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Posts Tagged ‘Juca Kfoury’

FDP com Juca Kfoury

August 26th, 2012 | 14 Comments | Filed in Copa do Mundo, Corinthians, Libertadores, TV

Hoje, 20:30, estreia a série FDP na HBO, teaserada assim pelo Guru:

A saga do árbitro Juarez Gomes da Silva (protagonizado pelo ator Eucir de Souza), apitando a Libertadores da América em meio a derrocada em sua vida pessoal, está pronta e tem estreia confirmada no dia 26 de agosto na HBO.

O árbitro anti-heroi sonha em apitar uma final da Copa do Mundo, mas para isso deve passar antes pela copa continental.

E a primeira temporada da série começa com ele apitando a final do Campeonato Paulista para, na sequência, ser convidado para a Libertadores, coisa que consegue até chegar à decisão, em Buenos Aires.

A série, com 13 capítulos, foi criada por José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, baseada em argumento de Adriano Civita e Giuliano Cedroni e produzida pela Pródigo Filme.

Celebridades aparecem fazendo pontas no seriado, desde craques como Neymar (como consertador de filtros), Rivellino (no papel de padre), Edmundo (como o próprio Animal) e Isadora Ribeiro, como ex-modelo, até pernas de pau, como este blogueiro no papel de jornaleiro.

Veja o chamado promo da série.

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15 minutos de vibe Kfourista no Kfourão 2012

June 24th, 2012 | 8 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2012, TV

Intervalo de jogo na Eurocopa gerando rápida zapeada pelo #Morrinhão quando Grêmio fazia 1×0 no Flamengo. Sem clima de ver futebol, hora de testar a vibe Saulo Kfoury de ver futebol. 171 total. Nada se observa, nada se assimila.

Pague para anunciar

  1. Abre-se mão da imagem em HD
  2. Abre-se mão das polegadas de sua TV
  3. Abre-se mão da atenção exclusiva
  4. Abre-se mão da folga para a cervejinha
  5. Abre-se mão das cornetada real-time nos comentários do BBG

O pior de tudo é que para tentar assistir a um lance de uma partida, abre-se mão de ver os lances em que o jogo está parado na outra, virando um telespectador de “melhores momentos” em tempo real, perdendo o que de mais importante há para entender um jogo de futebol: as milongas.

Fica assim combinado: Quem quer ver melhores momentos, twittar, escrever para Saulos, ter salário de R$1.200,00 comentando para rádio ou simplesmente passar o tempo tirando chinfra de entendido de qualquer merda… fique com o Mosaico, é suficiente. Já quem deseja se embrenhar no futebol e suas milongas… assista a um jogo em sua plenitude, preferencialmente no estádio desferindo ódio mortal a cada gol perdido por Balotelli.

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BBG diz que Victor voltará a postar depois do Carnaval

February 18th, 2012 | 10 Comments | Filed in Observatório

Em nota oficial, BBG confirma que Victor volta a postar após o Carnaval. O editor foi lacônico:

Manterei minha agenda após os términos das festividades. Curarei a ressaca da folia com chá de cadeira.

Itabão

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Andrés Sánchez do Brasil-sil-sil

November 26th, 2011 | 23 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Campeonato Brasileiro 2011, Corinthians, Seleção Brasileira

Juca, Saulo e Yuri andam consternados com uma suposta (imprensa) inabilidade do vencedor Ricardo Teixeira ao escolher o dirigente oriundo do povo para diretor das seleções brasileiras.

Saulo: O Andrés Sánchez sequer tem no hall para exercer essa função. Seremos sede da próxima copa e todo o planejamento e preparação passará tudo na sua mão. Andrés Sánchez pelo menos poderia ter solicitado ao Ricardo Teixeira e esperar o campeonato terminar. Qualquer erro a favor do Corinthians ficará sob suspeição.

Yuri: Não podia ser em pior hora. Para uma entidade escolada, nomear nesse momento foi um erro de novato. Se é que foi um erro… poderiam prorrogar o aviso para dezembro, sem mais. Qualquer imbecil faria isso. Não entendo o que caçaram dando a notícia no momento mais inoportuno. Ricardo Teixeira está perdendo suas habilidades ou a pressão proselitista tornou-o um BURRO.Vai saber… tentar entender os meandros é inútil. Nem o ARAUTO Juca entendeu, rs

ARAUTO Juca: Não acho que o time será ajudado nem prejudicado pela inoportuna novidade, mas é fácil constatar que se acontecer uma coisa ou outra a responsabilidade será atribuída à CBF. Erro a favor? – Ah, tava na cara, tudo arreglado, dirão. Erro contra? – Viu só? Combinaram pra mostrar honestidade!

Guru e Guri confraternizam no hall de evento

Coitado do Morrinhão (Jorge Santana) entrando como testa de ferro na discussão, afinal, vem de longa data das bocas e teclados dos mais ferrenhos críticos, desde sempre, que ao Ricardo Teixeira só interessa a Seleção Brasileira, pouco se importando para clubes e Campeonato Brasileiro.

Constata-se igualmente, que mesmo entre os ferrenhos perseguidores, não há registro ou insinuação em mais de 20 anos de qualquer interferência do mandatário campeoníssimo em qualquer evento clubístico, qualquer alusão à manipulação alguma em jogos de clubes ou pelo menos, manipulação diretamente relacionada com qualquer causa de Ricard0 Teixeira. Qualquer torcedor do Fluminense pode assegurar.

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#FORARICARDOTEIXEIRA: Um movimento golpista

July 25th, 2011 | 207 Comments | Filed in Estrutura, Futebol, Observatório

O presidente da CBF Ricardo Teixeira comanda a instituição desde 1989, período em que se acompanha pela imprensa mesmo que dissociado deste fato, conquistas e realizações da instituição em qualquer aspecto, que simbolicamente podez ser marcado pela iminente realização de uma Copa do Mundo FIFA no País.

A CBF, instituição independente, soberana e democrática vem re-elegendo sistematicamente seu atual presidente, merecedor do cargo que possui sem sombra de dúvidas.

Sem entrar no mérito do funcionamento do processo sucessório da instituição, ressalta-se que não há maiores contestações aos processos eleitorais ocorridos, ainda que estranhamente questione-se a duração da bem sucedida presidência de Ricardo Teixeira como se alternância de comando fosse regra em qualquer instituição bem sucedida, o que não é necessariamente verdade.

Questionamentos são válidos, mesmo não embasados e até equivocados se for o caso. É uma conquista iluminista de civilizações democráticas.
Mas a contramão da vanguarda iluminista é o policiamento. Como explicado, a CBF tem seu processo de escolha dos dirigentes, tem sua regulamentação sucessória. Até que ponto é válido que pessoas, entidades e empresas queiram participar deste processo sem cumprir a regra do jogo.

#foraricardoteixeira é um movimento exógeno a CBF. É um movimento golpista. Não satisfeito em ser golpista (termo que não deve ser, contudo, associado a um malefício), o movimento carece de representatividade, uma vez que parte de fora.

Cartoon proselitista divulgado em blog favorável ao movimento golpista

Não encontro a mínima justificativa para que cidadãos, jornalistas, associações, jornais e Governos tenham ingerência sobre a escolha do staff da CBF ou qualquer outra empresa, privada especialmente.

Isso não exclui naturalmente, que a CBF detentora de enorme responsabilidade e poderes no País seja alvo de auditorias, investigações, eventuais denúncias, sanções e punições. Pode e deve ser constantemente. O que não pode é ser vítima de golpe, especialmente motivada por quem tem como ofício e ganha-pão exclusivo, comunicar-se, independente de comunicar corretamente ou não.

Em defesa das instituições democráticas e soberanas, incluindo as de controle e fiscalização, lanço a campanha #FICARICARDOTEIXEIRA.

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Paulistinha ganha do Barcelona

May 31st, 2011 | 45 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2011, Campeonato Paulista 2011, Copa dos Campeões 2010/2011, Estaduais, Estrutura, Observatório

(e empata com o Brasileirão)

A Globo deu 20 pontos em São Paulo em média na transmissão do Campeonato Paulista 2011.

Contra 15 para Barcelona e Manchester United, no sábado, na decisão da Liga dos Campeões da Europa.

Quer dizer, a globalização está aí, mas ainda não ganha da esquina da casa da gente.

Porque, como disse Fernando Pessoa,

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.


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Juca Kfoury e a Copa Eugenia 87

March 4th, 2011 | 42 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 1986, Copa União 1987

Defensor ferrenho da condição de Campeonato Brasileiro única e exclusivamente para a Copa União, Juca Kfoury forneceu muita argumentação para a celeuma em torno de 1987.

Diretor da revista Placar, Juca tinha muito conhecimento e consicência do que se passava na época, bastidores incluso. Por essas e outras, sempre me decepcionei com a forma como Juca jamais citava 86 ao explicar sobre 87.

A Liga eugenista teria o aval de Juca Kfoury

Sobre o assunto, Juca detinha-se única e exclusivamente nos pormenores desimportantes à respeito do título. Assunto barulhento porém irrelevante na linha histórica da organização do futebol brasileiro. Depois que a bola rolou, a cagada já estava feita.

Alimentando a infrutífera discussão proselitista sobre o que seria um campeonato brasileiro em 1987, Juca relegou a Eugenia ocorrida antes da bola rolar para debaixo do pano.

Mas eis que desiludido com os rumos que as negociações em torno dos direitos televisivos estão levando, sabe-se lá porque, Juca finalmente expôs e reconheceu que o movimento que ele apoiou em 87  flertou com a Eugenia.

Mesmo que tentando amenizar mordendo e assoprando,  relativizando importância de clubes em uma escala arbitrária de mérito, Juca identificou o processo eugenista dos fundadores do Clube dos 13:

http://blogdojuca.uol.com.br/2011/03/nascimento-e-agonia-do-clube-dos-13/

Clube dos 13, vida e agonia

Colunista conta como foi o processo de criação e decadência da entidade


O QUE SURGIU PARA SER A LIGA BRASILEIRA SOFRE EXATAMENTE POR TER DESPERDIÇADO SEU MELHOR MOMENTO


JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA

Conto aqui o que vi, e poucas coisas vi tão por dentro em minha vida de jornalista como o nascimento do Clube dos 13 e da Copa União.
Como vi o começo lento e gradual de sua decadência.
Curiosa e dramaticamente, sua implosão se dá quando parecia ressurgir, embora, agora, pareça mais que tenha sido aquela famosa melhora do doente antes de morrer.
Eu era diretor da “Placar” à época em que tudo começou, e o apoio da revista foi tão vigoroso que a taça da Copa União foi encomendada e paga por esta ao artista plástico Carlos Fajardo.
E entregue primeiramente ao Flamengo -e depois a Zico, quando ele se despediu do futebol, porque a Copa não resistiu aos conchavos da cartolagem.
A resposta dos 13 maiores clubes do país à falência da CBF, que abdicara de organizar o Campeonato Brasileiro de 1987 por falta de recursos, foi pronta e eficaz: partiu para fazer seu próprio torneio e obteve o apoio da Globo, da Coca-Cola e da Varig.
Registre-se desde logo que o Brasileirão de 1987 não teria o Sport, que não ficara entre os 24 primeiros em 1986, mas em 27º lugar.

Era para ser o embrião da Liga Brasileira de Futebol Profissional. Nasceria cinco anos antes da Liga Inglesa, a famosa Premier League.
Como em toda revolução, houve injustiças e excessos.
As injustiças contra o Guarani e o América, segundo e quarto colocados em 1986.
Verdade que o time campineiro e o carioca não estavam entre os 16 primeiros do ranking nacional, ao contrário dos 13 fundadores do Clube.

Os excessos ficaram por conta de tentar, sem conseguir, porque proibido pela Fifa, pintar marcas de patrocinadores no gramado.
Já o sucesso foi tamanho que a média de público passou de 20.800 torcedores, a segunda maior de todos os tempos, superada apenas pela de 1983, com quase 23 mil pagantes por jogo. Se forem somadas as quantias provenientes dos patrocínios da Copa União, a média praticamente dobra e atinge padrão europeu dos bons tempos.
A conquista do Flamengo foi algo tão indiscutível que o Conselho Nacional dos Desportos, o velho CND, a reconheceu incontinenti, diferentemente do que veio a acontecer mais tarde pelo Tribunal de Justiça Federal em Pernambuco.
Sim, a CBF quis mudar as regras com o jogo já em curso.
Mas, para 1988, a situação mudou, fruto de um acordo feito pelo presidente do Clube dos 13 e do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, pelo presidente do CND, Manoel Tubino, e pelo vice-presidente da CBF, mas verdadeiro comandante da entidade, Nabi Abi Chedid, com o aval do presidente do Flamengo, Márcio Braga.
E contra o que pensava a direção da Rede Globo.
Por meio de seu diretor de esporte de então, Ciro José Gonzales, de quem divergi muitas vezes, mas que sempre gostou e quis o melhor para o futebol, o número um da emissora, José Bonifácio de Oliveira, o Boni, mandou dizer que a Globo daria respaldo para que a rebeldia dos clubes fosse em frente, sem acordo com a CBF.
Só que prevaleceu o velho espírito conciliatório nacional.
E jamais me esquecerei do olhar perplexo de minha filha ao entrar em casa na volta da escola e ver a figura de Chedid na sala, local escolhido pelas partes como neutro e a salvo de assédio.
Ao recuar, o Clube dos 13 começou a esmorecer.
E chegou a ganhar de mão beijada a Copa João Havelange para organizar em 2000, porque a Justiça impediu que a CBF organizasse o Brasileiro sem a presença do Gama, em memorável batalha judicial vencida pelo inexpressivo clube candango.
Ganhou, mas não soube organizá-la com competência, a ponto de o torneio ser decidido em São Januário com superlotação, queda de alambrado e cerca de 160 feridos, o que obrigou a realização de novo jogo, já em 2001, entre Vasco e São Caetano.
De lá para cá, cada vez mais o C13 se transformou apenas em uma agência negociadora de direitos de transmissão, com episódios lastimáveis, como em 1997, quando foi fechado negócio com o SBT, na casa de Sílvio Santos e, em seguida, em meio a rumores desairosos, voltou-se atrás para manter a parceria com a Globo.
Então, o principal executivo do SBT, Luciano Calegari, em entrevista à revista “IstoÉ”, chamou a CBF de “máfia” e perguntou: “Quando é que dá para acreditar em presidente de clube?”.
Eis que, neste ano de 2011, quando o Cade permitiu as condições para que se inaugurasse uma nova maneira de negociar, com chances claras de se aumentar ponderavelmente as receitas por meio de uma concorrência como nunca houve, tudo rui.
O C13 vai ao Cade amanhã e promete levar documentos que provam compra de votos na eleição que pôs a CBF em choque com Fábio Koff.
Fato é que o racha está posto.
E de maneira tão indecorosa para alguns dos protagonistas que o que fica ainda mais claro é que se trata de uma guerra sem mocinhos.
Na qual o futebol brasileiro morre no fim.

Juca já fala dos óbvios casos de Guarani, vice-campeão brasileiro de 1986 e do América, semifinalista da competição. Não cita ainda quantos times relegados estiveram entre os 16 primeiros. Muito menos esclarece que ranking nacional seria esse (nem mesmo se seria o ranking que ele implementou para a revista Placar no início dos anos 80) e nem de longe cita que o Guarani era um em um restrito grupo de 10 clubes campeões brasileiros reconhecidos à época. Primazia que não gozavam Bahia, Corinthians, Botafogo, Cruzeiro e Santos, fundadores do Clube dos 13.

Porém, já é um avanço que o renomado autor e formador de opinião comece a colocar à luz dos fatos, ainda que relativizados, a gênese da eugenia de 1987, onde o Clube dos 13 alijou da parte rentável do futebol os times que não teriam nada a oferecer em termos de mídia além de futebol.

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Juca Kfoury lamenta pelo Santa Cruz

September 13th, 2010 | 84 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Estrutura, Observatório, Santa Cruz

Santa Cruz foi eliminado da Série D do Saulão Brasileirão 2010 e agora descansará em paz até ano que vem no seu Estadual, aquele campeonatinho de 3 ou 4 meses que Saulo Kfoury acredita desprezível e longo, mas que coloca em atividade penca de clubes em “n” cidades do Brasil através de rivalidade regionais. Juca publicou um texto emotivo de lamentação, ainda que pouco ou nenhum destaque dê a esse (ou outros) time durante a campanha regular do Brasileirão, mesmo sendo um campeão de público.

Saulo Kfoury que defende o Brasileirão como a panacéia e salvação do futebol brasileiro (sic) costuma contar a média de público da Série A, esquecendo que o modelo possui 4 séries (e eu digo que possui apenas 4 séries).

Desta forma, o Blá blá Gol conta na data de hoje com os dados do site da CBF a seguinte média de público para 100 clubes afortunados no País:

  • TIMES: 100
  • PÚBLICO TOTAL: 4.122.305
  • JOGOS: 566
  • MÉDIA: 7.283

7.283 é a verdadeira média do Brasileirão 2010. E nunca é demais lembrar, apenas para 100 clubes, e alguns desses, por 3 partidas.

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A Copa não começou

June 1st, 2010 | 64 Comments | Filed in Copa 2010, Eliminatórias

Ainda faltam 10 dias para a Copa e já há quem sacramente que o futebol do Brasil será chato. Possivelmente ainda birrinha pela não convocação de um ou dois jogadores no universo de 23.

Dunga não ficará estigmatizado pela "Era Ronaldinho"

Dando nome aos boi, a choradeira começou com um execrado, enquanto vestia a amarelinha, Ronaldinho Gaúcho. Aquele que ninguém tecia comentários elogiosos enquanto vestia a amarelinha com Dunga. Bastou o exílio (pedido por crítica e público inclusive) para ressurgirem com seu nome em prol da bobagem que falta talento no time. A bem da verdade, o lobby pró-Ronaldinho não ganhou corpo, ainda mais com aval de atuações medianas contra equipes grandes e suposto brilho contra Siena e afins.

O surgimento do time do Santos com Ganso e Neymar deu novo ânimo aos lobbystas, desta vez respaldados tanto pelas atuações dos moleques, como pelo fato de estarem no Brasil próximo ao torcedor e com seus jogos sendo transmitidos em rede aberta.

Dunga não se impressionou e com argumentos sólidos por mais contestáveis que possa ser convocou jogadores testados e aprovados por ele em seus quase 4 anos à frente da Seleção.

Esta Seleção que começou seus trabalhos após a Copa carregando a antipatia generalizada por trás da figura do treinador levou pancadas em seu caminho até aqui com atuações aquém das expectativas nas Eliminatórias atingindo o auge em derrotas para Paraguai fora de casa e empates melancólicos em 0x0 no Engenhão e Maracanã contra Bolívia e Colômbia, com estádios vazios quando Zarga resumiu com propriedade o atual momento do time:

A culpa não é do estádio. É da seleção brasileira.

Seleção essa que contra a Bolívia, por exemplo, não contou com Kaká mas com aquele que seria o substituto que traria talento para o time na eventual falta do camisa 10. Eis como Bender resumiu aquela nada talentosa partida:

Ah sim… Futebol ontem? Diego e Juan correram, tentaram, mas o Brasil de Dunga só jogou bem nos contra-ataques. Ronaldinho Gaúcho está muito mal. Robinho não se achou ontem. Vamos ver se com a volta do Kaká as coisas melhoram.

A atuação da Seleção comandada por Ronaldinho Gaúcho é bem representada pelo cirúrgico e único comentário de Saulo no post:

O torcedor não é bobo e vai lotar qualquer evento de qualidade. Não foi o caso da seleção.

Este era o estado de espírito que envolvia os brasileiros ao fim de 2008, após os malfadados Jogos Olímpicos. Espírito esse que modificou-se na goleada contra o Uruguai em Montevidéu, Copa das Confederações e baile na Argentina em Rosário novamente com perfeito comentário de Saulo que não sentiu falta de Ronaldinho:

A seleção foi absoluta diante da Argentina. Está entrosada e com um conjunto bem montado.

Desta forma, o Brasil ia encerrando 2009 com o time bem ajustado e pensando somente na Copa, com Dunga tendo algum tempo para ajustes finos como encontrar um lateral esquerdo, e para Adriano pedir dispensa do time.

Pouca coisa mudou da equipe que jogando bola e vencendo resgataram o prestígio que estava em baixa provocado pelas atuações dessa mesma Seleção até 2008, especialmente neste ano. Simplesmente por ação midiática nesses meses sem atividade da Seleção, o que estava bom, legal e motivante, é dado como ruim, reacionário e … chato.

Como um fantasma, por antagonismo à imagem de Dunga, 94 puxa a dicotomia bonito x feio, ganhar x perder, e este fantasma paira no ar induzindo que se Dunga ganhar a Copa (sim, Dunga, não a Seleção) será de forma feia e chata, sem representar o futebol brasileiro e parará-pão-duro. Na falta do que implicar, contesta-se a suposta incitação à sentimentos patriótricos por parte da comissão técnica, como se isto fosse fraqueza de caráter ou uma fuga para sabe-se lá o quê.

Bem analisou Juca Kfoury em coluna na Folha quando o Brasil ainda estava no meio do ressurgimento de 2009. Colocou bem as questão à respeito do patriotismo de Dunga em nada interferir no futebol do Selecionado e em nada denegrir seu caráter:

Está pintando um técnico melhor que a encomenda e do que ele mesmo talvez pudesse imaginar que seria
QUANDO, NO século 18, o pensador inglês Samuel Johnson escreveu que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas, ele não quis dizer que o patriota é, necessariamente, canalha.
Quis dizer, apenas, que muitos são os canalhas que apelam para o patriotismo como derradeira tentativa de salvar sua pele.
Ao exaltar o comportamento da torcida pernambucana, Dunga não está nem sendo demagogo nem exagerado.
Ele está só querendo que o comportamento dela vire padrão pelo país afora, por mais ingênua que seja a pretensão.

Aos afoitos que desejam decretar como jogará o Brasil antes da Copa começar, e até mesmo definir se a Copa será chata ou legal, é conveniente aguardar um pouco mais de uma semana. A Copa não começou.

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