Acabou-se a Era Diguinho
July 31st, 2013 | 16 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2013, FluminenseNada poderia simbolizar mais os 26 meses de Mr. Braga à frente do Fluminense que sua invariável predileção pela entrada de Diguinho para segurar o resultado ao final das partidas na campanha vencedora de 2012. Predileção que culminou com a renovação de contrato do bancário para o ocaso Abeliano em 2013. 26 meses, entretanto, especialmente com alguns títulos no pacote, apresentam um pouco mais de eventos além da prosaica substituição de praxe capaz de enlouquecer até adversários. Abel foi o treinador aguardado por alguns meses após a saída de Muricy Ramalho e seguidas negativas de treinadores com visão limitada de futuro próximo, cagando-se solenemente para a Libertadores em disputa ao firmar o interino Enderson Moreira na interinidade durante a disputa.
Ainda que os resultados de 3 pontos no 1º turno do Brasileiro de 2011 não chegassem, o Fluminense de Abel jogava de freio de mão puxado e quando tomava seu gol corria atrás do empate mostrando potencial de bom jogo. Esse potencial transformou-se em realidade quando pelos jogos inteiros o Fluminense se mostrava um time pleno arrancando para uma 3ª colocação, disputando ao menos na matemática título até as últimas rodadas. Abel pegara um grupo campeão em frangalhos e recolocaria-o na condição de favorito e com bom futebol, acumulando créditos para fazer o que bem entendesse em 2012.
Crédito que foi usado para a efetivação de Wellington Nem colocando-se Rafael Sóbis sentadinho no banco de reservas e um esquema de tirar do sério os oitentaedoisistas de plantão. O Fluminense de Cavallieri jogando por uma bola só de Wellington Nem para Fred campeonou lindamente os Pontos Corridos de 2012 esmagando a antecedência e dando-se ao luxo de não vencer os segundos e terceiros colocados. A Era Diguinho conhecia seu esplendor.
A postura de Abel na saída não foi em nada diferente da entrada e convivência. Sem subserviência, Abel trata jogadores, torcida, adversários e o futebol em geral com grandeza e conseguiu até mesmo colocar em dúvida os corneteiros habituais sobre os benefícios de sua saída. Do Fluminense, deixa o time com os títulos de Campeão Carioca 2012 e Brasileiro 2012, vendas de Thiago Neves e Wellington Nem, propostas para Carlinhos e Samuel, 3 Selecionáveis Cavallieri, Jean e Fred, Rafael Sóbis com futebol pleno e um time pronto nas mãos do sucessor Vanderlei Luxemburgo.
E como não poderia deixar de ser, encerrou sua passagem colocando em campo no 2º tempo de sua última partida… Diguinho.