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Arbitragem emperra Confiança

February 25th, 2010 | 14 Comments | Filed in Copa do Brasil 2010, Fluminense

Figuraça

Pantera é uma figura e roubou a cena na pelada entre Confiança e Fluminense. O goleiro fez juz ao apelido com muita agilidade embaixo da trave, apesar de lá não sair, o que faria a alegria de Joel se colocasse sua artilharia aérea com Loco Abreu para jogar.

Mas o Fluminense não quis saber de bolas alçadas na área, preferindo as inócuas presepadas de Alan, que não só irritou a mim, como irritou Cuca que o substituiu para a enigmática estréia de Wellington (resistirei bravamente a usar seu sobrenome. Não tem outro Wellington no Flu).

Enigmática pois na entrevista pré-jogo para Cícero Melo, Cuca respondeu que o colocaria se o jogo mostrasse condições para isso. O jogo estava 1×1 e Cuca trocou um atacante por outro. Em qual condição Wellington não entraria?

Mas voltando à vaca fria, o time de Pantera em 5 minutos dispersou a blitz tricolor, o que não impediu que o bizarro Gum marcasse o primeiro gol da partida.

Eu sempre tive medo de Gum. Sempre. Não há um jogo do Tricolor que ele não deixe sua torcida com c* na mão e naturalmente que este não foi diferente. Possivelmente até exageradamente pelo estado do gramado, mas jamais diferente.

O Fluminense errava passes bizonhamente e o Confiança agradecia, fazendo um primeiro tempo melhor, tanto que empatou em jogadaça que até tricolores devem ter torcido para que desse certo. E deu.

Não sei se eles atuarão no 4-4-2 ou no 3-5-2. Na minha opinião, jogam melhor no 3-5-2.

No 2º tempo, Cuca optou pelo esquema favorito de Pantera, mas viu o Confiança começar com tudo. A empolgação do time da casa para cima do gigante do Rio davam ao jogo a cara animada para alegria da festiva torcida, até que o peladeiro Marquinho sofreu um penalty maroto.

Aliás, além do penalty maroto, a partida foi recheada de pequenos lances onde a arbitragem deu uma segurada no time da casa. Lances violentos do Fluminense passaram em branco, faltas marcadas com mais rigor contra o Confiança e farta distribuição de cartões indevidos ao time da casa.

O penalty foi batido com paradinha por Fred, mas para fora. O que naturalmente gera raiva suprema no tricolor mas nem de longe deve ser visto com o distorcido julgamento de valor que meu conterrâneo teve.

Fred esqueceu que não está jogando uma pelada de fim de ano com os amigos (Mauro Cezar Pereira durante a transmissão)

Curioso que o que foi tratado no caso em que se perdeu como jogada de pelada de fim de ano, fora tratado anteriormente como artimanha de cobrador para levar vantagem.

Rogério Ceni reclamou de Neymar por ter feito a famigerada “paradinha” antes da cobrança do pênalti que abriu o placar em São Paulo 1 x 2 Santos, domingo, em Barueri. Concordo com o capitão são-paulino, sou contra tal artimanha. O goleiro não pode avançar na direção da bola antes do chute, o que está certo, afinal, falamos da “penalidade máxima” do futebol. A ideia é beneficiar o cobrador mesmo. Dar a ele mais uma enorme chance me parece exagero, quase uma covardia.

Este recurso tem por intuito dificultar a vida do goleiro, e consegue. Com a paradinha, Fred elimina o fator sorte da história e entra no campo da competência, que faltou a ele nesta partida. Longe de ser brincadeira. Aliás, penso o oposto. Atacante que não faz paradinha é que brinca de roleta russa, deixando nas mãos do acaso a chance do goleiro acertar o canto.

Irresponsabilidade, também,  seria se ele não treinasse e não estivesse convicto de que a paradinha é o melhor que pode fazer. E o histórico dele no Fluminense condiz com sua convicção.

Do outro lado, ao não se mexer, o goleiro leva dificuldade ao cobrador da paradinha, pois esse obrigatoriamente tem de cobrar longe do alcance e com força. E nesse quesito, o figuraça Pantera teve enormes méritos, ainda mais por ter se preparado com antecedência conforma informado pela reportagem do Globoesporte.com:

Pantera repara pela televisão a maneira com que Fred bate na bola e cobra pênaltis, mas é para outro tricolor que ele reserva os maiores elogios.
O Conca é fantástico, tem velocidade e qualidade técnica. E é inteligentíssimo – disse o goleiro, que vem acompanhando o noticiário do Fluminense desde o sorteio dos confrontos, em dezembro

De toda forma, a perda do penalty não alterou os ânimos da partida. Deste momento em diante, flatou perna para o Confiança que ainda na base da empolgação conseguiu animar sua torcida, especialmente quando Saci entortou Digão que deveria ter tomado o 2º amarelo. Wellington conseguiu uma jogadinha (o que já foi mais que Alan), mas nada que o destacasse.

Ainda mais porque o fim da noite foi corada com a lucidez e eloquência de Pantera ao microfone da ESPN Brasil. Que um clube grande não o contrate como goleiro, mas que pense no cara como olheiro e quiçá técnico.

Pelo que não mostrou nos 20 minutos finais de jogo, o Confiança não deve dar para o cheiro no Maracanã, a não ser que Pantera arme um nó tático em Cuca.

A Visão Sergipana:

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