final. É a hora dos superticiosos se agarrarem na oposição das perdas da era da Tropa de Sofredores, quando o time caia do salto.

Caso o Botafogo vença o Flamengo em pleno Maracanã haverá quem se agarre a esse detalhe.

Bobagem. Mais vale pensar que o Botafogo de 2009 apresenta-se mais limitado que o de 2008 e consequentemente o de 2007 (o mais forte), e terá um ano mais pesado pela frente.

ARTIGOS EXTERNOS:

• Cuca, tua hora chegou – Impedimento