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O primeiro jogo do Henrique no Olímpico

April 8th, 2011 | 14 Comments | Filed in Grêmio

Por Paulo Sanchotene

– Onde é que nós vamos, filho?
– Guêmio!

Esse foi o curto diálogo que tive com meu filho de 1 ano e 8 meses na manhã de domingo. E não escrevi mal; ele fala “Guêmio”, mesmo. Dia de sol, temperatura amena, jogo de fase classificatória de Estadual, no qual o Grêmio já é finalista, contra um fraco Veranópolis numa época em que o futebol do time não convence ninguém. Era simplesmente o ambiente perfeito para que o Henrique conhecesse o Olímpico numa tarde de futebol pela primeira vez.

De manhã, vesti uma camisa do Grêmio, já me preparando para a partida. Quando cheguei na sala, o Henrique apontou para mim, riu, disse “Guêmio!” e logo passou a procurar o Grêmio em si. Não achou na camisa, nem na calça, nem nas meias. Correu para mãe, puxando a camisa: “Guêmio!”. Como assim, o papai de Grêmio, e ele, não? Ainda mais naquele dia que prometeram para ele levá-lo no Olímpico. E lá se foi a família escolher a roupa do Henrique para o grande dia. Uma vez devidamente trajado, sorriu, gritou “Guêmio!” e voltou para brincar na sala.

Fomos almoçar fora. No restaurante, um outro pai pergunta se ele vai no jogo. Eu respondi que sim, e pela primeira vez. “Minha filha também! Vai pela primeira vez”. Eu deveria ter sentido ali como seria no estádio. Afinal, a minha bela idéia não tinha sido só minha. Depois do almoço, nos dirigimos ao estádio, e o encontramos virado numa creche. Até o Lucianinho Périco, cancheiro de estádio, se espantou a ponto de comentar na rádio. Era um festival de novatos, mais interessados em correr por tudo, comer picolé e pipoca, do que com o jogo.

O Henrique até correu por tudo, o que impediu o papai aqui e a mamãe de verem o primeiro tempo, mas não deu bola para pipoca, picolé ou pão-de-queijo. Gostou mesmo foi da Geral. E isso que ela estava abaixo do meia-boca. Dançou, bateu palma, regeu, cantou (mais ou menos) junto. O que é aquilo lá, filho? “Geal! (balançado de um lado para o outro) Ô, ôoooô!”. Gostou também da creche. Fez um monte de amigos de arquibancada (se começa desde cedo!). Ainda não esqueceu da tia da mochila do Ben 10, a mãe do Bernardo, que estava na fileira atrás de nós. E não deve esquecer tão cedo, se depender da memória de elefante que tem.

Apesar de ter se assustado com os gols, ele dá sinais que gostou da experiência. Não vejo a hora de ter uma nova oportunidade dessas.

Sobre o jogo, melhor nem comentar. O pouco que vi, não me anima nada. Valeu a vitória; e, talvez, só isso.

****

NB: O post deveria estar ilustrado com as fotos do Henrique paramentado de azul, preto e branco, todavia, Sancho não teve tempo de enviá-las pois agora estas entraram para as estatísticas de 50 roubos de carro por dia em Porto Alegre. Fiquemos somente com o relato da alegria da família na estreia. As fotos seguirão pelos anos de jogos que Henrique tem pela frente.

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