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Posts Tagged ‘Jô’

Jô nota DEZ

June 29th, 2014 | 7 Comments | Filed in Copa 2014, Seleção Brasileira

Estão sendo injustos com o Jô.

O cara não tem opção de NÃO ser convocado, de NÃO ser escalado e tal. Isso independe dele.

Da mesma forma, o cara não tem a opção de NÃO errar todas as jogadas uma vez que ele está em uma competição aquém das qualidades inerentes ao seu futebol. É o convocador e o escalador que fazem 100% das cagadas.

A ÚNICA alternativa que ficou a cargo do poder de decisão de Jô, ele fez muito bem que foi, mesmo sendo centroavante, optar em não cobrar pênaltis na disputa contra o Chile.

É por esse auto-conhecimento sobre suas capacidades que concedo a Jô uma nota DEZ na partida Brasil x Chile.

No mais, encontrei com a delegação brasileira após o jogo e não notei aquela tensão toda que parecia haver quando da disputa de pênaltis. Pelo contrário, jogadores estavam felizes e tranquilos. FRED e JÔ, por exemplo, dispuseram-se até a tirar uma foto comigo.

Eu, Fred e Jô

Eu, Fred e Jô

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O Centroavante

June 18th, 2014 | 4 Comments | Filed in Copa 2014, Seleção Brasileira

“- O senhor entendia que nos dias atuais um centroavante não cabe mais no futebol ou que especificamente o Brasil não produzira algum de altíssimo nível além de Adriano?”

ESSA é a pergunta retórica que qualquer JORNAS deveria estar correndo para perguntar a Mano Menezes quando na hora da onça beber água o centroavante titular da Seleção Brasileira não viu a cor da bola e seu substituto que viu mostrou-se daltônico.

O meio-campo sem Hulk tampouco viu a referida cor da pelota, que foi bem tratada exclusivamente por Thiago Silva e Neymar. Contudo, não há alternativas ao meio-campo senão consertá-lo ou chorar. Não se concebe uma equipe sem tais jogadores ao contrário do que se possa fazer com o centroavante conforme Mano Menezes indicara que pretendia.

A percepção desde a Copa das Confederações quando as condições de contorno eram de bons ventos deixou bem nítido que a função primordial do centroavante de Felipão não era fazer os gols, o 9 brasileiro não ali estava para ser artilheiro, mas sim escorar o máximo de bolas possível para que o camisa 10 fosse.

Em condições ideais, Neymar já pouco passava a bola para Fred que pivoteava e jogava focado em amplificar o nível do 10, o que faz todo o sentido sendo Neymar o único extra-classe do ataque brasileiro.

Fora das condições ideais, o papel de Fred reduz-se ao isolamento improdutivo maximizado pela auto-suficiência de Neymar, colocando o centroavante do Fluminense em uma função deficiente no esquema tático de um time como uma primadona a esperar por um rebote ou uma bola vadia, sem oferecer a Neymar qualquer benefício adicional que um Zé Love ou Alecsandro não pudessem oferecer.

A defenestrada proposta de Mano Menezes oferece ao JORNAS tanto a possibilidade de o colocá-lo na pauta com a pergunta inicial do artigo como a chance de inquirir Felipão com a pergunta que paira como uma assombração:

“- O senhor preparou qualquer esquema para a contingência de montar o time para jogar sem centroavante?”

Cone

Cone

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Não é milagre…

July 26th, 2013 | 18 Comments | Filed in Atlético-MG, Futebol, Libertadores 2013

*Por não ter assistido a nenhum jogo do Atlético nessa Libertadores, além do motivo óbvio de ser Cruzeirense, deixei para um amigo dos melhores e atleticano dos mais difíceis a tarefa de demonstrar como uma noite, um gol, uma Copa, podem mudar a vida de milhões. Além de grande amigo, Lucas Leal também já foi parte atuante da torcida Galo/Boca e isso eu não esqueço. Rá!

 

Não é milagre...Por Lucas Leal Esteves*

O dia 24 de julho começou parecido para a maioria dos Atleticanos. Enquanto uma parte de BH dormia, a outra sofria com uma insônia que parecia ser a mais longa da vida do torcedor alvinegro. Uma insônia daquelas que nem filme ruim cura, chá de camomila não resolve, música clássica não aplaca. Dormir não era possível. Estávamos a aproximadamente 24 horas de conquistar a América, quem conseguiria dormir? Se não é sofrido não é Galo. Não faria sentido ter uma boa noite de sono horas antes da maior festa de nossas vidas atleticanas.

O dia se arrastou. Mais do que nunca, a cada estampido diferente, a cada copo que caía no chão, ecoava o grito de “Galo!”, aquele que se ouve em qualquer lugar do mundo a qualquer sinal de um barulho mais alto. Junto com o dia, o foguetório também se arrastou. Iniciados na noite anterior, na festa de boas vindas realizada para receber os jogadores do Olimpia em frente ao hotel em que se hospedaram, os estouros duraram por todo o dia, refletindo a confiança do Atleticano no título, muito bem representada pelo “Yes, We C.A.M.” e pelo “Eu acredito!”. E como não acreditar depois de sair em desvantagem em outras duas oportunidades e conseguir revertê-la?

A produtividade nos ambientes de trabalho atingiu níveis críticos. Ninguém conseguiria se concentrar em uma planilha de Excel que não fosse aquela com os resultados do Galo até aquele dia. Papel, só se fosse o jornal do dia trazendo as escalações e os detalhes da grande decisão. Na cabeça os números fervilhavam… três gols nos trazem o título no tempo normal. Dois gols para a prorrogação e, quem sabe, para mais uma oportunidade do milagreiro São Victor fazer chover no Mineirão. Tudo girava em torno daquela partida que se iniciaria dali a pouco.

As pessoas se cumprimentavam nas ruas. Alguns, inclusive, desejavam um Feliz Ano Novo a quem passava, pois chegava o dia 31 de dezembro, mas não chegava 21h50. A cidade se pintou de preto e branco, o manto alvinegro invadia todos os ambientes, a expectativa consumia cada segundo daquele longo dia. Aos poucos as pessoas iam deixando suas casas, seus trabalhos e iam enchendo as avenidas rumo ao Mineirão. O gigante da Pampulha finalmente seria recompensado por todos os serviços prestados ao Clube Atlético Mineiro e testemunharia pela segunda vez no ano uma festa alvinegra, dessa vez a maior da história.

Mais cedo ou mais tarde, a hora do Galo chegaria. Quis o tempo que fosse mais tarde. Era ali, era agora. O Clube Atlético Mineiro entraria em campo pela última vez sem o título da Libertadores. O Atleticano teria sua última noite de sofrimento nessa competição. O Cuca finalmente poderia trocar de blusa. O mundo, finalmente, pararia para ver o Galo retornar ao lugar mais alto do pódio. E parou.

Os pés de Jô, mais uma vez, iniciaram a festa. A cabeça de Leonardo Silva, depois de sofridos 42 minutos do segundo tempo, na bacia das almas, quando só o Atleticano ainda acreditava, possibilitaria que a luta prosseguisse. Finalmente, de novo pelo pé esquerdo salvador de Victor, a Taça começaria a brilhar diante dos nossos olhos para, enfim, depois de muito sofrer, como manda o enredo, a trave do Mineirão nos brindar com a glória.

Clube Atlético Mineiro - Campeão da Copa Libertadores 2013

Clube Atlético Mineiro – Campeão da Copa Libertadores 2013

Choveu no Mineirão. Lágrimas, papel picado, fogos, zica, azar, praga, cabeça de burro enterrada na sede, manto da santa pintado de preto, hashtags, músicas, provocações, tudo. Tudo isso caiu ali no Mineirão. O nosso Horto psicológico matou mais um e, impiedosamente, o Atleticano comemorou. Comemorou porque ali se encerrava um período de 42 anos se alimentando de títulos do Campeonato Mineiro, porque ali caía o estigma de cavalo paraguaio do time e o azar do Cuca, porque naquele momento morria o Urubu chamado Wright que sobrevoava a sede, morria o vice-campeonato invicto, morria aquela final em que dependíamos do Curê para sermos campeões. Comemorou porque mereceu esse título mais do que ninguém.

Até esse dia de alegria, foram muitos dias de luta. Foram semanas agüentando todo tipo de provocação depois de empatar e perder os primeiros jogos contra Tijuana, NOB e Olimpia. Foram meses lutando para superar a desconfiança de todos, que começou lá no sorteio com um sonoro “não vão passar nem da primeira fase”. Foi uma vida de expectativas frustradas, de vitórias que escaparam entre os dedos. Mas esse dia se transformaria no dia do fim. O fim do “nunca serão”. O fim o “eu tenho, você não tem”. O fim do “só converso com quem tem Libertadores”, do “meu irmão mais novo já viu mais títulos que você”, do “não ganha nada, time sofredor”.

Esse dia se tornaria, ainda, o dia o início. O início da nova vida do Atleticano. O Atleticano campeão, altivo, vencedor, confiante. O Atleticano que é reconhecidamente o torcedor mais apaixonado do Brasil e, agora, das Américas e que vai até o Marrocos acreditando ser possível conquistar o mundo. O Atleticano que, finalmente, teve do seu time um retorno, uma recompensa por todo o dinheiro, suor, tempo e lágrimas que dedicou à instituição Clube Atlético Mineiro.

Esse dia fez questão de entrar para a história como o dia mais importante da história do Atleticano. 25 de julho de 2013: o dia da redenção. Não é milagre, é Atlético Mineiro.

 

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