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Posts Tagged ‘Libertadores 2011’

Santos bem na fita

April 14th, 2011 | 4 Comments | Filed in Libertadores 2011, Santos

Com Ganso jogando o fino, o Peixe fora de casa matou a partida contra o Cerro e descomplicou sua vida na Libertadores que só estaria mais descomplicada se tivesse metido o 3×0 ao invés de deixar o rival diminuir para 2×1.

Neste caso, o saldo de gols ainda garantiria mais uma combinação ao Santos, do empate entre Colo-Colo x Cerro Porteño e empate seu em São Paulo contra o Táchira.

Não há de ser nada porque se o Santos a essa altura do campeonato empata em casa com o Deportivo Táchira deveria ser eliminado mesmo que tivesse pontos para se classificar.

Desta forma, o Santos originalmente fodástico ofensivamente de futebol solto segue na competição e carregará junto de si para o Mata-Mata, Muricy Ramalho, campeoníssimo dos Pontos Corridos mestre em amarrar as partidas. Bela oportunidade para observar dois bem sucedidos polos  antagônicos trabalhando em cooperação.

Arouca, Ganso, Muricy e Neymar

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A matemática para o Fluminense na Libertadores

April 7th, 2011 | 36 Comments | Filed in Fluminense, Libertadores 2011

Matemáticos foram injustamente cornetados pela torcida do Fluminense em 2009 quando jornalistas que não sabem o que publicam e como divulgam as informações que tem deveriam o ser.

Modelos matemáticos longe de serem perfeitos (e portanto confiáveis) eram colocados como a verdade absoluta (probabilistica?) que aos 11 anos de idade eu já desconfiava. O matemático zeloso de seu trabalho não se acomodaria, calibraria seu modelo e seguiria em frente para 2010, 2011 e por aí vai, cagando para a mídia apropriando-se de maneira porca de seu trabalho.

Entendo deficiente a falta de uma abordagem mais probabilística na educação formal uma vez que no dia-a-dia ela é bastante usada. Um exemplo banal é o momento de decisão de levar guarda-chuva para a rua ou não sem estar chovendo. Vagabundo olha para o céu e à partir de suas experiências prévias calcula inconscientemente a probabilidade de vir a descer água ou não. Pelo número de vendedores de guarda-chuvas na rua em dias chuvosos sabemos que as modelagens não são muito precisas e muito menos conservadoras.

Por essa deficiência dupla, tanto em modelar como em entender o que é um modelo probabilístico, fica melhor para o público futebolero a matemática do colégio preocupada em achar a raíz da equação.

Para o Pó-de-arroz se classificar para as oitavas da Libertadores:

1 – Fluminense tem de vencer o Argentino Jrs. Não há discussão por aqui.

2 – Nacional jogando em casa não pode vencer o América mexicano.

2.1 – Empate no Uruguai, força a uma vitória de 2 gols de diferença do Flu na Argentina (para levar no número de gols pró, se esse for o critério de desempate seguido. Se for confronto direto, fudeu)

2.2 – Vitória mexicana (time que só venceu em casa) é o sonho tricolor.

Apesar de ter me irritado com a declaração, Muricy em coletiva após o 2º empate do time na Libertadores disse que via evolução no futebol da equipe, o que vem ficando claro no desenrolar da Libertadores. Não é pelo que o Tricolor apresentou no Uruguai, especialmente no 1º tempo, um despautério pensar em uma vitória na Argentina.

Se bem que se Fred e Emerson continuarem a jogar como atacantes medianos e os goleiros catando borboleta a viola já foi para o saco.

Fluminense segue em frente na Libertadores?
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Fluminense 3×2 América-MEX: A física explica

March 24th, 2011 | 28 Comments | Filed in Fluminense, Libertadores 2011

Quando Deco transformava apatia em apreensão, Souza já vinha fazendo ótima partida perseguindo a bola para roubá-la e armando o Fluminense próximo a área mexicana como o time ficou antes e após o gol onde Berna aprendeu conceitos de conservação de energia de colisão elástica.

Salto de Berna – h = 2,0m

Mbola ~ 0,45kg

MTerra ~ 6 x 1023 kg

VTerra = 0 m/s

tempo de queda t ==> h = h0 + v0t + gt2/2  ===> t = (2(h-h0)/g)1/2 ===> t = 0,64m/s

Vbola = gt = 6,3m/s

Pela conservação de momento: MbolaVbola + MTerraVTerra = MbolaVFbola + MTerraVFTerra

Como as massas não se alteraram e VTerra = VFTerra, logo, Vbola = VFbola

Energia Cinética da bola na colisão = (1/2)MbolaVbola2 = (1/2) x 0,45kg x (6,3m/s)2 = 0,089J

Desta forma, a velocidade final da bola só poderia ir a zero caso a mão de Berna fosse segura o suficiente para absorver 0,089J, o que comprovamos empiricamente não aconteceu.

Como em uma Libertadores passada o Fluminense empatou logo em seguida com Gum marcando e vibrando como em uma Sulamericana passada.

O Fluminense com Emerson/He-Man, Fred, Diguinho, Deco, Conca e Souza atacava e jogava bem. Consideravelmente melhor que o América que parecia o Fluminense no México quando Ricardo Berna aprendeu o conceito de parábola. Era hora do silêncio e apatia na arquibancada do Engenhão. Souza, Conca e Deco armavam bem o time para ninguém já que Fred e Emerson não davam vazão.

Sem um lateral, sem dois. Enderson Moreira trocou um irritante Julio Cesar por Araujo buscando o ataque pela ponta esquerda tal qual Euller nos bons tempos do Palmeiras de Felipão. Próximo da área e recebendo bola de um exausto mas consciente Souza, Deco levava perigo e a bola na cabeça de Araujo trazendo esperança e apreensão pelo tempo útil para a virada, que acabou vindo no único momento em que o Tricolor se desesperou e foi na base do chutão. Por sorte o abafa casual resultou em gol, virando a maré de quem levou gols que somente a física e a matemática explicam.

Laboratório de colisões elásticas

A forma épica como o Fluminense, que jogou com técnica ainda que a emoção tenha prevalecido, conseguiu o resultado servirá para abafar os ecos da crise nas Laranjeiras. Se tiver alguém malandro nas Laranjeiras a equipe fica blindada até a partida contra o Nacional. Desmerecer o clássico contra o Vasco pode ser uma estratégia nesse fim.

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Sócio-Cambista Tricolor

March 23rd, 2011 | 6 Comments | Filed in Fluminense, Libertadores 2011

Fluminense encara o América mexicano hoje pela Libertadores sem maiores preocupações de sua diretoria que prefere aguardar 2 meses pelo técnico. Até lá, vai de interino mesmo.

Guerreiro Tricolor chamando amigo para ver o jogo

A diretoria do Fluminense deve entender que a classificação para as oitavas da Libertadores são favas contadas ou abandonou de vez a competição.

A realidade não é essa, e nem parece a percepção da diretoria que convoca a torcida para  a partida. Convoca e faz promoção com a grana de seus sócios-torcedores.

Na prática, o Fluminense desvalorizou meu ingresso garantido com bastante antecedência pela metade. Se fosse para levar alguém, eu poderia ir na bilheteria e comprar o ingresso. Dimensionaram mal os valores para uma desinteressante fase de grupos e agora correm atrás do prejuízo técnico que a ausência de torcida causa ao time (prejuízo fácil de ser previsto)

O Fluminense valorizou a competição ao elevar os preços dos ingressos. Não é intenção deste tópico discutir o acerto ou não da atitude e nem seus porquês, porém, cabe levantar que os preços mais elevados nas fases iniciais podem afastar a torcida do estádio.

O Fluminense para o América do México, transformou seu pacote de Guerreiros Tricolores em Cambistas Tricolores. Alguém topa me acompanhar no jogo (qualquer dois reau tá valendo).

Fui.

PS: Quem será que o 00001-1 irá levar de acompanhante?

PS2: O Ombudsman oficioso queria escrachar mais ainda colocando o ingresso na bilheteria por R$40,00.

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Gilson Kleina: um treinador em franca ascensão

March 21st, 2011 | 42 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2011, Fluminense, Libertadores 2011

Dr. Bruno, tricolor, atualmente trabalhando com o Boavista já acompanhou de perto o trabalho de Gilson Kleina no Duque de Caxias em empreitadas bem sucedidas.

Boa noite Victor!

Me ligaram hoje informando que o Gilson era o novo treinador do Flu. Como já trabalhei com ele em 2009 e 2010, me perguntaram o que eu achava.
Acho excelente a contratação do Fluminense e tem tudo para dar certo.
Conheci o Gilson na segunda metade da Série B de 2009 e fez no Duque um trabalho muito bom.
Em 2010 quando o time chegou na lanterna ele foi chamado. Na “parada” da Copa ele veio e fez um trabalho novamente muito bom e por muitas rodadas estivemos com chances reais de ir para a série A do Brasileiro.
É um treinador competente, que trabalha duro e é corajoso. Além de estar em franca ascensão.
Que o Flu o valorize e forneça boas condições de trabalho.

Abç
Bruno

Com Fred na palma da mão

Os resultados recentes com o cumprimento das expectativas com louvor corroboram com o comentário do Dr. Bruno. De minha parte resta observar à partir de quarta-feira os passos do novo treinador do Fluminense, embora confesse com uma dose de preconceito, já influenciado pela recomendação acima transcrita.

Especula-se que Gilson tenha sido contratado como interino ao ligarem os pontos de que o Flu queria Abel, Abel tem contrato vigente e Gilson já fora preparador físico com Abel.

Prefiro especular no outro sentido ligando os pontos passados pelo Dr. Bruno: É um treinador competente, que trabalha duro e é corajoso. Além de estar em franca ascensão.

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Colo Colo 3×2 Santos: porrada e futebol

March 17th, 2011 | 47 Comments | Filed in Libertadores 2011, Santos

O que jogou de bola o Colo-Colo, bateu também.

Paulo Henrique Ganso - Colo Colo-CHI 3 X 2 Santos FC - Copa Libertadores da América

Mas nada de causar raiva uma vez que à medida que os chilenos batiam, os cartões iam sendo aplicados. A troca da marcação forte por cartões era justa e o jogo bom de se ver, afinal o ônus do risco corrido não era gratuito. Junto dos cartões com a rispidez da marcação, vinha a intimidação aos santistas e principalmente os contra-ataques de fato, velocíssimos como pode ser didaticamente observado no 2º gol chileno.

Paredes jogou muita bola e foi peça fundamental nessa arriscada jornada chilena ao municiar velozmente seu time no sentido do gol, e claro, com a consciência com que fez o primeiro gol.

O Santos se refez no 2º tempo sem que fosse suficiente para empatar. Observou-se que Neymar e Ganso não afinaram com a pressão do Colo-Colo, tanto que jogaram bem, especialmente Neymar fazendo que Castillo que poderia ser motivo da derrocada chilena se destacasse na partida. Todavia, aquém de Paredes que foi Ganso e Neymar na arriscada (e bem sucedida) estratégia do Colo-Colo.

 

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Ataquem até o fim

March 3rd, 2011 | 46 Comments | Filed in Fluminense, Libertadores 2011

Mesmo com a herança dos péssimos resultados em casa, Muricy optou pela arriscada estratégia de jogar por um empate e seu time foi bem, foi bem dentro do esquema adotado.

Ficou naquele chove não molha buscando contra-ataques sem atacantes e entregando a bola ao América que pressionava sem fustigar, mas atacava. Melhores chances dos mexicanos vinham de bizonhices de Leandro Euzébio marcando que só conseguiu ser melhor que Leandro Euzébio deixando de marcar.

Diguinho se equiparou ao zagueiro em ruindade, Conca não estreou e foi substituído escrotamente quando já não era mais para ter sido sacado. De resto, qualquer jogador que não atenda pela alcunha de Ricardo Berna jogou algo para ser destacado. Cada excelente partida que faz Berna, mantendo o padrão de 2010, é uma alfinetada no vudu de quem colocou Cavalieri para agarrar contra o Argentino Juniors.

Inspiração de toda uma geração

A sui generis condição do Fluminense acaba por ser confortável para o time. Não há mais desgaste em escolher a melhor estratégia, ponderar fator casa ou entender o adversário. Ao Tricolor resta brigar por 9 em 9 pontos (matematicamente classifica a equipe).

Não há como haver dissimulação. O Fluminense terá de jogar para ganhar, e terá de atacar não importa com que atacantes. Seja com os que andam roendo o osso dentro de campo, seja com as estrelas que não entram em campo ou seja com o inexplicável Araujo, jogador que foi um parto para contratar e é usado no alvorecer das partidas sempre sendo mais útil no pouco tempo em campo que os substituídos.

****

Fluminense chegará na próxima rodada com vida no Engenhão. Naturalmente o apelo para o jogo será a lembrança do quase rebaixamento de 2009. Todavia, torço desesperadamente que o Fluminense consiga convencer seus torcedores a apoiar a equipe, pagando os preços de bilheteria definidos antes da comercialização do pacote Guerreiro Tricolor que eu adquiri.

Eu não me sinto ofendido ou lesado pelo time ir mal ou eventualmente ser eliminado. É um risco inerente ao esporte e à fórmula de disputa do campeonato absolutamente calculável. Entretanto, espero não correr o risco de pagar mais caro por ter comprado antecipadamente os ingressos.

Não fodam com a vida de quem comprou esta merda

Há esperanças ao Fluminense na Libertadores?
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“Mexe nessa porra, Muricy!”

February 24th, 2011 | 54 Comments | Filed in Fluminense, Libertadores 2011

– Vambora, Ô viado!

Frase que foi gritada de um recôndito da arquibancada para Ricardo Berna mas poderia ter sido gritada para qualquer tricolor no primeiro tempo.

– Levanta logo, Diguinho filho da puta

Nada acontecia e o modorrento Fluminense com sua tática que transformaria um Celso Roth em Telê Santana irritava a torcida que ainda tem um pingo de decência na cara e xinga os jogadores de sanguesugagem.

– Chuta Marquinho. Chuta desgraçado!

Muricy surpreendeu o Nacional entrando com 49 zagueiros e um atacante para jogar contra uma equipe postada com 18 homens atrás da linha da bola. Marquinho sem traquejo algum ainda começou ao lado de Rafael Moura, mas logo abandonou o posto onde nunca se sentiu à vontade.

– Putaquiulpariuuuul Valência…

Surpreso deve ter continuado o treinador uruguaio ao ver Muricy voltar para o 2º tempo facilitando sua vida com a mesma porcaria de time e com um Carlinhos ainda mais dispersivo tirando do sério tanto a torcida que tem um pingo de decência na cara quanto a torcida neo-argentina que quer ficar cantando enquanto a bosta do time faz bostice em campo.

– Acorda Carlinhos! Corre safado!

Nesse mar de ruindade, Mariano tentava jogar bola e Digão salvava-se por não fazer cagada. Talvez por isso tenha sido premiado em ser substituído para que a dupra Gum e Leandro Euzébio ficasse em campo.

Marquem, seus merdas!

– Caralho, Gum!
– CA-RA-LHO, LEANDRO EUZÉBIO!

Ao sair Digão e outras duas nulidades atendendo pelos nomes de Marquinho e Valência, foi jogada na lata de lixo a chance de substituir Conca. Dario não tinha condições físicas e técnicas de permanecer em campo. Não participou do jogo e quando o fez, atrapalhou. Muricy expos o argentino ao ridículo por 90 minutos sem dó nem piedade.

– Muricy, pede pra sair!

Xingamentos ao técnico não chegaram a ecoar, talvez porque não tivesse havido tempo para a torcida ouvir a coletiva pelo rádio onde Muricy disse que o Fluminense já parecia um time.

Nesses 10 jogos não conseguir o resultado é o que me incomoda. O posicionamento já está melhor, estamos em cima dos adversários, mais organizados e com cara de time.

O time precisando da vitória dentro de casa fez o serviço para o adversário ao jogar com seus 49 zagueiros (e ainda assim fazerem cagada). A bola ficou todo o tempo com o Fluminense, contudo, poderia estar eu jogando no gol do Nacional que o resultado seria 0x0 tamanha volúpia ofensiva do Tricolor.

Pensa, Muricy, pensa.

Muricy entende que o time pode melhorar fora de casa. Eu também, porque piorar não dá. Entretanto, o técnico conta que a facilidade advém da necessidade do adversário ter de sair para o jogo.

Não contaria com isso. Ainda mais que os adversários serão sabedores que o Fluminense também precisará da vitória. Por que não esperar já que o Tricolor não sabe jogar contra times assim?

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O que tem o Grêmio para a Libertadores

February 16th, 2011 | 21 Comments | Filed in Grêmio, Libertadores 2011

Por Paulo Sanchotene, Mundo Esportivo – Clássicos – Gre-Nal

Por que ter esperanças?

Estádio Olímpico: O Olímpico, em si, como a grande maioria dos grandees estádios brasileiros, é absolutamente neutro. A diferença não é o efeito que causa no adversário, mas no próprio time do Grêmio. Os jogadores passam a achar que podem ganhar de qualquer um. E naquele típico “dilema Tostines”, fica difícil saber se é o time que levanta a torcida, ou se é a torcida que carrega o time. Mas os dois juntos vão no embalo, e é dificil segurar. Ademais, o estádio estará lotado.

O que pode impulsionar o Grêmio

Mentalidade: O grupo está embebido em Renato. Isso significa que “‘tá todo mundo se achando”! Esqueceram de avisar os jogadores do Grêmio que eles são ruins, que o elenco é limitado, que eles estão abaixo do nível dos times realmente favoritos para a Copa. Eles têm a mais absoluta certeza que nasceram para serem campeões da América, que são imortais e que a camisa do Grêmio é “feiticeira”. E farão de tudo para mostrar ao Mundo que certos estão eles.

Fase de Grupos: O sorteio foi muito favorável ao Grêmio. Não que os adversários sejam aquele “mamão-com-açucar”, será difícil jogar fora seja em Huánuco (o mais fraco dos oponentes), em Santa Cruz de la Sierra (caldeirão, torcida apaixonada) e em Barranquilla (longe, quente e úmido), mas poderia ter sido muito pior. Uma boa campanha nessa fase pode aumentar ainda mais o moral do grupo para o resto da Copa.

Gabriel: joga muito esse nosso lateral-direito. É o jogador mais constante do time, temn forte chegada à frente e não compromete defensivamente.

Victor: goleiro de Seleção brasileira. É frio, seguro, falha pouco e faz milagres de vez em quanto. Na meta, o Grêmio está muito bem servido.

As apostas

Ataque: Sem Jonas, a certeza de um setor ofensivo eficiente fica abalada. Não se sabe se Borges e André Lima podem jogar juntos, e os reservas andam abaixo do que jogaram em 2010. As chegadas de C. Alberto e D. Escudero de forma alguma trazem confiança imediata. Há chances de o setor ofensivo funcionar, mas não há nenhum sinal concreto de que isso ocorra.

Douglas: O Grêmio depende dele. Não há reserva à sua altura, e ele, apesar de ser muito bom jogador, é daqueles “craques” que desaparecem nos jogos ou durante a temporada. Numa competição em que uma partida pode decidir tudo, isso é muito pouco.

O que pode emperrar o Grêmio

Renato: Confesso que não vejo nele um treinador ainda pronto. Apesar de ex-jogador e rodado, ele ainda parece não ter todas as credenciais para ser um grande treinador. Fez um excelente e inacreditável trabalho quando chegou no Grêmio no ano passado, mas parece ter dificuldade em lidar com a diretoria e em arrumar a bola parada (tanto ofensiva quanto defensiva). Se mostrar crescimento profissional, aumentam as chances do Grêmio.

Setor Defensivo: Chegou Rodolfo, que parece ser melhor do que os jogadores que estão aí.  O problema é a dificuldade em encontrar-lhe um colega no miolo-de-zaga, já que nem Paulão, nem Vílson reproduzem o futebol do final do ano passado. Ademais, a marcação na meia-cancha ainda não se reencaixou, prejudicando a defesa. Se o Grêmio voltar a se defender como no segundo turno do Brasileiro, o time crescerá junto com a defesa.

Por que se desesperar?

Bagunça Administrativa: A atual direção para um pouco um tanto sem rumo. E quando não se encontra firmeza na diretoria, se algo sair dos trilhos é difícil evitar o descarrilamento. A direção de futebol pode levar o time ao abismo junto com ela, se as coisas não começarem a se acertar na parte de cima da hierarquia. A impressão é que o pior já passou, mas com as decisões da Taça Piratini a caminho, em que nenhum tropeço é admissível, o bolo pode desandar novamente. E agora pode ser de vez…

Lateral-Esquerda
: Na direita, está tudo certo. Já do outro lado… Não que se sinta saudades do Fábio Santos, porque não se sente, mas o fato é que dos quatro laterais-esquerdos da relação (Gílson, Collaço, Neuton e Lúcio) nenhum transparece ser a solução para o setor. Aliás, o fato de ter quatro jogadores listados na posição (se bem que Neuton e Lúcio são polivalentes) já demonstra o quanto há dúvida nessa questão.

Bola Aérea
: Sempre que cruzam alta a bola na área é um “deoznozakuda”; seja em bola parada ou lance construído de jogo. E não há sinais de que vá melhorar logo.

T.R.G.: A Torcida Raivosa Gremista (apelido carinhoso da Social) vem dando sinais de que o reinado da Geral está para acabar. Importaram um estoque considerável de vuvuzelas da África do Sul, e tocam a corneta sem menor pudor ou critério. Considerando que as forças do Grêmio são justamente a mentalidade e o “fator casa”, os corneteiros podem colocar o campeonato no lixo.

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O que tem o Cruzeiro pra Libertadores

February 16th, 2011 | 240 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

O time Azul chega pra sua 4º Libertadores seguida após queda nas oitavas-de-final em 2008, um vice-campeonato em 2009 e queda nas quartas-de-final em 2010. Em 2008, não houve surpresa de forma geral, em 2009 a boa campanha deu status de grande time à base formada por A.B. e em 2010, o time que era favorito caiu pros dois melhores jogos do São Paulo na temporada. Para 2011 o Cruzeiro mantém a base, finalmente tem um camisa 10 que pode decidir e algumas deficiências preocupantes.

Aonde o pão-de-queijo tem mais sabor:

  • O melhor meio-de-campo do Brasil: Nenhum outro time brasileiro tem tantas opções e um meio-de-campo tão bem entrosado quanto o Cruzeiro. Além da trinca de volantes, que foi deixada de lado enquanto Marquinhos Paraná e Fabrício se recuperam de lesão, existe Walter Montillo. Henrique também vem se destacando desde 2009. Se jogar com 2 armadores, o time conta com Gilberto ou Roger para dividir as atenções na criação. Se não, ainda tem Leandro Guerreiro e o polivalente Éverton que podem substituir bem os volantes titulares. Sem falar na promessa de Dudu, que fez boa temporada pelo Coritiba em 2010 e, quando entrou no Cruzeiro esse ano, correspondeu bem.
  • O goleiro da competição: Fábio tem sido São Fábio já há muito tempo. Melhor goleiro do Brasil na temporada passada, muito dos sucessos do Cruzeiro se devem à regularidade com que o guardião das metas azuis tem jogado desde o fatídico gol de costas. O Santo da camisa 1 azul-estrelada passa tranquilidade pro time, pra torcida e pro técnico. Pode ser o diferencial.
  • Sistema defensivo de respeito: Léo é um bom zagueiro e Victorino, até onde sei, é um grande xerife. Além disso, o Cruzeiro possui embaixo das traves, São Fábio. Com os volantes dando proteção, o Cruzeiro teve, ainda que contando com Gil e Edcarlos ano passado, a 2ª defesa menos vazada do Brasileiro. Com Léo e Victorino, a tendência é melhorar ainda mais.
  • Entrosamento, experiência e camisa: Sim, senhores, são três elementos fundamentais para se conquistar a América. Principalmente, os dois primeiros. A base do time vai pra 4ª temporada junta e passou por uma série de provações em todas Libertadores que disputou. Além disso, times de menor expressão tendem a enfrentar o Cruzeiro com maior respeito do que outros brasileiros nem tão conhecidos no exterior (alô, Corinthians, aquele abraço). O mesmo acontece com Grêmio e Santos, principalmente. É o tipo de situação que, ainda que subjetiva, dá mais ânimo e tranquilidade pros jogadores.
P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

Aonde se pode temperar ainda mais:

  • Arena do Jacaré e Torcida: A torcida do Cruzeiro compra o boi do time, como era de se esperar, quando o assunto é Libertadores. O Mineirão, apesar de ser, tradicionalmente, a casa do Cruzeiro, não tinha o aspecto de Alçapão. Os 20 mil malucos (eu, incluso) que devem comparecer aos jogos do time na Libertadores são os mesmos que vão em todos os jogos. Se no Mineirão, que comporta públicos de 65 mil pessoas, essa cambada pode não fazer diferença, na Arena, se usada a favor do Cruzeiro, pode criar um clima muito hostil ao adversário, principalmente nas horas de pressão. O problema é que a torcida azul não tem o perfil de apoiar incansavelmente. Se alguma coisinha dá errado, o caldo pode desandar pro lado que devia ser apoiado. O Estádio, por sua vez, é longe de BH, mas o campo é do tamanho do Mineirão e o gramado está em perfeitas condições. Não existe motivo pra reclamação nesse ponto.
  • Ataque: A situação do ataque titular do Cruzeiro já foi melhor. T. Ribeiro é esforçado e tem uma importante função tática, mas falta habilidade pra ser um bom ponteiro. Dabliupê (o famoso W. Parede) não sabe jogar bola. Até faz seus gols, mas é peça nula quando o assunto é dominar, tranquilizar, tocar a bola. O “Parede” não é a toa e o 9 azul, pra piorar, anda sem sorte. O Cruzeiro está à caça de um camisa 9 de respeito, algo como Fred, por exemplo. Mas pra primeira fase, não vai poder contar com o mesmo. E ir à caça é muito diferente de caçar. Ortigoza, Farías e Wallyson ainda precisam mostrar futebol e não são jogadores que podem mudar, num primeiro momento, o perfil de uma partida.
China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

Aonde o caldo pode desandar:

  • Cuca: O técnico do Cruzeiro é uma figura complicada. Depois da rusga entre Gilberto e Roger, onde o chefe da casa-mata comprou a briga do meia-lateral e deixou o Chinelinho de lado, Cuca aprontou mais uma. Depois do clássico, praticamente deu uma de Renato Gaúcho e mandou a culpa “nas principais peças”. Ainda que tenha sido, de fato, culpa dos melhores jogadores que se omitiram, Cuca deveria contemporizar, até porque sua fama, nesse ponto não é das melhores. Na hora de passar tranquilidade, o comandante pode se dar mal e prejudicar o time todo.
  • Lateral-esquerdo: Diego Renan tem sido consistente em não ser um jogador que faz diferença em momentos de tensão. É um bom lateral-esquerdo ambidestro, mas, com um pouquinho de boa-vontade, caberia um jogador melhor naquele lado do campo. O Cruzeiro já foi vice com Gérson Magrão (!), mas foi vice exatamente com duas bolas nas costas desse lateral. E Diego Renan também não prima pela absoluta marcação. Seria interessante ter mais opções naquele setor.
Dá pra confiar, chefia?

Dá pra confiar, chefia?

Aonde o bolo de fubá acabou:

  • Lateral-direita: Essa não existe no Cruzeiro. E não existem boas opções de mercado. O Cruzeiro, ao que tudo indica, vai penar com Rômulo e Pablo durante toda a primeira fase, a não ser que Cuca tire um coelho da cartola e faça ajustes com as peças que já tem. Rômulo, o senhor piada, é triste. Pablo, que fez um grande jogo contra o Galo no último clássico, marca muito bem, mas é ineficiente no apoio. Pra quem contava com Jonathan, é digno de desespero. O jogo do Cruzeiro passa muito pelas laterais e não ter um bom jogador pela direita é extremamente preocupante.
  • Ataque fortíssimo: É outra coisa que o Cruzeiro não vai ter. Com sorte, será contratado um goleador pra vir e assumir a camisa 9 azul sem discussão, mas um ataque forte com bons reservas é praticamente impossível. Resta se contentar com o esforço de T. Ribeiro, a velocidade de Wallyson e com os brigadores Farías e Ortigoza. W. Parede? Bom, melhor deixar pra lá.
No quesito "Dancinha", nota 6.

No quesito "Dancinha", nota 6.

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