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Posts Tagged ‘Adílson Batista’

Palhaços no ataque

August 26th, 2010 | 33 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2010, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Goiás, São Paulo, Vasco

Toloi contra o resto

Por Victor

No Picadeiro Serra Dourada o papel dos palhaços é bem exercido por Everton Santos e especialmente Rafael Moura. O He-Man não satisfeito em fazer palhaçadas com a bola rolando, ataca no microfone:

O refletor me atrapalhou

Junior ensinou Felipe e PC Gusmão a limitar Mariano, e Rafael Tolói sempre um segundo à frente de Emerson com plus de salvar gol certo de Gum não conseguiram todavia fazer com que os palhaços esmeraldinos empurrassem a bola para dentro do gol tricolor. Bernardo ainda tentou ser arco e flecha marcando um gol em posição de impedimento (assim como Emerson na única vez que se livrou de Tolói).

Como partidas de futebol costumam ter 90 minutos e não 45, Conca voltou do intervalo mais desgarrado de Wellington Monteiro e Mariano largou Junior cruzando bolas para os palhaços nada fazerem. Com suas estrelas, o Fluminense tocou a bola de primeira e marcou com Washington na sua especialidade: escorando a bola em toque único um passe de Deco.

Leão acreditou que trocando Bernardo por Pedrão, 3 atacantes poderiam resultar em 1. Como os marcadores do Goiás perderam qualquer crédito nestes atacantes, o 2º gol saiu em contra-ataque digno de pelada com 5 tricolores contra 3 esmeraldinos para Emerson marcar antes de ser amarelado e ficar de fora contra o São Paulo. Emerson, ao contrário de Fred, não tem substituto no plantel tricolor. Trabalhe Muricy.

Fernando Bob que contra Atlético-PR e Grêmio deu inesperada clarividência ao meio-campo carioca nada fazia em campo até que por ironia presenteou o substituto de Emerson, Marquinho, encerrar a conta com o 3º gol.

Por Gaburah

Ah! Eu tô maluco (ou sim)

No Engenhão, a diretoria botafoguense com a sapiência de um administrador de restaurante de comida à quilo no Centro da cidade entendeu que o horário inadequado não comportava preço de sábado à tarde. Conseguiram levar 16460 pagantes para ver um jogo difícil como esperado.

Mário Sérgio, o revolucionário que chegou afastando 12 no Vozão,  é o tipo do técnico que acredita no perdendo de um, perdendo de cinco. Após o gol do Botafogo acertou o time,  que passou a dar calor no alvinegro.

Com mais três pontos suados, a felicidade de ver um time 200% concentrado no jogo é estampada nos rostos botafoguenses. Herrera e Jobson estão afinadíssimos subindo de produção a cada partida – mesmo que  ainda caiba o Loco nesse ataque…

O grande desafio do Glorioso ocorre sábado, contra o Inter em pleno Beira-Rio. É jogo pro Botafogo ganhar MUITA moral caso vença. Joel está motivado:

Não pode ser diferente. Você indo à casa do adversário se defender está chamando a derrota. Não vou poder contar com alguns jogadores em função de contratos, mas vamos tentar facilitar as coisas. Eles  voltaram a jogar com os principais jogadores depois do título da Libertadores, vão estar com a casa cheia, e este é o tipo de jogo que me agrada. Vamos para lá tentar representar bem nosso clube e a nossa torcida.

Por Victor

No início dos anos 2000 o São Paulo ao contratar Ricardinho foi alcunhado de Real Madrid do Brasil com seu time de Galáticos. Agora, é comparado ao Milan por Zezé Perrela. No clássico contra o Vasco a equipe mostrou equiparação com o Milan pela decadência do time.

Como o Vasco não se deu o trabalho de atacar, a má-fase são-paulina ficou evidente no Morumbi. Fosse outro momento, a defesa do Vasco sairia exaltada, mas neste, o São Paulo sai menor.

Marcelinho Paraíba não tinha mesmo lugar nesta equipe?

O São Paulo é um clube Independente e Dagoberto nada fez

Por Matheus

Professor agora adversário

O Cruzeiro ganhou do Corinthians com uma retranca de fazer inveja ao professor Adilson Baptista.

Com um gol do argentino Montillo (tremei, Nação) e um pênalti defendido por Fábio (4º de 5 batidos na temporada), o Cruzeiro conquistou 3 pontos e alcançou o G6. O time vem se especializando em se classificar pra Libertadores na bacia das almas e busca sua 4ª participação seguida.

O problema é que parece que o time ainda não acredita que dá pra ser campeão. Ao ver o Flu jogando tão bem e vencendo, Cuca deve estar até orgulhoso por ter iniciado o trabalho de recuperação, mas, profissional que é, vai tentar buscar de todas as formas. Nem que seja num 10-1 com Wellington Parede à frente e só.

Montillo, novamente, jogou muito. Parece ser um novo Conca. Chega sem muita pompa e destrói. Fica a dúvida quanto aos outros dois argentinos: Farías e Prediger.

O professor AB vê a liderança mais ao longe. E parte da imprensa mineira deve estar se fartando hoje.

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Com uma pulga (de nada) atrás da orelha

March 25th, 2010 | 76 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2010

O Cruzeiro ganhou. Do Deportivo Itália. Em casa. Por só 2×0. E muitos vão pensar “ÓH, não fez mais que obrigação e ainda ganhou de pouco”. Sim, é fato. Fato também que o time não parece ter acordado para 2010, com exceção dos jogos contra o Uberlândia, Real Potosí e no 2º tempo contro o Colo-Colo no Mineirão, jogos em que o time dependeu da expulsão de um adversário para se encontrar em campo. Nem contra o Galo, na vitória por 3×1, o Cruzeiro demonstrou seu melhor futebol.

Por outro lado, o time vem vencendo. Se não joga bem, para os padrões azuis dos últimos anos, faz os resultados e vem conseguindo cumprir seus objetivos. Apesar de um ou outro tropeço, como o jogo contra o Deportivo Itália na Venezuela em que poderia ter vencido com facilidade, os mineiros são líder do grupo 7 da Libertadores (Vélez x Colo-Colo jogam hoje) e já se classificaram antecipadamente para as finais do Pão-De-Queijão/2010 em primeiro lugar.

Mas isso não esconde os problemas do time nesse início de ano. O Cruzeiro parece muito mais lento e previsível do que em 2009. E nem cabe a justificativa de que “em 2009 o Cruzeiro tinha Wagner e Ramires e o time jogava de forma rápida”. Isso no 1º semestre. Do meio do ano pra frente, o time mudou as peças, mas os mineiros mantiveram seu padrão. Porém, em 2010, Gilberto não consegue repetir o bom desempenho do 2º semestre do ano passado, Roger se machucou e Kléber ainda sofre com o problema de expulsões desnecessárias. Somado a tudo isso, Fabrício, o motor de arranque do meio-de-campo azul, ficou 4 meses parado e só voltou ontem. E a falta do volante é o começo de todos os problemas.

Quem vê o time do Cruzeiro jogar sabe que o trio de volantes troca passes muito bem, apoia, marca mais a frente e, quando os (bons) laterais sobem, faz a cobertura destes de forma eficiente. Fabrício é o mais rápido da trinca e o responsável pela maior parte dos contra-ataques (numa função que antes era feita com maestria por Ramires) e um ótimo cão-de-guarda pra defesa. Marquinhos Paraná é mais lento e Henrique é bom, mas nem tanto. Sem Fabrício, o time sofreu muito com bolas nas costas de Diego Renan e, por isso, Adílson teve que segurar mais os laterais e o time acabou perdendo as ultrapassagens nas pontas do campo, a melhor arma do time junto com o toque de bola do meio-campo.

Ainda vejo o Cruzeiro como um dos melhores times da temporada. A título de comparação, os mineiros não sofrem com a irregularidade de Corinthians Flamengo* e Palmeiras, conseguem vencer seus jogos mesmo jogando mal e contra alguns adversários mais fortes como Colo-Colo e Galo, diferente de Flamengo e Internacional. Mas não apresenta um bom futebol, coisa que o Santos faz com maestria. Acredito que abaixo do Santos, a mineirada está no mesmo patamar de São Paulo e Grêmio, e um pouco acima do Flamengo.

Se é pra pegar no tranco...

Se é pra pegar no tranco...Fabrício neles!

O maior problema é que, diferente desses times, o Cruzeiro tem duas pedreiras pela Libertadores. Pega o Vélez no Mineirão na próxima quarta-feira e vai ao Chile enfrentar o Colo-Colo. Principalmente contra os argentinos, uma cochilada pode ser fatal. Mas o time ontem, no 2º tempo, mostrou alguma evolução. Fabrício entrou e deu velocidade aos contra-ataques, Pedro “Who” parece se encontrar como o reserva para todas as posições do meio-campo e mudar o esquema tático, além de ter marcado o gol da tranquilidade ontem, a zaga sofreu menos com as investidas nas costas dos laterais e Fabinho, autor do 1º gol logo a 5 minutos de jogo, é uma grata surpresa. Ao que tudo indica, diferente de 2009, os jogos desse ano serão mais sofridos. Mas os azuis têm um bom elenco e 2 ou 3 jogadores que podem desequilibrar. Só falta acordar.

* Por alguns dos motivos expostos nos comentários, o Flamengo não ME parece um time melhor do que os citados. Mas, realmente, não se pode falar que é irregular. O time vence seus jogos. Só não tem atuado bem, ainda mais comparando com o potencial do time Campeão Brasileiro de 2009 e o elenco atual (reforçado) têm.

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Time bobo, cara-pálida? Qual?

March 8th, 2010 | 13 Comments | Filed in Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro, Libertadores 2010

Na cidade mais fluminense de Minas Gerais (carioca é quem nasce na cidade do Rio, mancebo) o sonolento misto do Cruzeiro sofreu sua 2ª derrota no Pão-de-Queijo/2010 para o bem arrumado time do Tupi. E, pra quem achava que o Mineiro se baseia nos dois grandes clubes da capital (Cruzeiro e América) ficou comprovado ontem que os times do interior podem chegar, se os da capital não abrirem os olhos.

Sobre o jogo, o Tupi veio com um esquema que sempre é uma faca de dois gumes. Marcação pressão é uma ótima tática para times menos técnicos, mas com um bom preparo físico. O Tupi mordia a saída de bola do Cruzeiro e, quando não conseguia tomar a bola em uma das intermediárias, se fechava com 2 linhas de 4 e não deixava os azuis se aproximarem muito da área. O problema é que esse tipo de marcação cansa muito o time que a utiliza e ali pelos 35 minutos, o time do Tupi já não conseguia manter o mesmo ritmo.

tupi x cruzeiro

Fabinho em péssima partida

Por outro lado, o sistema defensivo cruzeirense não se encontrava. Parece que falta a Gil e Caçapa um maior entrosamento, apesar de serem bons zagueiros. Jonathan fazia um jogo razoável e Gilberto, que começou na lateral-esquerda, era o melhor dos 4. Fabinho fez uma partida muito ruim e isso contribuiu para que a zaga fosse sobrecarregada. Camilo era uma nulidade e Pedro “Who” e Roger eram os únicos que conseguiam boas jogadas pelo meio. Isso quando a bola vinha com alguma qualidade. Como Fabinho e Camilo não conseguiam dar passes de dois metros, ficava complicado. Anderson Lessa e o “Tanque” Eliandro jogavam bem, apesar de dois gols errados pelo gigante. Aliás, eu já falei muito do Eliandro por aqui. Atacante forte, com ótimo posicionamento, é uma das surpresas desse ano para o Cruzeiro. O garoto tem estrela. Se não se impõe pela habilidade, sabe usar a força física sem fazer faltas desnecessárias.

Mas foi Anderson Lessa, que jogou de maneira razoável, quem abriu o placar aos 40 minutos. Dominou na meia-lua, girou o corpo e bateu de esquerda sem chances pro goleiro Jefferson. O Cruzeiro achava que iria levar a vitória para o vestiário quando Ademílson, artilheiro do campeonato com 8 gols, acertou um petardo no ângulo oposto de Fábio que ficou sem reação. Golaço e fim de 1º tempo.

O Cruzeiro voltou com duas modificações, sendo M. Paraná (impressionante como joga bem em jogos difíceis, mas entra desligado em jogos mais tranquilos) no lugar de Roger e Bernardo no lugar de Anderson Lessa. Eu não entendi o que o professor quis. Os dois tinham entrado no jogo e faziam boas partidas. E pra desestabilizar ainda mais a tática de Adílson, o Tupi virou logo aos 2 minutos com Fabrício Soares. O Cruzeiro acordou, mas esbarrava no ferrolho do time de Juiz de Fora que saía muito bem para os contra-ataques. Num deles, aos 35 minutos, o Tupi praticamente sacramentou o resultado. Gedeon foi lançado, livre de frente pra Fábio, e tocou com muita categoria na saída do arqueiro.

O Cruzeiro foi ainda mais pra cima, o Tupi teve Léo Salino expulso aos 40 minutos, a chuva apertou e a pressão foi quase insuportável. Tanto que, aos 46, em boa jogada tramada pelo ataque azul, Pedro “Who” deixou o dele num belo chute rasteiro de fora da área. Aos 47, Bernardo perdeu um gol incrível, cabeceando livre para fora. E o jogo acabou.

Os gols:

O Tupi mostrou que tem time para surpreender. O Cruzeiro percebeu que precisa entrar elétrico nos jogos, mesmo os do Mineiro e com time misto, para não ser surpreendido. Apesar dos pesares, o time azul se mantém na primeira colocação isolada e, agora, vai à Venezuela para enfrentar o Deportivo Italia nessa quinta-feira pela Libertadores.

Aguante!!!

*****

Alício Pena Júnior está para Minas como Carlos Eugênio Simon está para o Brasil. Ninguém entende mais como eles apitam e são considerados os melhores. Ontem, o fanfarrão e seus assistentes anularam um gol legítimo do Tupi, além de inverter faltas e cartões. Arbitragem ruim para os dois lados.

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É Libertadores, amigo

February 25th, 2010 | 3 Comments | Filed in Cruzeiro, Libertadores 2010

O Cruzeiro recuperou-se bem da derrota para o Vélez, pela 1ª rodada da Libertadores. Ontem, no “Campo dos Sonhos” (a.k.a. Mineirão), o time precisou de 60 minutos pra resolver o jogo contra o perigoso Colo Colo do ATChile (saúde, mais uma vez!).

Como estava no caos que é o trânsito de Belo Horizonte às 7 da noite, ainda mais com a greve dos motoristas de ônibus, só consegui entrar no Mineirão com uns 15 minutos de bola rolando. Durante o caminho, Giselle, blablagoliana assídua (apesar de não comentar) se mostrava insatisfeita com a escalação de T. Heleno e com a possibilidade de Pedro “Who” jogar, além de achar que Roger não tinha condições físicas de ser titular. Meu pai palpitava que o beque teria uma atuação segura, mas que também não confiava muito em Pedro “Who” e, muito menos, em T. Ribeiro. Além do que ele preferia ver a sra. Secco do que o novo Raposão. Meu pai acertou com T. Heleno. Gi queimou a língua duas vezes.

O Cruzeiro começou o jogo inflamado e logo aos 5 minutos marcou com T. Ribeiro, depois de belo passe de Henrique. Perdi esse gol. Consegui entrar pra ver o time chileno tocando a bola com Macnelly Torres (bom jogador, botafoguenses, mas que não dá sangue pelo time) e infernizando o lado direito azul com Miralles e Paredes. Jonathan parecia desligado, o que acabou dificultando tanto o ataque pela direita, que sem ele perde muito, quanto a contenção. Duas jogadas de perigo pelo ataque esquerdo chileno, uma bobeada do lateral azul e 1×1, aos 37 do 1º tempo. Grande parte da torcida vaiou de forma impiedosa esse que tem sido um dos melhores laterais-direitos do Brasil. Mas a maioria gritou-lhe o nome e, ao que parece, isso acordou todo o time. O Cruzeiro, enfim, entrou no jogo. Veio pra cima e quase marcou com Kléber e poderia ter um pênalti não marcado por Oscar Ruiz em bela jogada de Roger, que driblou dois e se estatelou no tapete verde.

Kléber e mais dois gols.

Kléber e mais dois gols.

Mas a etapa inicial acabou e tudo indicava que o jogo podia se complicar. Mas com Marquinhos Paraná resolvendo jogar, o time voltou mais seguro para atacar. E Adílson teve papel fundamental. Primeiro porque deve ter dado um tapa na fuça de meio time que estava dormindo. Segundo porque, ao tirar Roger e inflamar a torcida com o sempre efetivo W. Parede, abriu o ferrolho dos Albos que começaram a bater como se fosse o último dia do mundo. Logo, Oscar Ruiz mostrou que tinha trago cartões. Expulsou Olate por catimba aos 12 minutos e, numa blitz cruzeirense, deu pênalti correto em Leonardo Silva aos 15. Kléber partiu, bateu e marcou.

Aqui cabe uma análise tática. Estou para ver um time brasileiro que gira a bola com tanta paciência e facilidade como o Cruzeiro. Dá-se a impressão que o time vai cozinhando, cozinhando, até achar uma brecha e entrar na área adversária. E foi assim que surgiu a segunda expulsão e o 3º gol. O time foi girando até a bola chegar em Jonathan que fez bela jogada e foi agarrado por Cecereda. Cartão vermelho justo pela reclamação, cobrança de falta e gol de Pedro “Who” depois de bagunça na área. Jogo resolvido.

E tome gira-gira de bola. Numa dessas, Marquinhos Paraná faz lançamento para Kléber que é empurrado por Miller. Pênalti claro. E gol de Kléber. A lua-de-mel entre a torcida e o Gladiador continua. E W. Parede quase marcou aos 42 minutos. Mas ficou nisso.

O Cruzeiro, num jogo complicado no 1º tempo, mas que foi facilitado no 2º pela paciência e eficiência azuis, garantiu o 2º lugar do grupo, liderado pelo Vélez com 6 pontos. Mas, acima de tudo, conseguiu se desvencilhar de um problema, já que o Colo-Colo é um time perigoso e um empate complicaria muito.

Os gols:

*****

* Leonardo Silva e T. Heleno foram dois monstros na zaga, principalmente quando contaram com M. Paraná. Leonardo Silva que, por sinal, além de jogar muito, tem se especializado em ajudar o time à frente.

* Roger jogou bem, mas ainda sente falta do entrosamento.

* 32 mil pagantes no Mineirão ontem. Belo público para um fim de tarde com greve e caos no trânsito.

Adelante!

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Um bom começo de ano.

February 23rd, 2010 | 11 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro, Torcidas Organizadas

Galo e Cruzeiro fizeram um baita jogo, naquele que ficou famoso como Clássico das Flanelinhas. Dois bons técnicos no banco de reservas e times que estão ainda melhores que os do ano passado. Se em 2009 a equipe azul teve um bom ano com um vice-campeonato da Libertadores, o título mineiro e uma bela arrancada na fase final do Brasileiro, o Galo superou expectativas e, durante um bom tempo, foi apontado como um dos postulantes ao título. Perdeu a bola e o rumo após a derrota para o Flamengo, mas foi mais do que a própria torcida esperava.

O clássico desse último sábado se mostrava cheio de ingredientes para ser especial. Luxerlei Wandemburgo, técnico do Cruzeiro no ano mais áureo da história recente, comandava a equipe atleticana; possibilidade de Obina, um especialista em clássicos, jogar como titular; Roger fazendo sua estreia pelo Cruzeiro; Adílson tentando manter o bom restropecto.

Antes do jogo eu comentava com amigos que o embate dos treinadores seria o maior diferencial. E foi o que aconteceu: Luxeerlei entrou num 4-4-2 conservador, mas que foi muito bem com Tardelli e Muriqui (bom atacante, mas que precisa melhorar nas finalizações) e Renan Oliveira vindo do meio-de-campo. O Cruzeiro se defendia bem com atuações seguras de Fábio, Jonathan e, pricipalmente, Leonardo Silva. Enquanto isso, Marquinhos Paraná, Gilberto e Henrique não faziam grande partida, mas ainda dominavam o meio-de-campo. Elicarlos cumpria bem o papel de marcador e segurança para as subidas de Diego Renan pela esquerda do ataque azul. Já a ofensiva celeste era inoperante, muito em função da boa atuação de Werley e da monstruosidade que Jairo Campos jogou.

O Galo era mais agudo e quase marcou um golaço com Tardelli que, numa saída errada de Fábio, tocou por cima. Leonardo Silva operou um milagre e salvou o Cruzeiro em cima da linha. Enquanto isso, a Raposa tocava a bola e o Galo se defendia bem. Sem achar espaços, o Cruzeiro só conseguiu seu gol na bola parada aos 22 minutos do 1º tempo. Gilberto bateu escanteio, Gil se antecipou e tocou fraco pro gol. A bola, essa companheira certa da ironia, encostou em Leandro, ex-lateral celeste, e matou o goleiro Carini. Cruzeiro 1×0.

R de Raposão!

R de Raposão!

Oito minutos depois, falta para o Atlético. Coelho cobrou pra Jairo Campos completar. Fábio fez uma defesa de cair o queixo, mas na sobra o mesmo Jairo tocou no canto. 1×1 e clássico quente, como a tarde de BH.

O 1º tempo acabou, veio o 2º e o jogo não mudou em nada. Aliás, mudou. Adílson trocou Diego Renan por Pedro “Who”, que não entrou bem. Com o deslocamento de Elicarlos pra lateral-esquerda, o Cruzeiro perdeu força na marcação. O Galo veio ainda mais forte e logo aos 3 minutos marcou seu gol com Tardelli, que foi mal anulado pela arbitragem. Pra variar, ouve-se a história de que “aquele gol podia ter dado outra cara pro jogo”. Realmente. Num clássico, detalhes fazem diferença. Mas os gols perdidos por Tardelli, Obina e Muriqui também fizeram diferença. O Galo era mais organizado e aos 14 minutos, Muriqui perdeu um gol feito. Os alvinegros ainda tiveram bom domínio, mas por volta da metade do 2º tempo o Cruzeiro equilibrou.

Foi nesse momento que brilhou mais uma vez o professor Adílson. Luxerlei trocou Renan Oliveira por Obina, indo prum 4-3-3 com Correa, Jonílson e Ricardinho no meio. Enquanto isso, Adílson sacou Gilberto para a estreia de Roger. Aos 33 minutos, o maridão da Débora fez lindo lançamento para conclusão errada de T. Ribeiro, num lance que deixou Luxemburgo dando pulinhos de braveza. O Cruzeiro agora já era mais perigoso. E aos 37, o canhotinho bateu escanteio na cabeça de Leonardo Silva que nem subiu pra testar firme, sem chances para Carini. Cruzeiro 2×1. Festa azul e laranja e desespero de Luxa. O técnico sacou Jonílson para a entrada do eterno Marques. Mas foi Roger quem apareceu novamente. Aos 43 minutos, num contra-ataque rápido, o meia recebeu, puxou pra esquerda e colocou no ângulo oposto de fora da área. Golaço! Cruzeiro 3×1 e fim de papo.

Roger comemorou roubando a cabeça do Raposão e saindo pra torcida. Delírio e o início do pós-jogo. Kalil reclamou de assalto, Luxerlei Wandemburgo mandou banana pra torcida do Cruzeiro, Perrella provocou desnecessariamente. E briga na saída do estádio. Tudo normal. Toda babaquice que se espera de um superclássico e que acontece com a conivência das autoridades.

Por fim, foi um belo jogo que deixa esperançosas as duas torcidas. A do Cruzeiro com o fato de que o time, por ter um bom elenco, pode resolver um jogo complicado em questão de minutos. A do Galo, por saber que o time desse ano pode fazer papel mais bonito que o do ano passado. E pode ser mais confiável.

*****

Nessa quarta, o Cruzeiro joga contra o Colo-Colo pela Libertadores. O Galo vai ao Acre jogar contra o Juventus para não fazer o jogo de volta.

Adelante!

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