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Posts Tagged ‘Cruzeiro’

Everton Ribeiro

November 18th, 2013 | 39 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2013, Cruzeiro

Reza a lenda que Everton Ribeiro é o craque do Campeonato Brasileiro 2013. Não vi jogar e se vi, não lembro de nada marcante para destacar. Não fosse qualquer coisa no Cartola e um golaço sobre o Flamengo pela Copa do Brasil passaria em branco o nome, inclusive.

Não me orgulho da ignorância e abomino a desinformação como pauta, contudo é de se observar que dificilmente o craque de um campeonato em playoffs passasse despercebido pelo meu grau de militância no campeonato, ainda que o viés de escolha pendesse excessivamente às fases finais.

O meu grau de militância no campeonato é do sujeito que acompanha seu time, mas acompanharia como sempre fez os jogos efetivamente decisivos dos demais desde que isso não fosse um gasto de energia absurdo. Meu perfil é o mesmo confesso da maioria com quem convivo e o oculto dos Juquistas. É o perfil para quem o futebol está privilegiando com os pacotes sócio-torcedor.

Se eu tiver vontade de acompanhar a Libertadores do ano que vem (uma incógnita uma vez que meu time não participará o que gera um estímulo extra) pode ser que eu desfrute do prazer que Jorge Santana e demais cruzeirenses desfrutaram em 2013 nos escondidos jogos em Pontos Corridos interessantes apenas para as torcidas dos respectivos times.

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Obrigado e Parabéns!

November 14th, 2013 | 24 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2013, Campeonato Mineiro 2013, Cruzeiro

Eu nasci Cruzeirense. Sempre me vi assim. Aos sábados e domingos de manhã, desde os 2 anos de idade, ele me levava ao Clube e, à tarde, aos jogos. Foi algo tão natural que, guri que era, eu pensei que só existia o Cruzeiro. Não entrava na minha cabeça alguém não torcer pro Cruzeiro. Não existia outro time. E meu pai era meu herói, me mostrou isso e nunca me deixaria ver de outra forma. Eu estava errado.

*****

Dia 3 de fevereiro de 2013. Cruzeiro x Galo. Reinauguração do Gigante da Pampulha. O Cruzeiro vence por 2×1, gols de Marcos Rocha, contra, e Dagoberto. Fim de jogo, eu ligo pro meu pai. 2 vezes não sou atendido. Na terceira, com a voz um tanto quanto embargada (no momento, pensei que pela emoção), meu pai me felicita e diz que foi um jogão. Que o Cruzeiro tinha futuro em 2013. Eu desligo. Feliz. Por saber que ele está feliz também.

Dia 4 de fevereiro. Recebo uma ligação logo cedo. Minha mãe me avisa que meu pai foi hospitalizado. Sozinho em casa naquele 3 de fevereiro, ele passou mal, perdeu o equilíbrio e não conseguiu se mexer por aproximadamente 5 horas. Só se mexeu pra atender minha ligação. E, me vendo feliz, não quis me deixar preocupado. Talvez.

Dia 15 de fevereiro. Por falência múltipla dos órgãos meu pai falece. Sem me deixar nenhum bem material. Só um sentimento de frustração por não ter entendido a importância daquela internação. Por ter pensado que, forte como só os nossos pais nos parecem, ele passaria incólume por aquele período. E que comemoraria mais jogos do Cruzeiro comigo. Não consegui me despedir. Quando cheguei, meu pai já não podia mais falar e, segundo os médicos, não entenderia o que eu falasse. Frustração. E saudade. Foi o que me sobrou. E um escapulário dele que minha mãe me deu.

16 de fevereiro. Meu pai é velado e enterrado. Leva consigo a bandeira do Cruzeiro que eu tinha. A única. Como meu único pai. Não faria sentido ficar com ela sem ele. Foi ele quem me transmitiu aquele amor. Pra que continuar depois? Desnecessário.

E logo no primeiro jogo sem ele, o Cruzeiro empata com o Guarani de Divinópolis, em 17 de fevereiro. Meu ano não seria bom. Eu tinha certeza disso. Eu estava errado.

O Galo, com méritos, foi campeão da Libertadores e do Mineiro. E eu vi um grande amigo, em uma foto fenomenal, comemorando com seu pai em um abraço dos mais emocionantes. E eu me sentia desolado. Como pode o futebol fazer isso com uma pessoa? Por que tudo acontece ao mesmo tempo? Por que eu não poderia mais ter aquele abraço?

Eu deveria saber que meu melhor amigo, aquele de todas as horas mesmo, desde que me entendo por gente, não me abandonaria. Mas eu não sabia. Eu estava errado.

O Cruzeiro começa a vencer. Claudicante no começo, sofrendo com a dupla Diego Souza/Éverton Ribeiro. Mas vencendo. Eu ainda me sentia mal, mas o Cruzeiro me abraçou. E eu abracei o clube, como se nada mais restasse. Nada mais havia. Só eu e Ele. E meu pai vendo de cima, espero.

E o time tomou forma. Eu tinha certeza que era por mim. Que os caras sabiam do meu sofrimento e pensaram: “Não podemos deixar o Matheus desse jeito, o ano dele tem que ser bom de alguma forma”. Mas, mesmo com o gol mais bonito que vi in loco, uma pintura de Éverton Ribeiro, uma chance se foi. No lance da pintura do camisa 17, meu escapulário arrebentou pela primeira vez, dentro do Mineirão. Desesperei por não encontra-lo e pedi pro meu pai não me abandonar de novo. Pouco depois achei jogado embaixo de uma das cadeiras. Mas o Cruzeiro foi eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil. Restava o Brasileiro.

O time tomou fôlego e foi. E eu fui junto. Em todos os jogos do Cruzeiro no Mineirão, eu lá estava. Aquele título era pra mim, eu sabia, como não poderia vê-lo acontecer? E acreditei. Eu sabia. Esse texto já estava pronto desde muito tempo. Porque eu sabia, algo me dizia. Seedorf errando pênalti? Bola na trave de Barcos? Golpes de sorte contra o Goiás fora de casa? Eu não acreditava. Eu tinha certeza. Era pra acontecer. Eu estava certo.

Contra o Botafogo, meu escapulário arrebentou mais uma vez. E eu pedi novamente pro meu pai não ir embora. E um amigo meu encontrou. Alguns minutos depois, gol do Cruzeiro. E outro. E eu chorava. Faltavam 15 rodadas, mas eu já chorava por não poder abraçar meu pai no título. Meu amigo talvez não tenha entendido. Disse que era cedo pra chorar. Mas ali tudo se confirmou.

E hoje, 14 de novembro de 2013, 8 meses depois do falecimento do meu pai, 8 dias após seu aniversário, o Cruzeiro conquista seu terceiro título Brasileiro, seu sétimo título nacional. E eu estou feliz. Porque eu sei que meu pai está feliz. Não preciso gritar “TRICAMPEÃO!”, não preciso ficar bêbado, não preciso sair quebrando tudo por BH, não preciso gritar “CHUPA, GALO! CHUPA, KALIL!”.

Eu só preciso agradecer e parabenizar. Obrigado pai, por me fazer Cruzeirense. Obrigado Cruzeiro, por me fazer feliz. Parabéns pra nós todos por sermos três vezes campeões brasileiros!

Cruzeiro Campeão!

Cruzeiro Campeão!

Ps. 1: Eu gostaria de agradecer a todo o time, pessoalmente, um dia. Os caras não sabem o bem que fizeram a esse torcedor. Fábio, Dedé, Bruno Rodrigo, Egídio, Ceará, Mayke, NILTON, Lucas Silva, Henrique, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Borges, Dagoberto, William, Élber, Vinícius Araújo, Luan, JÚLIO BAPTISTA…todos. Muito obrigado! Marcelo Oliveira, pra mim, já é ídolo Cruzeirense. E também agradecer aos parceiros de todos os jogos da Sociedade Cruzeirense.

Ps. 2: #GilvanEterno e #AlenxandreMittos

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Cruzeiro Campeão Brasileiro 2013

November 11th, 2013 | 12 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2013, Cruzeiro, Números

Eu entendo de Matemática. Talvez não a ponto de ser um virtuose, porém entendo mais que você. Claro que a informação que entendo matemática mais que você já me era conhecida, a novidade é ter descoberto ontem que a torcida do Cruzeiro, ainda que entenda menos que eu, também entende mais Matemática que você, camarada.

O Campeonato Brasileiro acabou. Já tinha acabado para mim há um mês e para alguém que realmente entenda do riscado dos números, probabilidades, padrões e um pouquinho de futebol acabou há mais tempo ainda. Marcelo Oliveira já deve ter começado o campeonato campeão.

Comemorando o título probabilisticamente a Torcida do Cruzeiro mostra-se mais evoluída que todos os demais segmentos que expõem publicamente prognósticos sobre futebol, incluindo as Torcidas dos demais times. Pelo pioneirismo cognitivo em dominar a Matemática probabilística no universo campeonatal (no mundo partidal as torcidas já atingiram esse estágio ao gritar É Campeão antes do fim das partidas), ainda que timidamente, a Torcida do Cruzeiro enfim merece subir patamares no critério Torcidal Yurístico.

Cruzeiro e Grêmio

Raposão de Bigode Grosso

Sempre haverá chance, naturalmente, do caldo entornar. Todavia os benefícios e avanços obtidos no percusso em pensar e agir probabilisticamente superam de longe, mas muito longe, a estagnação “segura” que o reducionismo aritmético provocaria.

Quanto jogos do Cruzeiro você viu no Campeonato?

A foto da comemoração dos jogadores, mascote e torcida foi prontamente cedida pelo fotógrafo Christyam de Lima, que publicou outra leva de fotografias da derradeira partida em seu Flickr.

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Golaço anti-pseudofairplayrização

July 10th, 2013 | 22 Comments | Filed in Atlético-GO, Copa do Brasil 2013, Cruzeiro

Marcio BoladãoMassagista tropicante e Marcio pererecante tomaram o 1º gol do Cruzeiro sem choro nem vela.

Jogadores se machucam, mas a ética porca da classe de jogadores de Série A brasileira justifica que não se pare o lance. Marcio de fato tomou uma bela pezada na fuça, mas pagou por um sem número de simulações de contusão na onda desse salva cu da falta de árbitros cubanos no Brasil.

Eu lembro que tirei a bola, depois me choquei com o Artur. Acho que fiquei meio desacordado, e a partida seguiu. Fui para a bola, por causa de meu instinto de goleiro, de tentar defender. Foi isso que eu falei para o árbitro, mas infelizmente alguns árbitros acham que entendem um pouco de medicina. Ele não tinha condição de avaliar se eu estava bem ou mal.

Tendo ou não condições de avaliar, o árbitro acertou e Marcio ainda teve energias para levar mais 4 gols na partida.  Golaço anti-pseudofairplayrização.

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Faltam 6 horas. Seis.

February 3rd, 2013 | 37 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2013, Cruzeiro, Estrutura, Torcidas Organizadas

Cruzeiro x Atlético-MG

A verdade é que o clássico que reabrirá o Mineirão esse domingo tem tudo pra ser o dia em que duas torcidas apaixonadas matarão a saudade daquele que, por muito tempo, foi o único motivo de unanimidade entre elas. O Gigante está de volta.

Infelizmente, pela babaquice de marginais que se denominam torcedores, pela incompetência das autoridades que não conseguem (ou não querem?) garantir o mínimo de segurança para aqueles que só buscam apoiar o time do coração e pela mania de querer aparecer de alguns dirigentes, esse tem tudo para ser o último clássico com presença de ambas as torcidas, o que o tornará um espetáculo ainda mais especial.

Que os dois lados se esmerem em transformar a tarde de hoje em algo maravilhoso com canções, bandeiras, faixas e gols. Que esse não seja o último clássico verdadeiro. O Mineirão merece mais que isso.

Faltam 6 horas. Seis.

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O Torcedor

November 2nd, 2012 | 11 Comments | Filed in Cruzeiro, Futebol

Eis como define “Torcedor”, Jorge Santana em resenha sobre Cribari:

Empresário é fichinha comparado ao torcedor. Com duas ou três vaias, a galera arrasa o jogador e o empresário enfia o rabo entre as pernas. Eu não acredito em torcedor. Ele é cascateiro por natureza. Não entende de futebol, menos ainda de negócios. E nem consegue pensar sem a tutela de comentaristas esportivos. Torcedor é paisagem. sua função é enfeitar o estádio e criar clima pro jogo. Mais nada. Também não acredito em jogador. Ele sempre tem um culpado pra limpar sua barra. Ele joga merda no ventilador porque tem certeza de que o torcedor vai achar que suas palavras são revelações sensacionais quando são apenas desculpas esfarrapadas.

Vai para o Glossário?

As Torcedoras – quadro de Ligia Spinelli

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Tenório contra o Cruzeiro: Gol regular ou irregular?

September 18th, 2012 | 31 Comments | Filed in Cruzeiro, Observatório, Vasco

Por André Bona

Ontem, depois de algum tempo, sentei na frente da TV e falei: estou com saco pra ficar navegando entre Bem amigos e Linha de Passe.

E assim fiquei, vendo o emocionado-abobado-mor Luis Roberto se emocionar com corrida de tartaruga. Que idiota. E aí entrou a discussão da conversa do gol do Vasco. TODOS disseram que o lance era irregular e o juiz acertou. Menos LUXA. Tava lá, naquela babaquice e disse categoricamente: O VASCO FOI PREJUDICADO. Encerrado o bobo-bloco, mudei de canal e qual era a discussão no Linha de passe? O gol do Tenório. TODOS disseram que o lance era regular e deveria ter sido marcado o gol.

E assim fiquei, olhando os dois programas, sem saulear, mas sim vendo fragmentos de bobagem. Nao deu pra entender porra nenhuma. Mas nao daria mesmo, já que ambos conseguem ser idiota no extremo da concepção da palavra. Se o termo idiota tivesse a abrangência de uma galáxia, esses dois programas estariam ali, no limite.

Juca é insano mesmo. Ele faz comentários patéticos e faz caras e bocas de intelectual… é muito problemático, sem dúvida. MCP tem curto-circuito cerebral. Aí as vezes o curto é mais intenso e ele começa a falar… PVC, realmente, com sua tiração de onda de enciclopédia só pode ostentar tal posição em um programa: o “Loucos por futebol”. Infelizmente, virou horroroso tb, sob minha concepção.

Marcio Guedes e Calazans, chegam a ser engraçados. Tipo, dois velhinhos rabugentos falando merda… meio aquela coisa de velho “no meu tempo…”

Depois de ver esse filme de terror duplo, tava eu pensando: no meu pacote, pago 9,90 a mais para ter os ESPN + FOX + sei lá o que. Na verdade, hoje, vejo que o que segura esses 9,90 na minha conta, não é nada do SPORTV nem tampouco da ESPN. Mas sim o Fox Sports (Nascar + alguns jogos lá de fora) e o Canal Off HD.

Se tirassem da minha grade os SPORTV e ESPN, talvez eu sentiria o incomodo pela falta de capacidade de cornetar. Mas o FOX e o Canal OFF são inegociáveis.

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Copa do Brasil 2012: Oitavas de Final

April 25th, 2012 | 94 Comments | Filed in Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Copa do Brasil 2012, Coritiba, Cruzeiro, Fortaleza, Goiás, Grêmio, Palmeiras, Paraná, Paysandu, Ponte Preta, Portuguesa, São Paulo, Vitória

Dispute-se igualmente.

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Enfim começa a Copa do Brasil

April 19th, 2012 | 45 Comments | Filed in Copa do Brasil, Cruzeiro, Futebol, SC

Aproveitando o gancho do meu bom amigo Gaburah, entrei na onda da Copa do Brasil, ainda que movido por motivações inesperadas. Ora, não mais que obrigação ganhar do Chapecoense na Alligator’s Arena (lê-se “ARRIIIINA”) e eu fui tranquilo pro aniversário de uma amiga que me esperava em uma churrascaria da capital das Alterosas.

O problema é que em país de imprensa eugenista, não eliminar o 2º jogo nas duas primeiras fases da Copa é motivo de pressão para jogador de “time grande”. E assim, com uma leve pulga atrás da orelha, o Cruzeiro já veio querendo aprontar correria no começo do jogo e definir logo o certame. Não deu. E quem tem Vágner “Cara-de-Cavalo” Mancini na casamata pode esquecer o significado de “tranquilidade”. Os Azuis não só não encontraram seu jogo, como ainda sofreram pra segurar Os Índios na véspera de seu dia. Tanto que não aguentaram e, aos 32′ do 1º tempo, eu via o crime se desenhando com o bate rebate na área e o zagueiro Fabiano, tal qual um atacante, abrindo o placar pros visitantes. E eu tive que vestir meu avatar de torcedor, a tanto tempo inutilizado. Me aprumei na cadeira e passei a acompanhar o jogo como se decisão de Brasileiro fosse.

Lanchinho entre tempos

Lanchinho entre tempos

A pressão aumentou, se ouviam vaias e Mancini ia perdendo a cabeça, literalmente. O Cruzeiro não se encontrava, mas, meio que aos trancos e barrancos, empatou com Thiago Carvalho de cabeça, após saída ruim do (bom) goleiro Rodolpho. Obviamente que o time se animou e o Alviverde catarinense sentiu o baque de ter um “grande” indo pra cima em seus domínios. Mas o placar seguiu nesses números até o intervalo e, se a pressão tinha diminuído, ainda existia o perigo da marca fatal se a peleja terminasse daquela forma, além do inimaginável segundo gol dos visitantes que certamente faria aquela picanha que comi no rodízio me matar do coração.

Foi quando apareceu ELE. E eu ainda vou me arrepender do que estou escrevendo nestas tristes linhas, mas Wellington que não tem sido mais “Parede”, vem fazendo a diferença em 2012 com o incrível número de 16 tentos em 14 jogos. Cada um tem o Cristiano Ronaldo que merece. Wellington (e somente Wellington porque “Paulista” de c* é r*la) acertou um tirambaço de esquerda daqueles que você percebe que vai no gol quando sai do pé do atacante. Cruzeiro 2×1 e a certeza de que as coisas agora ficariam mais fáceis, como ficaram.

Anselo Ramon, esse sim bom jogador,  ganhou uma disputa de bola na força do zagueiro indígena, com um biquinho aumentou a diferença pra 3×1 e sacramentou a classificação. Por fim, o camisa 9 azul ainda fez um lindo gol após belo passe de Roger, dando por cobertura do goleiro com um toque parecido com aqueles de Messi. Categoria de Messi e aproveitamento de C. Ronaldo? É pra poucos.

Wellington e Anselmon, dupla sertaneja estourando no Brasil

Wellington e Anselmo, dupla sertaneja estourando no Brasil

O Cruzeiro agora enfrenta o perigoso Atlético pelas oitavas-de-final da Copa. O “Cara-de-Cavalo” tem boas opções de começar a partida, mas tenho percebido que, para jogos mais complicados, três atacantes não é uma boa pedida, atualmente. Até pela falta de laterais de qualidade, algo que a diretoria tem que resolver urgentemente. Por outro lado, a entrada do sr. Secco no 2º tempo sempre tem trazido bons resultados, o que dá uma certa esperança. Élber é um menino da base que tem bastante futuro, ao que parece e pode ajudar bastante o time dando velocidade como ponteiro.

Fato é que ainda não se testou o time esse ano. Pode ser ruim como foi ano passado, mas pode ser que, com contratações pontuais, o time se apresente digno. “Vamos aguardar” (BATISTA, Adílson, 2009).

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Cruzeiro, Atlético-MG, rivalidade e rebaixamento em: O Amanhã Nunca Morre

December 5th, 2011 | 63 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro

Foi uma semana de cornetagem pesada. Pra dizer o mínimo. Porque a cornetagem já se mostrava intensa desde que o Atlético-MG atropelou o Cruzeiro na fuga do rebaixamento. Quando ficou definido que a permanência do time Azul dependeria do jogo contra o maior rival, que vinha se portando bem nas pelejas, em contrapartida ao Penta-Estrelado que não mostrava absolutamente NENHUM padrão de jogo (valeu, Mancini!), Minas Gerais ficou em polvorosa.

O que  se leu e ouviu de comentários do tipo “Cruzeiro vai cair pra série B”, “Galo vai fechar o caixão e jogar cal por cima”, “Galo é favorito e vai passar por cima do Cruzeiro” foi de envergonhar qualquer flamenguista. A empáfia era tanta, mas tão exagerada, que por alguns momentos se acreditou que o Cruzeiro já tinha sido rebaixado. Ainda se falou de Bahia e Ceará, de Coritiba e Atlético, tudo sem levar em consideração o histórico dos últimos anos do Clássico do Pão de Queijo.

Humilhação "proseis".

Que a hegemonia dura mais de uma década, não há dúvidas. Que nos últimos 4 anos ela se intensificou, é tão claro quanto cristal. Que o placar mais comum tem 5 gols de diferença para o lado Azul, é fato. Então, nobre leitor, eu te pergunto: como poderia ser tão fácil rebaixar o maior rival, ainda que o time alvinegro tenha se tornado o maior freguês daquele? Coisas de uma torcida enlouquecida pela perspectiva da maior humilhação dos últimos 40 anos. Pela oportunidade de acabar com a tal “arrogância das Marias”. Vá entender lá em Vespasiano.

Mas, como diria John Pearson, O Amanhã Nunca Morre. A bola pune (RAMALHO, Muricy, 2006) e a empáfia de um time que, no fim das contas, conseguiu a façanha homérica de terminar esta temporada de forma mais melancólica do que o pior time do 2º turno do JKfourão foi punida de forma veemente, acachapante, desmoralizante.

O Cruzeiro jogou mais. Muito mais. Somente isso. Já se fala em entreguismo, em jogo comprado, em dinheiro que saiu do caixa azul e foi pro outro lado da lagoa, em BMG, em Tardelli voltando, mas nada muda o fato de que, quando o Cruzeiro quis jogar, não tomou conhecimento do Atlético-MG. Seja na final do Mineiro, seja nos dois jogos do Pontos Corridos. Seja nos últimos anos.

Mas, vale ressaltar, O Amanhã Nunca Morre também para o time deste que vos escreve essas linhas ainda banhadas pelas emoções dos acontecimentos dos últimos 2 meses. O Cruzeiro tem que abrir o olho. Foi um ponto fora da curva, tal qual 2003? Sim. O time vinha chegando bem nos últimos campeonatos e uma péssima gestão se mostrou agora? Fato. A goleada ajuda a levantar a cabeça, mas a nova presidência tem que fazer por merecer os votos que ganhou. Agora. Manter Vágner Mancini é um erro, mas Cristóvão Buarque Borges, Andrade e Tite estão aí pra mostrar que nem só de técnicos se faz uma boa campanha.

Manutenção de elenco é uma boa? Em certos aspectos. O Cruzeiro estuda manter uma barca de péssimos jogadores, mas quer se desfazer de Montillo, ou deveria, segundo Perrella. Em tempo, começa daí a mudança. O ex-presidente faria muito bem em ficar só em Brasília. Sem palpitar nas políticas e, principalmente, nas finanças de um Clube que chegou nesse ponto em 2011 só em função do descaso dele.

Sai do meu Cruzeiro, porra!

O Atlético-MG nos ensina mais uma lição. Resquícios de direções catastróficas podem se fazer conhecer da forma mais triste possível. Simplesmente tapar o sol com a peneira em razão de uma goleada que tem se tornado comum, é cavar mais fundo a cova no próximo ano.

Em 2011 toda arrogância foi castigada. Que sirva de lição.

Em tempo: Tchau, América!

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