Adriano, O Poderoso Chefão
October 4th, 2009 | 49 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Flamengo, Fluminense
Se o Fla x Flu Nelsonrodriguiano surgiu 40 minutos antes do nada, o Fla x Flu de hoje começou 45 minutos após o apito inicial.
Futebol mesmo apenas no 2º tempo. O 1º apenas apontava uma tendência, e que de tão fraco, ficará relegado ao limbo dos comentários e será aqui tratado como Anexo. Se aquele troço se repetisse, arrependeria-me amargamente de não ter começado a ver a Trilogia do Poderoso Chefão que ganhei e certamente esse post não sairia.
Futebol no Fla x Flu passou necessariamente pelos pés daquele que mais brilhou em algum momento de sua carreira, Adriano, o que era a solução como identificado ainda no Anexo:
No Fla, o lado esquerdo do ataque ainda é melhorzinho com Everton e Adriano quando cai para lá e meio. Aliás, na bagunça que está, o Fla deveria tentar roubar as bolas na intermediária do Flu (pode arriscar sem medo porque o ataque tricolor está merda) e tocar tudo quanto é bola para o Adriano.
Adriano fez os fois gols da partida, além de causar o fuzuê para um terceiro anulado. Sem contar que foi o centro de gravidade do ataque rubronegro sofrendo marcação frouxa da zaga tricolor.
Ainda sobre o comentário acima, Andrade ajeitou o que faltava pelo lado direito com a entrada de Willians e a saída do vaiado Denis Marques. Antes do lance do 1º gol, Willians já roubara bola de Fábio Neves avoado em campo. Jogada repetida dois minutos depois por Zé Boteco e Fabinho, e que gerou o 1º gol do Imperador.
A atuação de Zé Roberto, também veio referenciada no Anexo:
Por incrível que pareça, a dupla ex-Botafogo não está horrorosa em campo neste jogo horrível.
Diguinho e Zé Boteco até que se apresentam, guardadas limitações, próximos do digno.
Fabinho, pena eu não poder imitá-lo em texto. Mas como pode um jogador que ao dominar a bola apresente desenvoltura e movimentação similares a um boneco do He-Man? Sem comentários.
Se ele rouba qualquer bola, entrega-a com a mesma facilidade e nunca arma rapidamente uma única jogada. E fica fácil entender a posição do Fluminense na tabela, uma vez que não consegue encontrar uma alternativa à esse jogador.
Com mais um entre tantos erros do Boneco do He-Man, outra jogada se formou e em um primoroso lançamento, Léo Moura foi achar Adriano dentro da área tricolor para ampliar a jogada. Digão pode dizer que saiu do Maracanã sem conhecer o Imperador, pois quando ele foi olhar, só viu o camisa 10 rubronegro com mãos para o alto comemorando com sua torcida.
Justiça seja feita a Digão. Zagueiro é como carcereiro, um único erro o leva a desgraça e marca sua atuação na partida, mas no todo, não se apresentou como um jogador bizonho e não precisa ser jogado aos leões.
O que se seguiu ao 2º gol foi apenas o fim de festa em uma rodada proveitosa ao Flamengo e desgraçada ao rival.
- Derrota do Goiás, Internacional (uma espécie de Espanha do futebol brasileiro) e empate em casa do Grêmio animam a Magnética
- Vitórias de Botafogo, Santo André, Coritiba e empate-plus do Sport no Olímpico deixariam o melhor dos marketeiros tricolores de calças curtas para vender este engodo.
Se a festa rubronegro foi misericordiosa com o tricolor em termos numéricos, para os poucos abnegados que prestaram atenção, a vergonha tricolor saltou aos olhos. Simboliza-se a vergonha no substituto de Alan que saira de campo desmaiado em ambulância por disputar a bola sem medir consequencias. Roni mostrava-se em campo como quem torcia para a partida acabar, assim como o resto da equipe. Triste.
Fazendo-se salvar no tricolor, apenas pelo espírito abnegado dentro de campo, Conca e Alan.