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Posts Tagged ‘Kimi Räikkönen’

Como sempre, choveu na Bélgica

September 9th, 2008 | 6 Comments | Filed in Fórmula-1
Esse aí, coitado, não conseguiu nada. Mas a foto ficou show de bola...

Esse aí, coitado, não conseguiu nada. Mas a foto ficou show de bola...

Hamilton ao contrário

Hamilton ao contrário

Justamente na pista onde o braço do piloto é tão ou mais importante do que a máquina, Kimi Räikkönen resolveu dar sinal de vida. Largou agressivamente da quarta posição, ignorou Heikki Kovalainen, bateu rodas com Felipe Massa e na rodada de Lewis Hamilton, assumiu a liderança ainda na primeira volta. E se manteve na ponta até o momento em que a corrida – que já não era nada entediante mesmo – ganhou os contornos de salve-se quem puder. A chuva tão anunciada chegou, a menos de três voltas para o fim. Os pilotos pareciam crianças numa piscina, de boinhas de braço e tentando a todo custo segurar na margem. Daí…

Fernando Alonso foi aos boxes e colocou pneus intermediários para completar apenas uma volta. Estava em quarto, voltou em oitavo. Mas a diferença dele para os patinadores que mantiveram pneus para seco era tão grande que ele, sem sustos, reassumiu a sua quarta posição. Nick Heidfeld, com o mesmo expediente, cruzou em terceiro.

Monsieur Bourdais, quase no pódio pela primeira vez

Monsieur Bourdais, quase no pódio pela primeira vez

Os carros da Toro Rosso por muito pouco não conseguiram um pódio. Sebastian Vettel já estávamos acostumados, mas Sébastien Bourdais finalmente teve uma atuação digna de um campeão de outras terras que emigrou para a F1. Conclusão, o alemãozinho imberbe em quinto e o francesinho de óculos em sétimo. Ponto para os motores Ferrari, que empurraram mais a filial dos energéticos do que os Renault fizeram pela matriz Red Bull.

Mas a chuva embaralhou os carros da frente também. Kimi vinha absoluto, mas como todo mundo sabe, o finlandês não gosta nada de água, ainda mais com pneus não apropriados. Hamilton desferiu seu ataque e os dois tiveram uma animada troca de posições. No fim da batalha, o inglês tomou a ponta claramente favorecido por uma cortada na chicane Bus Stop. Logo em seguida, Räikkönen vê o muro muito de perto e dá adeus à prova. Quando ele justificava o número 1 que leva no bico, voltou a ser o pé-frio de outros tempos.

O inglês cruza em primeiro, só que a polêmica estava apenas começando. A punição me parecia inevitável, mas até a imprensa italiana criticou a posição dos fiscais belgas. E quando um cara do quilate do tricampeão Niki Lauda declara ser esta a pior decisão da história da F1, temos que considerar. Enfim, 25 segundos acrescidos ao tempo, o piloto da McLaren cai para terceiro e Heidfeld era agora segundo.

Massa, que já estava feliz com a segunda posição que já havia caído no seu colo, viu-se então vencedor. Ainda mais numa prova em que ele em nenhum momento conseguiu incomodar os ponteiros. Há de se fazer justiça à sua bela classificação, uma vez que ele tinha duas voltas no tanque – catorze quilômetros de combustível a mais – que os seus adversários, e ainda por pouco não foi pole-position. Agora ele só está a dois pontinhos de desvantagem para Hamilton e tem dezesseis de vantagem para seu rival vermelho. Mas o time ainda reluta em dar-lhe o status de número 1. A história do ano passado está se repetindo. Só que agora, quem pode se beneficiar é Lewis Hamilton. Se a Ferrari é tão fria, racional e pragmática na hora de tomar decisões, cinco corridas para o fim e dezoito pontos atrás do líder é um bom argumento – na minha modestíssima opinião – para se concentrar em um piloto só daqui para a frente. Depois não vá dizer que eu não avisei.

Duas coisinhas…

A situação dos demais brasileiros está muito ruim. Caso Alonso se mude mesmo para a BMW recusando a proposta da Honda, pode ser que Barrichello ganhe mais uma temporada e aumente seu recorde de GPs. Mas será que valerá a pena? Os japoneses parecem tão perdidos que é difícil imaginar algo diferente na próxima temporada. O pijama já me parece uma ótima opção ao macacão da Honda.

Nelson Ângelo Piquet tem sorte de ser brasileiro. Se o nome dele fosse Satoru Piquet, Aguri Piquet, Tora Piquet, Ukyo Piquet, ou mesmo Neosu Piquet, imagina o que o Galvão Bueno estaria falando dele durante as transmissões…

A próxima é Monza, na Itália, próximo domingo.

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E foi dada a largada

March 16th, 2008 | 15 Comments | Filed in Fórmula-1

Lewis Hamilton venceu de ponta-a-ponta a abertura do campeonato de Fórmula 1, em Melbourne, na Austrália. Num dia inspirado, ele não cometeu nenhum erro e fez volta mais rápida nove vezes consecutivas. Contando ainda com as trapalhadas da Ferrari, foi muuuuuito tranqüilo. Para ele e só. Do resto, apenas mais seis pilotos viram a bandeirada. Os demais ficaram pelo caminho nas ruas de Albert Park, que viu o safety car por três vezes e muito tumulto. Nick Heidfeld, com o BMW todo chifrudo, e Nico Rosberg, de Williams, completaram o pódio.

Como dizia o velho Nelson Piquet, você não pode ganhar uma corrida na primeira volta, mas pode perdê-la. Felipe Massa não levou fé e logo na primeira curva da temporada, se tornou a primeira vítima da ausência do controle de tração. Deu motor demais numa tentativa atabalhoada de ultrapassar o Kovalainen e foi direto para o muro. Pela própria afobação, ainda se envolveu num acidente com David Coulthard. Ele não precisava forçar aquela ultrapassagem ali. O escocês ficou puto. Para mim, com razão. Massa acabou com o motor estourado na trigésima volta.

O campeão Kimi Räikkönen saiu com um pontinho. Mas a tônica entre os pilotos vermelhos era fazer besteira mesmo. Depois dos problemas no treino classificatório, largou de trás e passeou demais por fora da pista. Sofreu uma pane no final e confirmou a péssima estréia da Ferrari.

Alonso fez uma bela corrida. Largou na sexta fila e escalou bonito o pelotão, passando ileso pelas confusões da prova. No final venceu um duelo contra Heikki Kovalainen. Mesmo com o carro mais lento, deu o troco após a ultrapassagem do finlandês (o cara foi tirar uma sobreviseira e esbarrou no botão limitador de velocidade) e ficou em quarto.

Piquet Jr., podemos dizer que pode esquecer seu primeiro GP. Foi atingido no strike da largada, e apesar de ter completado a volta em décimo-primeiro, seu carro fora afetado e não tinha ritmo de corrida. Perdeu posições até quebrar o câmbio.

Barrichello marcou a ressurreição da Honda. Conteve com muita habilidade o assédio de Räikkönen por dezenove voltas e chegou andar na terceira posição. Timo Glock resolveu sacanear, e quando ele desfez seu Toyota no muro numa pancada bem feia, o brasileiro teve que entrar no pit fechado para não ficar sem gasolina. O stop and go já seria inevitável. Para completar, o chefe dos mecânicos liberou o carro antes do abastecimento acabar, e Rubinho derrubou vários membros da equipe. Tensão formada, ninguém avisou o piloto do sinal vermelho na saída do pit lane. Ele completou em sexto e foi desclassificado mais tarde. Mas já foi muito melhor do que tudo que ele fez em 2007 e já vislumbra uma temporada mais digna.

Outro destaque foi o multicampeão da ChampCar, Sebastian Bourdais. Andou na frente de muita gente com equipamento superior ao seu modesto Toro Rosso, e completaria em quarto, se seu motor não fosse Ferrari. Não era dia mesmo. Estourou. Ficou a pé mas fez bonito, o francês de óculos.

A primeira corrida do ano deixou uma boa impressão, no que toca à competitividade. BMW, Williams, Renault, Honda, Toyota e até a naninca Toro Rosso mostraram que se Ferrari e McLaren derem qualquer bobeira, estão todos credenciados a beliscar pódios. E a disputa nesse pelotão vai ser muito boa. Bom para a categoria, que foge do tédio e ganha novas cores.

A segunda etapa é em Sepang, na Malásia. Próximo fim de semana.

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Palpites para o GP da Austrália

March 14th, 2008 | 18 Comments | Filed in Fórmula-1

Antes de mais nada, este post se refere ao fim-de-semana como um todo, independente de um melhor tempo no treino.

Por toda pré-temporada, a equipe que, sem dúvida, vem mais forte é a McLaren. Seguido, não tão de perto assim, pela Ferrari.

hamilton.jpg

 

Acho que quem vai sobrar nesse início de temporada vai ser o Hamilton. O inglês, que deve ter aprendido muito com as burradas que cometeu no final da temporada passada, vem soberano como o grande nome da McLaren, sem dividir atenção, nem preferência dentro da escuderia.

A McLaren perdeu muito com a saída de Alonso que trazia experiência e muita qualidade no ajuste dos carros. Vamos ver como a equipe inglesa vai se virar sem essas características em ambos os pilotos de seu box.

Heikki Kovalainen teve um dos começos mais bizonhos da história do ano passado na fórmula-1. Não sei se vocês se lembram, mas o finlandês cometeu 3 erros grosseiros nos 3 primeiros gps, colocando em risco a segurança de outros pilotos e houve até um pequeno movimento para que a Super Licença concedida fosse retirada. Teve o aval da sua equipe Renault. Cresceu durante a temporada e terminou em 7º. Assim como Hamilton no ano passado, o finlandês pode surpreender e andar sempre em busca das vitórias. Seu carro é ótimo e só vai precisar controlar os nervos e a pressão de correr por uma equipe com obrigação de vitória. Só isso..

A Ferrari parece a equipe mais equilibrada. Dois pilotos que nessa nova geração da f-1 já podem ser considerados veteranos. O campeão do mundo dispensa apresentações. No início da temporada passada, acho que fui o único a dizer que era o grande favorito. Corre muito rápido, é constante e no ano passado o carro ajudou sem quebras, ou melhor, conseguiu controlar melhor a máquina que possui.

Acho que Massa está atrás de Haikkonen. Não consigo ver o brasileiro como um piloto com cara de campeão do mundo. Não sei explicar, mas tá mais para Rubinho do que para Emerson, porque comparar com Senna ou Piquet seria abusar. De qualquer maneira, com o carro que guia, vai lutar pelo título, mas entre os favoritos, vai ser sempre o meu último nome da lista.

Acho bom o Massa começar a voar desde o início da temporada, porque com poucas corridas o número 1 no carro do finlandês vai pesar e a ferrari vai concentrar seus esforços, como sempre fez, no piloto com maior chances de levar o mundial.

Com chances claras de título, só essas duas equipes mesmo, o chamado grupo “A”. Depois disso podemos separar as equipes em 3 grupos: 1º) Grupo “B” – os que querem entrar na briga pelo mundial; 2) Grupo “C” – os que querem se fortalecer e entrar no grupo “B” e fugir do último pelotão; 3) Grupo “D” – aquelas equipes medíocres, que só servem mesmo para dar experiencia para alguns pilotos.

No grupo B estão Renault, Willians, Bmw.

renault.jpg

Briatore saber armar uma equipe. Sem dúvida, a maior expectativa fica por conta da dupla Alonso/Nelson Ângelo pela Renault. Alonso é o bi-campeão, o cara mau da formula-1. Só que essa imagem certamente mudará no decorrer do ano. Agora o espanhol correrá atrás, tentando tirar a diferença o que sempre gera simpatia. Já tem a minha. Sempre achei Alonso um piloto irritante porque, por ser extremamente técnico, faz o be-a-bá, sem arriscar muito e está sempre na ponta. Já foi muito debatido no Bla blá Gol que seu estilo lembra muito um de um francês, um tal de Alain Prost. Essa temporada veremos um Alonso diferente. Certamente mais arrojado, tirando leite da pedra, literalmente. Destaque-se que Alonso, como se sabe, é atualmente quem melhor saber ajustar carros na F-1. Tá, lá vem a graçinha de que com espionagem é fácil… Mas o espanhol é especialista no tema. A tendência é a Renault crescer muito. Estou curioso para ver como o espanhol vai guiar.

Nelson Ângelo não tem como me decepcionar essa temporada. Por quê? Simplesmente porque não espero nada dele. Não me entendam mal. Esse sim tem cara de campeão mundial, diferente do Massa. Só que este está sendo assessorado por um mestre dos bastidores e dos bólidos, apenas o tri mundial Piquet. A carreira do brasileiro vem sendo estratégicamente montada. Rivalizou há dois anos com Hamilton o título da GP2. Depois virou piloto de teste da Renault. Ganhou experiência, contato com o F1, provou ser veloz e agora está correndo numa escuderia que tem um carro de médio para bom, com um bi-campeão como companheiro, ninguém esperando um embate direto entre os dois. Alonso aprendeu no ano passado que isso não ajuda e Nelson já adotou um discursso de respeito e calma pelos resultados. Esse sim vai longe.

Willians vem com Nico Rosberg, bom piloto, sempre constante, que terminou em 9º ano passado. Nakajima é Nakajima, apesar dos elogios ao japonês, pelo menos de cara, não dá para levar à serio.

A BMW, que surpreendeu ano passado, luta para continuar crescendo e tem bons pilotos para isso. Heidfeld ficou em 5º e o Kubica em 6º. Se o polonês voador estivesse na McLaren seria certeza de show na pista..

No grupo “C” estão Toro Rosso, Red bull, Toyota e Honda.

Coloco a Toro Rosso, para espanto de alguns, como “A” equipe que vai surpreender esse ano. O jovem alemão Vettel, de 20 anos, é daqueles que está começando muito jovem, ganhando rodagem e que um dia vai estar nas equipes grandes. Voa baixo. Substituiu Kubica ano passado após o acidente do polonês. Mostrou maturidade e velocidade. Quando correu, brilhou. Olho nele. Seu companheiro é um estreante que merece respeito e atenção. O francês Sebastien Bourdais é apenas 4 vezes campeão do mundo da fórmula mundial, aquela lá dos Eua. Já foi campeão da fórmula 3 francesa e da formula 3000. Os franceses depositam suas esperanças nele e sonham em ver os bons tempos de Prost de volta. Vem credenciado e, se o carro deixar, vai fazer bonito.

A Honda com uma decadência espantosa nos últimos 2 anos (será o Rubinho?) só tem uma obrigação na temporada: ficar na frente da Super aguri, sua prima (subsidiária). Destaque para Barrichello que vai quebrar o recorde de número de GPs. De quem era o recorde anterior? Ricardo Patrese. Acho que vai sobrar só isso ao Rubinho mesmo. Engraçado que eu sempre dizia: Ricardo quem? Agora vai ser: Rubinho quem?

A Toyota vem com o destaque de Timo Glock, atual campeão da GP2. Pode fazer bonito.

Red Bull vem para ficar na zona da 10º colocação com o veterano Coulthard e o me-engana-que-eu-gosto-Mark-Webber (que sempre voa na tomada de tempo com o carro leve e depois vai lá para baixo..)

No grupo “D” estão Super aguri e Force India.

Sato e Fisichella que já tiveram melhores dias e vão penar pelas duas equipes..

A proibição do controle de tração vai fazer com que a corrida fique muito mais emocionante, com mais ultrapassagens, mais erros.. Quem se adaptar mais rápido nas entradas e saídas de curvas vai se dar muito bem. A sensibilidade no pé direito vai ser essencial e diferencial. É a volta da valorização do talento!

P.s: Será que o Alonso vai voar na hora da largada sem o Controle de tração como fazia nos anos anteriores?

P.s2: Gaburah, sei que estive ausente e você sentiu minha falta. Mas não se preocupe não, agora voltei para ficar e escrever diariamente!

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A temporada que vai começar

March 10th, 2008 | 23 Comments | Filed in Fórmula-1

A próxima madrugada de domingo marcará a abertura da temporada 2008 de Fórmula 1. Durante os ensaios de inverno ficou claro que, pelo menos no início do campeonato, Ferrari e McLaren continuarão disputando as vitórias como em 2007. A dupla da escuderia italiana continua afiada. Além de terem contado com o auxílio luxuoso de ninguém menos do que Michael Schumacher na preparação do carro novo, Kimi Räikkönen e Felipe Massa já podem ser considerados os principais candidatos ao título. E pelo fato de ter corrido pela equipe quando não tinha mais chances matemáticas de título, o brasileiro ganhou ainda mais simpatia do time. Deve correr, a princípio, em igualdade de condições com o campeão. Mas se não estiver em boa posição na segunda metade do ano, será novamente o piloto número dois, assim como o número que seu carro carrega.

Na McLaren, mesmo tendo obtido grandes resultados na pré-temporada, os pilotos Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen, para não perderem o fôlego na disputa, terão de provar que sabem fazer um carro evoluir ao longo do ano. Coisa que o bicampeão preterido pelo time sabia muito bem. A equipe ainda sofre respingos do escândalo de espionagem do ano passado, e dizem que as coisas ainda estão estremecidas entre a Mercedes-Benz e os cabeças do time. Fala-se até na possibilidade da própria cabeça do Ron Dennis rolar. Pode ser tudo boato, mas que a pressão pelos resultados lá vai estar enorme, isso vai.

O pelotão intermediário viu uma embaralhada geral. A Williams ressurge com o bem-nascido e belíssimo FW30. Aposta suas fichas em Nico Rosberg, muito mais do que em Kazuki, o kamikase da vez do folclórico clã Nakajima. A BMW-Sauber, sensação em 2007, perdeu terreno em relação às suas rivais diretas e vai ter que ralar muito para manter seu terceiro (segundo, em função da eliminação da McLaren) posto.

Outra que corre nesse bolo é a Renault, que esse ano alinha com uma dupla muito interessante: Alonso, de volta à sua casa, e Nelson Piquet Jr.. E o brasileiro parece ter herdado não só o talento, mas a malandragem do pai. Desde o início já deixou claro que não pretende superar o companheiro, atitude tomada por Massa quando dividiu o box com Schumacher e pelo próprio Piquer Sr., quando chegou jovem à Brabham e aprendeu – e muito – com o então bicampeão e futuro tri Niki Lauda. É claro que, tendo a chance, ele vai sim andar na frente do espanhol. Mas o discurso humilde e conciliatório já o faz ganhar pontos com os franceses. Não bater de frente com Alonso é a coisa mais inteligente que ele pode fazer. É definitivamente melhor que ele tenha Alonso como amigo, ou tutor, no mínimo como referência, do que tê-lo como inimigo íntimo. Com bons pilotos e o poderoso chefão Flavio Briatore, que conhece o caminho das pedras, a equipe tem grandes possibilidades de voltar ao páreo, talvez na segunda metade do campeonato, no máximo em 2009.

O resto do grid brigará pelas migalhas. A Red Bull pode ter algum destaque, pois Adrian Newey não brinca em serviço. Na satélite Toro Rosso, outro estreante que promete é o francês Sébastien Bourdais, depois de ganhar tudo até perder a graça na Champ Car. Além de Sebastian Vettel, que correu algumas vezes no último ano, substituindo Robert Kubica após seu acidente, na BMW, com resultados pra lá de competitivos. Tanto que foi contratado pela Toro Rosso ainda durante a temporada, para o lugar do caubói mala (e nem tão rápido) Scott Spped. A Honda tentará andar mais tempo na frente de sua prima nanica Super Aguri, e Barrichello deve bater o recorde de largadas na categoria. Se será um prazer ou um suplício, os engenheiros japoneses vão dizer.

Ainda no Japão, a Toyota conseguiu se livrar do bonde chamado Ralf Schumacher. Mas a equipe, um dos orçamentos mais polpudos da F1, ainda tem muito a provar, e na minha opinião, não possui uma dupla à altura do desafio.

Um tempero especial para a temporada é sem dúvida a proibição do TC, o controle de tração. Por muito tempo, mesmo proibido, o sistema foi utilizado na encolha. Para evitar que os times burlem o regulamento, a FIA padronizou a central eletrônica (ECU) – produzida pela McLaren, criticada pelas rivais – o que possibilitaria uma fiscalização mais efetiva. O que esperar? Mais erros, principalmente em pista molhada. A sensibilidade no pé direito volta a ter importância, e quem for muito afoito no acelerador, fatalmente vai perder algumas posições. Deve aumentar um pouco as disputas e diferenciar mais os pilotos em função do talento. Um bom passo para que as corridas se tornem mais emocionantes. O próximo, a volta dos slicks. Quem sabe em 2009…

Quem é o favorito da temporada de F1?
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