O Flamengo deveria dar um tempo e não disputar competição continental alguma em 2010. Só faz envergonhar o nome da cidade por aí. Três anos seguidos que é eliminado precocemente para times que não são assim uma Brastemp. Defensor, América-Méx e agora Fluminense.

Ao menos em 2009 há um ar mais leve, porque com a insignificância da Sulamericana, alguém só notará esta derrota se porventura o Fluminense vier a seguir em frente na competição e, no intuito de validar tal competição, começarem a martelar a campanha do time das Laranjeiras.

Após terem se poupado na primeira partida visando a rodada do fim de semana onde se fuderam, Andrade e Portaluppi chutaram o planejamento (sic) para o alto e trataram de buscar uma sobrevida nos cargos  escalando seus times titulares (sic)² para esta pelada continental.

Poucas vezes vi tanta coerência:

Pelada ruim, campo ruim, platéia ruim, jogadores ruins, arbitragem ruim e gols ruins.

Ao menos com as duas expulsões iguais do Flamengo, restou a expectativa do Fluminense perder com dois jogadores a mais e adicionar tal feito à sua história (sofer empate nessas condições já ocorrera – Fluminense 1×1 Cruzeiro em 1997 – Paulo Autuori era o técnico azul e ainda durante o jogo dissera que jogara a toalha enquanto o time perdia – Hugo de León foi demitido e no fim do campeonato o Flu rebaixado). Com Cássio comemorando um corte para escanteio não marcado, o Flu se livrou dessa e o jogo acabou com uma insólita classificação tricolor com dois empates no Maracanã para fechar com chave de ouro esta aberração.

De quem se esperava alguma coisa, nada saiu. Emerson deu o recado que deseja ser negociado e mandou um miguézinho no 1º tempo, e Conca nada acertou. Mas nem tudo foi show de horrores. Salvaram-se Everton e Kieza. Acho melhor não falar sobre a participação de Fierro na lateral porque foi pelo menos engraçada.

Para ter assunto no escritório:

• Foi pênalti em Kieza
• O gol cagado de Dênis Marques ficou de bom tamanho para compensar as cagadas de Rafael no primeiro jogo.
• Deram impedimento de Kieza porque até para esse jogo seria vergonha demais um gol com cruzamento de Fabinho.
• Pet não levará o Flamengo a lugar algum, mas é legal de ver. Volta Schumacher [/modo saudosismo off]

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Acabei comentando o jogo em tempo real pelo Twitter e confesso que curti. Especialmente porque durante a transmissão houve bastante interação legal com demais twitteiros.

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Joga fácil

Marcelinho e Carlinhos. Ambos “Paraíbas” colocaram a bola debaixo do braço e tomaram conta da partida no Maracanã.

Marcelinho Paraíba é um jogador que dá gosto de ver pela sua inteligência dentro de campo. O cara entende os momentos das partidas e como se portar dentro de campo. Fica perceptível nele como um jogador deve usar a experiência adquirida com o tempo no futebol.

Não necessariamente, Marcelinho Paraíba precise jogar bem. Ainda assim, é um prazer ver seu comportamente em campo e suas soluções de acordo com o momento da partida.

O time do Fluminense foi uma bagunça tão grande durante o jogo que nem vale à pena discretizar as atuações.

Só aproveito para insistir que Kieza tem grande potencial. Torço para que ele não vá parar na Arábia, Turquia, Grécia ou Villareal.

Não consegui ver nele qualquer limitação técnica que o impeça de ser um grande atacante, além de poder conferir que o camisa 9 do Fluminense tem apreço pelo gol e pela vitória.

Mãe: – Até que enfim! O time jogou bem ou o outro que foi muito mal?

Filho: – As duas coisas

Este diálogo aconteceu enquanto tomava a minha canja após Fluminense 5×1 Sport. O filho em questão, é o autor.

O Sport foi muito mal, especialmente no primeiro tempo, o que não invalida o Fluminense ter ido muito bem, também especialmente no primeiro tempo.

Um tempo em que Roni ganhou nota 10. Participação intensa nos três gols. O primeiro então muito bonito com inúmeras triangulações sendo ele vértice em todas: Roni-Marquinhos-Roni-Conca-Roni-Magrão-Roni-Kieza.

Neste lance, Roni conseguiu até me criar um problema teórico. Sua furada antes do passe para Kieza entra para o Troféu Josiel?

Cabe salientar que nos três gols, Kiesa estava junto com ele, participando. Nois dois primeiros, óbvio. E no terceiro, no de penalty, também estava por ali para opção em que Roni resolveu driblar (foi xingado por mim pois achei que ele tinha adiantado demais a bola).

O Sport estava mal, muito mal. Tanto no que diz respeito a marcar os contra-ataques do Fluminense com Roni, Conca, Kieza e Ruy se apresentando pela direita para dar opção, quanto nos chutes a gol. Nos poucos momentos que desenrolou em oportunidades de chutar, os pernambucanos isolavam a bola como se estivesse fazendo de sacanagem.

No protocolar 2º tempo, O Sport melhorou um pouquinho, mas o Flu não caiu o ritmo.

Destoando da turma tricolor, somente Wellington Monteiro, que nem no iluminado primeiro tempo escapou das vaias da torcida. Foi ele quem praticamente obrigou o Sport a chutar certo para o gol ao dar de presente um penalty ao time de Recife.

Fred e Liminar Amaral para que?

Mas o 2º tempo de um jogo fácil serviu para começar a perceber algumas características que acompanham as equipes treinadas por Renato Portaluppi como o time jogar na bola, percepção de que os jogadores se entregam em campo e os zagueiros marcando praticamente dentro de sua área.

Outra coisa que deve incomodar Renato são as laterais. Na esquerda, ele acabou subsituindo Dieguinho para por Carlos Eduardo no meio e empurrar Marquinhos para a lateral. Improvisar pode acabar sendo um caminho. Se Marquinhos não foi muito ativo na nova posição, Carlos Eduardo foi muito bem no meio, marcando até gol. Diogo também esteve bem no 2º tempo aparecendo bastante para o jogo.

Maicon que saíra do banco também marcou um gol em jogada de Conca que serviu mais para homenagear a ótima partida do argentino que para qualquer outra coisa.

O Sport foi muito mal na parte à vera da partida. Durante o amistoso que foi o 2º tempo, Vandinho buscou jogo com Luciano Henrique e Helder Granja buscou jogo com alguma qualidade, mas nada que colocassem marcação azul. Apenas evitou que levassem vermelho, como o resto do time nordestino.

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Exceção feita à partida contra o Atlético-PR na rodada anterior, é perceptível a evolução do Fluminense com Renato Gaúcho.

O técnico adotou assim que entrou um modelo com apenas 1 atacante para enfrentar dois líderes fora de casa e o Cruzeiro vice-campeão da Libertadores no Maracanã, da mesma forma como eu faria.

Kieza lutou sozinho enquanto o Flu tentava proteger a bizonha defesa. Endureceu todas as partidas mas não conseguiu resultados satisfatórios. De qualquer forma, deve ter servido para colocar um pouco de ordem na casa enquanto criava demanda para mais um atacante, opção tentada contra o adversário direto Atlético-PR, não bem sucedida.

De toda forma, o passo atrás pode ter refletido agora na partida em casa contra o Sport, com dois atacantes e time bem acertado dentro de campo, criando opções de ataque e defendendo razoavelmente bem.

Tudo parece seguir um roteiro, o tal “planejamento”. E a lenda que Renato Gaúcho é um mero motivador encontra espaço por aí.

O próximo capítulo dessa saga tricolor é contra o Vitória no Barradão. Time que perdeu fôlego desde que soltaram uma notinha de que Carpegiani poderia assumir o Flamengo e time de alguns Leandros enxotados das Laranjeiras.

Boa oportunidade para observar a quantas anda a evolução do time de Renato com dois atacantes em partida fora de casa contra um time em início de crise. É possível sim que o Fluminense jogue bom futebol nesta partida.