Sem Papa na Língua
July 12th, 2010 | 15 Comments | Filed in Copa 2010Fui injusto com o Johan Cruyff, chamando-o de gagá. O fato de discordar dele em uma opinião não era motivo suficiente para isso.
E como mostra sua entrevista publicada no Globoesporte.com, o cara ainda sabe muito. Ele mostrou-se indignado com o futebol apresentado pela seleção holandesa na final da Copa do Mundo, que segundo ele desonrou a tradição do país:
Esse estilo de futebol feio, vulgar, hermético e pouco atraente pode até os deixado satisfeitos, mas eles terminaram perdendo. A Holanda jogou o antifutebol. Dois jogadores deveriam ter sido expulsos de imediato. Foram duas entradas tão duras que até eu senti a dor.
Ainda disse:
Na última quinta-feira me perguntaram: “Podemos jogar como o Inter de Milão? Podemos travar a Espanha da maneira que Mourinho eliminou o Barça?” Disse que não, de forma alguma. E disse não porque detesto esse estilo, mas também porque pensei que a Holanda não se atreveria e que não renunciaria ao seu estilo. Estava errado. É certo que eles não se colocaram colados à sua área, mas também não quiseram a bola e, lamentavelmente, tristemente, jogaram muito sujo.
E por fim criticou a arbitragem:
Ele não só deixou de expulsar dois holandeses (inclusive Robben mereceu o segundo cartão amarelo) como ainda olhou para outro lado nos momentos em que deveria mostrar-se presente. Uma final de um Copa do Mundo merece uma grande arbitragem e, sobretudo, merece um árbitro que se atreva a fazer tudo o que implica ser juiz.
Repito aqui o que venho dizendo, a Holanda foi o time mais execrável da Copa, e não venceria o Brasil se não contasse com a clara influência da arbitragem a seu favor no andamento do jogo. Um roubo descarado, que se repetiu em todos os jogos seguintes da “Laranja”.
Porém, nem assim, este time vergonhoso conseguiu ser campeão. Obrigado Espanha!