Vete al Teatro, Mourinho Vete al Teatro
November 30th, 2010 | 57 Comments | Filed in FutebolPor Thiago
Mourinho treinava o Chelsea e disse que Messi deveria trabalhar no teatro, depois de um lance do argentino com o defensor Del Horno. Deste então, sempre que vai ao Camp Nou, o português ouve a mesma música: em ritmo de “Guantanamera”, os torcedores cantam “Vete al teatro, Mourinho vete al teatro”.
Antes de o espetáculo começar José Mourinho tomou sua decisão: como de praxe o luso dramaturgo escreveu um roteiro diferente de quando conseguiu superar o Barcelona na Champions, montando uma retranca de dar inveja aos maiores fãs do padrão Joel Santana Ferrolho Certified.
Mourinho como diretor foi trivial taticamente, sabia que não teria a menor chance de ter maior posse de bola, mesmo assim escalou dois ‘atores’ inoperantes, Cristiano Ronaldo e Di Maria, o último mais preocupado em recompor a Avenida Marcelo do que em atacar. Pedro e Villa desenvolveram melhor esse papel pela equipe catalã.
Não dá pra ganhar do Barcelona jogando mano a mano, ainda mais com seus principais jogadores nulos.
O elenco de Guardiola possui o maior volume de jogo do mundo e é fácil, ao fazer uma análise tática deste jogo, verificar que o diferencial foi posse de bola na intermediária e o fator ‘Messi’.
A meia canja madrileña foi mera coadjuvante ofuscada pelos ótimos meio-campais catalães. Busquets, Xavi e Iniesta têm muito mais estofos que Khedira, Xabi Alonso e Ozil. Messi jogou à La Ronaldo no coríntias, como um falso centro-avante que voltava para armar as jogadas e concluía a gol, o descontrolado Sérgio Ramos que o diga!
Mais de 98 mil expectadores viram o jogo de um time só. Não foi uma ótima partida, mas sim, uma aula de futebol.
O Barcelona é hoje o maior desafio da vida de qualquer treinador. Não há nada mais entusiasmante do que tentar descobrir a chave do enigma: tenho de ir a Camp Nou e sair vivo.
Prêmio de melhor ator vai para…?
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