Sabia sim.

Tô vendo um monte de gente elogiando o Botafogo do jogo de ontem, na imprensa e aqui. Isso me leva à conclusão de que só posso ter assistido outro jogo.

Na partida que assisti, visitando pela primeira vez o belíssimo estádio do Engenhão, o técnico Estevam Soares escalou o time do Botafogo da seguinte maneira: Jefferson, Alessandro, Juninho, Diego e Gabriel; Fahel, Jônatas, Lucio Flavio e Renato; Reinaldo e André Lima.

Na partida que assisti, o técnico entrou com um meio de campo absolutamente pavoroso e com Reinaldo jogando atrás da intermediária. No jogo que assisti, o time do Botafogo fez um primeiro tempo ridículo – onde não se encontrou em campo, o que nem poderia ser diferente. No jogo que assisti, uma só pergunta ecoava na minha cabeça fazendo-na latejar dolorosamente: o que é Jônatas?

In loco, pude comprovar tudo o que já observava pelas transmissões: Jônatas não corre, Jônatas não marca, Jônatas não cria, Jônatas não dá combate aos adversários que estão mais perto dele do que de qualquer outro companheiro de equipe. Jônatas transparece vestir a camisa do Botafogo com desprezo e desdém. Enfim, Jônatas é um filho-da-puta de um merda, um sanguessuga, um produto da flapress. Jônatas estraga o time, pois enquanto recebe afagos do técnico por apresentar um comportamento exemplar, peças como Batista (que dá o sangue pelo time sempre que entra) são preteridos em prol da escalação do crack. Não vejo a hora do ano acabar, com o pedido para o Papai Noel de que possa assistir esse verme jogar com a camisa do Boavista no ano que vem. Jônatas precisa ir embora do Botafogo.

Fahel errou praticamente tudo que tentou dentro de sua mais do que conhecida limitação; Lúcio Flávio mais uma vez se omitiu do jogo e só fazia toquinhos sem qualquer objetividade para os lados; Renato foi vaiado injustamente, pois foi escalado pra fazer o que Lúcio Flávio deveria fazer e se entregou ao trabalho enquanto esteve em campo.

Culpar o cabeça-de-vento do Alessandro pela derrota (como um todo) é no mínimo exagerado. Ele teve a sua parcela de culpa sim, mas o que se poderia falar dele depois que Estevam volta para o segundo tempo sem fazer qualquer alteração no time, com Jobson e Rodrigo Dantas inexplicavelmente no banco, com Reinaldo recuado fazendo o que não sabe e – pra coroar – me tira Gabriel e coloca Victor Simões (!!!!!!!!!)? A única coisa que poderia ser dita veio de um grito na arquibancada:

Agora joga maizena que o mingau tá pronto, porra!

Victor Simões entrou pra quê? Não correu, não marcou, não apoiou. Só fez o que fez sempre: nada. Aliás, o nada atrapalharia menos.

Quer saber? Alessandro foi só a cereja do bolo.

De volta às batalhas pra fugir da degola.

*Como estou viajando, as ilustrações do post ficam pra depois. Não estou com paciência nem apoio midiático adequados.

Os jogos da noite de quarta-feira trouxeram duas situações peculiares:

• No Olímpico, Túlio Gente Boa, figurinha carimbada da Família Paulada, conseguiu expulsar dois do São Paulo.
• No Engenhão, o traiçoeiro Cerro Porteño fez com que, pelo menos por 24 horas, o Fluminense seja o Brasil na Sulamericana. Este jogo encerra a Saga do Botafogo na Sulamericana 2009 e pelos SMS’s de Gaburah, amanhã virá post com um bom bocado de nomes em vermelho complementando o confronto entre Botafogo x Cerro Porteño.

Quem diria? Túlio Paulada apanhando.

Agradeça Botafogo, pois seu adversário nas quartas-de-finais da Sulamericana será o Cerro Porteño e não o Goiás.

Apesar da equipe esmeraldina buscar sempre Léo Lima para rodar o jogo, seu gol saiu em um chutão de Harlei para a frente que acabou indo parar de qualquer forma com Felipe dentro da área adversária e abrir o placar para o Goiás. A tônica do jogo mostrava que sim, o time da casa marcaria com tranquilidade seu 2º gol com mais de um tempo por jogar e teria tudo para buscar a classificação.

Mas para colocar um pouco de dramaticidade e imprevisibilidade, Everton decidiu que nada poderia ser fácil, chutou o pau da barraca e tomou o 2º cartão amarelo antes do intervalo largando para sua equipe o dilema do cobertor curto. Cobre a cabeça deixa o pé descoberto ou vice-versa.

‘Vamo pra dentro‘ – disseram os jogadores do Goiás ao voltar do vestiário. E mesmo com um a menos, atacou de forma organizada, criando volume de jogo.

Entretanto, atacar de forma organizada não é a fiel tradução de defender de forma organizada, a não ser que considere-se Harlei e Leandro Euzébio apenas lá atrás um primor de tática defensiva. E o Cerro não estava tão autista na partida com seus contra-ataques.

Heróicamente, algumas bolas foram tiradas dos pés de atacantes paraguaios no instante das estocadas finais. Contudo, o empate veio.

Empate que não desanimou os bravos goianos que com Felipe em jogada de vencedor não desistiu e marcou o 2º. Nessa altura, o Goiás fazia por merecer, não apenas pela gana e pela disposição física (como corriam), mas também pela bola que jogavam e pelos riscos que topavam assumir. Léo Lima, Felipe, João Paulo e Julio Cesar com mais intensidade e Iarlei com talento e nem tanta explosão jogavam vistoso futebol e fizeram por merecer o 3º gol em cabeçada para baixo, de almanaque, de Léo Lima.

Isto com mais de 10 minutos para o fim do jogo, e talvez nem tantas pernas restantes para o Goiás, que contudo, jogando bola não deu espaço para o Cerro fazer nem mesmo cera, o que não impediu o time paraguaio de fazer contra-ataques, dessa vez sem nem mesmo Leandro Euzébio para proteger Harlei. O gol paraguaio não saiu nem o goiano, e a partida ficará arquivada apenas para consumo interno.

De qualquer forma, se psicólogo houver no clube, tem bom material a capitalizar em prol da briga esmeraldina pelas primeiras posições no Brasileiro. E claro, um senhor time nas mãos.

Bonus:

– Fernandão estava ligado, inegavelmente que se portou bem na partida até sair machucado. Mas não se destacou como os companheiros grifados acima.

– O Botafogo pode agradecer à expulsão de Everton, mas o Cerro não foi um time ruim de bola, apesar dos gols perdidos. É de longe bem melhor que o Emelec.

E no jogo de fundo…

Alianza treina firme

Preguiça do inferno de fazer post para o jogo do Fluminense, que nem foi futebol. O time peruano só dava porrada. Foi assim até acabar a testosterona, acho.

Ainda assim, Fabinho conseguiu fazer um pênalti bossal, e Luis Alberto resolveu fazer cagadinha e foi expulso.  Ora pipocas, estava óbvio que iam ter expulsões a penca do outro time. Mas o assessor de imprensa tricolor Luis Alberto resolveu provocar dando um chutinho em um maluco com amarelo e rodaram os dois.

Não dá nem para avaliar os jogadores por essa partida. Acho que quando um time cai da 4ª Divisão ele vai jogar o campeonato peruano.

Forçando a barra para não ficar pouco texto sobre o jogo, posso dizer que enquanto parecia que tinha jogo, Conca e Diguinho (sim, é verdade) sobressairam-se um pouco, e Ruy foi fraco e João Paulo pouco se viu em campo.

Futebol hoje? Só no Serra Dourada.

Olha, estou com nojo desse time. Nojo é pouco. Sei lá como posso definir isso. Time sem-vergonha? Time pavoroso? Time fraco? Time lamentável? Time ridículo? Time de terceira? Sei lá… ainda não inventaram a palavra que estou procurando.

Pra resumir essa mediocridade toda, fico com a emblemática análise do comentarista André Loffredo, do SporTV (que torcia abertamente para o alvinegro), ao final do espetáculo circense que foi esse jogo:

O Botafogo jogou 5 minutos de futebol e passou 85 pedindo pra perder o jogo.

Uma pena o Emelec não ter ganho essa partida, porque por pior que seja, jogou muito mais do que a sofrível equipe do Botafogo que entrou em campo. Quando fizeram o primeiro gol, imediatamente pensei: “River Plate outra vez…“. Veio o segundo gol e a certeza crescia (Jefferson de olhos fechados murmurando “Não, por favor, não…” – em close após o gol – chegou a me dar um nó na garganta). Para azar do time equatoriano, seu ataque tem a versão andina do André Lima, aliado a um corredor sem cérebro que não apóia. Cada um tem o Victor Simões que merece.

Falando em nomes, Victor Simões enfim sacramenta ser a nulidade que todos aqui já sabem há tempos (e se não sabem não foi por falta de aviso – aqui e aqui). André Lima parece ter desistido de ficar caindo e até apareceu bem no jogo. Diego (ou Diogo, sei lá), zagueiro improvisado na lateral esquerda, não fedeu nem cheirou. Alessandro quase entregou duas vezes a rapadura, e numa delas contou com uma providencial forcinha do bandeira. Zaga não existe (além do Jônatas – que espero já ter ido embora quando o time voltar ao Brasil – tem outros que mereciam apanhar também, especialmente esse Juninho).

Leandro Guerreiro mais uma vez carregando piano(s) em todos os pontos do campo. Esse cara também já merece uma estátua de bronze só pelo que fez pelo Botafogo em 2009. Se ainda existe uma pessoa que não se entregou, essa pessoa é ele.

Não tenho mais paciência pra esse time. Cansei, joguei a toalha. Melhor começar a pensar na reformulação para 2010. De novo. Um bando em campo, descoordenado, sem objetividade nenhuma, sem criação nenhuma, sem vergonha nenhuma.

Dessa vez o escroto do Juninho não teve como pedir pra não humilhar, unicamente por não saber falar espanhol.

Companheiros alvinegros, sofredores como eu, NÃO SE ILUDAM:

Pouco importa quem será o adversário na próxima fase. O BOTAFOGO SERÁ ELIMINADO POR GOIÁS OU CERRO PORTEÑO, por um simples motivo: são equipes que jogam um mínimo de futebol – coisa que esse timeco do Botafogo desconhece.

A fim de otimizar o meu trabalho (além do fato de achar que é mais uma competição em que o Fogão não vai muito longe), estabeleço esse post aqui para acompanhar as agruras do Glorioso em sua trajetória pela Copa Sulamericana deste ano.

As atualizações jogo a jogo ficam para os comments, começando pelo até certo ponto surpreendente jogo de ontem.

O mínimo que se espera de um clube do porte do Flamengo é ter elenco suficiente para disputar os campeonatos de que participa, um departamento médico eficiente e uma preparação física decente.

Silêncio, dirigente rubro-negro estudando.

Mas é publico e notório que o clube não tem nada disso. Fato evidenciado ainda mais, vergonhosamente, por não conseguir ter um banco completo, jogando em casa, logo na primeira fase de uma competição internacional. Raramente isso acontece até em campeonatos amadores.

A vergonha aumenta quando se lê o regulamento da competição. Seu artigo 4º dispõe:

“1. A Confederação Sulamericana de Futebol receberá de cada Associação a inscrição da LISTA DE BOA FÉ de suas equipes, nas quais constarão 25 jogadores, numerados de 1 a 25, que serão os únicos habilitados para o torneio.

A apresentação da lista poderá fazer-se até 48h antes do início da participação de cada equipe.

2. Até a etapa semifinal, e 48h antes da primeira partida de cada fase, se poderá substituir até 3 jogadores. Cada Associação será responsável pela certificação de tal situação. As substituições deverão se realizar antes do início de cada fase, nunca no meio delas.

3. Não poderá ser incluído na LISTA DE BOA FÉ o jogador que não estiver regularmente inscrito em sua Associação Nacional até a data fixada para a apresentação da lista pelo clube participante, ou no momento de proceder-se as substituições previstas neste regulamento, conforme o caso. A inscrição do jogador estará sujeita as disposições vigentes na respectiva Associação Nacional e, tratando-se de transferência internacional, conforme as regras da FIFA.”

Ou seja, bastava apenas algum dirigente que lesse o regulamento, e que inscrevesse jogadores em condições de participar da 1ª fase da competição (as partidas contra o Fluminense), deixando lesionados como Juan e Toró, por exemplo, que não tinham condições há muito tempo, para serem inscritos na fase seguinte, caso o clube se classificasse e se estes melhorassem.

O regulamento não é grande, nem complicado, era só ler até o art. 4º. Uma coisa básica para qualquer dirigente de um clube qualquer, que participe de algum campeonato. Mas no enorme Flamengo, não teve ninguém que se importasse, ou tivesse o mínimo de cuidado e planejamento.

Sinceramente, é inacreditável.

O Flamengo deveria dar um tempo e não disputar competição continental alguma em 2010. Só faz envergonhar o nome da cidade por aí. Três anos seguidos que é eliminado precocemente para times que não são assim uma Brastemp. Defensor, América-Méx e agora Fluminense.

Ao menos em 2009 há um ar mais leve, porque com a insignificância da Sulamericana, alguém só notará esta derrota se porventura o Fluminense vier a seguir em frente na competição e, no intuito de validar tal competição, começarem a martelar a campanha do time das Laranjeiras.

Após terem se poupado na primeira partida visando a rodada do fim de semana onde se fuderam, Andrade e Portaluppi chutaram o planejamento (sic) para o alto e trataram de buscar uma sobrevida nos cargos  escalando seus times titulares (sic)² para esta pelada continental.

Poucas vezes vi tanta coerência:

Pelada ruim, campo ruim, platéia ruim, jogadores ruins, arbitragem ruim e gols ruins.

Ao menos com as duas expulsões iguais do Flamengo, restou a expectativa do Fluminense perder com dois jogadores a mais e adicionar tal feito à sua história (sofer empate nessas condições já ocorrera – Fluminense 1×1 Cruzeiro em 1997 – Paulo Autuori era o técnico azul e ainda durante o jogo dissera que jogara a toalha enquanto o time perdia – Hugo de León foi demitido e no fim do campeonato o Flu rebaixado). Com Cássio comemorando um corte para escanteio não marcado, o Flu se livrou dessa e o jogo acabou com uma insólita classificação tricolor com dois empates no Maracanã para fechar com chave de ouro esta aberração.

De quem se esperava alguma coisa, nada saiu. Emerson deu o recado que deseja ser negociado e mandou um miguézinho no 1º tempo, e Conca nada acertou. Mas nem tudo foi show de horrores. Salvaram-se Everton e Kieza. Acho melhor não falar sobre a participação de Fierro na lateral porque foi pelo menos engraçada.

Para ter assunto no escritório:

• Foi pênalti em Kieza
• O gol cagado de Dênis Marques ficou de bom tamanho para compensar as cagadas de Rafael no primeiro jogo.
• Deram impedimento de Kieza porque até para esse jogo seria vergonha demais um gol com cruzamento de Fabinho.
• Pet não levará o Flamengo a lugar algum, mas é legal de ver. Volta Schumacher [/modo saudosismo off]

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Acabei comentando o jogo em tempo real pelo Twitter e confesso que curti. Especialmente porque durante a transmissão houve bastante interação legal com demais twitteiros.

Para quem quiser, seguem algumas formas de seguir o Blá blá Gol sem necessariamente acessar o site:

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Hoje tem Fla x Flu pela Sulamericana. Campeonato que ninguém dá bola mas será valorizado se por acaso seu time chegar lá na frente.

Eu pelo meu lado, aproveitarei o fato do jogo passar na TV aberta para ver deitado na cama e colocar o sono em dia.

Boa sorte aos que chegarem acordados até o fim do jogo. O espaço fica aberto a comentários antes, durante e após o crássico.