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O que tem o Grêmio para a Libertadores

February 16th, 2011 | 21 Comments | Filed in Grêmio, Libertadores 2011

Por Paulo Sanchotene, Mundo Esportivo – Clássicos – Gre-Nal

Por que ter esperanças?

Estádio Olímpico: O Olímpico, em si, como a grande maioria dos grandees estádios brasileiros, é absolutamente neutro. A diferença não é o efeito que causa no adversário, mas no próprio time do Grêmio. Os jogadores passam a achar que podem ganhar de qualquer um. E naquele típico “dilema Tostines”, fica difícil saber se é o time que levanta a torcida, ou se é a torcida que carrega o time. Mas os dois juntos vão no embalo, e é dificil segurar. Ademais, o estádio estará lotado.

O que pode impulsionar o Grêmio

Mentalidade: O grupo está embebido em Renato. Isso significa que “‘tá todo mundo se achando”! Esqueceram de avisar os jogadores do Grêmio que eles são ruins, que o elenco é limitado, que eles estão abaixo do nível dos times realmente favoritos para a Copa. Eles têm a mais absoluta certeza que nasceram para serem campeões da América, que são imortais e que a camisa do Grêmio é “feiticeira”. E farão de tudo para mostrar ao Mundo que certos estão eles.

Fase de Grupos: O sorteio foi muito favorável ao Grêmio. Não que os adversários sejam aquele “mamão-com-açucar”, será difícil jogar fora seja em Huánuco (o mais fraco dos oponentes), em Santa Cruz de la Sierra (caldeirão, torcida apaixonada) e em Barranquilla (longe, quente e úmido), mas poderia ter sido muito pior. Uma boa campanha nessa fase pode aumentar ainda mais o moral do grupo para o resto da Copa.

Gabriel: joga muito esse nosso lateral-direito. É o jogador mais constante do time, temn forte chegada à frente e não compromete defensivamente.

Victor: goleiro de Seleção brasileira. É frio, seguro, falha pouco e faz milagres de vez em quanto. Na meta, o Grêmio está muito bem servido.

As apostas

Ataque: Sem Jonas, a certeza de um setor ofensivo eficiente fica abalada. Não se sabe se Borges e André Lima podem jogar juntos, e os reservas andam abaixo do que jogaram em 2010. As chegadas de C. Alberto e D. Escudero de forma alguma trazem confiança imediata. Há chances de o setor ofensivo funcionar, mas não há nenhum sinal concreto de que isso ocorra.

Douglas: O Grêmio depende dele. Não há reserva à sua altura, e ele, apesar de ser muito bom jogador, é daqueles “craques” que desaparecem nos jogos ou durante a temporada. Numa competição em que uma partida pode decidir tudo, isso é muito pouco.

O que pode emperrar o Grêmio

Renato: Confesso que não vejo nele um treinador ainda pronto. Apesar de ex-jogador e rodado, ele ainda parece não ter todas as credenciais para ser um grande treinador. Fez um excelente e inacreditável trabalho quando chegou no Grêmio no ano passado, mas parece ter dificuldade em lidar com a diretoria e em arrumar a bola parada (tanto ofensiva quanto defensiva). Se mostrar crescimento profissional, aumentam as chances do Grêmio.

Setor Defensivo: Chegou Rodolfo, que parece ser melhor do que os jogadores que estão aí.  O problema é a dificuldade em encontrar-lhe um colega no miolo-de-zaga, já que nem Paulão, nem Vílson reproduzem o futebol do final do ano passado. Ademais, a marcação na meia-cancha ainda não se reencaixou, prejudicando a defesa. Se o Grêmio voltar a se defender como no segundo turno do Brasileiro, o time crescerá junto com a defesa.

Por que se desesperar?

Bagunça Administrativa: A atual direção para um pouco um tanto sem rumo. E quando não se encontra firmeza na diretoria, se algo sair dos trilhos é difícil evitar o descarrilamento. A direção de futebol pode levar o time ao abismo junto com ela, se as coisas não começarem a se acertar na parte de cima da hierarquia. A impressão é que o pior já passou, mas com as decisões da Taça Piratini a caminho, em que nenhum tropeço é admissível, o bolo pode desandar novamente. E agora pode ser de vez…

Lateral-Esquerda
: Na direita, está tudo certo. Já do outro lado… Não que se sinta saudades do Fábio Santos, porque não se sente, mas o fato é que dos quatro laterais-esquerdos da relação (Gílson, Collaço, Neuton e Lúcio) nenhum transparece ser a solução para o setor. Aliás, o fato de ter quatro jogadores listados na posição (se bem que Neuton e Lúcio são polivalentes) já demonstra o quanto há dúvida nessa questão.

Bola Aérea
: Sempre que cruzam alta a bola na área é um “deoznozakuda”; seja em bola parada ou lance construído de jogo. E não há sinais de que vá melhorar logo.

T.R.G.: A Torcida Raivosa Gremista (apelido carinhoso da Social) vem dando sinais de que o reinado da Geral está para acabar. Importaram um estoque considerável de vuvuzelas da África do Sul, e tocam a corneta sem menor pudor ou critério. Considerando que as forças do Grêmio são justamente a mentalidade e o “fator casa”, os corneteiros podem colocar o campeonato no lixo.

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Grêmio abreviou o sofrimento do Fluminense

May 6th, 2010 | 27 Comments | Filed in Copa do Brasil 2010, Fluminense, Grêmio

A temporada 2009/2010 de futebol no Brasil vai chegando ao fim (como aliás, em todo o Globo). Uma pena que pela presença impactante da TV aberta no futebol tupiniquim, o fillet não possa ser apreciado por completo.

Ao mesmo tempo que o Cruzeiro passeava no Uruguai, Santos fazia suas tabelas de letra na Vila Belmiro e o Flamengo eliminava os velhinhos no Pacaembu, eu pragmaticamente acompanhava a anunciada eliminação do Fluminense para o Grêmio no Olímpico, uma vez que antes do adjetivo sensato, há o substantivo torcedor.

No primeiro tempo, sem dar nenhum alento que conseguiria alguma coisa, o Fluminense ainda jogou de igual para igual contra o adversário de uma forma bizarra. A partida não era monótona, mas tampouco parecia uma partida de futebol. Pelo menos uma entre profissionais de 1ª divisão do Brasil. A contenda parecia uma rasgada disputa entre alunos do 2º grau jogada com gente demais em uma pequena cancha. As jogadas mais agudas saiam dos tiros de meta cobrados pelos goleiros.

Bem ou mal, a ideia não era de todo ruim. Ficou parecendo um acordo de cavalheiros. O Fluminense não levava uma sova, o Grêmio não tomava sustos e ninguém acusaria outrém de falta de vontade.

Infelizmente, Adoniran Barbosa gostou do estratagema e continuou mantendo o time na inócua correria peladeira pelo 2º tempo. Tanto que na primeira subsituição, colocou Willians em campo ao invés de Equi Gonzales, jogador que poderia cadenciar a partida e mesmo expondo o time carioca, mudar a prosa da partida.

O símbolo a ser repelido

Duvido que efetivamente melhorasse alguma coisa, mas não ficaria a certeza de uma derrota, ou na melhor das hipóteses, uma não-vitória. Marquinho com sua postura peladeira simbolizam como ninguém as atuações do Fluminense contra o Grêmio. Foi o meia-lateral-esquerdo a melhor figura do Fluminense nos confrontos, o que intuitivamente indica que tais partidas não servem como amostra do que virá por aí em 2010 (não quero nem pensar na hipótese oposta).

Douglas tomou conta do meio-campo nas duas partidas e ocasionalmente destacava-se na correria que acabou mensurado pelos resultados. O Grêmio saiu no lucro na substituição de Tcheco por Douglas.

Se bem que eu também lucrei. Com a série  sacramentada por volta de 20 do 2º tempo e nada mais me prendendo ao duelo mais desigual e menos emocionante das quartas da Copa do Brasil, ainda deu tempo de zapear pelo sofrimento alheio na TV e exercer a eterna arte da secação.

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Com todas as partidas no mesmo dia para quem curte futebol poder ver o mínimo de jogos decisivos possíveis, as demais quartas-de-finais da Copa do Brasil acabaram com:

Carinho na Vila Belmiro

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