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Brawn segue exterminando

May 13th, 2009 | 28 Comments | Filed in Fórmula-1
I'll be back

I'll be back

O sempre previsível GP da Espanha, em Barcelona, até teve seus momentos de imprevisibilidade. Mas no final, estavam lá os gasparzinhos da Brawn GP em outro 1-2, novamente com Jenson Button na frente. E dessa vez, a competição entre os dois pilotos do time pegou fogo, na pista e fora dela. A disputa entre os dois promete se acirrar. E tem tudo para ser no bom sentido. Desde que o Barrichello esqueça a paranoia e parta para a reação contra seu parceiro de equipe. O campeonato para eles está apenas começando e ainda há muitos pontos em jogo.

Sai de baixo

Sai de baixo!!!

O inglês, que conquistara a posição de honra no grid no finalzinho do treino de classificação, foi superado por Barrichello – largando em terceiro – antes da primeira curva. Felipe Massa, carregando sua Ferrari nas costas, também ultrapassou Vettel. Seguiu-se um esparrame que deixou os dois carros da Toro Rosso (o Bourdais passou voando sobre a frente do carro do Buemi); Trulli (que largou muito mal, levou um toque e não conseguiu evitar que seu Toyota voltasse à pista atravessando na frente de todo mundo) e Adrian Sutil (fez a primeira curva pela área de escape, e quando voltou, pregou no carro desgovernado do Trulli). Safety car.

Depois disso, com raras exceções em alguns pegas como Webber X Alonso e a intensa disputa entre Massa e Vettel pela terceira posição, foi a maior mesmice. A corrida passou a ser Brawn contra Brawn. Na liderança, Barrichello barbarizava e deixava Button para trás. Porém, na primeira série de pits…

A Brawn, que definiu como melhor estratégia a de três paradas, alterou o procedimento para o piloto inglês, enquanto o brasileiro foi mantido no plano original. E ESTA ERA REALMENTE A ESTRATÉGIA VENCEDORA. Vimos durante tantos anos o mesmo Ross Brawn traçar esse plano para o Schumacher e ele vencia mesmo parando uma vez a mais. Por quê??

Simples: quando você tem um carrão nas mãos, pode se dar ao luxo de fazer continhas e ver que andando três quartos da corrida com o carro mais leve e com os pneus de melhor desempenho, a tendência é chegar muito à frente mesmo de quem faz uma parada a menos. Assim pensou a equipe. A alteração para Button foi pelo fato de que ele estava perdendo terreno e sairia do pit atrás do Nico Rosberg, o que aconteceu. Fatalmente perderia tempo e arruinaria a estratégia de três paradas. Na mudança, apareceu a sua estrela. Com o carro pesado, ele conseguiu virar tempos muito bons. Enquanto isso, Barrichello era quase um segundo mais rápido por volta. Até que…

Ao voltar do segundo pitstop, a Brawn do brasileiro não manteve o rendimento. Já Button, com suas borrachas bem descascadas, ainda estava mais rápido que Barrichello. Assim ele chegou à sua quarta vitória em cinco corridas. Por seu mérito, e não por benefício ou proteção do time. E ponto final.

Jenson e sua modelete japinha

Jenson e sua modelete japinha

Entrar na pilha de que há favorecimento é a pior coisa que o brasileiro pode fazer. E mesmo que fosse o caso, já vimos o Piquet pai vencer um piloto inglês dentro de uma equipe inglesa. Basta ser melhor do que o outro. E de preferência mais malandro. Só não vai dar para dizer que a mulher do Button é feia… ela é uma fofa.

Daí para trás, vimos a armada finlandesa afundar de novo. Ambos foram eliminados no Q1 e abandonaram a corrida devagar, quase parando, até parar de uma vez por todas. Primeiro foi Heikki Kovalainen, e mais tarde, o esquentadinho Kimi Räikkönen. Depois da deselegância na resposta ao seu engenheiro durante o treino de sexta e captada pela TV via rádio, a batata está tão assada que ele pode nem terminar a temporada, sendo substituído pelo eterno reserva Marc Gené. Infelizmente, o video hilário foi removido do youtube. Mas o diálogo foi assim:

Engenheiro: “Still no KERS Kimi, still no KERS”.

Kimi: “Yeah, you don’t have to tell me every lap and every corner, I can see it from the lights”.

Pois é.

Lewis Hamilton nadou, nadou, nadou, e morreu em nono. Piquet, décimo-segundo e nenhum brilho, mas pelo menos não pagou nenhum mico notável. E melhorou na classificação!!!! Vindo como que do nada, Mark Webber apareceu após a segunda série de pitstops à frente de Felipe Massa e Sebastian Vettel. Conseguiu seu segundo pódio do ano e de quebra ultrapassou Trulli no campeonato. Massa, coitado, fez de tudo para segurar o ímpeto de Vettel e se manter em quarto. Mas a Ferrari deu apagão de novo. Alguma falha espírita na bomba de combustível injetou menos gasolina do que devia, e o brasileiro foi forçado a tirar o pé e deixar o alemão passar para que a usina tradicionalmente beberrona da Ferrari não ficasse no seco. Perdeu posição para Alonso também – fazendo a festa da galera espanhola, e por pouco não foi superado por Heidfeld. Acabou a gasolina poucos metros após a bandeirada. Que fase… Ferrari aceita currículos, para todos os cargos!!!

Fora das pistas, o buxixo é sobre um boicote da FOTA – espécie de sindicato das equipes da F1 – em relação ao limite orçamentário imposto por Max Mosley, o presidente sadomasô da FIA, no regulamento de 2010. A ameaça de que todos – menos a Williams, até agora – abandonem a categoria se o regulamento não for rediscutido. Quando os interesses e os negócios se sobrepõem ao desporte, nem pecisa mencionar quem sai prejudicado. Pela história que foi vista com a Indy – que se separou e enfraqueceu, e agora  novamente unificada, já não é nem sombra do que foi um dia – eles sabem que dependem sim uns dos outros.

Por problemas técnicos do Blablagol, não postei sobre a corida anterior, no Bahrein. Então…

Pitadas de areia do deserto

– Button foi dominante e vimos a Ferrari marcar pontos pela primeira vez no ano.

– A Toyota fez a pole, mas em ritmo de corrida, os carros mais competitivos continuam Brawn e Red Bull. Aliás, Mark Webber conseguiu o melhor resultado de sua carreira com o segundo lugar.

– Hamilton mostrou alguma evolução na McLaren com um bom quarto lugar. Bom, mas não o suficiente para ele. Já não tem a menor chance de defender o número 1 que carrega.

– Galvão Bueno e Reginaldo Leme durante a transmissão cometeram a gafe interestelar de dizer que Rick Wright é ex-baterista do Pink Floyd e estava circulando pelo paddock. Ele foi tecladista. E não está mais entre nós. Que Deus o tenha, e que o Galvão pare urgentemente de falar besteira.  HUMPF!!!! Eric Clapton deu a bandeirada.

Dia 25, GP de Monte Carlo. No mesmo dia, 500 milhas de Indianápolis, com Hélio Castroneves largando na pole!!!!O campeão deve sair daí

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