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Posts Tagged ‘Fábio’

Victoria Quæ Sera Tamen

April 28th, 2011 | 25 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

Demorou. 72 minutos, aproximadamente. 72 minutos de uma certa apreensão, ainda que o Cruzeiro fosse melhor, do ponto de vista técnico, do que o Once Caldas. O time trocava passes e dominava as ações, mas por não traduzir isso em gol no 1º tempo e pelo tradicional perigo do CRIME acontecer com os melhores times de La Copa, a necessidade de um gol que desse tranquilidade era grande. Até porque um time que tem o mítico Rentería (e seu indefectível Ruque-Raque) no comando de ataque não pode ser menosprezado.

Mas se tem algo que esse Cruzeiro tem é competência. Ainda que não tenha se provado um time efetivamente vencedor (até porque não ganhou nenhum campeonato e poucos se lembram dos que não são campeões), o time de Cuca tem se especializado em não perdoar os adversários fazendo valer, no fim, a sua superioridade.

Cheguei no bar pra ver a peleja e já fui brindado com um pelotásso no travessão por parte do Once Caldas. Tremi. Mas à medida que ia me embebedando (e talvez em função disso) comecei a acreditar que o jogo era do Cruzeiro. Fábio, como sempre, salvava. A zaga se postou bem e o meio-campo passou a funcionar. Não na mesma medida dos jogos anteriores, mas esperar facilidade sempre é demais também. E é bom que abre os olhos.

Mas o tempo passava, às vezes o Once Caldas assustava e a possibilidade de um gol no fim do jogo que complicaria as coisas pesava. Cuca voltou pro 2º tempo com Everton no lugar de Roger, que parece ter sentido a altitude de Manizales. Além disso, trocou o estreante Brandão pelo sempre brigador Ortigoza. As substituições, principalmente a última, fizeram efeito. Em boa jogada de Walter, el Caballero, Montillo, Ortigoza foi lançado na ponta esquerda e cruzou na medida pro Iluminado Wallyson guardar o seu. Cruzeiro 1×0 e sensação de alívio.

Onde está o Wally?

Onde está o Wally?

 

Sensação que aumentou quando, já aos 39 minutos, Ortigoza apareceu por trás da zaga e, com um leve toque sobre o goleiro, aumento pra 2×0 a vantagem dos comedores-de-pão-de-queijo. Nesse momento eu já tava bêbado e satisfeito com os gols e com o brochete que enchia a mesa. Pra não parecer muito fácil, Rentería cruzou para Nuñes diminuir perto dos 45 minutos. Mas o estrago já estava feito.

O Cruzeiro, mais uma vez, facilita sua própria vida ao ganhar bem os dois primeiros jogos dos mata-matas que disputou. Ainda que não se possa dizer que os times sejam essa Coca-Cola toda, não se pode dar mole pro azar. Os azuis se tornaram, inclusive, o primeiro time brasileiro a ganhar do Once Caldas na Colômbia. E foi uma vitória importante. Quarta que vem tem mais.

Ps.: Leandro Guerreiro me deu medo ontem. E Victorino foi soberano, mais uma vez!

*****

Acá, los goles!

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O que tem o Cruzeiro pra Libertadores

February 16th, 2011 | 240 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2011

O time Azul chega pra sua 4º Libertadores seguida após queda nas oitavas-de-final em 2008, um vice-campeonato em 2009 e queda nas quartas-de-final em 2010. Em 2008, não houve surpresa de forma geral, em 2009 a boa campanha deu status de grande time à base formada por A.B. e em 2010, o time que era favorito caiu pros dois melhores jogos do São Paulo na temporada. Para 2011 o Cruzeiro mantém a base, finalmente tem um camisa 10 que pode decidir e algumas deficiências preocupantes.

Aonde o pão-de-queijo tem mais sabor:

  • O melhor meio-de-campo do Brasil: Nenhum outro time brasileiro tem tantas opções e um meio-de-campo tão bem entrosado quanto o Cruzeiro. Além da trinca de volantes, que foi deixada de lado enquanto Marquinhos Paraná e Fabrício se recuperam de lesão, existe Walter Montillo. Henrique também vem se destacando desde 2009. Se jogar com 2 armadores, o time conta com Gilberto ou Roger para dividir as atenções na criação. Se não, ainda tem Leandro Guerreiro e o polivalente Éverton que podem substituir bem os volantes titulares. Sem falar na promessa de Dudu, que fez boa temporada pelo Coritiba em 2010 e, quando entrou no Cruzeiro esse ano, correspondeu bem.
  • O goleiro da competição: Fábio tem sido São Fábio já há muito tempo. Melhor goleiro do Brasil na temporada passada, muito dos sucessos do Cruzeiro se devem à regularidade com que o guardião das metas azuis tem jogado desde o fatídico gol de costas. O Santo da camisa 1 azul-estrelada passa tranquilidade pro time, pra torcida e pro técnico. Pode ser o diferencial.
  • Sistema defensivo de respeito: Léo é um bom zagueiro e Victorino, até onde sei, é um grande xerife. Além disso, o Cruzeiro possui embaixo das traves, São Fábio. Com os volantes dando proteção, o Cruzeiro teve, ainda que contando com Gil e Edcarlos ano passado, a 2ª defesa menos vazada do Brasileiro. Com Léo e Victorino, a tendência é melhorar ainda mais.
  • Entrosamento, experiência e camisa: Sim, senhores, são três elementos fundamentais para se conquistar a América. Principalmente, os dois primeiros. A base do time vai pra 4ª temporada junta e passou por uma série de provações em todas Libertadores que disputou. Além disso, times de menor expressão tendem a enfrentar o Cruzeiro com maior respeito do que outros brasileiros nem tão conhecidos no exterior (alô, Corinthians, aquele abraço). O mesmo acontece com Grêmio e Santos, principalmente. É o tipo de situação que, ainda que subjetiva, dá mais ânimo e tranquilidade pros jogadores.
P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

P*** Que Pariu! É o melhor goleiro do Brasil!

Aonde se pode temperar ainda mais:

  • Arena do Jacaré e Torcida: A torcida do Cruzeiro compra o boi do time, como era de se esperar, quando o assunto é Libertadores. O Mineirão, apesar de ser, tradicionalmente, a casa do Cruzeiro, não tinha o aspecto de Alçapão. Os 20 mil malucos (eu, incluso) que devem comparecer aos jogos do time na Libertadores são os mesmos que vão em todos os jogos. Se no Mineirão, que comporta públicos de 65 mil pessoas, essa cambada pode não fazer diferença, na Arena, se usada a favor do Cruzeiro, pode criar um clima muito hostil ao adversário, principalmente nas horas de pressão. O problema é que a torcida azul não tem o perfil de apoiar incansavelmente. Se alguma coisinha dá errado, o caldo pode desandar pro lado que devia ser apoiado. O Estádio, por sua vez, é longe de BH, mas o campo é do tamanho do Mineirão e o gramado está em perfeitas condições. Não existe motivo pra reclamação nesse ponto.
  • Ataque: A situação do ataque titular do Cruzeiro já foi melhor. T. Ribeiro é esforçado e tem uma importante função tática, mas falta habilidade pra ser um bom ponteiro. Dabliupê (o famoso W. Parede) não sabe jogar bola. Até faz seus gols, mas é peça nula quando o assunto é dominar, tranquilizar, tocar a bola. O “Parede” não é a toa e o 9 azul, pra piorar, anda sem sorte. O Cruzeiro está à caça de um camisa 9 de respeito, algo como Fred, por exemplo. Mas pra primeira fase, não vai poder contar com o mesmo. E ir à caça é muito diferente de caçar. Ortigoza, Farías e Wallyson ainda precisam mostrar futebol e não são jogadores que podem mudar, num primeiro momento, o perfil de uma partida.
China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

China Azul + Arena do Jacaré: dá pra fazer um inferno.

Aonde o caldo pode desandar:

  • Cuca: O técnico do Cruzeiro é uma figura complicada. Depois da rusga entre Gilberto e Roger, onde o chefe da casa-mata comprou a briga do meia-lateral e deixou o Chinelinho de lado, Cuca aprontou mais uma. Depois do clássico, praticamente deu uma de Renato Gaúcho e mandou a culpa “nas principais peças”. Ainda que tenha sido, de fato, culpa dos melhores jogadores que se omitiram, Cuca deveria contemporizar, até porque sua fama, nesse ponto não é das melhores. Na hora de passar tranquilidade, o comandante pode se dar mal e prejudicar o time todo.
  • Lateral-esquerdo: Diego Renan tem sido consistente em não ser um jogador que faz diferença em momentos de tensão. É um bom lateral-esquerdo ambidestro, mas, com um pouquinho de boa-vontade, caberia um jogador melhor naquele lado do campo. O Cruzeiro já foi vice com Gérson Magrão (!), mas foi vice exatamente com duas bolas nas costas desse lateral. E Diego Renan também não prima pela absoluta marcação. Seria interessante ter mais opções naquele setor.
Dá pra confiar, chefia?

Dá pra confiar, chefia?

Aonde o bolo de fubá acabou:

  • Lateral-direita: Essa não existe no Cruzeiro. E não existem boas opções de mercado. O Cruzeiro, ao que tudo indica, vai penar com Rômulo e Pablo durante toda a primeira fase, a não ser que Cuca tire um coelho da cartola e faça ajustes com as peças que já tem. Rômulo, o senhor piada, é triste. Pablo, que fez um grande jogo contra o Galo no último clássico, marca muito bem, mas é ineficiente no apoio. Pra quem contava com Jonathan, é digno de desespero. O jogo do Cruzeiro passa muito pelas laterais e não ter um bom jogador pela direita é extremamente preocupante.
  • Ataque fortíssimo: É outra coisa que o Cruzeiro não vai ter. Com sorte, será contratado um goleador pra vir e assumir a camisa 9 azul sem discussão, mas um ataque forte com bons reservas é praticamente impossível. Resta se contentar com o esforço de T. Ribeiro, a velocidade de Wallyson e com os brigadores Farías e Ortigoza. W. Parede? Bom, melhor deixar pra lá.
No quesito "Dancinha", nota 6.

No quesito "Dancinha", nota 6.

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Sinceramente, não sei!

May 10th, 2009 | 53 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, Flamengo

Hoje vou ter que pedir desculpas pra vocês. Primeiro porque pensei em 30 títulos diferentes no caminho do Mineirão pra casa e não consegui achar um que sintetizasse tão bem o que eu tô sentindo.

Além disso, porque não vou escrever com uma visão mais imparcial possível do jogo que tive a sorte de acompanhar in loco no Gigante da Pampulha no primeiro dia das mães que passei distante de Dona Maria, a atleticana mais cruzeirense que conheço.

Hoje eu vou ser torcedor ao máximo. Porque o que vi, LITERALMENTE, hoje foi dos jogos mais emocionantes que tive oportunidade de presenciar.

O jogo prometia muito, com o Cruzeiro quase abrindo o placar duas vezes com Kléber e o ataque do Flamengo cansando de errar gols. Mas logo aos 16 minutos, Paulo César de Oliveira marca um pênalti cometido por Jancarlos ao cortar a bola com a mão dentro da área. *Sinceramente, não vi o lance ainda. Mas foi aí que tudo começou. Jancarlos, ele de novo, expulso e pênalti para Juan. Fábio na meta. O chute e explosão da torcida azul, uma cabeçada e delírio total no Mineirão. Fábio, com duas defesas milagrosas, acabara de quase me matar do coração. E incendiara a China Azul.

Fábio, o dono do jogo e maior responsável pelos primeiros 3 pontos.

Fábio, o dono do jogo e maior responsável pelos primeiros 3 pontos.

Jogo vai, jogo vem, e, aos 30 minutos, num contra-ataque muito bem armado por Kléber, pênalti em Wagner que, depois de um corte desmoralizante em Welington, foi derrubado e puxado. Kléber parte pra bola, Bruno, que pegou 3 na final do Carioca/09, na meta. Chute e EXPLOSÃO da China Azul de novo! 1×0 Cruzeiro. E o suplício continuava.

Kléber me fazendo pular igual criança quando ganha videogame novo.

Kléber me fazendo pular igual criança quando ganha videogame novo.

Em uma atuação catastrófica, pelo menos ao meu ver, Paulo César de Oliveira **fodia com o cu do palhaço (se equivocava) toda hora. Era falta para o Flamengo pra cá, porrada no Kléber e nada marcado pra lá, falta no Cruzeiro não marcada alhures (respeite meu português, PASQUALE) e o Flamengo só pressionando, buscando o gol, criando jogadas principalmente com Léo Moura, Ibson e Juan, mas parando em Emerson e depois em Josiel. E eu quase morrendo do coração, xingando a mãe do juiz no dia dela, rezando pra minha me perdoar por não estar lá, com dó de uma amiga que não tinha ido para a primeira vez no Mineirão porque não conseguiu carona, enfim, EU TAVA LÁ QUASE PARINDO GÊMEOS CABEÇUDOS.

Segundo tempo e mesma coisinha, mas com um detalhe. Um golpe de mestre, ao meu ver. Meu pai diz que os gênios e os loucos só são diferenciados pelo resultado das suas ações. Foi assim que aconteceu: Adílson já tinha sacado T. Ribeiro para recompor a zaga, ficando apenas com Kléber. Depois, sacou Kléber para entrar com o volante Elicarlos e segurar o meio-de-campo do Flamengo. E aí que entra o golpe: todo mundo sabe das qualidades do Ramires, o pernalonga azul, mas poucos sabem que ele, vez ou outra, atua como um falso atacante. Vendo que o Cruzeiro não tinha atacantes de ofício, Cuca sacou Aírton e entrou com Erick Flores pra buscar o resultado, deixando a defesa um pouco mais desguarnecida.

Ramires um pouco antes de me deixar sem reação!

Ramires um pouco antes de me deixar sem reação!

Eu já tinha avisado depois do jogo contra o Galo: atacar o Cruzeiro, no Mineirão, e não tomar muito cuidado com o contra-ataque, é quase suicídio. Athirson quase provou minha teoria, mas RAMIRES, num GOLAÇO, daqueles de mostrar ao Mundo que ele pode ser o 2º volante titular da seleção fácil, fácil, acabara de estampar um sorriso na minha cara do tamanho do meu amor por minha mãezinha e do tamanho do meu amor pelo meu time. Ali, meu amigo, na hora que aquela bola entrou devagarinho no gol de Bruno, depois que eu gritei um monte pra torcida do Flamengo, depois de toda provação dos 85 minutos anteriores, eu fiquei sem reação. Só olhava o camisa 8 comemorando igual um louco e a China Azul pulando igual feijão mexicano em frigideira fervendo e sabia que tinha assistido uma das partidas das quais meus netos ouvirão falar, nem que seja só por mim mesmo. Uma vitória pra juntar mais o time e a torcida para o ano difícil que vem. Uma vitória pra dar esperança pra todos os cruzeirenses de que mais de um título é possível esse ano. Uma vitória pra mostrar a força, a raça e a categoria que esse time do Cruzeiro tem, principalmente nos seus domínios. Pra me fazer ter certeza de que quem não gosta de futebol é mais louco do que o mais louco por futebol. E uma vitória pra me perdoar por estar feliz de não ter conseguido passar o dia das mães com a pessoa que mais amo no Mundo, mas por ter passado com a instituição que mais amo no Mundo.

Nota positiva para a torcida do Flamengo que compareceu de forma assustadora novamente e para a forma como as duas torcidas se comportam fora do estádio. Devia ser a regra, mas é legal quando pessoas de times diferentes andam juntas antes e depois do jogo e não ocorre nenhum problema.

Nota negativa para o Paulo César de Oliveira. Vai prejudicar time assim lá em São Paulo, PORRA!

Mãe, te amo!!! E um beijo pra todas mães do Blá Blá Gol!

Os gols e uma visão mais jornalística da peleja, aqui.

Saudações de um torcedor Azul extasiado!

Atualização – 21:56h:
*Vi o lance do pênalti para o Flamengo. Existiu realmente.
**Editado por Lincoln

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Um dia eu torço para o Goiás

August 22nd, 2007 | 8 Comments | Filed in Fluminense

flu-de-cabeca-para-baixo.jpgAo ver os gols do Brasil contra a Coréia do Norte no Mundial Sub-17, ouvi que uma penca de gols foram feitos por dois jogadores do Fluminense. Fábio (lateral esquerdo) e Maicon (atacante).

Não faço a menor idéia de como estejam jogadores sub-17. Nem do Brasil, muito menos da Coréia do Norte.

Mas saber que em uma Seleção de base tem jogadores do time que torço como titulares é animador (ainda tem o lateral direito Rafael, irmão gêmeo de Fábio).

Seria animador, se o melhor deles algum dia jogasse pelo meu time, nem que fosse por um pouco menos de 1 ano como Alexandre Pato pelo Internacional.

Mas lendo no Blog de Lédio Carmona, que viu o jogo e elogia Fábio, volta todo o desânimo em saber que possivelmente o jogador não vestirá à vera a camisa tricolor. O jogador, assim como o irmão, já está negociado há um ano com o Manchester United.

Desanima torcer para o time. Parece que estou torcendo para uma empresa compromissada apenas com ganância imediata que resulta no enchimento de bolsos de quem efetua o negócio e ponto. Não parece haver uma instituição forte para se sobrepor a interesses pessoais dos dirigentes de plantão.

Dá vontade de torcer para o Goiás. Não que tal coisa não deva acontecer por lá. A vantagem é que eu não ia ficar sabendo.

PlayPlay

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Muito bom!

May 2nd, 2007 | 7 Comments | Filed in Futebol

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