Um jogo sulamericano de um time copeiro
November 19th, 2009 | 29 Comments | Filed in Copa Sul-Americana 2009, FluminenseUm jogo sulamericano sem hífen e sem frescura. O chute na pequena área de Fred magistralmente defendido no reflexo pelo excelente Barreto prenunciava que o artilheiro tricolor passaria em branco. E o Surfista teve chances como nunca e a bola não entrava.
O Fluminense jogou em cima no 2º tempo atrás do gol que evitaria as cruéis penalidades para um time que pressionou quase 180 minutos. Mas o futebol pouco se importa com regularidade e vive de momentos, e até os acréscimos da peleja a partida seguia o script dos paraguaios quando Gum que fora enfaixado pelo… er… médico(?) do Fluminense marcou o gol de empate que classificaria o Fluminense para a final da Copa Sulamericana.
Comemoração catimbada para ganhar tempo com direito a cartão amarelo para Alan e Adeilson, ensaio de pressão do Cerro com contra-ataque pegando Barreto de calças curtas no meio de campo e o gol de alívio de Alan terminando o jogo e estancando a porradaria.
A Copa Sulamericana está mostrando a cara romântica da Libertadores de outrora. Enquanto o torneio de elite do continente é jogado à Européia, o espírito copeiro é trazido à tona na competição B. O Cerro Porteño mostrou as armas com pedradas no 1º jogo e punho cerrado no 2º partindo para cima de quem estivesse na frente: gandula, massagista, comissão técnica e Diguinho Baronetti.
Briga que culminou com a expulão de um personagem que não entrou em campo, mas mereceu post exclusivo por sua participação na partida. Partida esta que teve um primeiro tempo descrito por mim da seguinte forma no intervalo:
O começo do jogo, parecia uma inversão da partida do Paraguai com o Traiçoeiro se impondo. Especialmente pouco depois de fazer 1×0, resultado que iguala a parada.
Mas depois, o Fluminense voltou a jogar como em Assunção.
Aliás, no meu entendimento, pela sensação de estar perdendo, acho que o time busca mais o gol. Pressiona que está dando gosto de ver.
Conca tentando gol olímpico, trivela de esquerda de Mariano, sem contar que o time não está com medo de tentar dribles e mesmo deixadas de bola, e vem acertando.
Nada que garanta alguma coisa, pois a sensação foi a mesma em condições parecidas do Traiçoeiro contra o Goiás no Serra Dourada.
Silêncio sepulcral com a saída de Maicon. Eu acho Alan mais jogador, contudo, seria estupidez não reconhecer como Maicon e sua velocidade encaixaram bem no time.
Não será por essa substituição que o volume de jogo tricolor diminuirá (como não diminui), mas as opções devem diminuir, mesmo com maior ganho de presença na área para jogadas pelo meio (como esse fim de tempo mostrou).
Calafrios em pensar no Fluminense eliminado por Cesar Ramires.
Além de Maicon que teve tudo embolado (sic) na coxa, o Tricolor perdeu sua Scania Vagas para o resto do ano com fratura em um dedo no pé.
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- Campeão da Copa do Brasil 2007
- Finalista da Libertadores 2008
- Finalista da Sulamericana 2009
Estaria o Fluminense transformando-se em um time copeiro?
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Madrugaram escrevendo sobre o Fluminense 2×1 Cerro Porteño:
- Jornalheiros – Sangue, Suor e Lágrimas
- Mauro Beting – Enchendo estádios de gente e orgulho
- Rica Perrone – Fantástico Fluzão!
- Flusócio – A incrível saga tricolor
E para os que ainda não entenderam o que a foto de Mauricio e Obina fazem nesse post:
- Larissa Beppler – Imitando o Porco
- Futepoca – Bye, bye Porco
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Alguém sabe quem era o torcedor botafoguense no Maracanã? Gaburah, Rafael Botafoguense, Asimov, Zobaran, Karlitus, Boca-de-Aratéia ou Anderson Paiva?