Comemore rubro-negro

É oficial. Existe isso pelo menos no município do Rio de Janeiro e os festejos começaram no domingo.

Como diria Galvão: “Faça sua festa, torcedor!”

Melhor seria comemorar o dia da torcedorA flamenguista

Respondendo aos milhões de curiosos sobre as impressões alvinegras à respeito do clássico de domingo, onde mais uma vez a mulambada acabou levando a melhor, transcrevo uma conversa fictícia entre dois personagens do imaginário coletivo – um chamado Boca-de-Aratéia e outro chamado Gaburah – sentados em uma mesa de bar em alguma bodega sulista (partes de interesse aos framenguistas sublinhadas e em negrito para facilitar o entendimento):

– Boca-de-Aratéia: Estive longe do Rio por 2 semanas e não vi nenhuma vitória do nosso time durante o período.

No jogo contra o Cruzeiro, fiquei esperançoso, principalmente ao ler na internet que o adversário jogaria todo desfalcado. Mesmo assim, perdemos. No jogo contra o Avaí, estava em Salvador e fiquei muito triste em ver que o clube não sabe aproveitar o momento bom à época e o comparecimento do público. Por pouco não perdemos…

– Gaburah: Contra Avaí e Cruzeiro voltou aquela urucubaca de jogar melhor e não ganhar, que contribuiu em muito pra colocar a gente na situação em que estamos hoje. Isso é coisa de time sem ambição, sem coragem, sem confiança.

Volta Juvenal

– Boca-de-Aratéia: O jogo contra o Cerro foi o único que eu vi, mesmo assim sem volume, já que minha esposa dormia. Foi impressão minha ou o gol do cerro o cara estava impedidaço? Ele anulou um gol duvidoso do Fahel (se houve falta, ela foi antes de cabecear), deu vermelho para Léo Silva e Emerson (esse eu nem entendi o penalty e o cartão) sem sequer terem amarelo e o gol do Reinaldo (achei bola na mão e barriga). Enfim, time fraco, poderíamos vencer se não fosse a arbitragem e a falta de ousadia. Não entendo porque ele insiste com Léo Silva, Fahel e Renato…

– Gaburah: O Cerro é um time fraco e desarvorado, indiscutivelmente ajudado pela arbitragem. Mas tem mais raça que o Botafogo, e isso pode fazer a diferença. O vexame do River é um trauma pra mim. De qualquer forma, estarei fazendo a minha parte e me esguelando no Engenhão.

– Boca-de-Aratéia: Contra o Fla, assisti ao segundo tempo em um bar repleto de flamenguistas e vi o Botafogo perder chances, acuar o rival, mas pecar nas finalizações, embora sem muita organização tática ( 4 atacantes). Não achei penalty e sabia que não seria gol (Lúcio Flávio tem cara e é derrotado , treme para o Bruno, aliás, contra ele, se o cobrador não fizer paradinha, perde).
Agora a decisão é contra o Náutico e espero que a torcida entenda o recado. Depois, não podemos perder para o Inter e Barueri fora, pois contra SP e Palmeiras no Engenhão dificilmente venceremos… Temo cair por causa do Sport.

Gaburah, Karlitus e Boca-de-Aratéia discutem o Botafogo

– Gaburah: cara, depois de ontem fiquei desanimadaço. O Botafogo acuou o framengo durante todo o segundo tempo da partida, o que como você bem viu não adiantou merda nenhuma pois a total falta de operação do meio-campo alvinegro não fazia a bola chegar ao ataque. E com Victor Simões em campo então, a tristeza só aumentava. O cara é bisonho demais…
Não entendo porque o Estevam mudou de novo o que tava dando certo… Jobson e André Lima jogaram no lugar errado. Não dá pra inverter o Reinaldo com o André Lima, porque ele não corre nada e não tem 1/10 da visão de jogo do camisa 9. O certo do Botafogo, como já comprovado na prática, é jogar no 4-3-3 com André Lima e Jobson invertendo posição e plantando Reinaldo na área.
Não foi pênalti, mas o juizão deu pra compensar a cortada escandalosa do Toró dentro da área no lance imediatamente anterior (que ele não marcou). Lúcio Flávio é freguês do Bruno, aquele mascarado filho-da-puta. Aliás, agora já tá perdendo um pênalti atrás do outro. E as faltas do Juninho então? Ontem foi mais um show de horror daquela defesa de merda, Adriano fez o que quis no gol dele… E se o Pet não fez tudo o que podia, graças ao Leandro Guerreiro que ficou na cola dele o tempo todo.

O problema agora é: somos fregueses do Náutico; ganhar de Inter e Barueri fora não vai ser fácil; bater o SP é impossível. A esperança é o Palmeiras, que tá entregando o ouro pra todo mundo. Mas não sei não… tento manter a esperança, mas já me preparo para o pior.  O que não entendo é essa porra de fragilidade emocional que flagela o Botafogo já há alguns anos. Não consigo mais entender o que acontece por lá…

E continuamos a encher nossas devidas caras.

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Quanto aos acontecimentos do jogo envolvendo a torcida do framengo, sinceramente: surpresa pra alguém?

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Mas indiscutivelmente esse jogo serviu para calar diversas bocas: a da cúpula do framengo com esse papo de que não dá pra jogar no Engenhão (esquecendo que o próprio Márcio Braga tentou dar uma de joão-sem-braço e cavar uma “co-habitação do Engenhão”, nas próprias palavras do dirigente); a da torcida do framengo que teve que se contentar com a carga de ingressos destinada aos visitantes; aos criminosos torcedores arruaceiros que tomaram cacete da PM; e a quem ainda acredita que Lúcio Flávio pode ter alguma responsabilidade maior em momentos decisivos.

A única boca que poderia ter permanecido fechada é a do técnico Andrade ao final do jogo.  Lamentável um cara com o currículo dele bancar o mau-ganhador.

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Fico com os melhores momentos do clássico de domingo: