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Domingo de Nelson Piquet! Domingo de Vasco!

November 27th, 2011 | 62 Comments | Filed in Fórmula-1 2011, Futebol

*Por André Bona

 Nelson e Vasco

Como fã de F1 que sou e fã incondicional da família Piquet, especialmente de Nelsão, esse domingo, na verdade, começou há várias semanas atrás.

Sei que o “editor-chefe” de F1 do BBG é o MR. Robinson. E o desafiei a postar um artigo sobre os 30 anos do primeiro título de Nelson Piquet na F1. Isso foi antes de Suzuka. Mr. Robinson é um editor-fera. Escreve muito bem e entende de F1. Espero sempre a cobertura que faz sobre as provas e nessa espera inquieta, me desespero e saio postando em Open-bar e onde der sobre o assunto. Preferencialmente cornetando o queridinho atual da platinada abobada. Não estou falando do urubu,  nem do gambá, mas sim do Bruno Lalil, conhecido como Bruno Senna.

Meu pai é músico no ES, tendo gravado vários discos no Estado, desde a década de 80. Quando eu era bem pequeno, pela influência, me arrisquei como “compositor”. Criança que gosta de carro aprende todos os nomes de carros. Naquela época existiam poucos: uns 4 ou 5 de cada montadora. Então era fácil. Por isso, sobrava espaço no HD para saber tudo de carros de F1 e conhecer o inacreditável Nelson Piquet.

E foi assim que na década de 80, próximo aos 6 anos de idade, rascunhei alguma coisa sobre F1 (na verdade EXCLUSIVAMENTE PARA NELSON PIQUET) e meu pai anos depois carinhosamente lapidou e transformou numa música. Obviamente quando isso foi feito, retirou o nome do piloto e deixou sem nome. Até porque o fenômeno de marketing também já estava nas pistas, então a música ficaria, digamos, mais “ecumênica”.

Resgatei essa música e fiz um vídeo homenageando Nelsão. Com fotos interessantes e vídeos de ultrapassagens incríveis dele, ao som do hit de André Bona e Carlos Bona – “Ele é o nosso piloto da F1”.

Enfim, e até 1991 foi acompanhar a carreira brilhante desse piloto inacreditável e ser humano. Nunca encarnou o “herói nacional”. O cara que falava que peidava, arrotava, tirava onda com todo mundo. Um marrento completo. Marrento, autêntico e vascaíno. Era (e ainda é!) o Eurico Miranda de capacete. Acompanhei a F1 durante sua ausência com o mesmo interesse, mas com muita nostalgia, até o dia em que seu filho, Nelsinho, chegou na GP2 e as provas (muito mais alucinantes do que na F1) passavam no Sportv. E assim ele chegou na F1, com uma carreira sólida. Mas o restante todos já sabem. Foi uma tristeza e, hoje, tento acompanhar o garoto na Nascar Truck e vibro com seus resultados. Esse é o lado 1 da história.

O lado 2 da história, paralelo ao lado 1, é o lado Vasco.  Esse aí nem precisa de maiores comentários. Sou Vasco mesmo e acho que o Vasco esbofeteia todo mundo. E tem que ser assim. Simplesmente porque é Vasco e pela sua história. A platinada, e todos os seus tentáculos, é vista como inimiga.

O Vasco vence a CB depois de longo jejum, engata na SULA e no Brasileiro e vem avançando, avançando e avançando.

Voltando ao lado 1, depois da platinada comemorar os 20 anos da conquista do tri de Senna e falar todo santo dia disso, tomo conhecimento que o GP Brasil fará homenagem a Nelson Piquet. Delirante! PORQUE NÃO FOSSE FEITO ISSO, SÓ OS 20 ANOS SERIAM COMEMORADOS!

Semanas de espera. Os abafas da platinada não fazem mais o mesmo efeito. As informações circulam na internet, o carro será o Brabham de 81. Uma beleza!!!

Acordei pela manhã preocupado, pois tinha que fazer uma prova e hoje teríamos a exibição de Nelsão. A prova estava marcada no horário de Brasilia e o asno aqui, recém-morador de um Estado onde não existe horário de verão, perdeu a prova. Por outro lado, melhor: ia dar pra acompanhar tudo.

Vai se aproximando o momento. Abro o twitter e vejo as fotos postadas por Nelsinho Piquet.  Nelsão se vestindo, ao lado do carro e nas voltas que deu mais cedo se preparando para a exibição. Maneiras. Emoção total… Televisão ligada e eu buscando informações na internet, com medo da GLOBO NÃO EXIBIR o fato histórico. E numa chamada no intervalo, ouço a besta-mor falando… corro pra TV e o que vejo??? A BRABHAM 81 RASGANDO NA RETA DOS BOXES, contornado o S do NelSon e vindo para a reta oposta… o carro vai perdendo velocidade… ele vem saudando o público… a câmera vai pra dentro do carro… e o cara aparece… lento, mexendo em alguma coisa: CARAMBA! A BANDEIRA DO VASCO!!!! E ele vai lá, desenrola a bandeira, o som do rádio abre e o cara começa a falar: “e aí Galvão (urubu-rei da platinada) olha a bandeira do Vascão… kkkkkk…” e vai continuando… rindo… zuando… rádio aberto… emoção pura! E o cara rindo… “ih!, kkkk, ihi!” o cara tava zoando geral!!!! Foi como a logo do SBT na camisa de 2000. E alguém pensa que ele e Galvão são amigos? Que nada! Na minha opinião foi mais uma resposta! Ele colocara Reginaldo dentro dessa Brabham minutos antes. Galvão se mordeu na transmissão: “vc entrou nesse carro aí, Reginaldo?” “sim, entrei sim!”…

Eu assisti, atônito, a história toda… esperei a entrevista para Mariana Becker que hesitou em falar o nome do Galvão que, supostamente, teria chorado. Que mentira. Mas tá bom! Tentei gravar na TV. Consegui uma parte, porque me enrolei todo. Ao rever, pus-me aos prantos. A emoção de ver a Brabham já seria suficiente. Nelsão sendo homenageado, uma vitória pessoal minha (por incrível que pareça – era eu quem estava naquele carro!). Mas o cara ainda me tira a bandeira do Vasco. Incrível. E pra finalizar mais do que com chave de ouro, TIRA ONDA COM GALVÃO!!! E SAI RINDO COMO UM MOLEQUE!!!! COM RADIO ABERTO!!! Caramba! Muita emoção. Coisa de Piquet. Coisa de Vasco. Esbofetando todo mundo. Em São Paulo, local do nosso TRI e parte de nosso TETRA e de nossa MERCOSUL.

Virei pro lado e disse para minha mulher: ganhei 10 anos de “esportes”. To amarradão…

E pra finalizar o dia, bem, mais do que cereja, mais do que qualquer coisa, a vitória sobre o Flu, da forma como foi, que com certeza será alvo de outro post por aqui.

Enfim, foi um domingo de Piquet (como nos anos 80) e de Vasco (como nos anos 90). Juntos. Num mesmo momento. Inacreditável! Histórico. Tipo, Copa Mercosul, Brasileiro, Libertadores, tudo junto. As duas maiores paixões de um torcedor juntas, num mesmo momento, num mesmo dia, entrelaçados, contra dois dos “meus” maiores inimigos: “Galvão, platinada e gambá”. Nem sobrou espaço pra mais nada. E assim foi o domingo Vascaíníssimo! Histórico. Mágico!!!

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