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Señor Fantástico

May 15th, 2013 por | Categorias: Fórmula-1, Fórmula-1 2013.
E foi com direito a coelhinho e bandeira da Espanha

E foi com direito a coelhinho e bandeira da Espanha

Decisão. Essa é a melhor palavra para definir a atuação de Fernando Alonso no GP da Espanha de Fórmula 1. Parecia que estava escrito: quando apagassem as luzes da largada, ninguém faria frente ao espanhol, que largava de uma pouco expressiva quinta posição em um circuito famoso por ter seus vencedores sempre largando da primeira fila desde os tempos de Maomé. Logo nos primeiros metros, el Fodón de las Astúrias tratou de deixar isso bem claro ao fazer uma dupla ultrapassagem por fora sobre Kimi Räikkönen e Lewis Hamilton, uma das manobras mais impressionantes dos últimos anos. Depois, seguiu com a paciência de um tubarão aguardando o momento ideal para sua presa; superou Nico Rosberg (aliás, é só apertar um pouquinho que as Mercedes confessam as fragilidades…) quando seu Mercedes confirmou a previsão e o desempenho foi ao chão, apesar da conquista da pole position, e mais tarde Sebastian Vettel nos boxes. Alonso deu um show em casa e comemorou a sua 32ª vitória na carreira. Ele simplesmente superou Nigel Mansell, e acima dele na lista dos maiores vencedores da categoria só restam Senna, Prost e um tal de Schumacher. Não é pouca coisa não.

A Ferrari mostrou uma eficiência que há tempos não era vista, tanto na estratégia quanto nos pitstops. Tanto que Felipe Massa, que fez uma prova de extrema agressividade, saiu de uma remota nona posição para ir ao pódio. A festa ferrarista só não foi maior porque Räikkönen furou a dobradinha italiana ao executar com perfeição uma estratégia de um pit a menos.

Vettel se segurou na ponta da tabela com um quarto lugar sofrido. A Red Bull, a exemplo de outras equipes, tem criticado duramente as borrachas fabricadas pela Pirelli; basta ver o estado lastimável dos pneus ao final da corrida, a quantidade e o tamanho dos pedaços destes que ficam pela pista para saber que algo ali não é normal. Não é ecológico, não dá as melhores condições de competição, e ainda parece perigoso – algumas vezes durante o fim de semana foram vistos compostos totalmente dechapados com poucas voltas de uso. Se a F1 é, a princípio uma vitrine para as marcas envolvidas, vamos combinar que a Pirelli não está fazendo um filme lá muito bonito com seus consumidores…

Por hora, a gangorra das equipes segue. Exceto por Williams e McLaren, que vão sempre mal, muito mal. A equipee parece totalmente sem referência após a saída de Hamilton. Curiosamente, aumentam os rumores da volta da parceria do time de Woking com a Honda. Os japoneses planejam estar de volta em 2015, e quem sabe, reviver the time of their lives. Já em Grove, os cabelos que restam no velho tio Frank devem estar arrepiados: saeus carros sequer passaram do Q1 em Montmeló.

No pelotão intermediário merece especial atenção a temporada de Paul di Resta. O escocês vem pontuando com frequência e bate impiedosamente o seu experiente parceiro de Force India Adrian Sutil.

Próxima parada em Monte Carlo no dia 26 de maio – mesmo dia da Indy 500.

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14 Comentários para “Señor Fantástico”

  1. Victor
    15/05/13 - 16:26

    Ainda há tempo para Kimi Räikkönen ganhar um dicampeonato? O cara merece não há dúvidas. Pegaria bem até para Schumacher. Quanto mais títulos tiverem os caras que ele bateu, mais subsídios.

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    Alexandre N.

    Sim, Räikkönen é o segundo colocado no campeonato de pilotos. A diferença dele pro Vettel é de 4 pontos. E como a Lotus Renault vem mostrando um bom desempenho, não tem como descartar esta hipótese durante este campeonato.

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    Robinson

    o finlandês vem forte. seu carro é bom e mostrou na espanha que é dos que pega mais leve com os pneus.

    boa aposta.

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    André

    o foda é que na hora da estilingada, a RBR pode dar aquele SPRINT e a Lotus não é um carro vencedor. E aí que ele fica longe. Enquanto as equipes vão se revezando nas vitórias, ele consegue ficar ali. Por isso, pra Lotus, acho imprescindível que a coisa envolva tanto Ferrari quanto RBR. Ambas precisam permanecer competitiva para que a Lotus de Kimi se mantenha no páreo, na minha ótica.

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    Robinson

    verdade. porém, a consistência do räikkönen em 2012 o levou ao terceiro lugar no campeonato, sendo que ele só foi conseguir uma vitória já no final da temporada.

    se as vitórias continuarem distribuídas e a lotus-genii der uma mãozinha ao finlandês em ótima forma, certamente ele estará no páreo na hora da decisão.

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  2. Victor
    15/05/13 - 16:33

    Fico “feliz” pela Pirelli estar se preocupando somente com a competição e nada com conceitos de Sustentabilidade, ou pelo menos em “vender” os conceitos.

    Tenho muito pé atrás com a exposição de atitudes “sustentáveis”, partindo do próprio conceito. Racionalização de energia e materiais sempre foram o foco dos processos produtivos. Agora o marquetingue resolveu capitalizar em cima de algo que é vital para qualquer atividade industrial.

    Onde parece que ninguém tem nada para elogiar, faço eu. Parabéns Pirelli por focar na competição e corrida.

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    Robinson

    não é pelo politicamente correto que eu falo isso… acontece que ferrari, renault ou mercedes não ficam felizes em verem seus motores explodindo em pista, apesar de que se algo assim acontecesse de vez em quando, também aumentaria a imprevisibilidade das corridas. não é boa propaganda mostrar o seu principal produto na maior vitrine automobilística do planeta se desfazendo a olhos vistos.

    eu sei que você é adepto do randômico/caótico/imponderável, mas a questão dos pneus é séria no que toca à segurança. basta lembrarmos do caso da michelin em indianápolis ’05, quando quase o grid inteiro abandonou após a volta de apresentação pelo risco de colapso da estrutura dos compostos franceses em plena curva do oval. só os seis pilotos que corriam de bridgestone correram, e o evento proporcionou o único pódio da carreira do portuga thiago vagaroso monteiro.

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    André

    Robinson, nesse episódio aí de indianápolis foi ridiculo. Eles só correriam esse risco se andassem em sua velocidade máxima. Se andassem em 60 KM o tempo todo, disputariam entre eles do 5º lugar em diante. Simples.

    Nao se pode aceitar aquilo. Quando os pneus lhes favoreceram naquele ano, eles adoraram.

    No caso do ano atual, eu acho que tá bom, porque todos possuem o mesmo fabricante. É claro que o pneu é feito para a F1.

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    Robinson

    os engenheiros da michelin foram tão sem noção que solicitaram à organização da prova que instalassem uma chicane com cones na curva do oval para reduzir a velocidade…

    a f1 é um esporte top do top, cream of the crop em matéria de tudo: competidores, patrocinadores, engenheiros, mecânicos, inovação tecnológica… pessoalmente, acho que as coisas estão cambando para um lado mais lotérico do que esportivo. claro que tudo é feito no intuito de se melhorar o ‘espetáculo’, e é claro que a gente vendo do sofá, é muito mais legal uma corrida animada e cheia de ultrapassagens; mas a verdade é que todos esses elementos (mais notadamente os pneus kinder ovo – você nunca sabe o que vai acontecer com eles, e as asas móveis) aumentam o número de ultrapassagens de forma totalmente artificial.

    daí a manobra do alonso na primeira volta ser ainda mais especial, pois naquele momento ainda não estava liberada a abertura das asas, todos tinham os pneus nas mesmas condições… e mesmo assim ele partiu pra cima dos adversários. é esse ‘sangue nos zôio’ que tantas gerações tiveram, mas na atual, fica eclipsado pelos artifícios de animação do espetáculo.

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    Victor

    Vejo isso Robinson. Pode parecer que eu sou favorável do randômico/caótico/imponderável, mas não é bem isso. Isso é uma simplificação. Eu gosto talvez do randômico/imponderável propiciado em um ambiente equilibrado e competitivo (no caso de competições esportivas). Eu gosto da honestidade. Ou seja, eu me contentaria com as emoções e reviravoltas que a competitividade equilibrada por si só pode causar.

    Estou desenferrujando na F1 e está complicado. Mas nessa corrida eu vi o esforço da narração da Globo em enfatizar uma tal nova F1, que as ultrapassagens voltaram. Isso aí fez soar o sinal de alerta da mesma forma como Bender e demais flamenguistas me alertaram que o Flamengo não era campeão brasileiro em 87 como eu acreditava. Chamaram atenção para a fraude.

    Quando as ultrapassagens são favorecidas no momento em que um piloto se aproxima do outro, o que está sendo feito é uma artimanha para aproximar a uma corrida de tomada de tempo sem a interação entre os competidores, ainda que ocupando a pista ao mesmo tempo. É pior, é melhor? Não importa, é meramente diferente, até que… até que mudou mas mente-se para dizer que melhorou. Não estão tendo mais ultrapassagens em condições de igualdade, porém mais ultrapassagens subsidiadas.

    E isso poderia até passar se fosse uma percepção desatenta como espectador. Só que o esforço para expor tal condição e a tarimba dos caras me faz ter a certeza do engodo. Eles sabem disso tanto quanto a gente e isso causa asco.

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    André

    De toda forma, eu acho diferente, quando se utiliza a artificialidade para equilibrar do que quando se cria a artificialidade para desequilibrar, como no caso do nosso futebol lixo.

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    Robinson

    talvez não seja nada demais, talvez eu é que esteja criando caso à toa ou reclamando de barriga cheia.

    mas já estou ficando meio de saco cheio quando ouço “ahhh… agora fulaninho vai passar porque ele vai abrir a asa”.

    não imagino os pilotos das décadas de 50, 60, 70 ou 80 aceitando cordialmente uma situação em que o duelo por posição é mera formalidade, porque quem está à frente tem poucas chances de se defender caso esteja com menos de 1s de vantagem.

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    Robinson

    seu xará victor martins escreveu uma coluna no grandepremio.com.br exatamente sobre a situação dos pneus e a artificialidade.

    ressalto que a minha foi publicada um dia antes!!!!

    http://grandepremio.com.br/f1/noticias/coluna-superpole-por-victor-martins-mudanca-de-protagonista

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  3. Matheus
    16/05/13 - 14:44

    Senna é tão foda, MAS TÃO FODA, que até o Alonso copia.

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