Fluminense estreou na Copa do Brasil com um ataque leve: Conca, Thiago Neves, Maicon e Everton Santos.

Pena que Maicon saiu machucado logo no começo, mas nada que fizesse o ataque ficar menos leve. Em seu lugar entrou Tartá.

E no 1º tempo, sempre que conseguiu fugir do estilo de futebol americano imposto pelo Nacional, de avançar algumas jardas entre faltas, o ataque funcionou direitinho, principalmente no lado direito com as enfiadas de Thiago Neves para Everton Santos.

Já o lado esquerdo não foi muito efetivo com Tartá, Conca e Leandro (que aliás não disse a que veio no FFC), talvez inibidos com a presença onipresente de José Wilker pelo lado do violento time adversário, que não satisfeito em bater muito, batia forte anunciando que teria um jogador expulso.

O 2º tempo voltou outro jogo, com o Fluminense sem jogar bola e o Nacional sem bater (querer que jogasse bola também é pedir demais). Modorrento toda vida.

Nem posso dizer que Thiago Neves tenha jogado mal, uma vez que ele nem mesmo pegou na bola até ser substituído, tal qual o tenebroso Conca.

E sem jogar bola (mas sem bater), o Nacional fez até um gol de empate anulado erradamente (e duplamente) pelo bandeirinha.

Uma porque não estava impedido, outra porque em caso de dúvida, sugere-se a marcação pró-ataque.

O Nacional finalmente ficou com um a menos no 2º tempo com a expulsão de um jogador por falta boba e violenta, mas em nada mudou o panorama do 2º tempo.

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Fair-Play para jogador de futebol é só devolver cobrança de lateral

Não tem prática mais vazia do que a chamada de “fair-play” hoje em dia, porque na hora de um prejuízo real ninguém deixa o jogo fluir.

A chuteira de Tartá rasgou e o meia precisaria trocar a mesma perdendo algum tempo, e não é que, curiosamente, Fernando Henrique do nada sentiu qualquer coisa e caiu no chão necessitando que o jogo fosse interrompido para seu atendimento. Dor essa que passou no momento que Tartá estava pronto para entrar em campo novamente.

Na final da Sulamericana do ano passado, Lauro, goleiro do Inter, caiu para deixar passar o tempo e disse ao fim do jogo em entrevista que não sentiu nada, que era apenas para fazer cera.

Fora que já virou protocolo os jogadores do time que está vencendo quando serão substituídos cairem no chão.

O Flamengo conseguiu uma proeza e tanto neste Brasileirão 2008.

Fez com que o time do Atlético-MG parecesse um timaço.

Os 80.000 torcedores imbuidos do espírito festivo de Marcio Braga nas comemorações do Hexa (sic²) assistiram atônitos a um passeio do Galo em pleno Maracanã.

É curioso como as ações contradizem as palavras. Não vi um rubro-negro que não tivesse tacado pedras em seu presidente pela empolgação com o time na busca do Hexa (sic²), mas não fosse essa fé rubro-negra, o que explicaria o motivo dos 80.000 atônitos rubro-negros irem ao Maracanã, sem uma cervejinha durante 2 horas?

Talvez apreciar o futebol de Renan Oliveira que arrebentou. Mas acredito mais na fé pelo Hexa (sic²) compartilhada com seu presidente Marcio Braga, até porque ninguém esperaria tal exibição do Atlético-2008, que finalmente fez alguma coisa que preste no ano do seu Centenário.

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Antes que eu esqueça, eu vi um atônito torcedor reclamando de falta de fair-play por parte do Galo na hora do 2º gol.

Uma coisa que me enche o saco no futebol é esse negócio de fair-play (sic).

Mas não o fair-play em si. Esse deveria ser algo natural e civilizado, mas a instituicioanlização do que se espera de fair-play.

Ao menos para mim, é complicado aceitar que seja praxe que jogadores que estejam vencendo uma partida caiam no chão na iminência de serem substituídos convivam com a palavra fair-play. É complicado mesmo, assumo minha dificuldade.

Mas neste jogo em específico, nem vem ao caso essa discussão, até porque quando o jogo foi parado a bola era do Atlético-MG.

Há algumas semanas, a partida entre Nottingham Forest e Leicester foi interrompida por um problema cardíaco (mais um) de um atleta do Leicester, p zagueiro Clive Clarke.

Àquela altura, o jogo estava 1×0 para o Nottingham e o jogo foi encerrado.

A partida foi remarcada e começou do zero. Porém, o Leicester resolveu oferecer um gol ao Nottingham devido à magnífica reação do Nottingham Forest ao caso de Clarke.

20 minutos antes de se iniciar a partida, o Leicester avisou ao Nottinhham de sua intenção, que ocorreu com o gol marcado pelo goleiro no início da partida.

Com a bola rolando, o Leicester virou e ganhou o jogo por 3×2.

Se Coelho fosse do Leicester, ele dava um carrinho no goleiro.