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Síndrome de Estocolmo

May 31st, 2008 | 42 Comments | Filed in Vasco

Vasco na merdaO Vasco não só está há muito tempo sem ganhar títulos, como está há muito tempo sem ao menos disputá-lo.

Quando ao menos chega longe em uma das competições “Me Engana Que Eu Gosto”, chega humilde sem favoritismo.

Quadro estranho para os torcedores da nova geração vascaína que desde 1988 viam o Vasco como a potência futebolística do Rio.

Mesmo campeão em 87, foi em 88 que o Vasco se impôs no cenário nacional com a virada sobre o Fluminense, tanto no campeonato quanto no jogo final, na Taça Rio, que abriu caminho para aquele time ser bi-campeão estadual derrotando um decadente Flamengo.

Encerrava-se aí, o predomínio que a dupla Fla-Flu houvera conquistado nos anos 80. Hegemonia vascaína que a campanha da Copa União 88 fez confirmar. Um timaço, favorito absoluto, eliminado precocemente nas oitavas depois de 1ª fase esmagadora, mas com azar de enfrentar um timeco que fazia clássico. Eliminado pelo fraco Fluminense (que tombou depois frente ao Bahia de Bobô). Este era o Vasco de Geovani e Romário.

Em 89 o Vasco monta um time novo para o Brasileiro. Mais forte ainda. Dessa vez com Bebeto como estrela maior, além de contar com Mazinho remanescente do time anterior. Desta vez, campeão inapelável.

O time fica meio em stand-by nos anos seguintes. Forte, mas não avassalador, para entrar em 92, desta vez com Edmundo, como uma potência no Brasileiro. Novamente favorito, foi suplantado pelos clássicos contra um surpreendente Flamengo, que acabara campeão neste ano.

Mas de qualquer forma, em 92 o Vasco iniciou mais uma série de time mais forte do Rio, levantando o tri-campeonato 92/93/94.

95 não foi um bom ano para o Vasco e em 96 parecia que acabaria a pojança cruz-maltina quando Antonio Lopes assumiu o time que ia mal no Brasileiro. Subiu vários jogadores da base e deixou o trabalho arrumadinho para 97.

O time não começou esta temporada bem, mas já ao final do Carioca, chegou para disputar o título com o favorito Botafogo. Conseguiu se dar bem em na primeira partida da decisão, mas acabou perdendo o título. Porém, lembro que nestes dois jogos, o Vasco jogou com uma vontade impressionante (tanto que conseguiu vencer o jogo da reboladinha que davam certo como do Botafogo).

E aí recomeça uma nova era iluminada do Vasco. O Brasileiro de 97.

Tudo indicava que o Palmeiras de Felipão seria o time, mas já no andamento do Campeonato, o Vasco do desacreditado Edmundo, Evair, Mauro Galvão e cia já mostrava ares de favorito. E em um campeonaro fantástico e impecável, este Vasco conquista o título garantindo presença na Libertadores com um timaço.

E Libertadores vencida pelo Vasco e segue o time massacrando os adversários no Rio e como potência Nacional.

Preocupado com o Mundial, perde para o Vitória no Brasileiro e mais tarde o Mundial.

99 não foi um bom ano, mas novo time montado em 2000, e timaço. Time que chega no fim do ano ganhando mais um Brasileiro e Mercosul em jogo histórico contra Palmeiras. Este time já com Romário, que afastara Edmundo.

Depois disso, o Vasco começou a virar sombra deste passado recente. Talvez pelo esforço feito para montar o time de 2000 e parceira desastrosa com Nations Bank, o Vasco tenha desmoronado.

Mas aos olhos de quem acompanha o futebol, isto demorou a ser sentido, já que alguns anos sem ganhar são normais.

Só que desde então, o Vasco não monta mais times fortes, e os adversários desacostumaram-se a temê-lo. Há alguns anos, nem mesmo no Estado o Vasco é favorito a alguma coisa. Os vascaínos estranham séries de vitória do Botafogo, e já não entram tão confiantes de vitória sobre o Fluminense.

Para piorar esta situação, alguns jogadores envelhecidos do passado recente brilhante do Vasco, Romário e Edmundo, alternavam-se pelo time desfrutando de seu passado e de suas dívidas a receber do clube para mandar e desmandar. Colocar e tirar treinadores. Tudo com a complacência do eterno presidente Eurico Miranda.

E desde o início deste processo, lembro de Fernando Calazans citar em sua coluna que o Vasco era um time que estava se habituando ao 16º lugar. Textos estes que geraram perseguição ao colunista por parte dos vascaínos. Eu mesmo, por mais que percebe-se que era verdade, achava também que era algo passageiro, pela imagem vitoriosa que tinha do Vasco descrita acima.

Quando em 2006 o time aprontou um brilhareco com Renato de técnico, o orgulho voltou à tona e lembro do mesmo Calazans comentando sobre e-mails enfurecidos de vascaínos com orgulho à flor da pele exigindo retratação (sic) do colunista agora que o Vasco voltava às cabeças.

2007 veio e mostrou que 2006 não passou de brilhareco. 2007 é o ano que escancara as portas para os objetivos do comando vascaíno. Foi o ano em que um time que em um passado recente traçava projetos de ser campeão mundial, jogou em função de um gol de um jogador.

Qualquer respeito que eu tinha pelo Vasco, foi por água abaixo. E isto veio em um momento positivo para os rivais, inclusive para o Botafogo, que não contava nem com recursos de patrocínio como Flamengo e Fluminense.

O Vasco está sequestrado por essa turma. Eurico, Edmundo, Romário e cia. Essa turma que está usando o Vasco para colocar seus nomes acima do clube. Não há uma política clara para que o clube volte a ser respeitado.

E muito chateia-me quando torcedores do Vasco, talvez em desespero pela merda de momento que passa o Vasco, seguram-se a qualquer resultado bunda como ser vice da Copa do Brasil, 6º colocado em um Brasileiro perdendo vaga na Libertadores para o Paraná, 4 vezes seguidas semi-finalista de turno no Estadual. Fazendo disso uma tábua de salvação. Apoio psicológico.

É uma pena ver vsacaínos afeiçoados a seus sequestradores, quando o sentimento deveria ser este.

Já espero pedradas dos vascaínos, mas sugiro que ao invés de apedrejar a mim ou Calazans quando este se queixa deste Vasco que se habituou a ser 16º colocado , que procurem um psicólogo para ajudá-los a livrarem-se desta Síndrome de Estocolmo.

É possível (e é a única forma mesmo) que este Vasco retome seu caminho, mas tem de limar de vez o que atrapalha.

Dizer apenas que a defesa do Vasco é uma merda e que isso que tem de melhorar não funciona. É tapar o Sol com a peneira. A defesa do Vasco é um problema pontual. Não adianta ajeitá-la se o problema maior persistir (cabe aos vascaínos identidicarem este problema qual é…).

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Curtas

March 15th, 2008 | 4 Comments | Filed in Futebol

* A queda de rendimento do Flamengo nos úlitmos jogos talvez se explique por atraso nos salários. Parece que o clube anda meio sufocado financeiramente. A solução foi adiantar recursos da Petrobrás. A Libertadores agora é fundamental pro rubro-negro, pois o time pode passar o Brasileiro sem grana.

* O campeonato estadual é tão fraco, mas tão fraco, que a defesa do Vasco consegue ser a menos vazada.

* Parece que a FIFA proibiu mesmo jogos na altitude. Bom para saúde dos jogadores. Bom para os times brasileiros na Libetadores.

* O Houston chegou a uma invencibilidade de 21 jogos, obtendo assim a segunda maior seqüência da história da NBA. Acho que o duelo pelo título “mundial” será Rockets x Celtics.

* Flamengo x Botafogo tinha tudo pra ser um jogão. Time reserva, declarações insossas, e pronto, o jogo já não tem o menor interesse. Com essa chuva então, a renda da partida não deve ser nada demais. O Alecsandro já faz falta ao Botafogo.

* São Paulo x Palmeiras…acho que uma derrota do São Paulo pode colocar, depois de muito tempo, o time do Morumbi a caminho de uma bela e clássica crise.

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