De cara: FODAM-SE OS CRÍTICOS E DETRATORES, sejam eles botafoguenses ou rivais.
O que eu testemunhei ontem, de corpo e alma presentes na Ressacada, foi uma apresentação digna das tradições e história da instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Um jogo brioso, valente; um time aguerrido, concentrado; um técnico inteligente, fazendo o alvinegro jogar como o time grande que é e impondo seu futebol da maneira que SEMPRE tem que ser.
Tá olhando o quê?? ISSO AQUI É BOTAFOGO, PORRA!
O resultado não veio? Não, infelizmente não. E o mais triste é que mais uma vez não pelos deméritos do Botafogo, mas por novo erro crasso de uma arbitragem visivelmente perdida e cedendo às pressões da torcida da casa. Quanto à arbitragem, não vou me alongar. Deixo as palavras do amigo fLamenguista Vinícius, em seu Twitter:
A arbitragem brasileira é uma vergonha: Garfaram veementemente o #Botafogo. Alô @Gaburah,com vagabundo apitando contra fica mais complicado.
Prefiro reverenciar o Botafogo face aos noventa minutos de sangue, suor e lágrimas com que seus jogadores (MEU TIME) me presentearam em Florianópolis.
Amigos, eu vi:
- A melhor partida de Arévalo Ríos com a camisa do Botafogo – um GIGANTE na marcação, incansável nas roubadas de bola, conferindo toda sobriedade e confiança mesmo nos momentos em que seus companheiros de marcação cediam à tensão. Partidaça do ‘Pequeno Gigante’ El Cacha, coisa que a TV talvez não tenha conseguido mostrar. Era o Arévalo da Copa do Mundo 2010 em campo ontem;
- A garotada fazendo bonito – e se não fez mais bonito, tenho certeza que é pelo pouco tempo que Caio Júnior (o apelido de Harry Potter – BRUXO – lhe cai cada vez melhor) tem à frente da equipe. Tivesse Lucas Zen sido lançado mais cedo no time, seria com certeza hoje aquele zagueiro de que o Botafogo TANTO precisa; o habilidoso Cidinho (nervoso demais ontem, lançado na fogueira numa partida desesperada) que igualmente poderia estar muito mais adaptado ao mundo dos grandes e fazendo uma apresentação melhor (apesar de boa);
- Lucas – um CRAQUE de bola. Joga fácil, arma, corre o campo todo, municia o ataque e não foge do jogo em momento algum (sério candidato a vice-ídolo do time);
- #FAILhel pouco ou nada errando, muito superior ao estabanado, nervoso e ofensivamente inoportuno João Filipe;
- Cortêz, titular inquestionável da lateral-esquerda. Se ainda não é craque, tem a grande qualidade de não comprometer numa posição que vitima o Botafogo há DÉCADAS. Ainda quase meteu um gol no primeiro tempo, bem debaixo de minhas retinas já tão fatigadas porém felizes com o que testemunhavam;
- Jéfferson e suas impressionantes frieza e simpatia. Um craque, um grande profissional e, ao que tudo indica, um grande ser humano também;
- O ÍDOLO CAPITÃO Loco Abreu. Um cara que definitivamente contagiou o seu time com a famosa Garra Charrúa no momento em que mais se precisou da figura de um grande CAPITÃO. Não vi a confusão no fim do jogo (a área de visitantes da Ressacada fica atrás do gol do outro lado do campo), mas sei que a porrada estancou MESMO e o uruguaio não afinou. Fez um gol de categoria (matou de primeira a sobra de Herrera) e como sempre mostrou grande visão de jogo quando era acionado como pivô na intermediária. É ÍDOLO mesmo, não tem discussão. E não foge à luta.
- Caio Junior é valente/ousado, mas não é maluco/desarvorado. Armou o time soberbamente ontem e conseguiu – mesmo com três volantes e um apagado Cidinho em campo – fazer o Botafogo jogar irrefreavelmente no ataque, sem passar perrengue na defesa. O futebol apresentado no primeiro tempo foi coisa de time grande, coisa pra emocionar. O Botafogo INEBRIAVA no primeiro tempo, etapa em que o Avaí – EM MOMENTO ALGUM – ofereceu QUALQUER perigo ao time. Tirou um zagueiro e colocou um atacante quando precisava e sacou um atacante para a entrada de um marcador quando se fez necessário. Um técnico sem medo de fazer o feijão-com-arroz, por incrível que pareça.
O grande defeito testemunhado por mim – e corroborado pela dezena de torcedores que já me cercavam durante a partida, talvez devido à minha performance, digamos, pouco convencional na arquibancada (para os provincianos padrões catarinenses) – foi a cobertura da marcação alvinegra na segunda etapa. O pênalti foi escandalosamente mal marcado, isso é fato. Mas a verdade é que o Botafogo errou ao começar a marcar por zona após o gol. Havia marcadores presentes a cada avanço do Avaí, porém não havia quem desse o combate à bola. Resultado: com espaços gigantes, o Avaí começou a chegar perigosamente à area alvinegra nos momentos finais do jogo. E corroborando a máxima…
E corroborando a máxima, quis o destino que o Botafogo fosse eliminado da Copa do Brasil 2011 justamente naquela que foi (ao lado do clássico contra o Fluminense na Taça Guanabara) a melhor partida do time neste ano.
A imprensa não noticiou e os jogadores talvez não tenham percebido (Jefferson com certeza viu), mas mesmo eliminado o Botafogo saiu de campo aplaudido pela sua torcida, como há muito não se via. Se houver torcedor falando coisa diferente, é mal intencionado por qualquer razão.
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Quanto ao Avaí, lamento, mas é um arremedo de time. Com certeza sai na próxima fase da Copa do Brasil.
Sobre a Ressacada, cheguei bastante cedo e consegui boa vaga no estacionamento e tranquilidade para comprar os ingressos, mesmo nas bilheterias da casa. Banheiros decentes e uma lanchonete razoável. Cadeiras resistentes (…). O trânsito para sair do estádio é que é realmente muito ruim, pois só existe uma única via de acesso. A polícia transforma a pista em mão única na saída, mas ainda assim o engarrafamento é um saco.
Mas louve-se o fato de não ter presenciado nenhuma confusão entre torcedores, mesmo com o risco de toda aquela confusão em campo contagiar os ânimos. Além disso, a saída da arquibancada de visitantes (setor G) é praticamente dentro das saídas dos setores A e H (ambos da casa). Mesmo assim, saída tranquila e nenhuma grande provocação testemunhada.