Dia de lazer para uns, trabalho para outros. A malandragem fez a festa enquanto o policiamento ciceroneava os bandidos organizados de sempre.

Por Taís Loureiro

Eu e meu pai saimos alguns minutos antes do fim da partida Flu x Bota no domingo passado, pelo primeiro jogo da final do carioca 2012.

Como se não bastasse o resultado do jogo para o time que torço e meu humor peculiar a esses momentos, vivenciamos um susto grande na avenida do Norte Shopping ao sairmos de uma das ruas residencias que dão acesso ao Engenhao.

Percebemos que tricolores e botafoguenses estavam andando, caminhando para estacionamentos e pontos de ônibus em harmonia, sem brigas ou indício de confusões entre torcedores. Porém uma situação nos chocou muito: um assalto bem na nossa cara, a um senhor tricolor e um filho que deveria ter uns 14 anos. 3 meninos que tinham a mesma faixa etária da vítima estavam levantando as camisas do pai e do filho, empurrando, ameaçando e pedindo $$ que eles diziam não ter.

Enquanto eu dizia ao meu pai “é assalto sim” olhamos para trás e meninos entre 14 a 20 anos vinham correndo, com chutes, pontapés e empurrões, porrada comendo mesmo, como se fossem passar por cima dos pedestre, fazendo um arrastão. Diante da cena descrita, nossa opção foi correr. Veículos freiando em cima, nós e mais torcedores de ambas as torcidas atravessando a avenida para o outro lado onde fica a calçada do Norte Shopping.

Avistado um carro da PM, avisamos o que e onde estava acontecendo. – “As motos ja foram para lá, e nós também estamos indo.” – respondeu o policial.

Nos arredores do Engenhão o policiamento era bem grande, mas nas ruas que dão acesso a este, policiamente zero, o que expõe a população local e os torcedores.

Depois que entrei no carro fiquei um pouco em pânico e lembrei que ja sai do estádio muitas outras vezes, em diferentes horários e em especial, tarde da noite, sendo que aquilo ali também estava deserto. Foi como se minha ficha tivesse caindo em relação ao risco que de fato corri e nos momento nem liguei.

É aquilo,tem que acontecer pra dar uma medo e nos fazer prestar atenção.

A principio a ida hoje, contra o Vitória, está suspensa…

Começo de jogo e Botafogo converte em gol de Renato sua melhor postura ofensiva. Como efeito imediato Fluminense domina as ações ofensivas sem que Alvinegro esboçasse qualquer possibilidade de contra-ataques e empata ao fim do 1º tempo.

Na toada da psicologia coletiva, Botafogo retoma na volta do 2º tempo postura ofensiva, sem que dessa vez o Fluminense mantenha-se esmorecido. Jogo segue igual e mais rápido quando antes da parada técnica Lucas totozeia tornozelo de Thiago Neves encerrando um contra-ataque tricolor e sua participação na decisão Vovô. Aí acabou-se qualquer resquício de normalidade em um jogo de futebol.

Em uma partida corriqueira, uma expulsão acarreta humilde luta de manutenção de resultado ou brava corrida ante um placar adverso, até o fim inexorável. O time em superioridade numérica opta em reforçar seu ataque ou defesa com mais eficiência e segue o jogo.

Mas este não é o caso de uma decisão em dois jogos onde o apito final da peleja não encerra o confronto. À partir da expulsão de Lucas, o jogo não deveria mais ser visto como uma decisão equilibrada onde qualquer adversário poderia vencer, mas sim como o Fluminense venceria e como o Botafogo optaria perder. Quais as escolhas seriam feitas e quais os riscos seriam corridos.

Já estavam deixando solto com 11 em campo e time equilibrado...

Imediatamente após a expulsão, a virada tricolor denotou que o novo desequilíbrio estava estabelecido. Atrás no placar, Botafogo foi para dentro empurrando o adversário como que alimentado por místicas que garantem que times com um a menos passam a jogar mais até levar o terceiro em contra-ataque.

Tempo técnico, retirada do centroavante e treinador alvinegro alterando de imediato a postura de seu time freando o ímpeto suicida. 2 gols de diferença estava de bom tamanho especialmente diante da clara possibilidade do balde derramar oferecendo contra-ataques a um time superior.

Aos tricolores a questão diante da nova postura defensiva do adversário seria entre optar pressionar alucinadamente (atendendo à demanda de 10 entre 10 torcedores) ou seguir com a partida minimizando riscos construindo um placar adequado às diferenças. A nova partida exigia que o Fluminense goleasse e que o Botafogo mensurasse como perderia, ambos conhecedores que 90 minutos seriam jogados novamente com times recompostos.

Diante das novas configurações, a vitória por 1 gol de diferença denotaria uma tarde trágica ao Tricolor. 2 gols de diferença aplacariam a frustração por um resultado factível a uma partida convencional. Os 3 gols de diferença com a perspectiva prática da vantagem controlável na perna de volta permitem assumir perante às cirsunstâncias da perna de ida como uma vitória da estratégia tricolor, mas não uma goleada. A falha alvinegra traduzindo na derrota por 1 gol ocorreu no desejo de pressionar o rival antes do 3º gol.

Fim da perna de ida

Em 2012, o Campeonato Fluminense será decidido no clássico de futebol mais tradicional da Capital.

Descansando na Taça Rio, o Tricolor observou a principal jogada alvinegra e aplicou um mind-games para inibí-la.

Mind-games… que também funcionaram do lado Alvinegro.

Ingressos à venda variando entre R$0,00 para guris, velhos e aleijados até R$60,00 para a PEA não-matriculada em instituições de ensino.

Netinha

A remota possibilidade de um empate ao fim da partida quando o Vasco optou por trocar sua defesa capenga de um jogador apenas por outra inexistente lançando Dedé peladeiramente de banheira deu calafrios a este editor tricolor.

Seria desfecho febril por demais para as editorias que viram um jogo morno ir se definindo em favor do Fluminense em um dado instante de tempo entre o tempo técnico do 1º tempo e o do 2º onde Wellington Nem mostrou a Wiliam Barbio que dentro da área que se deve cair, que o internacional Deco fez valer seu custo x benefício, que Fred buscou Rodolfo ao invés de Dedé e que Thiago Neves manteve o Vasco vivo na partida quando já não existia mais defesa e meio-campo.

Fecha o berreiro, Gordinho

Gritos de “É Campeão” aos 35 esquentaram os brios de Juninho que sem pernas não levaram sua equipe mais longe que a cavalgadura Eduardo Costa conseguiu aos 38 animando os remanescentes da torcida vascaína no João Havelange. A Juninho faltaram em Alecssandro e Barbio os escapes que foram Fred e Nem para Deco.

O Fluminense teve o timming no 1º Turno do Campeonato Fluminense. Tanto na final quanto na competição quando encorpou em seu momento certo. É cedo na escala de tempo da temporada? Sim, perigosamente cedo. Porém pela Taça Guanabara por si só, o ritmo do campeão foi perfeito tendo o incontestavel favoritismo confirmado. Na partida e na Taça.

A foto que ilustra o post e o campeão da Taça Guanabara 2012 e é de Nelson Perez/FluminenseF.C. e pode ser encontrada no Flickr oficial do clube.

A esperança é de mais uma grande partida, como a última entre os dois times no Brasileirão 2011.

O confronto é entre, até aqui, o melhor time no papel e o melhor time no campo.

Porém, o dono do melhor desempenho, não fez de fato nenhuma grande exibição. Sente desfalques importantes no elenco, como Bernardo, Éder Luís e Rômulo, além da  má fase de Diego Souza e Felipe.

Já o Fluminense vem mostrando clara evolução, e tem, na minha opinião, leve favoritismo. Apesar do sistema defensivo do time das Laranjeiras ainda ser um forte ponto de desequilíbrio.

Quem vai levar?

Sem PFC, vali-me do VT 23:00h. Lembrava bons domingos de dia no clube e volta para casa desinformado vendo o VT de clássico no fim do dia com sensação de “ao vivo”.

Só que ainda não me profissionalizei por completo na arte de me desinformar em tempo real. Jogando War, acatei o pedido inocente de Ana Paula para desligar o ar e deixar um pouco o vento natural quando em pouco tempo a gritaria de “FOGO” lá fora me levaram a correr e religar o barulhento ar-condicionado com seu sistema anti-delay conjugado com as esquadrias metálicas.

O drama me fez não prestar grandes atenções ao 1º tempo já que eu sabia de antemão que o Botafogo marcara ao fim da partida e eventualmente vencera o jogo. Só o ofício viciante de comentar no blog e a fé doente mantiveram-me atento ao jogo que para mim começou somente após ao gol de Elkesson aos 28 minutos do 2º tempo quando o Fluminense ditava o ritmo e cabaceou bonito.

Ninguém pula na zaga do Botafogo?

Discordo dos Pareceres de Nardoni e rafael botafoguense dando conta de uma breve superioridade tricolor. O Fluminense era Senhor do 2º tempo. Seguisse uma linha linear o gol alvinegro seria um ponto fora da curva que Leandro Euzébio teria a chance de corrigir não atuasse como zagueiro botafoguense impedindo Fred de receber seu presente, redimindo-se ao menos empatando a bagaça aos 34 minutos quando Abel já fizera  malabarismo nas substituições em tentativa de acertar o que já estava correto.

Neste momento, a bem jogada partida do Fluminense amainou e se encaminhou para as penalidades.

Abel Braga acumula crédito na sua passagem 2011/2012. O Fluminense já é uma equipe encorpada.

A foto que ilustra o post e a mamata na zaga botafoguense é de Nelson Perez/FluminenseF.C. e pode ser encontrada no Flickr oficial do clube.

Com Copa do Brasil e Libertadores distantes na linha do tempo, a semifinal se encerra por si só no Vovô.

Botafoguenses vaiam jogadores no banco, tricolores estendem faixa “Fora Abel. Burro”, mas os times já chegam encorpados.

Osvaldo de Oliveira comanda a equipe que segue uma linha bem definida desde os tempos de Bebeto e agora já orbitando em torno de Loco Abreu. O “burro” Abel que vacilou no início do Brasileiro 2011 provou que sua filosofia foi bem sucedida e tem crédito para testar seu novo time de estrelas, o que já mostra resultados como visto nas últimas apresentações.

O vencedor no confronto dos Cariocas com Centroavantes joga contra o Vasco Cem Purça.

Anunciou-se as tabelas das Taça Guanabara e Taça Rio do Campeonato Fluminense 2012 com data de início em 21 de janeiro sem que no entanto, especificidades tolas como quem joga em que dia, horário e local estejam definidas.

O regulamento, entretanto, já consta no site da Federação (FERJ ou FFERJ?) incluindo explicitação sobre o direito de participação do Torcedor na confecçãodo mesmo conforme garantido desde sempre no Estatuto do Torcedor porém raramente divulgado pela imprensa (“raramente” é força de expressão para me salvaguardar. Nunca vi) que parece ter interesse apenas na participação do leitor em suas causas.

Art. 26 – Fica estabelecido o prazo de 10 (dez) dias a contar da data da publicação deste Regulamento, para que o Ouvidor da competição receba manifestações sobre o mesmo, nos termos da Lei 10.671/03, através do e-mail: ouvidoria1@fferj.com.br. ou carta endereçada a Rua Radialista Waldir Amaral, 20 – Maracanã – Rio de Janeiro (Ouvidor: Sandro Maurício de Abreu Trindade).

Carta ou email. Favor não ligar

Desta feita, este blog só aceitará choradeira quanto ao regulamento do campeonato ao longo de sua disputa, incluíndo aqui mandos, critérios de desempate, tabela, punições disciplinares por cartões e qualquer outra coisa prevista em regulamento de quem fizer seu dever de casa contribuindo com sua parte para nosso belo quadro social.

O regulamento está no ar desde o dia 17 e o tempo está correndo. Quem se sentir á vontade, pode publicar nos comentários a manifestação enviada ao Ouvidor Sandro Maurício de Abreu Trindade ou mesmo expô-la para apreciação blablagoliana antes de seu envio.

Apesar de termos a pretensão singela de sermos um fórum de torcedores sensatos e não uma associação de torcedores em si, daremos consultoria se tempo hábil houver gratuitamente pela caixa de comentários. As arrojadas Associação Nacional dos Torcedores (ANT) e Frente Nacional dos Torcedores (FNT) nada tocam no tema em seus sites ocupados em hashtagear movimentos golpistas. Vai ver acreditam ser manifestação mais produtiva e eficiente que megafonear os direitos que já possuem.